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Música do dia - Two story town

Os dias andam estranhos. Tantas coisas acontecendo, coisas velhas... coisas novas. A instabilidade misturada a tantas coisas que eu queria dizer mas não posso. Não é o momento das coisas secretas... eu diria apenas que é o momento do meu silêncio pessoal.

Enquanto ainda penso no que vou pensar e sentir... sigo com esta música, perfeita para rascunhar alguns dos meus sentimentos.


Pensamento

Para refletir os últimos acontecimentos da minha vida.
A tranquilidade fundada na inspiração que emana da mente búdica jamais pode ser abalada e sempre se mostrará correta (preceito búdico).

O desafio da humanidade

Faz algum tempo que estou com vontade de escrever sobre algo que vira e mexe é um assunto que perpassa meus textos aqui no blogue. Hoje eu queria falar brevemente sobre ele: o egoísmo humano.

Acho que a humanidade nunca esteve diante de tantas catástrofes como agora. Se dermos observarmos brevemente, tsunamis, terremotos, vulcões, furacões (isso para lembrar as catástrofes naturais) e incêndios, queimadas, atentados, guerras civis (ou não). Não costumam dizer que é nas horas difíceis é que vemos a real personalidade de cada um? Muita gente acha ruim o princípio de colocar dez neguinhos presos dentro de um espaço mínimo e colocá-los sob pressão absoluta numa questão de vida ou morte (estou me referindo a uma das premissas de Jogos Mortais) ou outras pessoas acham ruim a canalhice de uns participantes desses reality shows da vida. Mas, convenhamos, fato é que o ser humano é egoísta. Seja no cinema, seja na televisão, seja na vida real.

Numa tentativa muito humilde da minha parte, vou tentar esmiuçar o egoísmo humano o mais simples possível: somos egoístas porque a nossa vida é miserável e vazia. Não importa classe social, econômica, credo, origem, nada. Estamos todos no mesmo balaio. A nossa vida mecanicista e capitalista nos obrigou a um ritmo de vida cujo único propósito é apenas o de ganhar dinheiro, uns mais outros menos. O que importa, hoje em dia, é ter dinheiro. Sem dinheiro não compramos nossos sonhos, não sonhamos outros desejos, não temos o último aparelho tecnológico da moda, não estamos mais ou menos parecidos uns com os outros seja na roupa, seja no cabelo. Sem dinheiro, não estamos inseridos na sociedade e, portanto, não somos ninguém.

Claro que (ainda bem!) nem todos pensam assim. Mas a imensa e gigantesca maioria (que não pensa para refletir e chegar a essa conclusão) sim. Somos esmagados pela necessidade de ter dinheiro e fazemos o que for preciso para ter essa moeda que compra tudo que puder ser comprado. Nessa onda, somado ao caos diário de cidades superpopulosas, vivemos um verdadeiro pandemônio (para não dizer inferno) na Terra.

Cidades lotadas, com pessoas focadas apenas em ganhar dinheiro, trabalhando em empregos que não gostariam de estar trabalhando, negando seus talentos pessoais em empregos que apenas forneçam o básico, hipnotizados por música ruim, comida ruim. Vida encurralada, sem saída. Os ricos se escondem por detrás de um suposto glamour que preencheria suas vidas. Os pobres exibem sua pobreza com agressividade, justificando inúmeras atitudes por isso.

As pessoas se esqueceram do seu universo interno. Se esqueceram da comunhão com a Natureza. Pensam mecânica e racionalmente acreditando ter o controle das perguntas e das respostas. Destroem tudo ao seu redor, porque a sua riqueza interior está praticamente extinta. Dentro de cada um de nós há uma centelha que nunca se extinguirá... mas tenham certeza de que apenas ela por si só nunca resolverá a situação em que nos encontramos agora.

Por isso, mesmo assim, tenho fé de que a humanidade aprenderá primeiro a se aceitar, a se valorizar, a derrubar leis e barreiras que nos prendem a atitudes que não servem mais para o atual movimento da vida. Este desafio é imenso mas não é impossível de ser vencido. O egoísmo é a principal prova que precisaremos vencer, pois enquanto não aprendermos a ver apenas o nosso próprio umbigo como o mais importante e que se danem os outros, nunca aprenderemos a pratica o real sentido do amor universal.

Palmirinha Onofre - um exemplo de vida

Ganhei de presente de aniversário da minha querida irmã aquele tão aguardando (por mim) livro da Palmirinha Onofre: A receita da minha vida. Fiquei muito feliz!!!

Nas primeiras linhas, percebi que é um livro para ler e reler. Percebi que foi um livro escrito com o coração e percebi que a jornalista que o escreveu foi muito perspicaz em tentar manter o estilo Palmirinha de ser o mais fidedigno possível. Somente pontos a acrescentar! O livro ainda traz receitas especiais e fotos da Palmirinha. Impresso em fonte grande (imaginei que seria bom para as "amiguinhas" que apreciem um livro "fácil de ler".

Conheço muita gente que não aprecia a Vovozinha. Muita gente que se irrita com a simplicidade dela. Para mim isso apenas quer dizer uma coisa: se você não é capaz de gostar da Palmirinha, sinto muito, mas acho que você ainda tem muita coisa a aprender. Conhecemos trocentas histórias de vida por aí, e poderíamos até dizer que a dela é mais "outra história". Conhecemos história de pessoas carismáticas que dão sorte na vida e conseguem o que querem. Mas ninguém tem a história única que cada um tem, e ninguém pode menosprezar os feitos dessa senhorinha qua alcançou os 80 anos com saúde e lucidez invejáveis.

Eu tenho orgulho e saudades de vê-la na TV Gazeta. Sempre que podia, corria para ligar a televisão às 13h15. A despeito do excesso de merchandising, era cativante vê-la cozinhar com tanto amor (e confusão às vezes... risos). Marcou época e deixou saudades. Muitas querem imitá-la ou tentar ocupar seu lugar. Vai demorar para alguém conseguir isso. Eu diria que ela ocupou um lugar deixado pela saudosa Ofélia.

Obrigada, Palmirinha, pelo seu exemplo de vida, cheia de coragem, perseverança, força e determinação. Um excelente estímulo a uma geração tão mimada, como a de hoje. Um exemplo, aliás, a qualquer pessoa que admire o caráter idôneo de alguém.