tag:blogger.com,1999:blog-23029128109447001702024-03-12T20:30:46.809-03:00outro dia qualquerO cotidiano sob o meu olhar. De tudo um pouco, das coisas que gosto e de tudo que quero eternamente descobrir.Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.comBlogger911125tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-76546179517307431422024-01-09T12:27:00.006-03:002024-01-09T12:32:29.767-03:00Olar, 2024!<span style="font-family: arial;"><i>Então, 2024 começou!</i></span><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><div><span style="font-family: arial;">Cheio de uma energia única e especial que nem imaginei que fosse possível. Afinal, meu último post foi bastante triste até. No entanto, como tudo na vida são escolhas, eu fiz uma. E sequer sabia que, ao fazer essa escolha simples, eu estava fazendo uma baita escolha que nortearia minha vida este ano (e que já vinha norteando a minha vida de alguma forma).</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1nfbtQsbhKpGBSraK_ZJMGZ0cFx_y3abmlpINvwFpsOb8EJlDy1FAuDaPsuIoJ_JychxzOPl6BQToHhbw8zauImR974OoVnc2l5vRlBi6vCnJN-7IwB0aYnjycAFyoscgqPdPJX8cwEzLNf49-wu2YKUIQh3c7M8H5E9XXlM-_K-p2Pe2J2S4JQna3_w/s1599/myself.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial;"><img border="0" data-original-height="1599" data-original-width="899" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1nfbtQsbhKpGBSraK_ZJMGZ0cFx_y3abmlpINvwFpsOb8EJlDy1FAuDaPsuIoJ_JychxzOPl6BQToHhbw8zauImR974OoVnc2l5vRlBi6vCnJN-7IwB0aYnjycAFyoscgqPdPJX8cwEzLNf49-wu2YKUIQh3c7M8H5E9XXlM-_K-p2Pe2J2S4JQna3_w/s320/myself.jpg" width="180" /></span></a></div><div><span style="font-family: arial;">Olhando em perspectiva, percebo que eu iniciei esse movimento justamente no dia do meu aniversário, 18 de julho de 2023, quando decidi comemorar em um karaokê com minhas poucas amigas, um sonho que tinha sido protelado por décadas. Acho que ali a sementinha foi plantada.</span></div></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">E essa sementinha rendeu novas atitudes, a primeira dela, entrar em apps de relacionamentos. Que então gerou aprendizados novos quando decidi sair da minha bolha. Pude conhecer outra mulher especial que entrou na prateleira especial que existe em meu coração e é reservada àquelas pessoas... bem... essas! Mesmo sem falar mais com ela, ela sempre estará aqui.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Participei do lançamento da maior tradução que fiz até o momento. Comecei a conher pessoas novas, fisicamente, não apenas virtualmente. Literalmente me abri a todas as possibilidades. E tive a clara certeza de que não quero estar em um relacionamento amoroso neste momento da minha vida. Por que? Porque estou apaixonada por mim mesma! De novo! Como não estava há décadas.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Estar apaixonada por si mesma, em outros tempos, significaria muitas atitudes imaturas e impulsivas, o que, de certa forma, eu acabei cometendo. Mas, como disse recentemente em meu twitter, quando você é uma máquina extremamente bem azeitada (e esse tema rende muitos posts: "o que é ser uma máquina bem azeitada") por mais que uma peça dê problemas, o restante dá conta de segurar enquanto você faz a manutenção ou a troca daquela peça.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Desse modo, o último mês do ano, dezembro, começou reflexivo mas terminou extremamente feliz. Tive o melhor natal e o melhor reveillon em anos. Feliz por simplesmente ser quem eu sou e por estar onde estou. Feliz por ter sobrevivido à intempérie de 2018-2022. Felicidade não tem explicação, assim como todos os bons sentimentos que sentimos, apenas sentimos e cuidamos deles.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">O segundo semestre começou um dos movimentos mais belos da minha vida até este momento: o de abertura a tudo que me desafie e me tire da zona de conforto. Eu literalmente me lancei ao desconhecido, com minha sabedoria espiritual aprendida até este momento, com minha eterna fé, esperança e idealismo (que, obrigada mãezinha, eu nunca mais perderei!). Aonde isso vai me levar? NÃO SEI. Mas como diz a frase que já conhecemos: pelo menos eu sei que não caminharei numa estrada dolorosa e amarga que já conheço!</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">E aqui estamos! 2024.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Não fiz lista de promessas, não fiz lista de desejos. Nada disso.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Apenas reafirmei que quero continuar nessa toada. E precisa de mais do que isso?</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Eu estou curtindo demais a jornada da minha vida. E estou aberta a todas as pessoas que queiram compartilhá-la comigo. Todas serão bem-vindas!</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">E obrigada, Halu Gamashi: sem você, nada disso teria sido possível. Obrigada por eu ter conhecido a família eletromagnética, a verdadeira família que eu busquei a minha vida inteira. Agora eu me sinto em casa.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-45433347810225481732023-12-08T12:40:00.010-03:002023-12-08T16:13:37.026-03:00O último post de 2023<p><i><span style="font-family: georgia;">Eu sobrevivi ao ano de 2023</span></i><span style="font-family: arial;"> — eu deveria fazer uma camiseta para usar no ano que vem.</span></p><p><span style="font-family: arial;">O mundo está doente. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Você sabia disso. Eu sabia disso. Todos nós sabíamos disso. (<i>mesmo?</i>)</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA73v0ZkYaf5-yWoqdFTGAfysJ3yts1lWRwGwwa7KNApFP4yNERL7xWVjrNKxTtvDZb1Tg1KigtXfVXSK0KD-PeHSel2A_CciIMRsyRMNF0t5oV-9mdudYXSnzG97Wi6dnsmh15IyYHHzv1Ya0KfDDyDYH3Ly_JZcm6cJ6z-r_hh2N6-3yJ3XVRm-DU90/s1636/illustration-war-death-mythology-Four-Horsemen-of-the-Apocalypse-famine-136350-wallhere.com.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1636" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA73v0ZkYaf5-yWoqdFTGAfysJ3yts1lWRwGwwa7KNApFP4yNERL7xWVjrNKxTtvDZb1Tg1KigtXfVXSK0KD-PeHSel2A_CciIMRsyRMNF0t5oV-9mdudYXSnzG97Wi6dnsmh15IyYHHzv1Ya0KfDDyDYH3Ly_JZcm6cJ6z-r_hh2N6-3yJ3XVRm-DU90/w400-h220/illustration-war-death-mythology-Four-Horsemen-of-the-Apocalypse-famine-136350-wallhere.com.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial; text-align: left;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial; text-align: left;">Mas foi apenas a partir do momento em que eu saí da minha bolha é que pude vivenciar isso na prática! E como isso aconteceu? <a href="https://outro-dia-qualquer.blogspot.com/2023/09/bem-vinda-ao-mundo-dos-apps-de.html" target="_blank">Quando os apps de relacionamento aconteceram em minha vida</a>.</span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Quem acompanhou meus posts por aqui a partir de agosto viram as minhas reações iniciais. Em seguida, as experiências — algumas inicialmente boas, outras maravilhosas — até estarmos aqui, hoje, 08 de dezembro de 2023, com essa sensação que mistura derrota com desilusão e realidade brutal.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Eu realmente não fazia ideia de que as atuais lésbicas (não importa a idade) estivessem tão mentalmente doentes. E, com isso, não quero chamar ninguém de louca, psicopata, stalker, intensa ou qualquer outro adjetivo. Nada disso. Longe disso!</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Essas classificações seriam muito superficiais, muito clichês e muito preconceituosas.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Eu venho de um tempo (olha a frase cringe) em que as pessoas (mulheres lésbicas incluídas) pareciam estar conscientes de si próprias. Porque todos nós temos algum tipo de doença mental em algum nível (eu não me excluo disso). <i>Mas a forma como lidamos com isso é que me assusta</i>. Não há mais discernimento algum. Autoconhecimento? Aprofundamento de si próprio?</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Muitas estão aí dizendo que "estão com a terapia em dia" e eu afirmei, categoricamente, que essa era uma frase clichê usada como muleta. Desculpe por ter dito isso! Hoje em dia eu sei que essas mulheres se destacam <i>por estarem tentando</i>. Se estão fazendo isso corretamente ou não são outros questionamentos, mas, ao menos, <i>há a tentativa</i>. Esse é o primeiro passo, como de uma criança aprendendo a andar, a ter mais autoconsciência de si própria.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><i>Autoconhecimento é um ato de extrema coragem.</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Mas a maioria de nós (<b>nisso, eu não estou incluída</b>) tem medo de conhecer as próprias sombras. Passam um verniz ou empurram deliberadamente para baixo do tapete porque, afinal, se não está na minha vista, não preciso me preocupar. Admita: quem aqui nunca fez isso na vida?</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Nos apps, eu não conheci tantas mulheres assim, mas uma característica me chamou a atenção em todas elas, sem exceção: falha de comunicação. E, nisso, eu também estou incluída, infelizmente.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A falha de comunicação gera falta de clareza e falta de propósitos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Comunicação, como dizem todos os terapeutas por aí, é crucial para o estabelecimento de qualquer tipo de relacionamento. Ainda mais quando conhecemos alguém por um meio virtual. Afinal, não temos a presença, não temos parâmetros, não temos conhecidos em comum que nos apresentariam outros pontos de vista. Contamos, única e exclusivamente, com o que nos é dito pela pessoa.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Então, se a comunicação é falha, isso se chama: receita para o desastre.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Eu sempre me considerei uma pessoa que sabia se comunicar.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E esta foi a maior lição, a mais dura de todas, que eu tive de aprender neste ano: saber me comunicar com clareza.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Comunicar-se com clareza é o ato maior de amor que você pode ter por você mesma.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não deixar indicativos, não deixar subentendido, não esperar que a pessoa compreenda por si própria. Nada disso.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">FALAR COM O MÁXIMO DE CLAREZA POSSÍVEL.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Eu tive de errar bastante para chegar à essa conclusão. Talvez, para algum leitor aqui, isso já seja óbvio. Parabéns para você! Que você continue nessa jornada, que é uma estrada de eterno aprendizado.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O outro poderá reclamar de sua suposta falta de tato com uma fala direta, mas nunca questionará suas intenções. Então, desde que você seja uma pessoa que tenha muito autoconhecimento de si mesmo, falar com clareza além de um ato de amor por si próprio também é um ato de amor com o outro — a despeito de ele não conseguir compreender isso no começo.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E, aí, fechamos o círculo e voltamos ao tal do clichê chamado "autoconhecimento". Imagine uma pessoa que não tenha consciência de si própria e que, obviamente, não saberá comunicar com clareza o que nem ela mesma sabe. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Imagine os estragos que os encontros dessas mulheres estão causando por aí?</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Imaginou?</span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ7zWwNiaPAlt9Or0K5jfV2fnggVogJJh4YmMKfZar6ohAHs0TUmCDYQzVHrtLlDymfIUGD6uWmwUQ5WImFzDweCqmd1YCI6snpKBPvqacJeGy-JYi3Jrw8Kg2zKl89kJK4lXJTC-ten-LOGXDyy3jYc-LZMaJbDgqR_wJ1rnshyMA-CMW6_tqgPtllNg/s3051/Francisco_de_Goya,_Saturno_devorando_a_su_hijo_(1819-1823).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3051" data-original-width="1661" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ7zWwNiaPAlt9Or0K5jfV2fnggVogJJh4YmMKfZar6ohAHs0TUmCDYQzVHrtLlDymfIUGD6uWmwUQ5WImFzDweCqmd1YCI6snpKBPvqacJeGy-JYi3Jrw8Kg2zKl89kJK4lXJTC-ten-LOGXDyy3jYc-LZMaJbDgqR_wJ1rnshyMA-CMW6_tqgPtllNg/s320/Francisco_de_Goya,_Saturno_devorando_a_su_hijo_(1819-1823).jpg" width="174" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Isso não é exclusividade de lésbicas, não. <b><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Saturno_devorando_um_filho" target="_blank">Isso é endêmico no ser humano da atualidade.</a></b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Mas, pense. O que é um app de relacionamento? É um local onde as pessoas se reúnem para vender o próprio peixe. E como se faz isso? Maquiando o peixe da melhor forma possível.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Gostos? Arte, urbanismo, café, viagens e animais.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Fotos? Uma prévia do Instagram (local onde mais encontramos a exposição da riqueza construída em detrimento da pobreza interior).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O melhor peixe exposto ganha mais curtidas, visualizações, seguidores e fãs. Que tristeza viver nestes atuais tempos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Então, os apps não mostram, como já disse, uma foto do cérebro e, melhor, uma foto da alma. Nao temos acesso a esse raio x. Não há outra forma de saber além de observar, prestar atenção e notar como se dá a passagem do tempo — sempre, o tão sábio tempo. Além da nossa intuição.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Hoje em dia, que obviamente não é mais como há vinte anos atrás, as pessoas estão muito mais perdidas, confusas e... sequer têm noção disso. E, se têm, escondem isso dentro de um cofre de titânio sem chave de acesso. Como podemos conviver bem uns com os outros sendo e estando assim?</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não sei: esta é a minha mais sincera resposta.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E eu que, ingenuamente, achei que os maiores desafios deste ano seriam em torno do cuidado com a minha saúde, com a minha espiritualidade (obrigada, Halu Gamashi, por estar em minha vida, eu não teria conseguido sem os seus ensinamentos!) ou com a parte material da minha vida. Nada disso.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Tudo na minha vida sempre aponta para a mesma direção: os relacionamentos humanos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Então, quero finalizar este ano refletindo e aprendendo tudo que puder aprender e continuamente seguir aprendendo. E que 2024 me traga bons ventos (mais frescos, de preferência).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Desejo o mesmo a cada leitor que me acompanhou por aqui em 2023. Sigamos juntos e fortes. Fiquem com Deus.</span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-91247931900632415532023-10-26T12:26:00.003-03:002023-10-26T14:26:10.651-03:00E o livro de Britney Spears aconteceu em minha vida!<p><span style="font-family: arial;">Escreverei um post sobre meu trabalho, algo que quase não faço por aqui (embora já tenha feito mais há anos atrás).</span></p><p><span style="font-family: arial;">Desde 2022, me enveredei pelo campo da tradução literária, um caminho quase meio clichê para a maioria dos profissionais do texto no mercado editorial. E por que isso acontece? Porque os revisores, em geral, ficam exauridos de sempre corrigirem traduções péssimas feitas por profissionais duvidosos e decidem, então, eles mesmos serem os produtores de um texto com maior qualidade. Além de, claro, remunerar melhor.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Não há glamour na vida do profissional do mercado editorial! Quem acredita nisso ou é jovem demais ou está do outro lado da cadeia! rs </span></p><p><span style="font-family: arial;">No entanto, no final do ano passado, eu fiquei sabendo que a Britney Spears tinha escrito sua biografia e eu fui convidada a fazer a tradução para a língua portuguesa. Quer um convite mais irrecusável que esse?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Foi um desafio! Foi intenso! O término da leitura me deixou depressiva porque a história dela é muito triste. A despeito do lado de quem queremos ficar, a gente sabe que toda verdade tem vários lados. Mas quando uma voz é calada, uma injustiça está sendo feita. É preciso muita resiliência para suportar tudo o que ela suportou.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E o lançamento mundial do livro foi dia 24/10/2023. Certamente, uma data que ficará em minha memória para sempre.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Quando comecei meu primeiro emprego editorial, um estágio, em setembro de 2001, eu não queria nada além de pagar minhas contas. Estava passando por um momento pessoal bem delicado. Desde então, trabalhei em algumas editoras, prestei serviços para a maioria das editoras conhecidas do mercado, vivi todo o tipo de experiência que você pode imaginar. Pergunte e eu terei uma história para qualquer tema que você me lançar! </span></p><p><span style="font-family: arial;">Desde cedo, em meu primeiro emprego, eu aprendi algo: <i>humildade</i>. </span></p><p><span style="font-family: arial;">O trabalho do profissional do livro é de bastidores. Seja livro brasileiro, seja tradução. A gente faz um esforço hercúleo para que o livro saia perfeito mesmo sabendo que perfeição não existe. Muitos profissionais não sabem lidar com isso, aliás. Mas taí a primeira realidade a ser encarada.</span></p><p><span style="font-family: arial;">O mercado editorial é composto por seres humanos que muitas vezes confundem seu papel na cadeia de produção do livro. Não somos os autores, não somos os que investem dinheiro para que um livro seja lançado. Apenas participamos da sua produção, em alguma etapa dessa imensa cadeia: da tradução à gráfica. Da compra do direitos à divulgação e venda.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Por isso, nunca tive pretensões maiores em termos de visibilidade. No primeiro choque de realidade que tive, bem cedo, entendi que se eu quiser ser famosa, eu devo ser a autora, não a quem produziu o livro. Não importa quanto reconhecimento essa categoria merece e nunca tem.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Isso dito, eu realmente nunca sonhei com qualquer tipo de "fama". Eu conscientemente me coloco em minha posição de importância e me alegro com ela. No entanto, eu também nunca sonhei que faria uma tradução de uma biografia de uma artista e celebridade como Britney Spears.</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmbbU6qnEWEvLF0wZsiuFZklDjA8gBllcOfFRBqUKZDYzKTY8_l7Aan7J8sP9g8CkReyK7DR17Y9nklHk57-auWyEGbKWzyeZoVVIDQcUQ3fWH1C_UAoWVbgRQ0zgRt7owCr77yFt3RfvfGi7D1yKFxveS6ncnITBJqXR2NQ1DEcPbiJnTui6-9rjLEvo/s2048/F9SmNYcWEAAo0KD.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmbbU6qnEWEvLF0wZsiuFZklDjA8gBllcOfFRBqUKZDYzKTY8_l7Aan7J8sP9g8CkReyK7DR17Y9nklHk57-auWyEGbKWzyeZoVVIDQcUQ3fWH1C_UAoWVbgRQ0zgRt7owCr77yFt3RfvfGi7D1yKFxveS6ncnITBJqXR2NQ1DEcPbiJnTui6-9rjLEvo/s320/F9SmNYcWEAAo0KD.jpg" width="240" /></a></div><span style="font-family: arial;">Devo confessar que a ficha ainda está caindo. E eu aproveitarei este momento em todos os sentidos. Porque, em toda a minha vida editorial, eu nunca vivi algo desse tipo. Nunca. E, exatamente por isso, eu nunca fiz autodivulgação. Porém, agora, eu quero sim, curtir o momento, quero postar nas redes sociais. Alguém vai ver? Alguém vai se importar? Não sei. Não espero muito além. É uma satisfação pessoal e íntima mesmo, depois de vinte e dois anos no mercado editorial, me permitir vivenciar plenamente esse sentimento! Eu mereço.</span><p></p><p><span style="font-family: arial;">E finalizo com uma palavra para os colegas de profissão que, por acaso, caírem aqui: trabalhar com texto é levar porrada todos os dias e viver numa eterna corda bamba. Nunca somos reconhecidos. Não construa sua carreira esperando isso acontecer. Mas, se acontecer, curta cada momento. E depois volte à realidade dos bastidores onde pertencemos e trabalhamos meticulosamente.</span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-54239858219403198802023-10-19T17:35:00.019-03:002023-10-21T12:12:34.426-03:00Sobre o idealismo e o amor — parte 2<p><span style="font-family: arial;"><a href="https://t.co/WRVle3vigJ" target="_blank">Em 09 de janeiro deste ano eu escrevi a parte 1 deste post</a>. Sem saber que alguns meses depois, eu estaria disposta a escrever uma continuação!