Clique

Retrospectiva Crisão - parte 1

Queridos leitores deste blogue:

fiquei ausente, eu sei. Mas precisava. Precisava de um tempo do excesso de internet que tinha invadido a minha vida. Você não se sente assim? Tão ignorantemente dependente de uma conexão de alta velocidade; do alguém do outro lado da tela; de uma notícia em tempo real?

Eu adoro a internet, pois foi através dela que conheci um mundo novo e um mundo de gente. Mas, chega uma hora -- quase como acontece num relacionamento -- em que precisamos de um tempo.

Bem, não escreverei muito mais até o fim deste ano. Mas farei uma pequena retrospectiva, divida em duas partes. Aqui está a primeira.


Parte 1: agradecendo às pessoas participativas da minha vida este ano

A eterna tríade: Denise-Poliana-Sharlene -- mais um ano com a presença de vcs em minha vida. Denise: indo para nove anos. Poliana: indo para cinco anos. Sharlene: também indo para cinco anos. No ano que vem, quero vê-las ainda mais!

Larissa e Nilce: bem-vindas de volta, obrigada por me aceitarem, mesmo depois de tudo que vivemos juntas. Nunca existirá uma equipe tão boa como aquela que formamos um dia.

Juliana Simionato, Renata Cachinhos, Carol Ser do Mal e Gabitchs: cada uma à sua maneira continuou honrando o famigerado queijo neopagão. Adoro tê-las em minha vida.

Raquel Siqueira, Renata Assunção, Regiane Miyashiro, Priscila Pereira Mota: distantes, mas presentes.

Aline Naomi: vc, com todo o seu jeito peculiar de ser, é uma garotinha imprescindível.


Parte 2: agradecendo às pessoas novas que conheci este ano

Aaaah graças a Deus foram muitas.

Meninas que conheci pelo blogue, blogueiras como eu: Letícia Zveiter, Carol Pires, Fabiana Bastian, Flor de Azeviche, Anna Carol.

Meninas que conheci pelo twitter e que compartilham da mesma paixão pela Isabella Taviani: Cris Barufi, Michelle Lange e Dayana Monfardini.

Galerinha do meu trampo, em especial às meninas: Lilian Aquino e Lívia Barros.


***

A presença de cada uma de vcs foi importante na minha vida. Espero, de coração, para o ano de 2010, muita transmutação, energia, coragem e autoconsciência. Espero podermos estar mais e mais juntas, não importa a distância física.

***

Para vcs, uma música inspiradora, que me ocorreu agora: Ultraviolet (light my way).

Music on!

A Isabella Taviani me faz cia no mp3 player, mesmo, não tem jeito.

Pra homenagear meu último dia antes das férias (UHU), duas músicas dela que amo demais. E que berro demais nos shows (quando dá para berrar, claro):

"Se vc realmente me ama// deixa o sol nascer para sempre nos meus braços// não adianta ficar com ela// querendo a mim// vc vai se arrepender// quando eu não estiver aqui."


"quando eu lhe dei meu melhor vinho, você cuspiu// quando eu lhe dei meu melhor sorriso você fingiu que não viu// Mas agora vá viver// nesse poço escuro de uma dor sem fundo// porque eu não tenho tempo de errar todos os erros do mundo"


***
music off: não suporto mais ouvir Dejavú com uma música que não sei o nome que repete o mesmo refrão por mais de 5 minutos de música! SE MATA!!! Onde quer que eu vá tem um neguinho ouvindo no celular, no supermercado, no bar, na padaria, na rua...  aargh!

Leve desespero

Dois dias para as minhas férias.

Eu bem que tentei achar a versão rock original, mas preguiça de pesquisar. Vai a acústica mesmo... Clique aqui.

Clima estranho

Nem parece vésperas de Natal, a cidade não anda enfeitada, anda é desenfeitada, com sujeira, decorações natalinas ridículas e falta de educação recorde das pessoas.

Será que o clima de ilusão do bom velhinho e as luzes de amor e de esperança de Cristo não mais iluminam nem o lado capitalista das pessoas? Isso é grave.

***

Fato é que em 25 de dezembro quero estar longe da poluição visual e apenas curtir o Rio com a minha querida Jana. Para ela, se faltam palavras, apenas sobra o que sinto. Para você, se há muito deixei de escrever poesia, hoje eu as vivo.

Respostas para todas as suas perguntas

Eu nunca fui uma criança questionadora, mas sempre fiz minhas perguntas, que eram guardadas para mim mesma. Quando me sentia à vontade com alguém, falava algo, com medo da reprimenda, com medo do ridículo. Com o tempo, achei que minhas perguntas eram estranhas e sempre as guardava para mim, porque o medo de levar um fora era maior do que a tentativa. Parei de tentar.

Acho que a minha pergunta -- e a da grande maioria de todos nós seres humanos -- é: qual o sentido da vida? Escrevi mais de 500 poemas pensando nesse tema que sempre me incomodou. E, de alguma forma, sempre corri atrás do assunto, à minha maneira, com pesquisas unicamente minhas, para tentar entender.

Lembro que o cerne de minhas conversas com minha filha Poliana era sobre o sentido da vida e ela sempre dizia que a gente insistia em racionalizar, tentando encontrar sentido para tudo. Nunca me satisfiz muito com essa resposta. E nunca me cansei de continuar buscando ela.

Nunca mais tive essas conversas tão estimulantes como quando tinha com ela... era um exercício saudável de filosofia, porque somos ambas pensadoras livres, sem preconceitos, sem academicismos. Ninguém quer defender o ponto de vista de ninguém, apenas queremos pensar, construir um pensamento e ver alguma lógica nele.

Há mais de um ano, desde que saí de meu último emprego, voltei ao exercício da solidão. Sempre defendo que prefiro ficar sozinha a estar mal-acompanhada, inspirada naquele velho ditado popular. E minhas perguntas pareciam vir com mais força do que antes, talvez enfatizadas pela minha crise dos 30.

Finalmente, devo dizer, acho que tenho todas as perguntas respondidas. Como consegui? Elas simplesmente caíram diante de mim, eu apenas tive a intuição de capturá-las.

Nós vivemos muito racionalmente demais. A partir do momento em que começarmos a sentir a nossa intuição nos guiar, tudo se acalma. Foi algo assim. As respostas ainda são chocantes, mas também não são nada do que eu já não sabia. Era uma questão de aceitar. Acho que agora aceito.