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Bonde de Santa Teresa

Existem coisas apenas no Rio de Janeiro. O bonde de Santa Tereza é um deles.

No último finde, fomos eu e Jana conhecer o passeio turístico em uma tarde quente de outono. O céu azul estava mais do que convidativo e já que estávamos tão perto...

O bonde passa por cima dos Arcos da Lapa, entra no bairro de Santa Tereza e vai embora. Não fizemos o passeio inteiro porque o condutor disse que a linha estava fora do ar...

Enfim, vamos às fotinhas:

Sim, a passagem custa caro! R$0,60!!!
Um pequeno itinerário, como qualquer outro trem.








Enquanto voltávamos, a Jana tirou esta foto do tiozão, feliz da vida! Eita como é bom ser carioca!

 




 
Eu e Jana

Olha o que dá para ver lá de cima, quando o bonde passa por cima dos Arcos da Lapa? O Circo Voador!

No alto, a vista é linda para a cidade do Rio de Janeiro.







 
O bairro também é lotado por muitos ateliês, cujos moradores são desde artistas simples a renomados (pelo que a Jana disse).




Recomendo o passeio quando alguém visitar o Rio de Janeiro. Vale muito a pena. Recordo que nesse dia, dentre dez passageiros, 8 eram gringos! O passeio dura cerca de meia hora, entre subida e descida. Dá para curtir muito a paisagem!

O que as pessoas ainda não entenderam, genteeeem?

Aaaaaem, queritóóóóns. É o seguinteeeeem: eu sou sinceeeeera, óquei? Fica comigo quem quiser! Quem não quiser, vá e SEJE FELIXXXX.

Mas as pessoas adoooooram complicar. HAHAHAHA Queria deixar isso registrado.

Das coisas da vida 2

Para efeito de registro: o que escrevo aqui NÃO É reflexo da minha vida pessoal. É parte dela. É minha licença poética.

Algumas pessoas (não as julgo) fazem de seu blogue seu diário aberto. Ok. Eu não faço isso. Em porcentagem, devo falar aqui cerca de 40% da minha vida pessoal, apenas. Faço muita coisa que não falo, vivo muita coisa que não falo, sinto e penso muita coisa que não falo. Preservo muitos segmentos da minha vida pessoal que muita gente nem sonha.

Portanto, meus queridos leitores que caem de paraquedas ou que sejam contínuos aqui: fica a dica.

Das coisas da vida

Agora entendo: em algumas vezes, no twitter da Isabella Taviani, li umas réplicas a alguns supostos fãs que falaram grosserias para ela. Achei que ela não deveria responder, mas ela foi sucinta em falar e falou. Agora há pouco, li uns vilipêndios em outro blogue (não vou citar nada aqui), mas deixarei uma breve resposta em meu próprio blogue, que acho que é a atitude mais adequada diante do pequeno episódio que ocorreu e que serviu para abrir os meus olhos.

O que eu entendo por egoísmo? O oposto de solidariedade. Será que para algumas pessoas isso é tão difícil de entender? E porque também as pessoas sempre se apressam em julgar os outros. Acho que quando falamos dos outros, falamos de nós mesmos. E se me foi usada filosofia barata, rebato com Sartre "O inferno são os outros". Desculpe se causei este inferno em sua cabeça, espero que vc entenda tudo o que disse (como eu sei que um dia vai). Por que você lê meu blogue se você me odeia?

O ser humano é engraçado, fazia tempo que eu não passava por isso. Mas, de certa, eu previ, porque eu sabia que tinha dado uma resposta polêmica. Mas não adianta jogar pérolas aos porcos, porque a recepção será sempre assim: um ultraje ao que penso, porque a verdade dói. Ei, não sou detentora da verdade, sou apenas observadora do cotidiano. Desculpe se o que vejo dói em seus olhos. Use lentes cor-de-rosa e viva em um mundo de fantasia. Cada um faz as escolhas que quer na vida.

E engana-se, meus queridos leitores (porque eu sei que tenho muitos leitores queridos e devo TOTAL E IMENSO respeito a eles) que esse tipo de pessoa conhece a minha vida. Patéticos são os supostos filósofos, pois são falsos em sua mais pura essência. Continuarei sendo quem sempre fui, melhorando a cada dia, pois este é o propósito de nossa vida. Se você quer amenidades, nem venha ler este blogue, pois elas podem até existir, mas não serão toda a essência. E, meus queridos leitores, obrigada pelo respeito que sempre me foi prestado. Continue comigo, se quiser continuar. E vá com deus, se tiver de ir.

Gentileza gera gentileza?

Me perguntaram isso no meu Formspring.me. Minha primeira resposta foi: NÃO! Confesso que achei cruel da minha parte dizer isso, assim de supetão. Resolvi fazer um período experimental. E reitero minha resposta: NÃO.