</span></p><p><span style="font-family: arial;">Pois é... Há algum tempo, eu venho com uma reflexão insistente que estava aqui, pedindo para sair. No entanto, eu não sabia exatamente do que se tratava. Sabia, apenas, que tinha algo me incomodando e que eu precisava trazer à tona. Então, resolvi reler meus posts (como sempre costumo fazer) e me parei mais pausadamente para ler o link que citei acima.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Eu me recordo exatamente dos meus sentimentos enquanto escrevia aquele texto. Eu estava tão feliz! Tão empolgada com minha recente constatação! Estava me sentindo plena por me permitir ser eu mesma, mais uma vez. Por permitir ter coragem para ser quem eu sempre fui a despeito de todas as dores que eu já vivi.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E o que aconteceu nesse intervalo de tempo que me motivos para escrever uma segunda parte?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Os apps de relacionamento aconteceram, meu bem!</span></p><p><span style="font-family: arial;">Eu não sabia exatamente o que eu esperava quando me cadastrei nesses apps. Mas depois do que eu vivi, eu sei, hoje, o que eu espero NÃO encontrar mais! </span><span style="font-family: arial;">Eu não fazia ideia de como eu reagiria emocionalmente, energeticamente e mentalmente às mulheres que conheceria. Fui ingênua. E bastante tola, até. Eu me apresentei com um propósito que, vendo hoje, percebo que não faz sentido algum para a realidade que é estar exposta em um app de relacionamentos.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Eu demorei exatamente dois meses para me dar conta disso. E eu sei que foi somente por ter me exposto dessa forma é que consegui me dar conta dessa realidade. Essa informação não teria sido aprendida se não fosse assim. Pois, se alguém me dissesse quem eu era e até me previsse tudo que eu viveria, talvez eu não acreditasse. Talvez eu não levasse a sério.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Como tinha dito no post anterior, ser idealista é ser uma pessoa que precisa estar muito atenta aos sinais ao seu redor. E fazer essa análise o mais racional possível. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Primeiro filtro: racional. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Segundo filtro: racional. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Terceiro filtro: espiritual. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Quarto filtro: emocional.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Por não ter usado essa sequência, não cometi grandes erros, não chorei muitas lágrimas, afinal, dois meses é pouco tempo para tudo isso! rs Mas, sim, eu vivi situações inéditas, vivi situações meio repetidas do passado. E vivi o suficiente para ter mais claro agora novos parâmetros para o que espero nesses apps e para mim mesma.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ser idealista, acreditar no amor e estar aberta a conhecer mulheres totalmente incógnitas em um app de relacionamentos é quase uma missão kamikaze. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Fiz uma leitura de tarot e pedi um conselho sobre como agir nessa seara. E esse conselho foi claro: "Cuide de sua autoestima (que ficou machucada com as coisas vividas), fuja das regras (que eu mesma criei), seja mais fora da caixa, seja mais livre e seja direta e clara". Obviamente, essa leitura reforçou uma decisão que eu já vinha tomando.</span></p><p><br /></p><p><br /></p><p><span style="font-family: arial;"><i>(post editado, algo que raramente faço)</i></span></p><p><span style="font-family: arial;">O adendo que faço aqui é: é chegada a hora do recolhimento, de pôr a casa em ordem, de rever prioridades, priorizar o racional acima de tudo e afastar as névoas. Certamente um post sobre este momento será escrito no futuro.</span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-90887416593538390702023-10-02T14:04:00.001-03:002023-10-02T20:47:16.104-03:00E depois de alguns meses com Halu Gamashi...<p><span style="font-family: arial;">Hoje eu aproveitei o dia frio (meio tardio) para fazer uma caminhada mais puxada.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E já eram mais de nove horas da manhã quando me propus a observar as pessoas do meu bairro: o mesmo cenário, o mesmo contexto, a mesma energia matinal de uma segunda-feira, as pessoas com ressaca do fim de semana. Especial? Mais um outro finde de excessos, vícios, distrações.</span></p><p><span style="font-family: arial;"><i>Então, lembrei de mim mesma há alguns meses. Há um ano atrás. Antes de ter conhecido a Halu.</i></span></p><p><span style="font-family: arial;">Eu não tinha noção naquele momento, mas eu estava vivendo mais um período de provações extremas. Me alimentando mal. Sobrevivendo mal. Trabalhando muito e ocupando a minha mente apenas com isso, porque se eu parasse para pensar, eu enlouqueceria. E buscando vícios possíveis para inserir em minha vida. Sim, eu estava no piloto automático para sobreviver a mais um evento traumático vivido.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Me isolei. Como sempre faço. Mantive contatos superficiais para dar aquela falsa impressão de calmaria sendo que eu vivia uma tempestade controlada cuja energia, em breve, chutaria as portas para sair.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Entre dezembro e janeiro, eu voltei a fumar. Eu nunca fui realmente fumante mas nunca tinha fumado dez maços de cigarro a cada duas semanas. Eu sabia que tinha algo errado, mas o monóxido de carbono foi a única coisa capaz de tirar o oxigênio do meu cérebro e promover alguma paz.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Em novembro do ano passado, <a href="https://outro-dia-qualquer.blogspot.com/2023/01/sobre-o-idealismo-e-sobre-o-amor.html" target="_blank">eu li uma fanfic como já escrevi aqui</a>. Essa fanfic foi o primeiro elemento que eu precisava encarar para iniciar o processo de depuração do meu coração. Em janeiro, uma pessoa que considerava amiga saiu de minha vida. Não era amizade de verdade. Mais uma.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Todo novo ano eu me encho de forças transmutadoras. Essa foi a única resolução que eu consegui tomar.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Não fumei mais. Mas todos os outros péssimos hábitos de pessoa entorpecida se seguiram.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Então, em maio deste ano, eu conheci a Halu e já falei disso <a href="https://outro-dia-qualquer.blogspot.com/2023/07/meu-encontro-com-halu-gamashi.html" target="_blank">neste post</a>.</span></p><p><span style="font-family: arial;"><i>E, hoje, dia 02 de outubro de 2023, eu dou continuidade àquele texto.</i></span></p><p><span style="font-family: arial;">Estava caminhando pela manhã, observando homens bebendo cerveja no café da manhã. Um outra moça quase me atropelando com um copo de café doce. Outra compartilhando o cheiro do salgadinho de cebola. Filas para comprar salgados fritos pela manhã. Pessoas e mais pessoas fumando desesperadamente o resto da bituca para não desperdiçá-la. Pessoas saindo correndo com um pacote de biscoito recheado nas mãos. Nada novo.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Passei no mercado para comprar um pacote de papel higiênico. E uma garrafa de água mineral. Prateleiras e mais prateleiras de produtos industrializados. Voltei até o ponto de ônibus para voltar para casa. O comércio abrindo. E todas as lojas de doces expondo açúcar e mais produtos industrializados em promoção.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E há algum tempo nada disso faz mais sentido para mim. Porém, pergunte a qualquer pessoa se ela não se sentiria influenciada de alguma forma? Não por esses exemplos, mas por outros mais sofisticados?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Desde maio, estou seguindo todas as orientações da espiritualidade à risca. Todas as receitas, sucos, bebidas, águas, banhos, saladas, tudo.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E, pela primeira vez em minha vida, eu olho para tudo com um imenso sentimento de alívio por não me sentir mais conectada a essa vibração densa. À vibração do consumo descontrolado. Do impulso dos vícios. <i>Compulsão é uma palavra que está sendo riscada da minha vida. Vício também. </i></span><span style="font-family: arial;"><i>Esses péssimos hábitos todos adquiridos.</i></span></p><p><span style="font-family: arial;">Já não consigo comer mais uma série de alimentos. Nem sinto vontade de comer outra lista gigante de coisas. Coisas essas que, há uns meses atrás, eram parte rotineira do meu cotidiano. Confesso que nem acredito nisso! Não se trata de proibição, trata-se simplesmente de zero desejo por isso.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Estou até vislumbrando a possibilidade de voltar a ser vegetariana. Não é meu foco. Veremos.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Então, neste segundo post, queria enfatizar que, sim, ao cuidarmos de nossa espiritualidade, engana-se quem pensa que o foco seria "espiritual". Nós somos espíritos num corpo material e essas duas partes precisam coexistir em harmonia. Sem um corpo saudável (não ilustrado da forma como é comercialmente vendida por aí) não poderemos manifestar o nosso potencial espiritual porque não haverá como! Precisamos estar sutis para sermos sutis.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ao cuidarmos do espiritual em nós, mente, corpo... tudo é consequência. O foco, sempre, deve ser o espiritual. E oro para que as pessoas se conscientizem... porque seremos tão melhores em tudo.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Teremos ainda mais autoamor. Autocuidado.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Teremos discernimento e saberemos o que dizer e o que escolher.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Poderemos viver nossos aprendizados em Planeta Terra sem tanto sofrimento.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Espero voltar no ano que vem com outros relatos. Eu sei que eles virão.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Cuidem-se! Vocês são a coisa mais preciosa na vida de vocês.</span></p><p><span style="font-family: arial;"><i>E muito obrigada: Halu, mentores espirituais e os mestres ascencionados por todo o infinito amor por nós.</i></span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-69615461909274895252023-09-30T17:26:00.001-03:002023-09-30T17:28:44.494-03:00Um poema (antigo)<p><span style="font-family: arial;">Hoje acordei com um verso de um poema, que escrevi há mais de vinte anos atrás, na cabeça. Já não me lembrava do título... apenas de um verso.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Liguei o computador e vim caçar. Achei.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Escrito no dia 20 de maio de 2001, quando eu ainda usava o pseudônimo "Kris de Sousa", mostra uma Cris antiga, que ainda não tinha vivido uma cesta de experiências, tinha acabado de começar a fazer o curso de Letras na USP e carregava sonhos e uma coragem que... bem... eu ainda as tenho. Apenas em outro formato.</span></p><p><span style="font-family: arial;">A linguagem aqui é mais formal e rebuscada, algo que abandonaria em breve. Mas esse poema, apesar de estar nessa roupagem, é muito visceral. E não foi nada à toa eu ter acordado com ele na cabeça...</span></p><p><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"><b><span style="font-family: arial;">Baile</span></b></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">Ao baile dos poemas, entreguei-me na noite passada</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">e mesmo no silêncio mudo, misterioso... inquiridor</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">tenho os vestígios: resquícios de sua arte, sua dor</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">e acordei com palavras tristes... mas abonadas,</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">perguntei ao relógio do tempo que não é tempo,</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">mas mera figuração, idolatração: passatempo.</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">Ao baile da ansiedade cheia de escárnio, chorei</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">lágrimas, e com elas, fiz tinta que usei em pena</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">em alusão à mulher que tanto me traz cenas</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">em sonhos, em pesadelos: marquei-me, esperei,</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">mas o silêncio da solidão foi duro e taciturno</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">minhas mágoas não encontraram momento oportuno.</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">E tremi...</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">entre transes </span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">de ópio e morfina,</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">pretendi...</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">esquecer a vida </span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">que desatina,</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">malogrei...</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">sangrei...</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">dei...</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">ao obscuro</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">o que não tinha,</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">e busquei</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">não em mim</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">mas fora</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">... de mim...</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">o que</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">só em mim</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">havia...</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">Ao baile da solidão eterna o tempo todo eu compareci,</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">dias e noites, madrugadas e manhãs vazias, mal vividas</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">os estranhos me serviram de companhia para a sina</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">que eu escolhi e pretendi, e que não sabe que adoeci,</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">mas acordei com palavras e poemas, perfeitos,</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">que saberão, em sua sapiência inviolável, dar-me preceitos.</span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-88963058930493630322023-09-27T16:15:00.004-03:002023-09-27T16:17:15.351-03:00Que sentimento você sente por si mesmo?<p><span style="font-family: arial;">Já não é mais novidade há um bom tempo: quanto mais possibilidade temos de estarmos conectados uns aos outros, menos estamos conectados às pessoas e, principalmente, conosco mesmos.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E essa informação já está tão repetida que se tornou apenas mais uma daquelas que as pessoas veem e passam adiante. Estamos tão hiperestimulados que acabamos nos dopando inconscientemente para conseguir sobreviver sem enlouquecer.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Acabei de ler uma <a href="https://www.bbc.com/portuguese/articles/cjm4lg89jv1o" target="_blank">matéria</a> da BBC dizendo que o zolpidem se tornou a <a href="https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/08/29/vicio-em-zolpidem.htm" target="_blank">droga hype</a> do momento. Oi? Além da insônia (outra doença subproduto do caos que é viver hoje em dia), o zolpidem está se tornando saída para pessoas que precisam sentir alegria.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E quem não precisa de uma boa noite de sono?<br />E quem não precisa sentir alegria?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Estimulada pelas conversas com uma querida leonina, comecei a refletir nesse tema que, também, já falei bastante por aqui. Mas me veio a oportunidade de trazer uma nova reflexão à luz deste ano de 2023 tão estranho que estamos todos vivenciando.</span></p><p><span style="font-family: arial;">A pandemia deveria ter servido para nos aproximar uns dos outros como seres humanos. Fomos todos obrigados a nos isolar de pessoas queridas, do convívio em sociedade. Tivemos de reaprender questões básicas de higiene e limpeza. O pensamento coletivo antes do individual. Priorizar idosos, crianças e imunossuprimidos.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Mas a pandemia veio e foi e nem parece que milhões de pessoas morreram no mundo todo por causa de um vírus letal que ainda (e sempre) circulará entre nós. O ser humano tem esse péssimo hábito de ter memória curta, imediatista, materialista e superficial. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Alguns tiveram de encarar os próprios demônios com a força de todos os trânsitos astrológicos acumulados. Casamentos terminaram porque as pessoas perceberam que "estar casado" não é apenas uma aliança e um papel assinado. A maioria percebeu que todas as narrativas de fim de mundo exibidas em filmes de ficção de científica quando vividas na realidade não têm nada de aventuroso ou divertido.</span></p><p><span style="font-family: arial;">O planeta está mais populoso. O sistema econômico está ainda mais cruel. Se você não for capaz de fazer seu prmeiro milhão em um ano, você é simplesmente um derrotado incapaz de servir para nada além de ser mais uma mera geringonça escravizada em um esquema que vende a ilusão de estarmos todos felizes desde que estejamos endividados e vendendo nossos serviços a preço de banana.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Aí voltamos ao começo deste post.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Hoje comecei a ver uma <a href="https://www.youtube.com/live/Jer4JzIY8bQ?si=dpHdnuO6OgwS9L6K" target="_blank">live de Halu Gamashi</a> chamada "Como canalizar a energia da cura". Eu tinha visto só um recorte e decidi ver o vídeo integral. O que me chamou a atenção foi a pergunta que ela fez logo no começo do vídeo: "Que sentimento você sente por si mesmo?".</span></p><p><span style="font-family: arial;">E eu faço essa pergunta para você, leitor: que sentimento você sente por si mesmo?</span></p><p><span style="font-family: arial;">E o que a Halu responde? Veja o vídeo! rs</span></p><p><span style="font-family: arial;">Mas dou uma dica: recentemente escrevi um post intitulado <a href="https://outro-dia-qualquer.blogspot.com/2023/09/sobre-paixao-por-alguem.html" target="_blank">"Sobre a paixão (por alguém)"</a> e lá eu dei a minha resposta. E aqui continuarei com ela.</span></p><p><span style="font-family: arial;"><i>As pessoas vivem uma ilusão de que amam a si mesmas.</i> A verdade é que a imensa e esmagadora maioria apenas se mantém com o mínimo necessário para a sobrevivência — seja do corpo, da mente ou da alma. Pior ainda: a pessoa não faz ideia de que vive à beira do abismo fazendo malabares com facas afiadas e fogo ao mesmo tempo. Ela acredita que isso mostra o quanto ela é capaz de ser corajosa, multitarefas, indomável.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ilusão.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Assim como Instagram é o suprassumo da ilusão. Claro, tem pessoas que usam as redes sociais com utilidade. Mas não é o caso dos que estão lá criando uma imagem que pode ser real ou não. Quem saberá dizer a diferença?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Olhe para as pessoas na rua. Se a gente pudesse ler mentes, certamente ficaríamos loucos. Por vezes, sabemos o que se passa na cabeça de alguém quando testemunhamos uma conversa entre duas pessoas conhecidas em alguma condução pública: falando mal de alguém. Falando mal do trabalho. Reclamando de alguma coisa porque, afinal, é por causa daquilo que a pessoa está ali sofrendo. Quantas vezes você ouviu uma conversa alheia e testemunhou algo edificante? (sem teor religioso, porque isso não é ser edificante)</span></p><p><span style="font-family: arial;">Olhe para as pessoas ao seu redor. Elas não sabem viver sem celular. Elas reclamam do superestímulo (sem consciência) e estão ali, viciadas em não perder nada do que se passa no mundo virtual. Estamos tão sufocados por uma vida que não queríamos ter que não sabemos mais qual vida gostaríamos de ter. E para conseguir sobreviver a isso tudo nos enchemos de distrações. Rolar o dedo pra cima e pro lado se tornou o exercício que as pessoas mais gostam de fazer. Simples, rápido e sem precisar pensar ou refletir.