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Dois momentos

Ainda preciso de muita reflexão interna. Para o tempo que se foi e para o tempo que se abre na minha frente, como uma estrada e suas inúmeras bifurcações.

Para isto, uso dois vídeos: um, do trailer de O contador de histórias, que vi ontem. Já tinha visto as entrevistas de Roberto Carlos Ramos no You Tube, quando ele foi ao Jô Soares. E ontem pude conferir o filme. Inspirador. Sobre a única coisa que é real nesta vida, a única. O AMOR.

Eu, que sempre fui a defensora da amizade, descobri que me enganei. E nada como descobrir isso ainda jovem. O amor ainda é tudo o que nos guia. A amizade é uma das formas sublimes do amor, mas existem outras formas de amor. O verdadeiro e genuíno amor de um ser humano por outro ser humano, independente de sua cor, religião ou origem.

Agora sentir amor pelo seu semelhante que anda ao seu lado da rua, mesmo sabendo que ele pode querer te roubar, ou que ele quer tirar vantagens de você. Ou de todos aqueles que falam mal de você. Você pode fazer isso? Você é capaz de sentir amor por aquele que te odeia?

Isso parece baboseira de religião e quem me conhece sabe que não sou pega nessa curva da estrada.

***

Eu já tinha postado sobre este vídeo do
Black Eyed Peas "Where is the love". Poucas músicas sintetizaram tão bem uma ideia.

Welcome to the jungle

Já teve a sensação de não pertencer a este mundo e nada que seja relativo a ele?

Já teve a sensação de que se você se jogasse num precipício, sem regras, sem medo... vc voltaria a viver?

Já teve a sensação de querer morrer e nascer de novo, só pra voltar a sentir inocência?

Pois é.

Moramos numa selva. A cada dia mais, sinto isso. E anotem o que escrevo: ainda vou sumir daqui.

Engraçado

Acho que é síndrome de quem bloga.

Digitei "falta de criatividade" no Google e olha o que acheeei... (aquelas beeeem preconceituosas) que cara interessante! Nem parece hetero! ;-D faço minhas as palavras dela. Para o que sinto agora.

Frases

Álbum do dia

Como diria minha amiga Gabitchs, o rock dos anos 90 deixou muita saudade.

Este álbum (indicado sem querer pela mesma Gabriela) foi um dos meus marcos. Adoro ouvi-lo do início ao fim. Tenho excelentes recordações de uma época em que sentia mais liberdade do que sinto agora. E o mundo não parecia tão complexo e tão limitado.

Trata-se do álbum High Hopes, do Pink Floyd. Para ilustrar este post, segue a letra e o áudio de Lost for words.

I was spending my time in the doldrums
I was caught in the cauldron of hate
I felt persecuted and paralyzed
I thought that everything else would just wait.

While you are wasting your time on your enemies
Engulfed in a fever of spite
Beyond your tunnel vision reality fades
Like shadows into the night.

To martyr yourself to caution
Is not going to help at all
Because there'll be no safety in numbers
When the Right One walks out of the door.

As letras são incríveis e a melodia alcançou níveis estratosféricos de bão. Ouçam o álbum, como tô reouvindo pela milésima vez, vale muito a pena!