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Para refletir

Não dá mais para sermos o que éramos, nossos defeitos, nosso ódio. Se não mudarmos agora, qual será o nosso futuro? Talvez não haja futuro.

Sobre a empatia

E, de repente, me peguei pensando na palavra: empatia.

Pensei nas rimas que caberia em um poema. Pensei nas acepções da palavra. Pensei em um monte de coisa. E você? Pensa no quê quando lê esta palavra?

Lá fui eu, basicamente, caçar o significado no dicionário. Confesso que não me senti satisfeita. Porque, mesmo sob o prisma da psicologia (uma das acepções que o dicionário informava), a empatia ainda exige que o assunto passe pelo filtro dos olhos da pessoa. Aí, não é empatia, é julgamento. Julgamento empático, mas ainda julgamento.

Se você concordar comigo, empatia pode -- e deve -- significar "colocar-se no lugar do outro, simplesmente". Okay. Se esta frase definir o que significa empatia, vou falar agora o que me fez pensar tanto nessa palavra.

É muito fácil colocar-se no lugar no outro a partir de sua personalidade. Indiretamente, estaremos fazendo um julgamento do que é estar na pele de outra pessoa. Podemos nos compadecer, podemos sentir pena. Podemos odiar ou adorar. Tudo no tempo do "futuro do pretérito".

Sentir empatia é -- mesmo -- colocar-se no outro. "Walk in my own shoes" clássica expressão americana. É o tempo presente, apenas. É literalmente teletransportar-se para o contexto em que a pessoa, com suas experiências de vida, com suas fraquezas e virtudes, e -- muito inocentemente -- tentar entender o que se passa com ela.

Podemos deduzir, então, que sentir empatia é impossível, porque cada ser humano é único! Nunca conseguiremos a mesma amplitude de experiências, por mais que vivamos as mesmas coisas que a pessoa viveu, porque simplesmente somos seres diferentes! Únicos. Ninguém, em sua essência, é igual a ninguém.

Mas... mas... ainda assim, o esforço do exercício é necessário. E aí, eu me volto para as pessoas que parecem ser do "bem" demais, sem mostrar o lado negro da força (como diria uma [grande] ex-amiga minha). Não é estranho? Você não sente um cheiro de "artificial" demais, como um plástico vagabundo vendido na loja de R$1,99? Eu sinto.

Eu admiro e aceito essa atitude empática, mesmo não soando verdadeira. Okay: onde estará a verdade?

Bem, para mim, tudo é sempre uma questão de equilíbrio. Equilíbrio e autoconhecimento. Não se forçar, não se autoiludir. Muitas pessoas que conheço vivem na ilusão do sorriso e do "sempre estou bem" quando, na verdade, não estão. Isso é errado? Como sempre costumo dizer, não há certo, não há errado: há escolha. E todas as escolhas têm seu preço e sua conta sempre chega um dia.

Enfim: escrevi isso para refletir em voz alta com os meus queridos leitores deste blogue... tenho vivido umas coisas interessantes em relação ao assunto empatia. E decidi: não se compadeça de mim... embora muitos desejem isso, no fundo do coração, o que eu mais desejei foi a verdade. Ela já me cegou e me aniquilou em várias vezes. E, ainda assim, eu prefiro a verdade a encarar nuvens rosa de carinho travestido de ilusão.

Verdadeiros valores

Ontem foi um dia específico. E eu uso esse adjetivo porque não quero usar palavras para classificar isso que estou vivendo agora. É um momento específico de libertação, de reciclagem, de escolha, de autoconsciência. Porque uma coisa é clara: você faz escolhas na sua vida. Umas você percebe que eram equivocadas. Outras, por outro lado, precisam ser constantemente ratificadas. Então, eis que estou aqui ratificando a minha escolha mais uma vez.
E que escolha é essa? A escolha do caminho da Luz. E o que seria esse caminho? É o caminho que a grande maioria classifica como a dos chatos da autoajuda. E as pessoas se esquecem que autoajuda é autoconsciência. E que ser autoconsciente não é  motivo de vergonha. Por que deveria?

Temos a grande ilusão de que viver na ilusão é uma forma de ser feliz. Pode até ser. Você pode fechar os olhos para si mesmo e pensar que não encarar certas coisas como elas são é um jeito de viver. Você pode até fazer isso... mas, vai por mim: um dia a conta chega. E quando ela chega, vai estar acrescida de juros e correção monetária. Isso será punição divina? Muito pelo contrário! Isso chama livre-arbítrio.

Mais interessante desse "momento específico" que estou vivendo é que duas pessoas distantes e presentes na minha vida postaram textos parecidos que me auxiliaram a clarear ainda mais a visão. Mesmo em situações e contextos diferentes, claramente me serviram para mostrar algo: o MEU caminho. E eu estava fugindo do MEU caminho. Fugindo talvez seja forte demais... digamos que eu tenha meio que perdido desse meu caminho. Pior, de propósito.