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Olhe para as pessoas: elas não sabem mais interagir umas com as outras. Se não for regado a muito álcool, não há conexão. Se não tiver selfies e fotos infinitas, não há conexão. Se não tiver a beleza física pasteurizada, não há conexão. Se não houver um post de atualização com infinitas hashtags, você não está conectado com o que você estiver fazendo.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ao final do dia, o que você acha que essas pessoas sentem por si mesmas?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ao final do seu dia, o que você sente por si mesmo?</span></p><p><span style="font-family: arial;">O sinal dos tempos já começou neste ano de 2023. E é meio unanimidade entre diversas fontes que teremos anos difíceis pela frente. Dê uma chance a si mesmo e saia da manada ignorante que sobrevive acreditando que está dando o exemplo. Faça-se esse ato de autoamor.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ame-se. De verdade. <br />Cuide de sua espiritualidade. Seu corpo e sua mente automaticamente serão beneficiados.<br />Porque, afinal, ao final, só o amor importa.<br /><br /></span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-2606445486059048572023-09-26T14:35:00.009-03:002023-09-29T16:15:55.823-03:00E eu aprendi a dizer adeus...<p><span style="font-family: arial;">Não. Este post não é uma resposta tardia a uma certa música sertaneja que fez sucesso há umas décadas atrás, quando esse estilo musical ainda sobrevivia produzindo boas músicas.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Esses dias me peguei pensando na quantidade de tchaus que me foram ditos nos últimos meses, seja de forma direta ou indireta. E, na mesma hora, eu lembro desse movimento tão longo que tenho vivido há mais de uma década e que já retratei aqui neste blogue em inúmeros outros posts.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E quem me acompanha sabe o quanto me dói ouvir um adeus. Não que eu não goste de despedidas, por vezes, elas são imprescindíveis. No entanto, poucas vezes eu me despedi definitivamente de alguém. Não gosto. Sempre gosto de dizer que prefiro agregar — como uma boa canceriana que sou. Não para fazer coleção de pessoas ou me gabar da quantidade de pessoas na minha vida. Apenas porque simplesmente eu gosto de manter laços com todos.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Cada pessoa tem um significado único em nossa vida. Cada pessoa, com uma alma única, com sua presença única, com suas lembranças únicas. Eu e essa pessoa temos uma história única construída que não se repetirá com ninguém, justamente por isso, todos nós somos seres únicos construindo mundos e histórias únicas por aí.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E me despedir dessa singularidade me entristece. Não terei mais acesso aos sentimentos que eu e essa pessoa podemos trocar.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Veja, eu entendo. Manter relacionamentos humanos sadios é, talvez, a segunda mais tarefa difícil para qualquer um. E qual a primeira? Estar mentalmente, fisicamente e espiritualmente saudável. Se não estivermos sadios, como conseguiremos manter relacionamentos saudáveis? </span></p><p><span style="font-family: arial;">Cometeremos erros. Cometerão erros conosco. Seremos impulsivos e imprudentes. Agiremos e pensaremos depois. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Gosto de crer que possa existir um mundo em que todos possam coexistir sem sentir sentimentos negativos uns pelos outros. Porque sentiremos respeito. Respeitaremos quem prefere uma estrada e a gente prefira outra. Respeitaremos os momentos pessoais uns dos outros. Respeitaremos que uns precisam passar mais tempo em um mesmo aprendizado enquanto você já estará buscando outros desafios e outras perspectivas.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E não há bom ou ruim. </span><span style="font-family: arial;">Certo ou errado.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Isso posto, eu admito que sempre sofri com o tchau que me foi dito inúmeras vezes. Ora porque não aceitava e não via motivos. Ora porque sequer motivos me foram dados — a pessoa simplesmente virou as costas e se foi. E esse caso aí foi o que mais aconteceu comigo.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Vivia um eterno luto com direito a muito remoer, revirar, resmungar e ficar presa nesse instante que eu simplesmente não conseguia superar.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Demorou muito tempo até que eu entendesse (como disse no começo deste post) e tantos processos, tantas dores foram vividas... (infelizmente) para que eu entendesse que, na verdade, nós dizemos adeus e sequer nos damos conta de que estamos dizendo até logo. Essa pessoa sempre estará em nós, porque até onde sei, ainda não inventaram uma máquina para apagar lembranças (como no filme <i><a href="https://www.youtube.com/watch?v=0zFywiAh7N0" target="_blank">Brilho eterno de uma mente sem lembranças</a></i>). Essa pessoa é parte intrínseca da nossa história pessoal. Se você quiser que seja uma lembrança boa ou ruim, só depende de você e mais ninguém.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Hoje em dia quando me deparo com um iminente adeus, eu sinto meu coração disparar. Aquela velha sensação se aproximando... do tempo que não podemos capturar, dos desejos que não conseguimos realizar. <i>E eu penso em mim mesma</i>. Hoje em dia, eu acredito que a melhor forma de honrar uma pessoa que não quer mais fazer parte da nossa vida é aceitar seu adeus e guardar as boas lembranças. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Não devemos discutir, muito menos argumentar. Claro, nenhuma decisão é definitiva. E eu não creio em situações imutáveis. No entanto, ao aceitarmos um "tchau" permitimos a nós mesmos que possamos abrir espaço a alguém novo e às novas experiências que essa pessoa trará. Porque, acredite ou não, essa próxima pessoa sempre vem!</span></p><p><span style="font-family: arial;"><i>Que este post não seja lido como uma ode passiva a quem nos chuta pra fora da vida. rs</i> Nada disso! Certamente, antes dessa decisão chegar, muito já foi discutido, argumentado. Muita energia foi mal utilizada. Muitas brigas aconteceram. Tanto desgaste... e, então, chega o momento do famigerado "adeus" como passo necessário para o instante seguinte. Que assim seja!</span></p><p><span style="font-family: arial;">E reitero: prefiro agregar a ter de me despedir. Sempre!<br />Mas a quem quiser se despedir... até breve.</span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-59326734348704548712023-09-23T11:09:00.020-03:002023-09-23T18:57:31.969-03:00O videoclipe da minha vida...<span style="font-family: arial;">... na primeira metade da música eu estaria andando de carro sem destino, parando em lugares desertos, no meio do nada, sempre olhando e buscando um algo que ainda não encontrei.</span><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Até a gasolina do carro acabar e eu começar a andar.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Aí, na segunda parte do vídeo eu andaria, andaria, andaria... </span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbSRznCr3bn3-7vMnUjieFMt-5KR1TN5ffyzxAa9WLf6C-3zaMemrS3cuzhnwdbN5TwB9A5Gqu67czOPaclMrrQ0EW80UT27vdLF-FtBo7OvsZXBcMM0UmH1xduRJvwo8tac8DxKe_Jbdp5J67f57N_jAbha5zRGsvNe4abXp4DyITDX7TowqZTJPOCvw/s1423/HD-wallpaper-walk-alone-in-road-sunset.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1423" data-original-width="800" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbSRznCr3bn3-7vMnUjieFMt-5KR1TN5ffyzxAa9WLf6C-3zaMemrS3cuzhnwdbN5TwB9A5Gqu67czOPaclMrrQ0EW80UT27vdLF-FtBo7OvsZXBcMM0UmH1xduRJvwo8tac8DxKe_Jbdp5J67f57N_jAbha5zRGsvNe4abXp4DyITDX7TowqZTJPOCvw/w113-h200/HD-wallpaper-walk-alone-in-road-sunset.jpg" width="113" /></a></div><div>Andaria sem receio de estar sem aparente amparo. Sem receio do que deixei para trás. Sem olhar para quem estivesse tentando me parar.</div></span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: arial;">Eu simplesmente andaria...</span></div><div><span style="font-family: arial;">sob sol</span></div><div><span style="font-family: arial;">sob chuva</span></div><div><span style="font-family: arial;">com frio (preferencialmente no frio! Amo)</span></div><div><span style="font-family: arial;">ou com fome.</span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Meio dramático! rs</span></div><div><span style="font-family: arial;">MUITO EXISTENCIAL.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Filosófico. Reflexivo. Questionador.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Imparável.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Solitário.</span></div><div><span style="font-family: arial;">EU.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Mas seria interessante misturar um estilo road movie com esse andarilha que jaz em mim.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Tenho três videoclipes musicais que AMO muito. E foi só recentemente que me dei conta da similaridade entre eles.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=F2Cm_4573fs" target="_blank">Please don't stop the rain</a> (James Morrisson, 2008)</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><a href="https://www.youtube.com/watch?v=VAJ-WMwGsco" style="font-family: arial;">It means nothing</a><span style="font-family: arial;"> (Stereophonics, 2007)</span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: arial;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=1lyu1KKwC74" target="_blank">Bitter sweet symphony</a> (The Verve, 1997)</span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: arial;">Esperando os próximos dias frios para sair andando sem destino e fazer um videoclipe dentro da minha cabeça!</span></div>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-22468302567921247142023-09-19T13:22:00.010-03:002023-09-27T16:39:09.917-03:00Sobre a paixão (por alguém)<p><span style="font-family: arial;">Recentemente, me peguei pensando de novo nesse tema que nunca se esgota! Impressionante. À medida que as primaveras passam, é possível trazer novos entendimentos em um mesmo assunto. E por se tratar de um tema caro para mim — os relacionamentos humanos — eu também sempre busco aprofundar, aprender algo, ampliar o meu conhecimento. </span><span style="font-family: arial;">Eu já discorri sobre esse tema anteriormente como você pode ler clicando </span><a href="https://outro-dia-qualquer.blogspot.com/search?q=paix%C3%A3o" style="font-family: arial;" target="_blank">aqui</a><span style="font-family: arial;">. </span><span style="font-family: arial;">Assim, não vou retomar o que disse em alguns posts antigos. Vou tentar delinear brevemente o que eu entendo agora sobre a paixão que uma pessoa sente por outra.</span></p><p><span style="font-family: arial;"><a href="https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-etimologia-de-paixao/15781" target="_blank">Etimologicamente</a>, a origem da palavra está ligada aos termos "sofrimento" e "doença". E é curioso constatar que, mesmo sem ter feito essa pequena pesquisa, eu sempre afirmei que a "paixão é uma forma de loucura".</span></p><p><span style="font-family: arial;">E por que eu digo isso? Não precisamos refletir muito para chegarmos às mesmas conclusões. A paixão é um ato não programado de súbita conexão com alguém que suscita em nós sentimentos mistos de alegria, furor, prazer, ansiedade, posse e muita, mas MUITA intensidade.</span></p><p><span style="font-family: arial;">É como se destravássemos uma chave no cérebro. <i>Quem não quer estar apaixonado? Quem não quer se apaixonar? E se for correspondido?</i></span></p><p><span style="font-family: arial;">O ato de estar apaixonado diminui a nossa capacidade crítica praticamente a levando a zero. </span><span style="font-family: arial;">O ato de estar apaixonado aciona nosso modo instintivo, involuntário e irracional. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Defeitos do outro? Não existem! <br /></span><span style="font-family: arial;">Incompatibilidades? O amor (a paixão) vence tudo! <br /></span><span style="font-family: arial;">Um único (talvez dois ou três) ponto em comum constrói castelos gigantes de possibilidades, obviamente embasadas em um terreno frágil que passou longe de conseguir analisar prós e contras.<br />Não existem contras quando a gente está apaixonado!<br />"Juntos vamos vencer o mundo" dizem os apaixonados e eles se esquecem de pensar que mal conseguirão vencer a si mesmos nessa empreitada.</span></p><p><span style="font-family: arial;"><i>Apaixonar-se é sair do lugar comum</i>. A sociedade nos enfia goela abaixo a ideia do amor romântico que começa numa paixão e termina em final feliz com os dois velhos sentados juntos compartilhando sonhos e boas lembranças. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Quando a gente se apaixona, a gente quer se apaixonar. A gente quer estar apaixonado. A gente quer viver esse sentimento com alguém. É um desejo visceral que não tem paciência alguma e quer ser saciado com urgência. Nisso, as pessoas se conhecem, se encontram, fazem juras eternas no dia seguinte, se casam no mês seguinte (ou fazem união estável...) como se uma assinatura num papel fosse o suficiente para confirmar que o sentimento ali é sólido. Usar aliança. Fotos de casal em todos os perfis virtuais. A dissolução do um em dois, pois não há mais individualidades e sim "o casal".</span></p><p><span style="font-family: arial;">Eu já vi essa história tantas e tantas vezes... e em todas as vezes o final foi o mesmo. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Estudos dizem que uma paixão dura cerca de seis meses. Se o casal se estabelece, dura cerca de dois a três anos. Quantos casais que ficaram juntos por dois anos você não conhece por aí?</span></p><p><span style="font-family: arial;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhynBjViCFviN7fondJj79uNUQ864APJEWFXnan8ezHVGgBTuA0tO5SNryfzwfIcW7bE5XqLvUh00sX_SDk3plULosJBcBcUUf0-99tiRCN9xvpFZtv_mvPRRq6UsJVPVp10CcPDsXa2WGmD1EqHh13GqtFG21CrPXbITnfE8ro7Bcff0AuWDmDpS-B2wk/s750/Escultura-de-Antonio-Canova.-Cupido-e-Psique.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="750" data-original-width="750" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhynBjViCFviN7fondJj79uNUQ864APJEWFXnan8ezHVGgBTuA0tO5SNryfzwfIcW7bE5XqLvUh00sX_SDk3plULosJBcBcUUf0-99tiRCN9xvpFZtv_mvPRRq6UsJVPVp10CcPDsXa2WGmD1EqHh13GqtFG21CrPXbITnfE8ro7Bcff0AuWDmDpS-B2wk/w200-h200/Escultura-de-Antonio-Canova.-Cupido-e-Psique.jpg" width="200" /></a></span></div><span style="font-family: arial;">A gente bem que gostaria, mas o calor da paixão — (in)felizmente — tem prazo de validade. E quando as pessoas voltam a si, se dão conta de que quando não há mais tesão sexual, o relacionamento começa a escancarar todos os defeitos que, na verdade, sempre estiveram ali. Porque, afinal, desejar sexualmente a mesma pessoa ano após ano é um detalhe que as novelas românticas nem os comerciais de dia dos namorados ensinam.</span><p></p><p><span style="font-family: arial;">Então, me vem a pergunta: <i>por que a gente se apaixona?</i></span></p><p><span style="font-family: arial;">Eu acredito que, </span><span style="font-family: arial;">basicamente,</span><span style="font-family: arial;"> a gente se apaixona porque a gente não está apaixonado por si mesmo.</span></p><p><i style="font-family: arial;">E de onde eu tiro essa ideia?</i></p><p><span style="font-family: arial;">A resposta pode tomar alguns direcionamentos, mas em suma me parece simples: quem não pratica autoconhecimento e autocuidado de verdade (sem usar a terapia como muleta) sabe o preço que é curar um coração partido — seja essa dor causada por uma decepção amorosa ou outra qualquer (mas, em especial, a amorosa). <br /><br />O ato de se autocurar exige muitas atitudes. E a gente sempre acaba pulando uma ou várias delas. Por impaciência, por incapacidade, por ingenuidade... é apenas nas experiências dolorosas que nos lapidamos — ou, pelo menos, é isso que deveria acontecer.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Creio que a autoestima é uma das etapas da autocura onde mais precisamos do outro como elemento externo para nos validar. E isso é extremamente ardiloso, ambíguo e tênue. porque ao nos abrirmos à opinião alheia, saberemos como filtrar o que é importante ouvir e o que deve ser descartado?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Porque sabemos que não será de qualquer pessoa que virá aquela palavra que acionará a faísca em uma brasa quase se extinguindo dentro de nós.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E quando, inesperadamente ou não, surge o tal alguém que acende essa brasa sem que pedíssemos, nos permitindo voltar a ver um mundo com cores (que sempre estiveram ali mas que você era incapaz de ver), fazendo a gente voltar a acreditar naquelas qualidades que você até sabe que tinha mas nem se lembrava mais. Você volta a respirar. Você sente seu coração bater com força.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E eu acho que deveria parar aí! <br />Porque se a pessoa que te causou isso for alguém por quem você facilmente se sentiria atraído fisicamente, mentalmente (ou nada disso), você cairá, sem perceber, na armadilha de ser picado pela doença da paixão.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Aí surgem os "encontros fatais" e as paixões fulminantes. Ou, na mesma medida, quando um apenas se apaixona e o outro usa esse pedestal em que se encontra para se aproveitar do apaixonado tirando todo tipo de vantagem pessoal — a pior delas, alimentar o próprio ego com a devoção cega de alguém. Ou quando simplesmente o que não está apaixonado diz "vamos ser amigos?".</span></p><p><span style="font-family: arial;">Acredito que no dia em que conseguirmos entender só um pouquinho mais do mecanismo que diferencia radicalmente amor e paixão, poderemos ser mais felizes em nossos relacionamentos amorosos e em nosso relacionamentos, de modo geral. Porque, sim, a imensa e esmagadora maioria confunde amor e paixão.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Não estou negando que elas possam começar juntas!<br />Acho que todo mundo aqui conhece ao menos uma história de duas pessoas que trocaram um olhar, algumas palavras, se apaixonaram, se casaram e, mais de trinta anos depois, continuam juntas até hoje.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Porém, essa NÃO É a regra!</span></p><p><span style="font-family: arial;">E como faz?<br /></span><span style="font-family: arial;"><br />Aí volto ao começo deste post sobre autocura e autoestima.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Quem não consegue se amar, como conseguirá amar alguém?<br />Quem não está encantado por si próprio como saberá se encantar por alguém sem estar sob os efeitos da loucura?<br />Quem não se autoconhece bem saberá reconhecer o outro além da superficialidade cada vez mais leviana estimulada hoje em dia?<br />Quem não tiver o controle do tempo nas mãos saberá usar esse mesmo tempo para construir um descobrir, um despertar que caminhe para a criação do conjunto de duas pessoas que estão se conhecendo?</span></p><blockquote data-darkreader-inline-border-bottom="" data-darkreader-inline-border-left="" data-darkreader-inline-border-right="" data-darkreader-inline-border-top="" style="--darkreader-inline-border-bottom: initial; --darkreader-inline-border-left: initial; --darkreader-inline-border-right: initial; --darkreader-inline-border-top: initial; border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><p><span style="font-family: arial;"><i>Amar alguém não é tapar o buraco de uma ausência com a presença de uma pessoa nova ali.</i></span></p><p><span style="font-family: arial;"><i>Amar é estar constantemente encantado (não apaixonado).