Olha, não acho a proposta ruim. Não mesmo! Mas esbarramos num seguinte paradoxo existencial: quem, das pessoas que leem este blogue, pegam condução lotada todos os dias, ida e volta? Ou mesmo que não pegue condução, dirija por capitais como SP e Rio?

Me diga você: quando você está dentro de uma multidão, você age como a multidão ou você age conforme gostaria de agir? Bem, sua resposta vai depender de seu objetivo: você quer sobreviver ou você quer morrer?

Eu juro que não queria polarizar as coisas assim. Mas diante do movimento "Gentileza gera gentileza" não consigo pensar o contrário. Por que as pessoas são hipócritas? Ande um mês de trem e metrô no pior horário e você vai saber o que estou dizendo. Veja meus simplórios exemplos de cidadã do povo.

Se alguém te pedir licença, não é porque a pessoa quer passar, é porque a pessoa quer tomar o seu lugar que você mal consegue manter em uma sardinha enlatada. Se você pedir licença, a pessoa não vai te olhar e não vai mover um músculo, mesmo que haja espaço depois dela. Se você passa por ela bruscamente, ela vai te chamar de mal-educada, porque você é grosso.

Se há a instrução para carregar mochilas nas mãos, ela deveria ser estendida às bolsas femininas, tão grandes (ou, em muitas vezes, maiores!) que mochilas. Pior, são feitas de material duro, cheio de pontas. As mulheres andam com aquilo não junto ao corpo. E fazem questão de futucar as suas costelas ou as suas costas com pontas como se fosse um ritual de tortura chinesa ao longo de 20 minutos de trem totalmente prazeroso para o autor, não para a vítima.

Os homens não empurram os homens dentro de conduções lotadas. Eles caem sobre as mulheres porque "pega menos mal": afinal, ficar encoxando homem é coisa de viado e encoxar mulher é coisa de macho. Todos eles são muito machos, por sinal! As mulheres, mais baixas, sofrem com empurrões. Não somente de homens que se aproveitam para sarrar de graça, sem precisar pagar R$5 por um boquete. As mulheres também empurram as mulheres porque, em teoria, elas são mais "fracas". Elas ficam gritando que tá todo mundo empurrando e vão se empurrando enquanto, nessa, os homens apenas aproveitam para sentir uma bunda.

Adolescentes, cujos hormônios bombam a mil, acham-se donos das conduções. Não respeitam local de idoso, não respeitam o espaço público. Fazem questão de ficar em círculo, ocupando mais espaço do que deveriam. E andam com suas mochilas nas costas, não importa o volume da mochila ou o aperto da condução: o seu bem-estar é absoluto acima de qualquer coisa.

Os idosos que também se acham donos da condução, poderiam evitar pegar ônibus, trem ou metrô no horário de pico. Mas tudo bem, se precisam. Porém não precisam ser mal-educados a ponto de você pedir licença a eles -- em alto e bom tom, porque podem ter problema de audição -- e eles não moverem um músculo. Aí, mesmo esquema: você passa por eles e eles te olham como a pior criatura do mundo que ousou empurrar um idoso! Na hora de descer, não pedem licença, simplesmente vão passando, abrindo caminho com bengalas e guarda-chuvas, para descer fora do ponto. É um uso abusivo do "privilégio" de ser idoso.

Quando você está no meio da selva, se você não se adaptar a ela, você é engolido. Assim como eu fui um dia, quando fui empurrada para fora do trem com tamanha violência, que quase caí no vão entre o trem e a plataforma. Sabe o que aconteceu? Eu xinguei o homem que me empurrou. Ele simplesmente me olhou com ódio puro no olhar que nunca mais esqueci. E que me fez aprender uma dura lição: se você não tem dinheiro para andar de carro ou para pagar um táxi, acostume-se. Adapte-se. Pessoas frouxas são engolidas pela pura selvageria existente.

Eu sempre fui muito educada. E sempre acreditei que gentileza gera gentileza. Mas quando estamos na selva, a primeira lição é não sentir ódio do ser humano que te trata como lixo. Quando dá, você é educado. Tenho vários exemplos surpreendentes, pena que eles se perdem no cotidiano. Mas sempre me recordo deles, como um lampejo de uma sociedade animalizada e egoísta.

Portanto, sinto muito, mas não cruze comigo dentro um trenzão lotado. Você não vai me reconhecer como a pessoa que escreve neste blogue, porque se eu agisse de qualquer outra maneira, eu nem estaria aqui, teria me internado em uma casa de saúde. Esta vida cansa??? MUITO!!! Mas é uma etapa que tenho de passar.

Porque eu sei que é muito fácil ser pregador dentro de sua confortável casa. Como também sei que cada um tem o que merece. Então, façamos assim, você não me julga e eu não te julgo. E não encoste sua bolsa ou seu cacete podre perto de mim, porque eu sou fofinha e tenho cara de poste. Não tenho cara de poste, não tenho cara de balaústre, não tenho cara de apoio de nada. Fique na tua, fico na minha, certo mermão?