Então, para ratificar as mesmas escolhas, escolhemos a mesma escolha diversas vezes seguidas... sem parar. Sem se esquecer. Sem deixar de sentir a alegria. Sem deixar o ego falar mais alto, achando que porque você sabe o seu caminho, você é melhor do que alguém. Ninguém é melhor do que ninguém.

Ainda estou abrindo os meus olhos outra vez. Eles ficaram alguns meses enevoados... no meio de tanta confusão emocional. Me perdi de mim mesma, do meu contato com a minha alma. Vou superar a autopunição com o amor que me é devido. E sorrir. E seguir. E nunca desistir.

Assim, dedico este post de hoje a essas duas pessoas que de forma tão distintas, me trouxeram essa lembrança... com muito amor: IT (que escreveu algo mas que prefiro não compartilhar aqui...) e a queridona da Nandah Meyrelles -- obrigada às duas. De coração. Prometo multiplicar infinitamente os sentimentos recebidos por vocês...

Eu raio X

Tava demorando para voltar a falar da minha única e querida cantora mais favorita de todos os tempos: Isabella Taviani. Qual a graça, também, deste blogue existir se eu não falar dela??!
Ontem (26/01) rolou uma twitcam com a IT falando sobre o novo álbum "Eu raio X".  O álbum está na fase final de mixagem e ela aproveitou para compartilhar trechinhos de algumas coisas e, praticamente, apresentar a faixa título do álbum inteira para os fãs.

Eu, como fã que vocês já sabem que sou, estou ansiosa por este novo trabalho. Me lembro quando acompanhei a gestação do "Meu coração não quer viver batendo devagar". Agora, posso ter o privilégio de acompanhar outro nascimento. E digo: tenho muito orgulho da artista Isabella que gosta de se reinventar, não se acomoda no sucesso e na fórmula fácil de fazer canções de sucesso. Ela sabe que suas canções serão sempre sucesso!
Enfim, segue aqui a mais atual foto de divulgação do novo visual de IT e um link para a twitcam, para quem tiver curiosidade de ver o rebento quase nascendo. Cada vez mais só tenho motivos para admirar, louvar e divulgar seu trabalho. Ao finalzinho do vídeo, a cantora gentilmente me manda um beijo. Beijo para vc, IT! Sucesso, glórias e felicidade neste 2012 para você!
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Olhos nos olhos

Culturalmente, somos nativos de um país em que conversar olhando nos olhos é sinônimo de sinceridade. Em outras, isso é visto como agressivo e mal-educado. Também, costumam dizer que os olhos são a janela da alma.

Ouvi gringos dizendo que brasileiros são muito intensos por gostarem de conversar olhando nos olhos. No Japão, onde morei por algum tempo, até se olha nos olhos, mas sempre um "meio olhar". E mulher sempre em nítida posição submissa em relação ao homem.


Também se ouve falar nesses cursos de RH sobre olhar nos olhos durante uma entrevista de emprego, na hora de um chefe conversar com seus subordinados e afins. Outro exemplo, um artista, quando está no palco, e olha para a sua plateia: você sabe que ele está olhando nos seus olhos.

Bom, isso tudo foi para dizer que tenho minhas sérias restrições quanto a conversar olhando alguém nos olhos. Explico. Eu acredito nesse negócio de olhos como janelas da alma e como portais para aquilo que a pessoa tem de bom e ruim dentro dela. Um simples olhar é capaz de demonstrar E de captar tudo isso.

Conheci várias pessoas com as quais simplesmente ERA IMPOSSÍVEL manter uma conversa olhando nos olhos. Vez ou outra, reencontro pessoas com esse perfil. Durante alguns longos meses da minha vida, fiquei sem olhar nos olhos de todas as pessoas com quem conversava. Motivos? Simplesmente porque eu não estava bem e porque não queria que ninguém adivinhasse o que se passava comigo porque, nessas horas, eu simplesmente não sei mentir.


Então, eis que reparo que voltei a gostar de olhar nos olhos das pessoas. Olhar ali... bem fundo. Como dizia uma grande amiga minha, eu sempre tive essa capacidade de "desnudar sem dizer nada, apenas olhando". Ela, que sempre se disse uma pessoa com "olhos de escudo" ficava constrangida com meu olhar... haha velhos tempos esses, ein? Se você, pessoa, estiver lendo este post agora, sabe que estou falando de você.

E, para finalizar, reitero: eu faço uma leitura gigantesca da pessoa apenas de olhar nos olhos dela. Infalível, sinto dizer. Raríssimas vezes, eu errei. Portanto... pergunta: você se arrisca me encarar? :)

ps: post despretensioso para este dia de frio e chuva, em pleno verão paulistano...