</i></span></p><p><span style="font-family: arial;"><i>Amar não é estar imune a oscilações e desequilíbrios e, sim, saber, junto com o outro, a comunicar os sentimentos e juntos buscarem uma solução que seja boa para ambos.</i></span></p><p><span style="font-family: arial;"><i>Amar é saber comunicar com empatia, sinceridade e acolhimento.</i></span></p></blockquote><p><span style="font-family: arial;"><br />Então, apenas me responda: uma paixão que está praticamente sendo guiada e alimentada pelos instintos e pelo irracional é capaz de agir dessa forma? Ilusoriamente até que sim. Até passar... o véu cair. E a realidade assustadora queimar os olhos das pessoas sem possibilidade de desqueimar.<br /></span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-10050895457250835152023-09-16T17:53:00.001-03:002023-09-16T17:53:29.818-03:00Minhas músicas favoritas de Isabella Taviani<p><span style="font-family: arial;">Este já foi um blogue praticamente e inteiramente dedicado à ela: Isabella Taviani.</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqRyi3LtFtOs3g3fWU4y_HUGixHn6IUNpAczMZSRm3UzlxO46jFmoH1WFu7iabXtkC2OAU49ladWJIuDmk3RTT78yX6dw6eLaZR8Na3LhpE3kPVRReiDVCcyq-xuoJLWhxpoh_RKycYfdYoL6QiqOIhKF27NGs-Y7rf8bCVzrzTkHFeCVULvv0KSnjozw/s507/Isabella.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="507" data-original-width="368" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqRyi3LtFtOs3g3fWU4y_HUGixHn6IUNpAczMZSRm3UzlxO46jFmoH1WFu7iabXtkC2OAU49ladWJIuDmk3RTT78yX6dw6eLaZR8Na3LhpE3kPVRReiDVCcyq-xuoJLWhxpoh_RKycYfdYoL6QiqOIhKF27NGs-Y7rf8bCVzrzTkHFeCVULvv0KSnjozw/s320/Isabella.png" width="232" /></a></div><span style="font-family: arial;">E esses foram momentos únicos que nunca esquecerei. Viajar pelo país, assistir a tantos shows em tantas casas diferentes lá na terra de Isabella, o belo Rio de Janeiro que eu aprendi a amar.</span><p></p><p><span style="font-family: arial;">Mas, as circunstâncias de minha vida tomaram rumos que me afastaram da possibilidade de sequer conseguir a um show. Perdi toda a turnê do Carpenters Avenue. Assisti a um único show da turnê dela revisitando a carreira. E também assisti a um show da turnê Máquina do Tempo. Foram-se as épocas de ficar gravando vídeos, subindo no youtube, fazendo postagens aqui.</span></p><p><span style="font-family: arial;"><i>No entanto, meu amor por ela nunca mudou.</i></span></p><p><span style="font-family: arial;">Minha admiração por essa que considero a mais bela voz feminina da MPB só aumenta a cada trabalho novo. Ouça um cd dela e ouça um show ao vivo — é a mesma voz. Sem desafinar, sem exagerar. Pura perfeição.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Há algum tempo que venho pensando em rever a minha lista de músicas favoritas dela. O álbum Máquina do Tempo mostra uma Isabella feliz e em paz. As músicas têm outra energia a que os fãs estão mais acostumados. A intensidade e a profundidade de suas letras atingem outros níveis agora.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Isso posto, exatamente no show Máquina do Tempo, uma música me tocou tão profundamente que me tirou lágrimas. E ela consta aqui, impossível seria se fosse o contrário!</span></p><p><span style="font-family: arial;">01. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=-k9GkFHoR_Q" target="_blank">Pontos cardeais</a></span></p><p><span style="font-family: arial;">02. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=kYZeQf8VcAE" target="_blank">E se eu fosse te esperar?</a></span></p><p><span style="font-family: arial;">03. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=QINV6xdI48E" target="_blank">Tudo em volta é só você</a></span></p><p><span style="font-family: arial;">04. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=xmpntJx8Ch8" target="_blank">Falsidade desmedida</a></span></p><p><span style="font-family: arial;">05. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=WcujeWgbPYY" target="_blank">Quero mais é te perder</a></span></p><p><span style="font-family: arial;">06. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=XhSITor6m9k" target="_blank">Recado do tempo</a></span></p><p><span style="font-family: arial;">07. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=BM67_XbSnnw" target="_blank">Todos os erros do mundo</a></span></p><p><span style="font-family: arial;">08. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=Vy1NFllpOYY" target="_blank">Norte</a></span></p><p><span style="font-family: arial;">09. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=-0y80p0qHdc" target="_blank">Ivete</a></span></p><p><span style="font-family: arial;">10. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=ZIsF-WMbLxA" target="_blank">Luxúria</a></span></p><p><span style="font-family: arial;">Obrigada, Isabella, por existir e por ser a artista quem é, a pessoa intensa e excepcional que você é por nunca deixar qualquer tipo de sucesso enevoar a alma incrível que você tem. Serei sempre sua admiradora e sua fã, aonde quer que você vá.</span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-14693479810870421332023-09-08T20:43:00.008-03:002023-09-08T21:32:20.206-03:00Bem-vinda ao mundo dos apps de relacionamento!<div><span style="font-family: arial;">Vou compartilhar uma história com vocês.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Desde 2008 que eu não me cadastrava em nenhum aplicativo de relacionamento.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Sim! São quatorze anos de defasagem. Ainda estou fazendo um intensivão em redes sociais e em páginas específicas para atualizar o meu software sapatônico. Claro, como boa alma curiosa que sempre fui, não podia deixar de fazer isso. Não (que seja dito) que eu vá usar os termos ou me comportar como uma garota de 20 anos. O objetivo é puramente saber como sente, pensa e fala as sapatoninhas que nasceram quando eu já estava lá vivendo minhas experiências.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Há diferença? MUITA. </span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: arial;">No entanto, o que é mais assustador (ou desolador) é que certas coisas parecem que nunca mudam. Ou até mudam, mas para uma variação tristemente pior.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Bem, lá fui eu baixar, me cadastrar e fazer uma assinatura básica em três apps. Escreve um texto de bio com caracteres e vocabulário específico o suficiente para filtrar e espantar a maioria das mulheres. Antigamente dizer que era astróloga era uma red flag gigante que tanto afugentava como encantava. Hoje? É indiferente. Perdi meu charme.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">E essa foi uma das primeiras coisas que me deixou muito curiosa. O que teria acontecido com a Astrologia que hoje não chama mais a atenção nem que seja para sair correndo? Seguirei refletindo nisso.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Começa a criar um filtro de busca. Põe o filtro de busca em ação. </span></div><div><span style="font-family: arial;">Zero resultado.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Diminui o grau de exigência do filtro.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Aguarda uns corações e, com sorte, umas mensagens especiais que somente assinantes enviam.</span></div><div><span style="font-family: arial;">O negócio anda devagar quase parando.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Mas eu me fiz uma promessa antes de baixar esses apps: <i>eu vou me divertir no processo</i>, não importa o que aconteça. </span><span style="font-family: arial;">Afinal, estou em busca do amor da minha vida? Certamente que não. Se eu der sorte de conseguir manter uma conversa minimamente agradável para mim, me sentirei ganhadora da mega. Uma coisa não exclui a outra, se estou lá me expondo, sei de todos os riscos que corro, sei de todas as possibilidades e, simultaneamente, me abro para tudo que possa acontecer.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Há uma diferença radical do perfil de mulheres cadastradas de acordo com cada app. E isso começa a me chamar a atenção. Fico lá olhando para uma foto, em geral selfie, e penso "a pessoa escolheu essa foto porque ela considera a melhor foto dela. Qual será a pior?" Aí vemos fotos com frases de autoajuda retiradas do FB, recortes de fotos do IG que a pessoa não limpou direito. Fotos desfocadas ou de baixa resolução. Além dos clássicos airbags que talvez atraiam as fetichentas por peitos XG.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Como você gosta de se divertir? Trabalhando.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Como você descreve suas noites? Fasendo amor. (sim, com S).</span></div><div><span style="font-family: arial;">Não gosto de mulheres masculinas, só femininas. (eu concordo que poucas ficam bem com boné. Eu sou daquelas que NÃO ficam bem fora que eu tenho calor na cabeça)</span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: arial;">E o fato de que 80% das pessoas ali estão em um relacionamento aberto? Em geral, com homens. (me chame de antiquada, mas nunca entenderei o conceito disso)</span></div><div><span style="font-family: arial;">E as mulheres que só me escrevem porque sou japa? (oi? Não sou otaku nem sei o que é isso)</span></div><div><span style="font-family: arial;">Ou aquelas mulheres que associam tudo a álcool: "Quero uma companhia para beber uma taça de vinho na praia e à luz de velas". "Bora tomar uma brejinha" (em geral skol quente).</span></div><div><span style="font-family: arial;">Ou aquela que dizia o seguinte: " Quero uma mulher ativa fisicamente, porque quero alguém que consiga me acompanhar nas coisas que faremos juntas, viajar muito e malhar muito".</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Confesso que não esperava que me depararia com isso. Há um misto de piada interna entre conversas com amigas íntimas e um senso de que nem estou defasada neste mundo — eu quase não sirvo mais para viver nele!</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">O que há de comum em todos esses perfis?</span></div><div><span style="font-family: arial;">A falta de uma foto do cérebro.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Recentemente li um post que dizia que ninguém tem obrigação de adivinhar os pensamentos do outro. Concordo! Mas falta também um pouco mais de aprofundamento mental. Ninguém precisa ir lá escrever uma bíblia sobre si, megalomaniacamente, ou dizer que já leu todos os livros considerados clássicos. A bem dizer, essas pessoas não estão em apps. Onde elas estão? Solteiras? Presas em nichos longe do açougue virtual? Mas as pessoas podiam se esforçar um pouquinho em dizer algo mais além de vinho, academia, cerveja, bonés e peitos.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Então, sem opções, comecei a fazer outras coisas.</span></div><div><span style="font-family: arial;">A primeira delas é ficar olhando para a foto e para o perfil e tentando adivinhar qual seria o signo daquele ser. Bingo! 90% das vezes eu acerto. </span></div><div><span style="font-family: arial;">E a quantidade surreal de leoninas, arianas e sagitarianas? Vou começar a fazer um quantitativo para saber quais signos eu mais vi por aí. Uma coisa é certa: os signos de terra são os que eu menos vejo (touro, virgem e capricórnio) seguido da galera de água (menos escorpião, claro). Vi poucas librianas também. Há uma quantidade gigantesca de geminianas! Halp!</span></div><div><span style="font-family: arial;">A segunda é ficar caçando perfis fakes que ficam me mandando superlikes/superhearts. Já peguei duas. Se essa galera do outro lado da tela soubesse do meu poder especial escorpiônico para olhar através de todas as obviedades...rs</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Recentemente, fiz uma nova amiga astróloga (bem-vinda!). Preciso agradecer a ela por (re)instigar meu lado astrológo observador que andava meio adormecido. É extremamente prazeroso (na falta de um adjetivo melhor) constatar que a astrologia continua sendo uma maneira <i>perfeita </i>de conhecer as pessoas sem que elas se deem conta disso.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">E, conversando com uma amiga que usa esses apps há muito mais tempo que eu, aprendi uns macetes com ela para separar o joio do trigo. Se bem que, no meu caso, usar uma pinça para capturar a agulha no palheiro seria uma imagem mais acurada. <i>Vamos rir, Aline!</i></span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Não. Não sou a última bolacha do pacote nem quero ganhar biscoito gratuitamente. Eu já estava ciente de tudo isso como disse no começo deste post. Ao mesmo tempo, não tinha como não notar (ainda bem!) que existem mulheres lésbicas inteligentes, cultas, que se destacam. </span><span style="font-family: arial;">Eu me encanto e fico fascinada que essas mulheres existam e estão por aí, vivendo suas vidas, encarando seus aprendizados, seus medos e deixando uma trilha única e especial por onde passam. Construindo uma história (que, obviamente não está atrelada à sua sexualidade apenas mas que, claro, faz parte intrínseca dela), sendo exemplo, ajudando outras pessoas. </span><span style="font-family: arial;"><i>E me alegro muito</i> por ter conhecido algumas delas! E espero conhecer mais!</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Em um post futuro, quero retomar este post de hoje com boas novidades, sejam elas quais forem. Até lá.</span></div>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-7222241764679676242023-09-07T23:05:00.001-03:002023-09-07T23:06:21.826-03:00O perfume das flores de jabuticaba<p><span style="font-family: arial; font-size: 11pt;">Hoje eu fui tomada por um sentimento atípico que há
muito não sentia. Não assim.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">Ao longo do dia, não consegui refletir a respeito do
que seria essa sensação...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">Mas, agora, à noite, observando a cidade sob um frio
tardio de inverno, eu senti o aroma das flores do pé de jabuticaba que minha
mãe plantou.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">Eu queria ficar em silêncio.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">Queria sentir o silêncio.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">Queria me alimentar do silêncio.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">Estar e continuar só sem me sentir solitária.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">E eu me lembrei de, há muitas décadas atrás, olhar para a noite e me sentir assim...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">E hoje.</span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">Entender que algumas coisas precisam mudar e morrer.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">Enquanto outras mudam e ainda continuam as mesmas.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">Ter a sabedoria para discernir essa tênue linha que
separa passado, presente e futuro.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">Ter a humildade para aceitar e perdoar o eu do passado
que ainda continua convivendo em nossas lembranças com o nosso eu de agora. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">Abraçar todas as nossas várias pessoas que fizeram
coisas de que nos envergonhamos.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">Esse único e poderoso encontro que acontece e poucas
vezes nos damos conta.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial; font-size: 11pt;">E eu fiquei observando a cidade silenciosa. Imaginando
o que as pessoas estariam fazendo em suas casas. Procurando estrelas em uma
cidade iluminada que não deixa mais que as vejamos.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">Sentindo o vento gélido e o silêncio...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">Que retumba em minha alma e reverbera sons múltiplos e
suaves em mim.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">A vida é feita de certezas...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">Mas a melhor certeza que podemos ter é que podemos
sempre ser uma nova pessoa, tão pura e tão pueril quanto aquela que fomos um
dia, sem deixar de abraçar todos os outros eu que representamos.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;">E qual é o elo disso tudo?<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;"><i>Amor.<o:p></o:p></i></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: arial;"><i>Apenas o amor.</i></span><span face="Nirmala UI, sans-serif"><o:p></o:p></span></span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-86136406405977413102023-09-06T15:29:00.005-03:002023-09-09T18:01:10.321-03:00Um dia qualquer na capital paulistana<p><span style="font-family: arial;">Ontem, fazendo um curtíssimo trajeto de ônibus até o metrô Liberdade, fui testemunha de uma conversa entre dois professores que tinham acabado de se conhecer. Eu praticamente estava entre os dois.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ele era professor de Artes, História. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Ela era professora de Música.</span></p><p><span style="font-family: arial;">A conversa começou com eles analisando o tempo.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ela foi muito minuciosa em ficar ali olhando no celular, vendo a previsão para aquela terça-feira, que seria muito mais fresca que o dia anterior com uma temperatura de 32ºC em pleno inverno. Comentou do calor. Comentou que foi difícil dormir. Comentou que a previsão da semana dizia que hoje faria um friozinho.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ele concordando com ela.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E eu também, óbvio! Eu também tenho um app e fico toda hora ali olhando previsão do tempo. Tirando printscreens e postando no meu whatsapp para ninguém ver, porque quem tá interessado em saber se você prefere calor ou frio (eu prefiro frio, aliás). Foi curioso ver que ela era parecida comigo nesse ponto.</span></p><p><span style="font-family: arial;">O professor, meio atrapalhado, riu que tinha trazido um guarda-chuva de dez reais (mentira, esses guarda-chuvas xingling agora custam vinte conto se você pesquisar bem) e tava todo cheio de bolsas, como todo bom professor. Ele ainda estava usando bermuda e cachecol e eu achei a combinação bem inusitada porque eu só usaria cachecol com uma temperatura de menos de 15ºC associado a um bom vento gélido.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ela era mais falante do que ele. E tinha uma voz alta, clara, de timbre extremamente agradável (lembrei de minha amiga comentando áudios no whatsapp). Fiquei imaginando que ela nunca desafinaria a voz, que nunca faria um pitch agudo sem necessidade. E fiquei imaginando como seria assistir a uma aula dela.</span></p><p><span style="font-family: arial;">O professor continuou dizendo que iria fazer um exame no HC e não sabia andar por ali. Deduzi que ele não seria de SP, mas não podia perguntar. Já a professora deu todas as dicas de como chegar até lá. E que iria com ele até determinado ponto da linha azul, quando eles se separariam na baldeação para a linha verde.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ela disse que dava aulas para um projeto especial do EJA na PUC.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ele disse que era contratado (coitado, nada como ter tido um namoro com uma professora para saber o significado exato disso! rs).</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ela comentou sobre provas que fez na FE-USP (onde está o curso de Pedagogia) para tentar dar aulas em algum outro lugar. Eu percebi que ele ficou sem entender exatamente o que era a sigla (e</span><span style="font-family: arial;"> eu sabia porque sou da FFLCH).</span></p><p><span style="font-family: arial;">Aí voltaram a falar de provas e toda a atribulação intrínseca aos professores.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ela ainda disse que tinha vários amigos que eram professores de História e Artes (e faz sentido se você pensar que ela é professora de Música).</span></p><p><span style="font-family: arial;">Essa conversa toda durou uns 10 minutos porque tinha trânsito nesse trajeto que normalmene nunca tem, ainda mais naquela hora da manhã. </span></p><p><span style="font-family: arial;">E eu admito que adorei ser testemunha tão próxima dessa conversa inusitada entre dois estranhos com tantas similaridades!