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Julieta-tá...

Não sei porque, mas essas músicas bizarras me surgem do nada na cabeça... e isso porque eu adooooro tanto forró. Alguém lembra (da minha época)? De Sandro Becker: Julieta-tá... tá me chamando...

Agora tô ouvindo de Luiz Caldas: Nêga do cabelo duro e de Kaoma: Lambada. (alguém sabia que a banda é francesa? o_O)

Ah... o Sagitário.

Este meu ascendente em Sagitário está meu causando horrorores... de bom. Devo dizer que o excesso de sinceridade tem me feito muito bem. Guentem, povo... podem ouvir o que quer... e o que não quer!


***

A seguir, um trechinho sobre o ascendente em Sagitário... bom...

Sagitário é o regente do seu ano, Cristiane. A qualidade sugerida aqui é o impulso de ir além, de alargar os horizontes, superando os próprios limites e expandindo seus sonhos. O centauro caçador - símbolo mítico de Sagitário - vai em busca daquilo que está do outro lado do arco-íris, e não descansa enquanto não encontra. Em anos sagitarianos, nos destacamos da mediocridade e descobrimos que nossa vida é do tamanho dos nossos sonhos.
Você provavelmente sentirá um impulso positivo, uma fé norteadora que lhe impelirá a desbravar novas paisagens. Isto tanto pode sugerir viagens físicas quanto viagens da mente. O que importa é que, nestes próximos doze meses, a rotina se esfacelará, dando lugar a uma realidade mais colorida - vertiginosa, talvez - e ativa, em que as coisas acontecem.
Todavia, Cristiane, vale destacar aqui a necessidade de ir em busca de metas viáveis, pois em anos sagitarianos não é incomum que nos lancemos na direção de objetivos altos demais ou mesmo irrealistas. De uma forma ou de outra, diversão é o que não faltará - Sagitário é o signo da alegria. Só não pode se tornar o signo da alegria tola!

Sobre Anticristo

E eu fui!

Sexta-feira, tentando fugir do trânsito, cheguei pontualmente ao HSBC às 18h15 para ver o filme do Lars von Trier: Anticristo.

Bom...

Os detalhes que não escapam, mas que merecem menção:
1-) estou cada vez mais enojada das falsos intelectuais da Paulista. Alguns vêm disfarçados, outros escancaram bravamente. Acho que peguei essa ojeriza depois de frequentar a Mostra Internacional bravamente e loucamente durante dois anos: o que vc mais vê são pessoas que usam o "estar no cinema" como forma de status. PFF.
2-) mais enojada ainda dos adolescentes moderninhos que visitam as salas cult do cinema de SP pra fazer a mesma bagunça que os maloqueiros da ZL. Igualzinho. A única diferença é que são filhinhos de papai metidinhos a moderninhos, vestindo calças xadrez de algodão e óculos de acetato. Riram antes de entrar no cinema, riram antes de começar o filme e riram logo que o filme acabou. AO MENOS não riram durante o filme, porque eu ia lá socar a cara se isso tivesse acontecido.

Bom... agora posso falar do filme, eu precisava desabafar essas coisas que meus olhos não conseguem deixar de ver.

O filme é uma obra-prima. Simplesmente isso. Quem puder, vá conferir. A experiência da sala de cinema, escura, ainda acentua mais o soco no estômago, da maneira mais delicada e paradoxal que possa ser.

Eu tive poucas reações ao término do filme. E ao contrário daqueles adolescentes ridículos que saíram rindo, eu estava estupefata ao final do filme. Esperei acenderem a luz, a sala esvaziar para poder sair. Tinha tido reações parecidas com Eternal sunshine of the spotless mind, Mulholland dr. e Requiem for a dream. Mas foi engraçado: eu me levantei, olhei pra trás e cerca de 10 pessoas estavam com o mesmo olhar que o meu. A moça logo atrás de mim (eu nem reparei que ela esteve lá o filme todo, olha que bênção de companhia de cinema!) me olhou com os olhos assustados como que dizendo: "Que porrada de soco! Que filme!". E eu apenas olhei de volta querendo dizer a mesma coisa.

Este filme é delicado, com suas luzes, com sua escuridão, com o paralelismo da psicologia, com a depressão, com a música clássica na abertura e no fim, da maneira como devemos lutar com os nossos demoninhos. E as bolotas de carvalho num som hipnótico e aterrorizante. Em muitas passagens, me lembra com gosto o que mais aprecio em David Lynch: a forma natural com que ele coloca lado a lado: o estranho e o usual.

Não dá pra falar muito do filme, porque estraga. Mas ele é nota 10, como poucos. E vale tudo, incluindo aguentar falsos intelectuais e adolescentes moderninhos.

Rio 2016

Pois é e as notícias se confirmaram. Não sou pessimista, mas sou cética e bem realista. Adorei a notícia e tals, minha querida Jana me disse que não rolou estresse no Rio na época do Pan-07, mas duvido... é muito mídia, muita grana e só dinheiro público escorrendo pelo ralo. Legal, vai ser a primeira Olimpíada na América Latina, mas porra... poderíamos investir em aumentar o IDH. Ok. Não sou de política nem falo disso. Mas repito o que li no twitter do Jr. Tostoi, que reflete minhas palavras:

caramba.... bom, agora é torcer pra roubarem o mínimo e não queimarem nosso filme...

** algo que me diz que até lá teremos o trem-bala Rio-SP. Será exagerado pensar nisso???
*** também gosto da opinião do Juca Kfouri, neste podcast da Folha de S.Paulo.
**** e também partilho da opinião de Marcos Guterman, editor do Estado de S. Paulo.

Um certo alívio

Após alguns meses de correria, estresse, aperto no coração e tantas coisas que aconteceram... minha vida parece tomar um rumo normal de novo. Não que o significado de normal esteja sequer próximo do ideal para mim.

Mas, sinto ventos novos... pelo menos eu mereço um pouco de calmaria depois de tanta loucura. Estou lendo um livro (do qual não falarei agora, apenas quando terminar de ler, e isso vai demorar um pouco ainda. Estou curtindo com calma impensada ler esse livro, porque eu sempre tive ansiedade em terminar um livro em uma semana) que tem trechos incríveis. Vou citar um aqui:

O caminho do ioga consiste em desatar os nós inerentes à condição humana, algo que definirei aqui, de forma extremamente simplificada, como a desoladora incapacidade de sustentar o contentamento. Ao longo dos séculos, diferentes escolas de pensamento encontraram explicações diferentes para o estado de aparente falha inerente do ser humano. Os taoístas chamam-no de desequilíbrio; o budismo, de ignorância; o islamismo põe a culpa de nosso pesar na rebelião contra Deus; e a tradição judaico-cristã atribui todo o nosso sofrimento ao pecado original. Os freudianos afirmam que a infelicidade é o resultado inevitável de um embate entre nosso pulsões naturais e as necessidades da civilização.

Hoje vou ao HSBC ver o famigerado Anticristo, que tem um tema que em breve abordarei aqui. Antes de abordá-lo, preciso ver este filme. Assim, quem cair de sopetão e quiser uma cia chata de primeira fila de cinema e silêncio durante o filme, estarei por lá, às 18h30, na primeira fila do cinema do HSBC pra ver o mais novo filme do von Trier.

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E minha trilha sonora de hoje é composta dessa novíssima música da Isabella Taviani em parceria com Toni Platão: Um vendaval. Amo esta música! Em breve postarei minha opinião sobre o novo álbum dela. Hoje tem show em SP e eu não irei!!! :-(