</span></p><p><span style="font-family: arial;">Confesso que meu trajeto era outro mas queria ter acompanhado eles até a linha verde para saber o que mais conversaram. Será que trocaram whatsapp? Instagram? Será que só eu notei um flerte nas palavras dela? O professor era muito bonito. Embora novo (parecia), tinha um cabelo e um barba já grisalhos que dão um ar muito charmoso aos que se sabem se cuidar como era o caso dele.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Quando todos descemos em frente ao metrô, eu ri comigo mesma depois de me desperdir mentalmente deles.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Fanfiquei uma história linda entre os dois e imaginei que de um singelo encontro poderia surgir pelo menos uma bonita amizade entre duas pessoas. Idealista? Pode apostar!</span></p><p><span style="font-family: arial;">E olha que curioso: naquele momento, meu ipodvelhodeguerra estava sem bateria (algo que nunca acontece) e só por causa disso eu pude ser testemunha visual e auditiva daquela conversa. Em geral, eu detesto ouvir conversas alheias em condução porque as pessoas só sabem ficar reclamando ou falando mal de alguém.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Mas, não.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E eu agradeço por ter sido testemunha de uma crõnica sendo escrita ali, diante dos meus olhos. Um outro dia qualquer na loucura desta capital paulistana que é São Paulo. E que a gente ainda pode encontrar beleza e simplicidade: basta saber prestar atenção.</span></p><p><br /></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-28076170723243499162023-07-09T12:39:00.006-03:002023-07-09T17:28:54.240-03:00Meu encontro com Halu Gamashi<span style="font-family: arial;">A vida é feita de certezas.</span><div><span style="font-family: arial;">Nós buscamos as certezas para não ficarmos à deriva, perdidos, sem saber para onde ir.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Não é ruim nos apoiarmos em certezas. O que não devemos fazer é achar que elas são eternas. Uma das lições que mais aprendi nesta vida, mesmo sendo uma pessoa extremamente mutável de acordo com meu mapa astral, é que toda vez que você baseia a sua vida numa suposta certeza (porque existem várias delas por aí) essa mesma vida vai te mostrar que você estava vivendo uma ilusão.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Se eu tivesse de resumir a minha vida em uma única palavra seria: <b>renascimento</b>. </span></div><div><span style="font-family: arial;">Porque eu morri inúmeras vezes, das metafóricas, às escolhidas e as inconscientemente conduzidas que levaram à ampla degradação do meu corpo físico — ou seja, eu quase morri fisicamente. Mesmo tendo pensamentos suicidas, não me matei. Mas fui me destruindo de forma similar e igualmente destrutiva.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Cada vida é um livro que pode ser escrito.</span></div><div><span style="font-family: arial;">E eu sei qual é o livro da minha vida.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Por ser canceriana, eu tenho uma alta capacidade de revisitar o passado. No entanto, usei essa habilidade não para ficar presa em um ciclo eterno de lamentações (embora tenha vivido esse processo por alguns bons anos). Hoje em dia, uso minha habilidade para entender tudo que vivi até agora. Cada porção de história. Cada pessoa que conheci. Todos os erros que cometi e os erros que cometeram comigo.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">O maior pedaço da minha mãe que vive em mim não é a sua herança genética. Mas o otimismo e a esperança na vida. E uma indestrutível fé no ser humano. Eu nunca entendi isso enquanto ela estava viva. Mas, hoje, sem ela, eu vejo o poder de seu exemplo, principalmente em mim. No cotidiano, me vejo fazendo as coisas que ela fazia. De alguma forma, eu já tinha reparado nisso, mas foi apenas recentemente que me dei conta de que tenho agido como minha mãe nesse aspecto.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Recentemente, vi um recorte de vídeo do canal de Halu Gamashi no </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=FWh_lFN9I-s" style="font-family: arial;" target="_blank">YouTube que fala a respeito dos almas socorristas</a><span style="font-family: arial;">. Naquele momento, entendi que minha mãe era uma delas. E que eu também sou — ainda aprendendo muito, mas sou.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Em 2009, eu tive acesso a uma espiritualidade inédita na minha vida. Conheci a Escola da Síntese que trabalha com os mestres ascensionados da Fraternidade Branca. </span><span style="font-family: arial;">Todos esses termos eram novos. </span></div><div><span style="font-family: arial;">Mas, eu sou uma pessoa muito curiosa. O aspecto geminiano/sagitariano de meu mapa sempre me leva ao aprendizado de tudo que é novo. Me leva à perguntar. O posicionamento do planeta em Urano me leva a questionar — e essa foi outra habilidade que aprendi a desenvolver com o tempo. Ter estudado Letras na USP abriu o lado racional/científico de abordagem e aprofundamento de qualquer tema. Além de sempre prezar pelo primor da escrita acessível a todos (obrigada Aristóteles, finado prof. Joaquim Alves de Aguiar e Antonio Candido). </span><span style="font-family: arial;">Então comecei a me dedicar.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Porém, na época (estamos falando de 2009), o curso tinha um custo razoavelmente alto, acesso difícil para quem não tinha carro. Mesmo assim, consegui participar de vários módulos. E tive acesso a um conhecimento que fez todo o sentido para mim, na época.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Meditava muito.</span></div><div><span style="font-family: arial;">E acessei muito conhecimento interior nessas meditações. </span></div><div><span style="font-family: arial;">Tive muitos sonhos.</span></div><div><span style="font-family: arial;">E nesses sonhos até vi o planeta Terra de uma colônia espiritual.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Tive uma recordação de uma vida anterior também.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Porém, aconteceu aquilo que todos estão sujeitos a viver: <i>o perigo do ego</i>. E o não uso do discernimento para corrigir o que precisava ser reequilibrado em minha vida naquele momento.</span></div><div><span style="font-family: arial;">E eu caí.</span></div><div><span style="font-family: arial;">E a pior coisa que me aconteceu foi que eu me julguei, me culpei, me condenei e perdi a fé na minha espiritualidade.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Isso tudo foi em 2011.</span></div><div><span style="font-family: arial;">O conhecimento ainda não aprofundado de muitas coisas, principalmente de chakras e campo eletromagnético, me levou a uma espiral cada vez pior de acontecimentos sucessivos em minha vida. Foi nesse mesmo período que Plutão iniciou seu movimento de trânsito na minha casa 11 (e ele está nessa casa até hoje, em processo de finalização para finalmente ir para a casa 12 — isso é assunto para um post específico!).</span></div><div><span style="font-family: arial;">Coisas muito boas aconteceram. Porém, não ter cuidado das experiências ruins e deixando elas acumularem fez com que eu estivesse traçando um destino que apenas seria conhecido e completamente compreendido em 2020, quase dez anos depois.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Depois de 2011, eu nunca mais meditei. Nunca mais consegui fechar os olhos para me conectar com meu eu superior. A condenação pessoal a quem infligi foi a mais pesada possível. Até hoje ainda estou reequilibrando, limpando e reajustando toda essa energia que me impus.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Eu só voltei a fechar os olhos novamente, com o coração, quando conheci a Halu Gamashi, em maio de 2023.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Entre 2020 e abril de 2023, que foi o período em que comecei a tomar resoluções e ações para reajustar a minha vida, ainda não conhecia a Halu. Conheci outras personagens, que com seus cursos e ensinamentos, até me ajudaram e muito, me inspiraram a retomar a jornada espiritual que eu havia abandonado completamente. Foi um passo necessário de ir aos poucos relembrando lições que eu já conhecia mas que tinha parado de acessar. </span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Uma das coisas que me disseram na Escola da Síntese em 2011 (talvez não devessem ter dito) é que eu era uma pessoa diferente. E, por diferente, o que eu entendi era que eu era uma pessoa com alguma "capacidade maior de me conectar espiritualmente". Talvez fosse algo que aprendi em vidas anteriores. Nunca me responderam. O fato é que eu sempre consegui fazer a conexão com minha alma, com meu eu superior muito mais fluidamente.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Astrologicamente, talvez haja uma explicação: eu não possuo o elemento Terra no meu mapa. Sou canceriana com ascendente em peixes (Água), tenho Netuno na minha casa 10 e todo o meu mapa se divide entre Fogo e Ar, além de um poderoso Urano e Plutão na casa 8. Podemos dizer que eu esteja equipada com essa facilidade.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Porém, eu não soube fazer esse discernimento na época. O conhecimento e o autoconhecimento são cruciais!</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Quando retomei o reencontro e o contato com meu eu superior, mesmo sem meditação, eu percebi que estava mais focada em tomar boas decisões, fazer escolhas melhores. Desse modo, passei a turbulenta pandemia, as mortes dos meus pais em 2021, e um dos acontecimentos mais difíceis da minha vida </span><span style="font-family: arial;">em 2022 </span><span style="font-family: arial;">(que supera a intensidade da morte dos meus pais e qualquer outra coisa que tenha vivido até então) de uma maneira tal que nem eu mesma acreditei que conseguiria passar. Naquele momento, eu comecei a me dar conta de que estava no caminho certo e que deveria seguir por aí. Isso me fortaleceu muito.</span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: arial;">E nós sabemos o que acontece quando nosso campo eletromagnético está mais bem cuidado, né?</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Minha amiga Nilce, depois uma videochamada de mais de mais cinco horas, me indicou um Planeta em Oração da Halu Gamashi. Como já disse aqui, sou curiosa. Vi a cara dela, que me lembrava uma hippie e gostei (desculpa, Halu, sabe como são as primeiras impressões! rs). Escolhi um momento à noite e orei de forma despretensiosa, sem copo de água, sem nada.</span></div><div><span style="font-family: arial;">A experiência que tive, ainda que em magnitude muito pequena, me acendeu um farol gigante diante dos meus olhos! O que eu senti nunca passaria despercebido por mim!</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">E foi examente isso: <i>o que eu senti</i>.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Fiquei com aquilo e fui dormir. Não sei se foi no dia seguinte, resolvi assistir a outro vídeo, nem lembro mais qual foi. Porque ainda estava com dúvidas. Queria fazer outro teste para saber se era coisa da minha cabeça. E, sentada na cama, com a mesma atitude despretensiosa, comecei a chorar. Não sei de onde vinham aquelas lágrimas. Era uma emoção similar a de um reencontro. Acompanhar a Halu tocou algo dentro de mim e minha única reação foi chorar.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">E eu sabia exatamente quando eu tinha vivido algo exatamente igual, com essa mesma intensidade: em algumas das meditações com os mestres ascensionados na Escola da Síntese.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Quando eu fiz essa conexão, eu comecei a me dedicar a ver os vídeos de Halu. Porque nenhuma outra pessoa/experiência me trouxe o sentimento de reencontro com uma energia poderosa que me trazia paz e uma sensação de acolhimento. Era tudo que eu precisava: me sentir abraçada e acolhida como há muito não sentia. Pelos amigos espirituais, pelos bons espíritos, pelo meu mentor (que ingenuamente achei que tinha me abandonado) por essa energia amorosa que era preencher.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Eu acompanhava, ainda, alguns outros canais no YouTube e quase cheguei a comprar um curso de projeção astral. Se meu cartão não tivesse sido cancelado, eu teria comprado. Mas isso não aconteceu. Aos poucos, parei de ver esses outros canais. E em seguida, comecei a ver cerca de 2 a 3 horas de vídeos da Halu por dia. Participo todos os dias de Planeta em Oração, pelo menos uma vez ao dia. Em 04 de junho de 2023, eu me tornei membro do canal do YouTube. Obviamente, não acreditei nos outros vídeos que se tornaram disponíveis. Tanto conhecimento para aprender!</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Até este momento que escrevo este post, não houve nenhum vídeo da Halu que vi até o momento, NADA, absolutamente NADA (e eu sempre procuro por essas incongruências, eu sou a detetive das incongruências, pessoas deixaram de falar comigo por causa dessa minha habilidade em ver e comunicar as incongruências) que me incomodasse ou me fizesse querer afastar dela. Pelo contrário. Tudo que ela diz, TUDO (eu nunca tinha vivido isso até hoje!) faz sentido para mim. </span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Tudo que Halu Gamashi diz a respeito de atitudes, posturas vai de encontro com alguma coisa que eu já acreditava desde pequena (e cuja compreensão foi se desenvolvendo ao longo de minha vida). A forma como a Halu vê a espiritualidade e as religiões, tudo que ela compartilha de suas experiências pessoais... Halu é a melhor professora a quem eu tenho o privilégio de acessar nesta vida!</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Muitos efeitos já têm acontecido em minha vida e acho que vale a pena compartilhar alguns aqui com vocês.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;"><i>Voltei a sonhar.</i></span></div><div><span style="font-family: arial;">Eu sempre sonhei muito, desde adolescente me lembro de meus sonhos. Sempre gostei de sonhar. Até hoje lembro de vários sonhos que tive ao longo da minha vida, muito fortes e significativos. Nas primeiras semanas após esse reencontro com Halu, tive muitos sonhos cheios de riquezas de detalhes, cores e mensagens. Inclusive sonhei com minha finada mãe, que me entregava um presente de aniversário (adiantado, como minha mãe sempre fez rs). Até cheguei a participar de um encontro com membros e Gabriel leu meu sonho que foi interpretado e cuja interpretação, claro, não é muito difícil de fazer.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;"><i>Parei de falar palavrão</i></span></div><div><span style="font-family: arial;">Só fui perceber quando saí para me encontrar com minha irmã. </span></div><div><span style="font-family: arial;">Nossa mãe sempre dizia que a gente era muito boca suja (e eu era, admito). Mas nem tinha em dado de que tinha parado de falar até aquele momento. Falar palavrão tinha se tornado desnecessário que eu nem tinha percebido.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;"><i>Lidar com a irritação alheia</i></span></div><div><span style="font-family: arial;">Este ano passei por duas situações em que meu vizinho queria brigar comigo, vindo até meu portão chutar e gritar, me chamando pra briga (não darei mais detalhes). Foi algo muito difícil mas eu soube conduzir a situação para mim mesma, que era o que importava. </span></div><div><span style="font-family: arial;">Na rua, não presto atenção e não permito que a irritação destes tempos apocalípticos me atinja. É necessário muita atenção. Orai e vigiai.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;"><i>Alimentação</i></span></div><div><span style="font-family: arial;">Eu tenho um grave problema de suprir problemas emocionais com alimentação (não à toa, desenvolvi diabetes). Esse é um dos grandes desafios da minha vida, sempre foi. E sinto que, naturalmente, com o reequilíbrio do meu campo eletromagnético, estou voltando a me alimentar bem. Estou bebendo água de acordo com as orientações de Halu. E nada disso tem me trazido ansiedade ou sofrimento. O desejo por certos tipos de alimentos simplesmente passou!</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Existem outras coisas </span><i style="font-family: arial;">em processo</i><span style="font-family: arial;">. Espero poder compartilhar aqui em breve!</span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">***</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">É um privilégio imenso poder compartilhar uma encarnação com ela. Um privilégio imenso, em meio ao Apocalipse que vivemos, poder ter uma alma como a Halu para nos ajudar e poder nos dar ferramentas para também podermos ajudar outras pessoas — ainda mais para uma das minhas missões encarnatórias nesta vida que é ser socorrista (as outras não sei ainda).</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Não conheço a Halu pessoalmente, quem sabe eu tenha também esse privilégio de poder abraçá-la. Só de imaginar esse abraço já me vem lágrimas aos olhos.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Porque a Halu é a pessoa que eu sempre procurei a minha vida toda. E eu levei 45 anos para encontrá-la. Precisei quase me matar, precisei ir até o fundo e um pouco além. Precisei retomar para estar aqui e poder honrar esse reencontro. Porque eu sei que é um reencontro. Da mesma forma que eu reencontrei algumas pessoas muito especiais em minha vida (e muitas delas se afastaram, hoje eu sei porquê).</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">Nenhuma palavra nunca será o suficiente para traduzir os meus sentimentos de amor e gratidão por você. Mas esteja certa de que focarei no meu crescimento espiritual, no meu discernimento, no respeito às leis divinas e em minhas ações para sempre continuar fazendo parte da família eletromagnética.</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;">***</span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial;"><i>Obrigada a todos que leram meu relato até aqui.</i></span></div><div><span style="font-family: arial;">Eu queria escrevê-lo e compartilhar publicamente porque quem me conhece por este blogue ou pessoalmente, sabe que este espaço aqui tem o registro de mais de dez anos da minha vida, exatamente os anos mais difíceis que tiveram muitas alegrias e muitas tristezas.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Estou recomeçando, mais uma vez. Com muita humildade, muita alegria e muito desejo de cumprir com o que preciso cumprir.</span></div><div><span style="font-family: arial;">Obrigada.</span></div>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-36670052383338086262023-04-28T22:07:00.009-03:002023-04-29T15:39:15.141-03:00GAP — The series: minha review<p><i><span style="font-family: arial;">Tailândia.</span></i></p><p><span style="font-family: arial;">Minhas únicas referências eram culinárias (assim como quase tudo que se refere ao sudeste asiático) e o fato de que se trata de um dos países onde mais se realizam cirurgias para mudança de sexo. Sabia disso porque tinha visto a apresentação que viralizou em 2011, do Thailand's Got Talent, da <a href="https://www.youtube.com/watch?v=JLoy09-Cfis" target="_blank">Bell Nuntita</a>.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Nunca, mas nunca imaginei que viria desse país uma série com temática estritamente lésbica que me encantaria. <i>Nunca</i>. </span><span style="font-family: arial;">A série se chama </span><a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Gap:_The_Series" style="font-family: arial;" target="_blank">Gap: The Series</a><span style="font-family: arial;"> e é baseada no livro homônimo escrito por Devil Planoy.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Lembro do burburinho que rondou o twitter no final do ano passado. Mas estava com muitos problemas pessoais para pensar em encarar uma série lésbica, já que a maioria delas não me agrada — seja pelo foco nas adolescentes, seja pelo excesso de drama, ou, ironicamente, pelo excesso de futilidade. Tantas e tantas séries por aí... nunca vi nenhuma. No ano passado, ainda, estava encantada com a fanfic escrita pela <a href="https://archiveofourown.org/works/42385455" target="_blank">Brullf</a> que, na minha humilde opinião, é uma das mais lindas histórias ficcionais já escritas. Já tinha falado por cima dela neste post <a href="https://outro-dia-qualquer.blogspot.com/2023/01/sobre-o-idealismo-e-sobre-o-amor.html" target="_blank">aqui</a>. Então, queria manter o calor que o texto tinha me deixado em mim. Um calor com cheiro de esperança e muito amor. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Mas, esta semana, vendo mais uma review de um <a href="https://www.youtube.com/watch?v=krp6Z4QUQq0&t=379s" target="_blank">canal que sigo no YouTube</a>, resolvi dar uma chance, enfim! Gosto muito do que essa moça fala e o título do vídeo nada mais é "a série que elevou o patamar de todas outras séries lésbicas". Essa é uma baita afirmação! Bem, vamos lá. Tá tudo disponível de graça no YT, com legendas em português, o que custa? </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZEFNQcyxUL9b-EKxV8WFzaFt8T9O9p1IPkT-ng91OuFB2ZTx9zs9MRloa6EbPwha8qcnvb3FaIOPKrpV__B2JMvVY_cgzXw_4zPA1ec_XURJAQ2lJajRidN7j3XwojsMAX_ZMLYw0W4G3pQJ9qiaLRuUcaJCSVA6XkXYpCK19X-AvDhRRUYCR8an6/s1535/gap1.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1535" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZEFNQcyxUL9b-EKxV8WFzaFt8T9O9p1IPkT-ng91OuFB2ZTx9zs9MRloa6EbPwha8qcnvb3FaIOPKrpV__B2JMvVY_cgzXw_4zPA1ec_XURJAQ2lJajRidN7j3XwojsMAX_ZMLYw0W4G3pQJ9qiaLRuUcaJCSVA6XkXYpCK19X-AvDhRRUYCR8an6/s320/gap1.jpeg" width="320" /></a></div><p><span style="font-family: arial;">Para mim, o que levo em consideração ao ver uma obra audiovisual, como um filme ou uma série? Coesão e coerência, da mesma forma que vejo ao analisar um texto ou um livro. E eis a primeira coisa que me chamou a atenção: a direção simples, direta e bem segura. As cores determinando os tons das personagens. O tom cômico oriental que não estamos acostumados a ver por aqui, com tiradas e piadas até ingênuas mas engraçadas dentro do contexto da história. A normalidade em aceitar todos como são: lésbicas, gays, butches.</span></p><p><span style="font-family: arial;">A Tailândia é um país majoritariamente budista. E essa é a justificativa mais plausível para o país ser um dos que mais faz cirurgia para mudança de sexo, mesmo não aceitando o casamento entre homossexuais. Com todo o nosso aparato católico-cristão, acreditamos em bem e mal, deus e o diabo, julgamento e condenação. Nesta série não tem nada disso e o resultado inicial que temos é que estamos diante de um verdadeiro conto de fadas onde as pessoas têm comportamento tão incomuns para nós, ocidentais, que parece falso e ficcional mesmo.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Isso não quer dizer que não haja repressão por lá, mas ela é encarada de outra forma. E essa repressão vem na forma da <i>Grandmother</i>, a avó — principal antagonista da série —, que personifica o velho, o autoritário, o antigo, o conservador. Ela faz tudo que não queremos que ela faça: e chega uma hora que queremos que ela morra mesmo, como uma das personagens diz no último episódio.</span></p><p><span style="font-family: arial;"><i>(alerta de spoilers, hein!) </i></span></p><p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRPaDNA6QDQ8oCSxgDhY33GWwi__gosUkLhGWE0c5M4FwRNgXZWyaliscjKfWZ_Wx9UGyIxcBAXwk38gzmZuny7h95HAcxJD_IMVvM0FSUOlTZqmDuRCM6wMz5kBsT5_8qqUi7DQXkzFQqo25gIoihY30izxITGomm4GYTXtBBKpm4WyLEs8YQXHap/s1024/gap3.jpg" style="clear: right; display: inline; float: right; font-family: arial; font-style: italic; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1024" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRPaDNA6QDQ8oCSxgDhY33GWwi__gosUkLhGWE0c5M4FwRNgXZWyaliscjKfWZ_Wx9UGyIxcBAXwk38gzmZuny7h95HAcxJD_IMVvM0FSUOlTZqmDuRCM6wMz5kBsT5_8qqUi7DQXkzFQqo25gIoihY30izxITGomm4GYTXtBBKpm4WyLEs8YQXHap/s320/gap3.jpg" width="320" /></a></p><p></p><p><span style="font-family: arial;">A história central se passa entre as protagonistas Mon e Sam, vividas respectivamente por Becky e Freen (não me peça para tentar escrever o nome em tailandês!). Variando habilmente a inserção de flashbacks para conhecermos a história das personagens, sabemos que elas se conheceram ainda muito pequenas. Sam é a mais velha e Mon a mais jovem que se inspira nela por causa de sua gentileza e, a partir de então, conduz toda a sua vida se espelhando em Sam, uma representante da alta hierarquia social, vinda de família extremamente rica. Mon, por sua vez, é pobre (mesmo que more numa linda e maravilhosa casa) mas segue os passos de sua ídola até poder conseguir trabalhar como estagiária na empresa de Sam.</span></p><p><span style="font-family: arial;">O que mais se comenta das duas personagens diz respeito da química entre as atrizes. E isso é fato, sabemos que para um casal dar certo diante das câmeras, é necessária química entre as pessoas por trás dos personagens. Inúmeras entrevistas de casais notórios das telas falam disso. Em tantas vezes essa química vai além dos personagens e os atores envolvidos acabam namorando, casando. Essa química é necessária para poder trazer a veracidade para os espectadores.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Porém, no início a química está no polo da repulsa, a extrema repulsa de Sam por qualquer pessoa que lhe pareça alheia, estranha, incompetente. Sam, ao contrário do Mon imaginava, não era mais gentil, mas uma impiedosa sem coração. Não sabemos o que aconteceu na vida de Sam para que ela se tornasse assim. Mon, em contrapartida, encarna quase um personagem infantil, ela se veste apenas de rosa, rosa com unicórnios, seu rosto é angelical, seu olhar é doce — todos dizem a mesma coisa quando a veem pela primeira vez. O outro lado temos Sam que apenas se veste de preto, músculos da face que nunca exibem um sorriso (exceto quando vai demitir alguém) — quase um diabo vestindo Prada.</span></p><p><span style="font-family: arial;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6DIQsQyWacGIHTEy5SNVVhF_G_96QD2inNkb0kuQAI3kpCQMB6vrhEnEWDXi7ZHIEXLHvFZ49o9S5CizNO637jTKVrQmXo6m5T7vEioZl-h5EornuaOOI62A68OfnvqvXysQPzeALWbuJ-IjAnxb4jfumNKuaz2dZEJTBxHWz7UEJjDSPXe1-udfj/s942/gap2.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="942" data-original-width="942" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6DIQsQyWacGIHTEy5SNVVhF_G_96QD2inNkb0kuQAI3kpCQMB6vrhEnEWDXi7ZHIEXLHvFZ49o9S5CizNO637jTKVrQmXo6m5T7vEioZl-h5EornuaOOI62A68OfnvqvXysQPzeALWbuJ-IjAnxb4jfumNKuaz2dZEJTBxHWz7UEJjDSPXe1-udfj/s320/gap2.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="font-family: arial;">O desenvolvimento das personagens que, inevitavelmente sentem uma atração impossível de controlar uma pela outra, é outra coisa maravilhosa de se acompanhar. Aliás, todos os personagens, dos principais aos secundários, até a antagonista e os que parecem fazer papel de antagonismo, têm uma história complexa, de transformação e capacidade de amadurecimento emocional como se o encontro de Mon e Sam afetasse a todos positivamente. Como se o encontro delas e o amor que elas descobrem sentir uma pela outra fosse capaz de afetar a todos e, por meio do amor, causar uma transformação positiva. As pessoas declaram sentir ciúmes, mas ninguém age intencionalmente com maldade para prejudicar alguém. E até diferentemente do que prega a cultura e a sociedade tailandesa de não ser direto, rude, ofensivo alguns personagens são bastante enfáticos e diretos como se essa característica fosse uma qualidade necessária para que a transformação se efetivasse em todos.</span><p></p><p><span style="font-family: arial;">Desse modo, o grande perigo jaz em julgarmos a série com nossos olhos ocidentais. Mas, diante do sucesso de público, creio que esse perigo não exista em larga escala. Estamos tão acostumados a manifestações efusivas e intempestivas de amor ou de ódio que, ao não vermos isso, achamos estranho. Eu achei quase angustiante o excesso de brincadeiras entre Mon e Sam apenas para elas darem um selinho. Mas, depois entendi que se tratava da construção da história delas já que elas não eram lésbicas antes de se conhecerem. No entanto, mesmo assim, estamos no século 21 e mesmo que você seja totalmente ingênuo no assunto do amor e suas intimidades, quase não cola esse excesso de cuidado entre as duas.</span></p><p><span style="font-family: arial;"><span style="font-family: arial;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEuDkNJKp7ziA9JvvyEEYkyTltz7z6cBdiECM5FCGJd8g7ZW8UCSHTo6FP92LNzxw3Mcih81MVKgK1n3mtRkFqh6LOcvM49Jrsn-AkfKnyyFE3dseDxsScpVpNWxdPb9lFyLt3V8nVmOypjP7dvisUaBO7KD8yWW8ZqH_9cAcRUXJCEUmDvd8EbIDB/s1889/gap5.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1889" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEuDkNJKp7ziA9JvvyEEYkyTltz7z6cBdiECM5FCGJd8g7ZW8UCSHTo6FP92LNzxw3Mcih81MVKgK1n3mtRkFqh6LOcvM49Jrsn-AkfKnyyFE3dseDxsScpVpNWxdPb9lFyLt3V8nVmOypjP7dvisUaBO7KD8yWW8ZqH_9cAcRUXJCEUmDvd8EbIDB/s320/gap5.jpeg" width="320" /></a></span>De qualquer maneira, creio que outra coisa que as fãs mais adoram é a forma como elas sempre estão se olhando: Mon com um olhar doce, devocional, amoroso, puro. Sam com seu olhar misterioso, perscrutador, intenso e sempre com uma barreira de 500 m de aço para se defender. Confesso que essa intensidade de troca de olhares é algo muito excitante, afinal, os tímidos sabem que precisam recorrer ao silêncio do olhar para avanços milimétricos no ato de conhecer alguém melhor. Hoje em dia não valorizamos muito o olhar, algo que nunca deveríamos deixar de fazer. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><p></p><p><span style="font-family: arial;">Bem, justamente por estarem se descobrindo lésbicas ao mesmo tempo, e por estarem amando com tanta intensidade pela primeira vez, ambas erram muito em suas inseguranças. É um constante exercício de reflexão, auxílio dos amigos (que ambas tinham separadamente e depois ficou todo mundo no mesmo grupo) e dos pais de Mon. Foram necessárias muitas lágrimas para o amor sempre ser colocado em primeiro lugar. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;"></span></div><p></p><p><span style="font-family: arial;">Eu, confesso, chorei muito. Muito!!! Mas o último episódio foi o que mais chorei, quando a avó de Sam sai do antagonismo que ocupou na série toda para o destaque principal. Nossa chorei tanto que tive de pausar para deixar as lágrimas saírem e eu me recompor. Chorei ao longo da série, nas brigas entre as duas, no distanciamento ansiando pela volta. Mas o diálogo da avó com Sam me destruiu. Quantos de nós aqui não queremos apenas isso: aceitação? Queremos ser amados pelo que somos, simplesmente. E "o amor vai encontrar um jeito. Ele transcende gênero e sexualidade" disse o sobrinho rico, que tinha chegado da Suíça, para a avó. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Minha opinião? Sigo o mesmo que disse a moça do canal do YT que citei mais acima: Mon e Sam são um casal que estão na lista dos Top 5 melhores casais lésbicos ficcionais. Não ganha de Bette e Tina (difícil alguém superar esse casal) mas Mon e Sam nos ensinam tanto com seu amor verdadeiro uma pela outra. Obrigada ao autor que escreveu o livro e criou essas personagens e ao Idol Factory que conseguiu tão habilmente transpor esse maravilhoso casal para a tela — não é fácil fazer isso.</span></p><p><span style="font-family: arial;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIwyuLctd48IOVB6ySyHTxrIc4frU_nW_auw0qd9GW6nQ-NpJhvUHqyObCOGZ7vGlkZ9Eldk_6o7AkJj1zFWdKcGNjewPO1nmvTqgEw_HhjzGgWmdPklzwglIHTIiY-gd6kXAXj2anTj5mPFcgnGB7zpBCKAfvZRq0uhE_tNdW08BJodQ0s9DvmGGt/s1850/gap4.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1041" data-original-width="1850" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIwyuLctd48IOVB6ySyHTxrIc4frU_nW_auw0qd9GW6nQ-NpJhvUHqyObCOGZ7vGlkZ9Eldk_6o7AkJj1zFWdKcGNjewPO1nmvTqgEw_HhjzGgWmdPklzwglIHTIiY-gd6kXAXj2anTj5mPFcgnGB7zpBCKAfvZRq0uhE_tNdW08BJodQ0s9DvmGGt/s320/gap4.jpg" width="320" /></a>Eu me encantei demais com esse "conto de fadas". Alimenta mais um pouquinho aqui meu coraçãozinho cansado e solitário. Gosto de acreditar que possam existir histórias desse tipo por aí como a <a href="https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2023/04/25/elas-oravam-juntas-para-livrar-gays-do-inferno----e-acabaram-se-apaixonando.htm" target="_blank">desse casal cuja matéria li no Uol</a>. E prefiro acreditar que ainda encontrarei a minha história com final feliz, pois, Gap tem um final (cheio dos clichês que mais queremos e amamos) muito, muito perfeito e muito feliz!</span></p><p><span style="font-family: arial;"><br /></span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-8834159688820122352023-04-28T12:41:00.006-03:002023-04-28T12:50:53.324-03:00Minha lista de filmes favoritos — atualizada (2023)<p><span style="font-family: arial;">Há algum tempo eu não atualizava a minha lista. Não mais.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Os top 10 são imutáveis (na presença e na preferência) até surgir algum que tire alguém desse ranking. Os outros são filmes que gosto sem uma ordem preferencial específica. Quarenta e seis filmes para cada ano de minha vida (sim, eu AMO road movies, dramas e sci-fi).</span></p><p><span style="font-family: arial;">Meus filmes:</span></p><p><span style="font-family: arial;">01. Cidade dos sonhos (2001, David Lynch)</span></p><p><span style="font-family: arial;">02. Réquiem para um sonho (2000, Darren Aronofsky)</span></p><p><span style="font-family: arial;">03. Persona (1966, Ingmar Bergman)</span></p><p><span style="font-family: arial;">04. As horas (2002, Stephen Daldry)</span></p><p><span style="font-family: arial;">05. Brilho eterno de uma mente sem lembranças (2004, Michel Gondry)</span></p><p><span style="font-family: arial;">06. Closer – perto demais (2004, Mike Nichols)</span></p><p><span style="font-family: arial;">07. Tomates verdes fritos (1991, Jon Avnet)</span></p><p><span style="font-family: arial;">08. Matrix – trilogia (1999, 2003, The Wachowsky Sisters)</span></p><p><span style="font-family: arial;">09. 2001 – uma odisseia no espaço (1968, Stanley Kubrick)</span></p><p><span style="font-family: arial;">10. </span><span style="font-family: arial;">Interestelar (2014, Christopher Nolan)</span></p><p><span style="font-family: arial;">11. O silêncio dos inocentes (1991, Jonathan Demme)</span></p><p><span style="font-family: arial;">12. Anticristo (2009, Lars von Trier)</span></p><p><span style="font-family: arial;">13. Cisne negro (2010, Darren Aronosfky)</span></p><p><span style="font-family: arial;">14. Monster – desejo asssassino (2003, Patty Jenkins)</span></p><p><span style="font-family: arial;">15. Psicopata americano (2000, Mary Harron)</span></p><p><span style="font-family: arial;">16. O exorcista (1980, William Friedkin)</span></p><p><span style="font-family: arial;">17. O iluminado (1980, Stanley Kubrick)</span></p><p><span style="font-family: arial;">18. O céu que nos protege (1990, Bernardo Bertolucci)</span></p><p><span style="font-family: arial;">19. Meninos não choram (1999, Kimberly Pierce)</span></p><p><span style="font-family: arial;">20. Alien resurrection (1997, Jean-Pierre Jeunet)</span></p><p><span style="font-family: arial;">21. A viagem de Chihiro (2001, Hayao Miyazaki)</span></p><p><span style="font-family: arial;">22. Thelma e Louise (1991, Ridley Scott)</span></p><p><span style="font-family: arial;">23. O segredo de Brokeback Mountain (2005, Ang Lee)</span></p><p><span style="font-family: arial;">24. Em algum lugar do passado (1980, Jeannot Szwarc)</span></p><p><span style="font-family: arial;">25. O segredo do abismo (1989, James Cameron)</span></p><p><span style="font-family: arial;">26. Veludo azul (1986, David Lynch)</span></p><p><span style="font-family: arial;">27. Má educação (2004, Pedro Almodóvar)</span></p><p><span style="font-family: arial;">28. Paris, Texas (1984, Wim Wenders)</span></p><p><span style="font-family: arial;">29. Bagdad café (1987, Percy Adlon)</span></p><p><span style="font-family: arial;">30. Almas gêmeas (1994, Peter Jackson)</span></p><p><span style="font-family: arial;">31. Taxi driver (1976, Martin Scorcese)</span></p><p><span style="font-family: arial;">32. </span><span style="font-family: arial;">Ponto de mutação (1991, Bernt Capra)</span></p><p><span style="font-family: arial;">33. Animatrix (2003, vários)</span></p><p><span style="font-family: arial;">34. Jogo subterrâneo (2005, Roberto Gervitz)</span></p><p><span style="font-family: arial;">35. Las acacias (2013, Pablo Giorgelli)</span></p><p><span style="font-family: arial;">36. A origem (2010, Christopher Nolan)</span></p><p><span style="font-family: arial;">37. Anjo de vidro (2004, Chazz Palminteri)</span></p><p><span style="font-family: arial;">38. Atração fatal (1987, Adrian Lyne)</span></p><p><span style="font-family: arial;">39. Lucy (2014, Luc Besson)</span></p><p><span style="font-family: arial;">40. Match Point (2005, Woody Allen)</span></p><p><span style="font-family: arial;">41. Coringa de Arthur Fleck (2019, Todd Phillips)</span></p><p><span style="font-family: arial;">42. Escravas da vaidade (2004, Fruit Chan)</span></p><p><span style="font-family: arial;">43. Desobediência (2017, Sebastián Lelio)</span></p><p><span style="font-family: arial;">44. O advogado do diabo (1998, Taylor Hackford)</span></p><p><span style="font-family: arial;">45. Olhos da justiça (2015, Billy Ray)</span></p><p><span style="font-family: arial;">46. Contra todos (2004, Roberto Moreira)</span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-31091050612147122102023-04-18T11:07:00.011-03:002023-09-09T18:12:03.573-03:00A morte (carta XIII) e Plutão: a decisão não mais adiada<p><span style="font-family: arial;">Há pouco tempo me dei (finalmente) um baralho do Tarô. E escolhi o Waite-Smith pelo estilo clássico e por ser indicado para estudantes que estão aprendendo a ler os símbolos das lâminas. Quase vinte anos estudando o assunto, demorou para isso acontecer. E não é sempre assim?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ao contrário do que a maioria das pessoas faz, não faço muitas autotiragens. Mas, ontem, me senti impelida a fazer uma pergunta simples, três cartas (passado, presente e futuro) apenas com os arcarnos maiores. E a resposta, tão direta quanto simples, foi um tiro no coração. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvkGvavbmNVF2jj9hqt0Y_RJKZp_6weqjMbOG2bnw_TOonpU1ayy8A4UQLswLn2R0eqa-KnlR8cXQ0Vb-_Al3wyLPJuHVacfu7OEE-N1BfNFCdqwcfans66a-PHy3dtyfmUGhY-vo53B5PpVnXCqiSEHDm-GZ18QmPw1cbBF1rK8jByX7FeWOT0wo2/s500/A-Morte-.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="284" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvkGvavbmNVF2jj9hqt0Y_RJKZp_6weqjMbOG2bnw_TOonpU1ayy8A4UQLswLn2R0eqa-KnlR8cXQ0Vb-_Al3wyLPJuHVacfu7OEE-N1BfNFCdqwcfans66a-PHy3dtyfmUGhY-vo53B5PpVnXCqiSEHDm-GZ18QmPw1cbBF1rK8jByX7FeWOT0wo2/s320/A-Morte-.jpg" width="182" /></a></span></div><p></p><p><span style="font-family: arial;">Antes de continuar, vou compartilhar: quem me acompanha neste blogue sabe há quantos anos eu falo de Plutão na minha casa 11 astrológica. Falo de tantas e tantas pessoas que saíram voluntariamente, foram extirpadas pelo tempo ou sumiram sem dar tchau. Falo do quanto isso profundamente mexeu comigo e me fez rever muitas coisas — em especial sobre mim mesma. Porque temos certeza absoluta de que quando a debandada insiste em continuar, o problema é seu, você está fazendo algo errado, seu comportamento está nocivo, você está sendo egoísta e rude.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Quem me conhece sabe que sou extremamente transparente, nunca neguei meus defeitos. Quem me conhece também sabe o quanto sempre lutei para melhorar, me tornar uma pessoa melhor, lapidar as pontas que machucam que a minha criação deixou em mim. E todo o processo de lapidação não é feito de forma rápida, nem quando desejamos: é necessário tempo, é necessária a convivência em sociedade para, ao termos o outro como espelho, consigamos ver em nós mesmos o que pode ficar e o que deve ser mudado.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Isso posto, o ciclo de Plutão em Capricórnio (e, naturalmente, na minha casa 11) está prestes a terminar. Estamos à beira da entrada de Plutão em Aquário — que iniciará não somente uma nova era mundial, mas também marcará o fim dessa limpeza que foi feita em minha vida. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Mesmo no fim, a ação dessa energia ainda é contundente! Justamente por estar nos graus finais (os graus iniciais e finais de um trânsito são os mais potentes, que geram maior impacto), eu continuo vendo pessoas indo embora. Ou pessoas se ausentando de uma forma muito incompreensível. E eu não tinha compreendido a oportunidade única que me estava sendo ofertada...</span></p><p><span style="font-family: arial;">E eu ainda estava insistindo em estabelecer amizades... e era uma insistência ilusória. Pautada em: consideração (eu honro o que as pessoas fazem por mim), carência (porque sou canceriana com ascendente em peixes e lua em leão) e teimosia (pois é... mesmo um ser mutável como eu pode ser teimoso às vezes). </span></p><p><span style="font-family: arial;">Então, ao fazer a tiragem para mim, três cartas saíram: Sol (passado), A Morte (presente), A Temperança (futuro). Não coincidentemente, A Morte e A Temperança são cartas sequenciais dentre os arcanos maiores. Ou seja, para alcançarmos a fase da Temperança, precisamos necessariamente passar pela fase da Morte. O futuro depende do que eu farei com A Morte em mãos. Com a Temperança no futuro, tudo realmente está em minhas mãos.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Quando acionei essa informação, era questão de tempo para eu me dar conta do que tinha de fazer — embora já soubesse há tempos. </span></p><p><span style="font-family: arial;">No entanto, o medo nos paralisa, pelos mais diversos motivos. Aí, fui me dar conta da coisa mais simples e tola possível: Plutão (correspondente direto da carta A Morte, coincidência? Nunca!) está há décadas agindo em minha casa 11, em minha vida. Eu sempre me colocando em posição meio que de vítima. Não entendendo seu mecanismo (por mais que eu seja astróloga, olha o medo paralisando aí), buscando razões e motivos para achar uma lógica. Insistindo em ir contra essa poderosa energia, literalmente.</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmx7TXn9JiS__rFDFxktklALpCceD9bHYoAvyVJEEEiAs0QyJKNiu7Up5b7-lHs0qRYDYOByyqT1wgXj8a-53wPSvdGkxMxW28MXvh_y__oiTYvOS3Oqj9TgegLAaRAd2Jzk1fHEXHPvbhpJ5UGkBHHnQMOiqeG61WykAU-Fuh5CIN3JjKGKS2YUoe/s980/19465370-hades-ou-simbolo-do-alfabeto-de-astrologia-de-plutao-planeta-anao-ou-planetoide-antigo-sinal-hieroglifico-mistico-astrologico-calendario-astrologico-jyotisha-hinduismo-horoscopo-indiano-ou-vedico-isolado-v.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="980" data-original-width="697" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmx7TXn9JiS__rFDFxktklALpCceD9bHYoAvyVJEEEiAs0QyJKNiu7Up5b7-lHs0qRYDYOByyqT1wgXj8a-53wPSvdGkxMxW28MXvh_y__oiTYvOS3Oqj9TgegLAaRAd2Jzk1fHEXHPvbhpJ5UGkBHHnQMOiqeG61WykAU-Fuh5CIN3JjKGKS2YUoe/w143-h200/19465370-hades-ou-simbolo-do-alfabeto-de-astrologia-de-plutao-planeta-anao-ou-planetoide-antigo-sinal-hieroglifico-mistico-astrologico-calendario-astrologico-jyotisha-hinduismo-horoscopo-indiano-ou-vedico-isolado-v.jpg" width="143" /></a></div><span style="font-family: arial;">Eu sei que o astrólogo Carlos Harmitt (que não conhece a minha existência) foi crucial para acelerar as ligações mentais que eu precisava fazer para chegar a essa conclusão. Ele com sua linguagem contundente falando sobre Plutão em Aquário, além de reacender a chama da Astróloga em mim que estava meio apagada, também iluminou o que eu estava fazendo com o fim do trânsito de Plutão no meu mapa: apenas rezando para tudo acabar logo, acreditando que apenas com seu fim, as coisas mudariam (doce ignorância, né, Cris?).</span><p></p><p><span style="font-family: arial;">Com a energia plutoniana a última coisa que devemos fazer é sermos passivos. Precisamos agir em conjunto. Precisamos nos conectar à sua poderosa força e entender que a limpeza pode doer mas é para a próxima etapa. E mesmo que você não saiba do que se trata, confie nele, porque você estará purificado para recomeçar: quer algo mais incrível do que voltar a pensar em como começar em um terreno transmutado do que não prestava mais em sua vida?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Porém, quando você não está fortalecido, tomar uma decisão desse porte não é nada fácil...</span></p><p><span style="font-family: arial;">Quem me conhece, sabe dos desafios que estou vivendo desde 2015 que culminaram com o ano passado, um ano tão ruim quanto foi 2019. 2023 começou em baixa mas, ontem, dia 17/04/2023 às 22h20, tomei uma decisão que foi muito adiada. Eu a adiei o máximo que pude. E, assim como todas as piores dores de minha vida, eu escolhi vivê-la. E, agora, conscientemente, escolho não viver mais.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Mas o que aconteceu entre a tiragem de tarô, as palavras de Harmitt, os anos todos vividos? O que aconteceu é que me dei conta de algo estupidamente ridículo: a minha maior reclamação é que estou sozinha (literalmente, sem ninguém: amigos, parentes, família, amor, colegas) e há tempos tentando reatar antigos contatos ou fortalecer os mais recentes. Não há problema em buscar soluções para um problema — o problema está nas escolhas que você faz. E eu estava escolhendo MUITO ERRADO. Porém, devido a todos os fatores que citei, eu estava à beira de: ou enlouquecer ou mudar radicalmente. Muito atrasada, fiz a segunda escolha. Finalmente!</span></p><p><span style="font-family: arial;">Eu me dei conta de que por tanto medo de ficar sozinha, eu tinha esquecido de reparar que eu já estava sozinha! Absolutamente. Absurdamente. E eu estava correndo atrás de migalhas de alguns tipos de pessoas por quem tinha consideração — me humilhando, rastejando, pedindo, aguardando o "algo a mais" que nunca veio e nunca virá. Por quê? Da parte dessas pessoas, não sei, nunca saberei. Da minha parte, eu esperava reciprocidade. Gentileza. Educação. E quando o ser humano chega ao ponto de não saber mais ser gentil, educado e recíproco, estamos perdendo a nossa humanidade, nos tornando bestas. </span></p><p><span style="font-family: arial;">E afirmo sem sombra de dúvida alguma: estamos vivendo a nossa existência compartilhando o planeta Terra com uma horda de bestas. Não são todos, mas são a maioria esmagadora certamente. O que são essas "bestas"? Pessoas perdidas no mais profundo inconsciente, egoístas, agressivas, radicais, extremistas, individualistas. O mais triste é que, além disso tudo, vivem presas na ilusão inconsciente de que todos estão errados menos elas.</span></p><p><span style="font-family: arial;"><i>O meu cenário era esse: ficar achando que tinha estabelecido conexões com amizades unilaterais por medo de ficar sozinha. Oras, se eu vivo uma relação unilateral já não estou sozinha?</i></span></p><p><span style="font-family: arial;">Então, para finalizar este extenso post, é isso leitor: quando Plutão fizer o chamado, aceite. Não relute. Viva. Como o mais brega clichê possível: nade pelos rios de Hades e renasça. A Morte e Plutão estão te dando essa única e última oportunidade!</span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-18871963474111616742023-04-02T21:57:00.009-03:002023-09-09T18:16:13.274-03:00Next exit (Próxima saída) — o filme<p><span style="font-family: arial;">Há tempos venho tentando escolher um filme para ver. Não. Não é fácil me manter sentada em uma cadeira por quase duas horas ininterruptas. Pausa. Levanta. Distrai. Desiste. Esse tem sido o movimento comum para mim.</span></p><p><span style="font-family: arial;">O que não aconteceu com este filme: <a href="https://collider.com/next-exit-poster-rahul-kohli-katie-parker-mali-elfman/" target="_blank">NEXT EXIT</a>. </span></p><p><span style="font-family: arial;">E acho que era isso que precisava mesmo. Um filme fora do circuito comum, de todo o clichê comum que Hollywood e o cinema comercial e todas as suas demandas trazem. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Tava lá eu no meu site favorito de streaming (gratuito. claro, não dou um centavo para ninguém) e achei essa sugestão. Vi o trailer, li a sinopse. Me chamou a atenção. Em especial por ser um road novie, adoro road movies! Adoro a dinâmica intimista, mas sem ser claustrofóbica, de estar em um carro em movimento, saindo de um lugar e indo para outro lugar o filme inteiro.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E, sob esse contexto, se desenvolve a trama em um mundo futurístico onde as pessoas acreditam em espíritos e em vida após a morte. Mas, como nem tudo são flores, é preciso optar pelo suicídio assistido para chegar ao outro lado — sem ter garantias exatas de como é, como será a comunicação (porque nesse futuro, as pessoas podem ver entes queridos mortos).</span></p><p><span style="font-family: arial;">O filme não se pauta sob a ótica da ficção científica, então, não inventa teorias malucas nem traz visuais com efeitos gráficos de última geração. Trata-se de um filme mais reflexivo, filosófico sobre as questões que atormentam todos os seres humanos ao menos uma vez na vida: vale a pena viver?</span></p><p><span style="font-family: arial;">A princípio até considerei o perigo de estar diante de um filme que fizesse apologia ao suicídio. Mas, não. O roteiro (escrito e dirigido por Mali Elfman) traz uma leveza absoluta mesmo tratando de temas pesados. A pitada de comédia cria um antagonismo interessante entre as duas personagens principais. E a fotografia, sempre escura, cinza e fria (o filme começa no inverno de Nova York e termina ainda no inverno mas nas praias da Califórnia), sai do escuro para o claro, mas não totalmente, pois não vemos Sol, vemos pouco dele aliás, pois o filme se passa mais à noite, nas penumbras do amanhecer e do anoitecer. Uma escolha deliberada muito bem feita, que reforça ainda mais o ar anímico-onírico do filme.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ao mesmo tempo, o filme não é moralista (ainda bem que não caiu nesse clichê) nem é julgador. Ali, as escolhas, o resultado das escolhas, as confusões para fazer uma escolha — são todas respeitadas. E isso gera um conforto inconfundível para nós, espectadores, que acompanhamos a decisão irrestrita de duas personagens cansadas da vida e que decidem morrer, porque não conseguem matar a si próprias. Inclusive, durante a viagem, os dois personagens encontram um padre católico ao acaso. E, mesmo esse padre, não tem lições morais a dar.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Se você não quiser spoiler, pare aqui. O filme está passando no Hulu. Não sei qual streaming no Brasil vai passar o filme.</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjV1AGi6T4v-kk59J0MN5-1TNrPQplaSk2XHOTG8GxeZViFmOugOWf2ga72KwHWC1Dc0S1x2r0GSLuCRYb4EGLFbxR6WOhnpkmw9EVCm2zLFWBwyslZkYuHcMR7K9ZuHXkyV55_aXNrp9kDEvMCc7kGrWEQ65BOLQ4HiCr9_0CZtWODZR7c7S-XNJde/s1000/next-exit-2022-horror-review.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="1000" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjV1AGi6T4v-kk59J0MN5-1TNrPQplaSk2XHOTG8GxeZViFmOugOWf2ga72KwHWC1Dc0S1x2r0GSLuCRYb4EGLFbxR6WOhnpkmw9EVCm2zLFWBwyslZkYuHcMR7K9ZuHXkyV55_aXNrp9kDEvMCc7kGrWEQ65BOLQ4HiCr9_0CZtWODZR7c7S-XNJde/s320/next-exit-2022-horror-review.jpg" width="320" /></a></div><span style="font-family: arial;">Se você não liga para spoiler, vamos lá!</span><p></p><p><span style="font-family: arial;">O filme termina com uma EQM (experiência de quase morte) da personagem principal. E, nessa experiência, constatamos algo simples: precisamos nos autoperdoar. Precisamos perdoar o que aconteceu no passado, deixá-lo para trás. Claro, continuaremos carregando ele, mas como uma lembrança, não um fardo. O agora, o minuto agora, é o que é mais importante em nossa vida.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Confesso que gostei muito filme. Veio realmente de encontro ao momento reflexivo que vivo. E, de maneira geral, também trata de um tema delicado mas que sempre nos rodeou: todos têm o livre arbítrio para decidir sobre a própria vida? Existe vida após a morte?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Claro, não espere altas reflexões filosóficas, científicas ou moralistas porque esse não é o propósito do filme.</span></p><p><span style="font-family: arial;">O objetivo do filme é te levar, por horas, viajando de carro atravessando o país, para abrir-se a possibilidades impensadas e para uma nova chance. Nem que seja por um minuto apenas.</span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-60642478305762520502023-03-09T13:02:00.005-03:002023-03-09T16:57:45.438-03:00Pedaço de quebra-cabeça<p><span style="font-family: arial;">Este ano começou com tantos sentimentos e em uma velocidade que, por vezes, ora queria que diminuísse, ora queria que aumentasse.</span></p><p><span style="font-family: arial;">2023 não começou fácil!</span></p><p><span style="font-family: arial;"><a href="https://outro-dia-qualquer.blogspot.com/2023/01/sobre-o-idealismo-e-sobre-o-amor.html" target="_blank">O meu primeiro post foi lindo</a>. Uma tentativa de reconexão com algo interior que ainda não sabia bem o que era. </span></p><p><span style="font-family: arial;">No entanto, não foi suficiente.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Eu sabia que havia algo mais a supurar. E, sim, o verbo é esse exatamente: SUPURAR.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Eu não faço terapia (deveria?... quem paga pra mim?). Ao longo da minha vida toda, fiz terapia com amigos próximos, pessoas mais experientes, pessoas mais velhas e, talvez, a melhor delas, a terapia ocasionada por eventos inesperados quando você tem de reagir e agir ao mesmo tempo, em uma equilibrada mistura, delicada o suficiente para alcançar o resultado mais próximo do esperado.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E, admito aqui, já tô perdendo a conta desses eventos.</span></p><p><span style="font-family: arial;">A vida, para mim, parece um eterno ciclo de lidar com o inesperado. Alguns, até meio previsíveis, outros, no entanto, totalmente impossíveis de prever. Algumas experiências eu fiz questão de viver, por mais dor que me causasse. Algumas escolhas eu fiz deliberadamente, apoiada em um idealismo e esperança otimistas demais para alguém canceriana com ascendente em peixes e Netuno lá no Meio do Céu, como eu.</span></p><p><span style="font-family: arial;">No começo, nas primeiras experiências, você ainda é jovem o suficiente para se recuperar rápido. Ingênuo o suficiente para acreditar que as pessoas são boas e melhoram com o tempo. Otimista o bastante para imaginar que, no futuro, as melhores coisas estão reservadas para você.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Após uns três golpes, meio sangrando, você ainda crê. Porque o único movimento da vida (na minha opinião, até este momento que escrevo este post) é que amanhã será melhor que hoje. E não é, afinal?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Todo mundo, sem exceção creio eu, deseja uma vida calma, tranquila, previsível. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=7374CZQoS2Y" target="_blank">Sem alarmes e sem surpresas</a>. Mas, admita, quantos de vocês aí lidariam sabiamente com isso?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Então, após algumas décadas levando golpes (baixos ou não), a sua situação é precária. Você não é mais jovem, está beirando os cinquenta anos de idade, o seu mundo, o seu contexto, a sua realidade não são um cenário de terra desolada mas você sente cansaço.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E, então, um novo golpe, um "teste da vida" chega inesperado para te testar em relação a tudo que, supostamente, você aprendeu.</span></p><p></p><ul style="text-align: left;"><li><span style="font-family: arial;">eu vou conseguir dar conta?</span></li><li><span style="font-family: arial;">como devo me sentir depois?</span></li><li><span style="font-family: arial;">por que isso ainda acontece?</span></li></ul><p></p><p><span style="font-family: arial;">No passado, passei por uma das situações, certamente a pior de todas, em minha vida. Apenas amigos íntimos sabem. E eu acho que fui bem, no contexto geral, tanto que me dei um 10. Hoje em dia, no entanto, eu sei que não foi esse dez perfeito. E, talvez, essa soberba (ela, mais uma vez!) -- ou não... -- me impediu de enxergar algo simples que me pegaria no meu ponto mais vulnerável. E eu não percebi.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Seis meses se passaram (ainda bem que comigo o tempo das coisas é rápido!) e apenas em fevereiro deste ano, vivenciando uma situação difícil do dia a dia, mas nada fora do controle, eu percebi que tinha algo de errado.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ontem, tirei uma foto em uma tentativa de eternizar o momento que vivia. A sensação de ver a última peça que faltava encaixar no quebra-cabeça da minha vida. Ajeitar corpo-mente-alma. Recomeçar. MAIS UMA VEZ. Mais uma vez...</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfPD7Qn4gZweiupv928EX9qsNcd8APTHhnzteexqesstT8ivEpNrbLnQ9jZu8IVfyQquTIx-eNFErCMbZ6tDkg3M5vm7wzKZgQWgr7q7WuCGZhw-_SUuNlEtHiMaI7eDb_6c66tyVs84e0bor7eZ-1m4kT23j5tO8hZUw8cnvSzkps_9oOLfDJZ8HC/s1080/08.03.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="683" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfPD7Qn4gZweiupv928EX9qsNcd8APTHhnzteexqesstT8ivEpNrbLnQ9jZu8IVfyQquTIx-eNFErCMbZ6tDkg3M5vm7wzKZgQWgr7q7WuCGZhw-_SUuNlEtHiMaI7eDb_6c66tyVs84e0bor7eZ-1m4kT23j5tO8hZUw8cnvSzkps_9oOLfDJZ8HC/s320/08.03.jpg" width="202" /></a></div><span style="font-family: arial;">E tiro umas lições preciosas para esta nova etapa.</span><p></p><p></p><ul style="text-align: left;"><li><span style="font-family: arial;">quem quiser ficar ao seu lado, virá até você.</span></li><li><span style="font-family: arial;">quem quiser ficar ao seu lado, te aceitará como você é, sem exceções.</span></li><li><span style="font-family: arial;">quem não quiser ficar ao seu lado, você deverá deixar ir. Sem olhar para trás, sem arrependimentos.</span></li><li><span style="font-family: arial;">quem for gratuitamente agressivo com você, obviamente, além de ser um problema da pessoa com ela mesma, você deverá se aceitar como vulnerável e não um muro de aço impenetrável.</span></li><li><span style="font-family: arial;">quem ainda permanece com você, naturalmente, saberá ser aberto e sincero, sem meios-termos, sem disfarces ou subterfúgios.</span></li><li><span style="font-family: arial;">quem ainda está aí com você é porque realmente te aprecia. Valorize essas pessoas.</span></li><li><span style="font-family: arial;">AS PESSOAS SOMENTE DÃO O QUE PODEM OFERECER. MUITAS PESSOAS NÃO TÊM NADA A OFERECER, ENTÃO NÃO EXIJA DE QUEM NÃO TEM NADA A OFERECER. E isso será claríssimo de notar. </span></li><li><span style="font-family: arial;">Não pressione quem não tem nada a oferecer, porque essa pessoa sequer tem algo a oferecer para ela mesma.</span></li></ul><div><span style="font-family: arial;">Apesar de complexo e quase impossível de compreender, eu ainda gosto de lidar com seres humanos. Remendada e cicatrizando, sigo. É da minha natureza mais primordial ser assim, eterna filha de Netuno.</span></div><p></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-53759135238004238572023-02-19T17:37:00.003-03:002023-02-19T17:37:40.944-03:00A maior e mais importante pergunta de todas<p><span style="font-family: arial;"> Hoje está um dia frio de 18ºC, atípico para a época.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Um domingo de folias mas em meu coração o único repique é o questionamento.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Acho que nunca fiz tantas perguntas. Eu sempre fiz muitas perguntas, sempre tive curiosidade, sempre quis saber o algo além que uma informação traz. Nunca me satisfiz com uma afirmação. Na minha cabeça, certezas nos guiam mas nos delimitam. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Será que chega um momento na vida em que cansamos de perguntar?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Será que chega um momento na vida em que precisamos parar de procurar?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Será que chega um momento na vida em que nada mais faz sentido?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Quem acompanha este blogue, sabe que sempre faço declarações contundentes. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Mas, hoje, o dia é de frases curtas, pensamentos cortados, lembranças aleatórias. Um silêncio do lado de fora que não se mistura com a torrente infinita em minha mente e em meu coração.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Talvez, a melhor pergunta que eu deva fazer a mim mesma seja: se você pudesse apertar um botão que determinasse uma outra rota, distinta de tudo que você viveu até agora, você apertaria esse botão? Você aceitaria viver uma vida comum e oposta a tudo que você descobriu e que direcionou para o que você é hoje?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Apertaria?</span></p><p><i><span style="font-family: arial;">Não sei.</span></i></p><p><span style="font-family: arial;">Acho que enquanto viver, não terei um momento de tranquilidade em que possa afirmar: nada vai me desestabilizar. Tudo está sob controle.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Acho que estou com saudade de viver sedada e cega para a realidade, saudade de viver em uma ilusão.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Porque quando você escolhe trilhar o caminho oposto à ilusão, é preciso coragem para resistir e perdurar.</span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-9019445267537042902023-01-09T12:11:00.003-03:002023-09-13T11:25:30.377-03:00Sobre o idealismo e sobre o amor<p><span style="font-family: arial;">Acho que sempre fui pretensiosa, admito, por acreditar que uma experiência dolorosa é capaz de nos dar nortes poderosos feitos a partir de reflexões profundas e conclusões quase absolutas. O tempo, sábio, sempre nos mostra que somos sempre aprendizes. E é não tenho vergonha em admitir essa breguice — sou uma constante aprendiz, talvez, um pouco mais esperta agora.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Depois de 2019, eu me considerei capacitada a enfrentar qualquer dor que atravessasse meu caminho em qualquer área da minha vida. Bom, para quem não sabe, esse foi o pior ano da minha vida, que eu sempre repito para mim mesma como um lembreete de onde eu não quero mais estar. E, não coincidentemente, não fiz uma única postagem neste blogue nesse ano.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Eu sabia que algumas resoluções precisavam ser feitas... e seguidas. Depois que você perde muita coisa na vida, em especial o que há de mais puro dentro de sua alma, creio que existam dois caminhos simples a serem seguidos: a recuperação (otimista) e a amargura (pessimista). Alguns seguem um caminho ou outro de forma mais extremista, enquanto que acho que a maioria de nós fica ali no meio-fio, escolhendo lados sem definição, flertando com o que mais agrada no momento.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Eu segui o caminho da reconstrução. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Porque embora já soubesse, ainda não tinha admitido para mim mesma algo: <i>eu sou idealista</i>. Eu sempre fui idealista e parte das minhas dores nasceu de um terreno não cuidado do meu idealismo. Sim, porque não basta ser puramente idealista, é preciso cuidar desse parte crucial de meu caráter. Os riscos de se viver sob o julgo de um idealismo imaturo cobram um preço muito alto. Preço esse... que já paguei inúmeras vezes.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Mas ainda tinha uma característica minha que eu não queria admitir e que precisou de quase dois anos para que eu tivesse coragem para colocá-la em evidência, para cuidar dela, para tratá-la com o devido respeito. Porque, juntamente com o idealismo, ela sempre fez parte de mim e eu simplesmente a tinha enterrado, soterrado debaixo de muitas experiências ruins e muita dor - o que é a atitude mais comum feita pela maioria das pessoas.</span></p><p><span style="font-family: arial;"><i>Eu sou romântica, eu acredito no amor.</i></span></p><p><span style="font-family: arial;">Acredito que o amor é a resposta para tudo. E essa caracteristica está intrinsecamente ligada ao idealismo. Como eu pude separar as duas coisas, que são quase a mesma coisa?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Pois é... separei.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Precisei fazer um exercício de resgate das lembranças mais antigas que sempre tive sobre as formas de amor que eu senti ao longo da minha existência. Começou com uma foto minha e de minha mãe, que eu associava a um sonho constante que sempre tinha sobre uma mulher que amava, mas que não sabia quem era. Eu achava que ela existia, mas não, ela era uma ideia - a minha concepção de amor - que estava ali, inconscientemente, me chamando. Eu tive muitos sonhos recorrentes em um período curto de tempo. Tudo isso no primeiro semestre do ano passado, especialmente.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Quando eu fiz a conexão, parei de sonhar. E nunca mais tive esse sonho que, agora, são recordações anotadas e guardadas no meu diário virtual dos sonhos.</span></p><p><span style="font-family: arial;">No final do ano passado, eu fiz algo que nunca tinha feito até então (por preconceito, admito, coisa de pessoa formada em Letras — que erro!): comecei a ler uma fanfic. Foi um ato despretensioso mas estimulado principalmente pela autora: ela sempre me passou credibilidade e eu resolvi dar uma chance.</span></p><p><span style="font-family: arial;">À medida que fui lendo os capítulos sendo escritos, lágrimas e emoções ressurgidos em total polvorosa dentro de mim (a fanfic é uma história de amor improvável, mas ainda assim, uma história de amor) me chamaram à reflexão. Por que estou sentindo tudo isso? De onde vêm esses sentimentos? Eu ainda sou capaz de sentir tudo isso apenas lendo uma "fanfic"?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Então, a ponte que faltava foi feita.</span></p><p><span style="font-family: arial;">As reflexões que eu já tinha feito com os sonhos recorrentes que tinha se juntaram ao turbilhão de emoções que eu senti lendo a fanfic - e tudo fez sentido!</span></p><p><span style="font-family: arial;">Precisei de um tempo para processar, afinal, a mente racional tem uma velocidade, a nossa intuição tem outra e nossa alma tem outra. Precisei alinhar todo mundo para um trabalho em conjunto. A primeira coisa que fiz foi me deixar levar por todas as emoções sentidas lendo a fanfic. Me liberei sem amarras. Comecei a reouvir as músicas de amor que eu sempre amei e que tinha parado de ouvir. Ainda estou caçando uns filmes românticos para ver.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Ao mesmo tempo, fiquei pensando no histórico da minha vida amorosa. Em tudo que sempre fui, as coisas que sempre errei, as felicidades e as imensas dores (essas muito mais) que eu sempre vivi. As decepções. As perdas pequenas e contínuas que foram minando a minha crença no amor. Aos poucos, guardadas as devidas proporções, eu estava me tornando naquilo que eu sempre critiquei: uma sapatona de meia-idade amargurada que não acredita mais no amor e não tem nada a oferecer nada além de reclamações e dores.</span></p><p><span style="font-family: arial;">NÃO! ESSA NÃO SOU EU!</span></p><p><span style="font-family: arial;">E esse foi o insight mais maravilhoso que eu poderia ter ganhado de presente de mim mesma.</span></p><p><span style="font-family: arial;">A minha mente racional diz: a sua realidade ao seu redor continua a mesma, nada mudou. E eu respondo, sim, é verdade. Mas ter alcançado esse entendimento de mim mesma me libertou. Estou me sentindo consciente. Como dizem as frases de autoajuda, não posso mudar as coisas ao meu redor então mudo a única coisa que posso mudar: eu mesma.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Para finalizar, o sentimento de reencontrar essa versão mais pura e antiga minha, que eu achava que estivesse morta e destruída, tem me feito tão bem, que eu não quero me apaixonar, não quero flertar, não quero encontrar (em alguém) lá fora o que tem me satisfeito aqui dentro. Não preciso disso agora — o que não quer dizer que eu não vá querer. Mas, agora, o simples e puro agora é este: estou encantada comigo mesma. Essa parte preciosa que sempre foi minha e que eu achei que tinha perdido.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Uma Cris que sempre foi doce e dedicada, que adivinha pensamentos, que faz leituras precisas... que sempre ansiou por um amor que simplesmente exista por existir e que não precise de lutas, batalhas, provas contínuas e dor. — esse é outro tipo de amor. Eu anseio por</span><span style="font-family: arial;"> um amor (que eu creio ser quase impossível existir entre seres humanos comuns) que seja sábio e aprendiz, pleno e humilde, que acalente e aconchege. Um amor que não duvida. Um amor que, nós humanos, ainda temos tanto a aprender...</span></p><p><span style="font-family: arial;">Uma longa reflexão que ainda continua... mas que precisava ser registrada, aqui, como a primeira de 2023.</span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-41262917902410075702022-12-26T19:59:00.005-03:002023-01-09T12:40:25.391-03:00Feliz ano velho<p><span style="font-family: arial;"> E, num bater de asas de uma borboleta, este ano praticamente se foi.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Como sempre faço (não apenas na retrospectiva, mas como hábito que seguirá comigo até o último suspiro de minha vida), estou reflexiva. Pensativa. Pesando prós e contras. Vendo onde valeu a pena. Vendo onde eu errei, de novo. Me lembrando das promessas de começo de ano e o quanto eu consegui cumprir e o quanto eu falhei.</span></p><p><span style="font-family: arial;">O balanço?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Bem, a gente planeja as coisas como se tudo seguisse um fluxo de raciocínio comum. É impossível prever as surpresas, nem mapa de previsões ou tarô são capazes de fazer isso. Nessas horas, estamos suscetíveis ao acaso, ao destino... ao que você quiser dar nome.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Com o tempo, percebemos que quanto mais nos acostumamos às surpresas da vida, quanto mais aprendemos a ter jogo de cintura, a relevar, a perdoar, a aceitar, a entender e a brigar onde é preciso... podemos dizer que alguém alcançou mais um nível de maturidade.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Pois acredito que maturidade seja isso: ter as rédeas da vida na mão, saber conduzir nossos cavalos, e saber continuar tocando a vida mesmo que não tenhamos mais as rédeas, uma roda se soltou, sua bunda tá cheia de calos pelos buracos da estrada.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Este ano não foi fácil. Não me recordo de um "ano simples" há mais de uma década em minha vida. Tenho bons momentos, mas esta longa estrada da vida (acompanhando meus trânsitos astrológicos) é um constante teste para saber se a minha fé em mim mesma continua firme e indiscutível. E, neste ano, eu tive provas de que sim, acho que cresci e amadureci mais um pouco. Larguei para trás os fardos da culpa e da mágoa.</span></p><p><span style="font-family: arial;">No entanto, vivi mais um desafio único e inédito. E entendo que tudo que vivi até hoje me preparou para poder vivê-lo. Pois, precisei de foco, coragem, fé, humildade, resiliência e bons amigos.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Essa situação me mostrou algo muito claro: quanto menos resistência você faz com as coisas que você não quer em sua vida, mais rápido elas vão embora e menos você vai sofrer. Mas para aprender uma lição aparentemente "simples" como essa, eu tive de viver por mais de dez anos (citados acima) com dores iguais, mágoas iguais. Caso contrário, certamente, eu teria mais um carma para cumprir nesta vida. </span></p><p><span style="font-family: arial;">Não há receita mágica nem secreta para isso além disto: autoconhecer-se.</span></p><p><span style="font-family: arial;">O autoconhecimento, além de matéria-prima para todos os livros de autoajuda, é uma das verdades mais imutáveis de nossa existência. Quanto mais nos conhecemos, nossas qualidades e nossos defeitos, mais podemos nos lapidar. Outra velha metáfora.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Tenho conversado sobre isso com algumas pessoas próximas a mim. E fico feliz por saber que compartilhamos de um mesmo conceito geral de que, sem se autoconhecer, não há muito para onde ir a não ser o lugar-comum dos erros e reclamações.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Não sei o que me espera em 2023. Mas sei que sem vocês - Denise, Manu, Renata, Aline, Lari, Maria Helena, Claudia, Nilce e Tamires (e outras duas pessoas que se despediram de mim e não irei mencioná-las aqui, já que elas decidiram terminar a amizade comigo) - este ano teria sido muito mais perigoso e difícil. Obrigada a cada uma de vocês pela amizade.</span></p><p><span style="font-family: arial;">A todos nós, que mesmo na dificuldade, saibamos ouvir, compartilhar e falar. Pedir, se for necessário. E que 2023 traga muita saúde e luz!</span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-64290424699266444962022-12-17T12:11:00.000-03:002022-12-17T12:11:05.021-03:00Repetição<p><span style="font-family: arial;"> Acho que tem um assunto que ainda não falei por aqui.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E não falar dele é como falhar em assumir uma das coisas que mais fazemos desde quando respiramos o nosso primeiro ar fora da barriga da mãe: repetir.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Repetimos atitudes que nos façam alcançar um objetivo. Que vai desde a sobrevivência, a uma simples teimosia, para realizar um desejo. Acho que a nossa vida inteira é um ato de repetição.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Repetição é rotina, diriam alguns. Repetição não é algo ruim, diriam outros. Verdade. Mas quem de nós sabe usar a boa repetição para viver? Quem de nós sabe repetir o que é saudável repetir e excluir a repetição que afeta a nossa boa saúde física e, principalmente, a mental?</span></p><p><span style="font-family: arial;">Todos nós precisamos da rotina. A rotina é uma repetição forçada da nossa existência que vai se alterando conforme a nossa idade e o contexto ao nosso redor. Não gostamos de surpresas constantes, de altos e baixos. Não gostamos de ser surpreendidos e poucos de nós sabem lidar com o inusitado.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Outros já precisam tanto da rotina que não saem dela. E quanto mais a idade avança, mais ficamos enraizados nela. Cumprir uma rotina se torna não apenas um ato robótico mas uma certeza de que não é preciso mais assegurar a sobrevivência em um desafio diária caótica e estressante.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Este ano completei 45 anos. Uma idade que, quando eu tinha 30, imaginava de outra forma. Quinze anos atrás, a minha perspectiva passava por muitos fatores, menos a ideia de que a repetição se tornaria a característica mais marcante. E, não, não se trata de uma repetição positiva, mas tão maléfica quase a ponto de me matar.</span></p><p><span style="font-family: arial;">E eis que, hoje, me veio essa ideia, tão forte quanto um insight e tão fraca quanto um pensamento que se esvai cinco segundos depois. Os livros de autoajuda estão aí para dar todos os termos que você quiser, acredito que o assunto nunca se esgotará porque se trata de algo crucial no ser humano.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Eu me lembrei de um curso esotérico que eu participei, uns anos atrás. Engraçado que a coisa que mais me incomodou, por incrível que pareça, foi a repetição. Me incomodava, aula após aula, continuar falando da mesma coisa. Eu não entendia aquilo. Achava que era por causa dos "idosos" da turma que tinha dificuldade para aprender as coisas.</span></p><p><span style="font-family: arial;">RINDO.</span></p><p><span style="font-family: arial;">LEDO ENGANO.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Os mestres espirituais não são mestres porque acham a alcunha bonita. Eles são porque já passaram por isso e sabem exatamente o que precisamos aprender. E a repetição é uma delas. Só aprendemos na repetição. Repetindo continuamente sem perceber o algo que está claro na nossa cara. E a repetição traz a mesma informação vestida de diferentes formas para que possamos percebê-la. E, mesmo assim, demoramos... ou nunca percebemos. Precisamos perder tudo, precisamos quase morrer, precisamos de um golpe de dor tão dilacerante para abrir os olhos. E, mesmo assim, ainda podemos não abrir. Sim, somos criaturas lindas, mas cegas e muito limitadas ainda.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Então, aqui, quase fechando as portas de 2022, este ano cheio de desafios únicos, conquistas únicas e experiências únicas, apenas assumo, humildemente, que mesmo tendo vivido boa parte da minha vida em um looping de repetição continuamente fazendo péssimas escolhas, eu acredito que posso aprender a escolher melhor, escolher boas repetições. Até não precisar mais repetir e criar novos hábitos.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Espero que 2023 seja bom assim para todos vocês, também!</span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2302912810944700170.post-32745276389216701572022-03-01T20:40:00.001-03:002022-03-01T20:45:04.972-03:00Bem-vindo, ano novo<p><span style="font-family: arial;">Dias e mais dias se passaram. Tornaram-se semanas... dois meses. </span></p><p><span style="font-family: arial;">O primeiro post do ano vem em março, no meio de um calor danado em pleno verão.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Reparei, entre as coisas do dia a dia, uma frase, uma ideia recorrente. Nada novo, por sinal. Mas que, não sei por<span> que, veio pintado de novo, com uma sensação nova. Tudo começou com uma refrão de música "mas os momentos felizes não estão escondidos nem no passado e nem no futuro". </span></span></p><p><span><span style="font-family: arial;">Passaram-se alguns dias até eu lembrar "qual é a música?". Ao mesmo tempo, pipocando na minha retina, frases aleatórias do twitter, trechos de livros que estou revisando, estudos astrológicos que estou fazendo... "do you burn for the future or yearn for the past?".</span></span></p><p><span><span style="font-family: arial;">Então, subitamente, aquela rara e gostosa sensação de paz. Rara, mesmo. Porque, para senti-la, preciso ter uma penca de fatores acontecendo concomitantemente. Mas, para minha surpresa, ao contrário. </span></span></p><p><span><span style="font-family: arial;">E eu acho que eu sei de onde vem isso. A princípio, do cansaço absurdo que eu tava de um monte de coisa acontecendo na minha vida e eu totalmente fora do controle, sem nenhuma rédea na mão, apenas contando com intuição, proteção divina e acessórios esotéricos. Mas, a gente sabe que tocar uma vida vai bem mais além desses apetrechos todos. É O CONJUNTO DA OBRA.</span></span></p><p><span><span style="font-family: arial;">Acho que este livro que estou revisando agora meio que serviu pra fazer um puta de um liga-ponto gigante na minha cabeça. Um livro de um assunto que eu nunca escolheria para ler (bom, normalmente, eu não leio livros, pasmem! Só a trabalho mesmo) e que tem feito cair tantas fichas quanto um jackpot no Belagio.</span></span></p><p><span style="font-family: arial;">É isso: o cansaço absurdo que eu tava sentindo de tudo ao meu redor virou uma reflexão inesperada sobre como cheguei até aqui, mesmo com todas as merdas que eu vivi - seja por escolha própria ou não. Eu sempre fui orgulhosa em admitir que gostava da minha vida do jeito que ela era, mas isso era uma falácia. Precisei dar mais uma bela volta no fundo do poço de merda para entender. E, hoje, eu sinto algo distinto.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Passei por tanta coisa nos últimos três, quatro, cinco anos... tanta coisa que viraria fácil fácil um livro de 300 páginas. Mas escrever esse livro seria recontar a merda e taí outra coisa que eu tô cansada de fazer. Eu sou uma pessoa sintética (a despeito dos meus áudios-podcasts que raríssimos amigos têm o prazer de ouvir hehe). Na minha cabeça se passa muita coisa até que eu resuma tudo em uma frase ou uma palavra. </span></p><p><span style="font-family: arial;">E as ordens que eu me dou neste momento são: síntese, amor próprio, aceitação humilde, ação. Muita ação.</span></p><p><span style="font-family: arial;">É isso. Queria deixar registrado este momento único. Não vou prometer escrever com mais frequência aqui, mas tentarei. Ideias não faltam, mas às vezes elas simplesmente não querem se transformar em palavras digitadas.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Feliz 2022. Mais amor e menos guerra.</span></p>Crisãohttp://www.blogger.com/profile/14369420404664282101noreply@blogger.com1