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Algumas lembranças - para vc neste dia 04/10

Hoje é o seu aniversário. Sem querer, achei uma menção a você. Sem querer, fui clicando em links até chegar a fotos suas. E fui vendo... sem querer parar. Mal de internet!

Faz tanto tempo que te vi. Faz tanto tempo desde que nos desentendemos e deixamos de nos falar. Eu odeio esses términos, porque parecem sempre deixar uma lacuna que o tempo nunca preenche.

Hoje, no seu aniversário, num dia que tanto lembra uma Londres escurecida, eu penso em você. Quantas coisas fizemos juntas. Quantas conversas tivemos, embaixo daquela velha árvores, fumando maços de Kent. Falando de amor, falando de família. Falando de espiritismo. Falando de futuro.

Nós sempre nos demos tão bem... mesmo você com todo o seu jeito libriano de ser e eu com todo o meu jeito canceriano de ser conseguíamos nos dar tão bem. Era uma amizade que eu prezava muito, você deve saber disso.

Mas você nem deve ler o meu blogue. Talvez ainda se lembre de mim. Talvez a minha lembrança esteja associada a algumas outras coisas ruins... será que você ainda se lembra de mim? Daquelas longas conversas? Do dia no Fran's Café?

Eu vi que você se casou. Você nunca poderia estado tão bonita naquele vestido de noiva, como estava. Senti saudades imensas de você, esquecendo todo o passado de brigas que tivemos. Queria ter te abraçado e desejado toda a felicidade para você. Espero que, mesmo sem que você leia este blogue, saiba que estou desejando toda a alegria para você.

E eu vi que você continua a mesma... distraída. Olhando perdida para detalhes que viram fotografias eternizadas. Você está viajando mais do que nunca. Seus horizontes nunca pareceram tão ampliados! O seu sorriso parece tão simples de felicidade... aquela mesma que já vi em seu rosto. Fiquei feliz por você, mesmo a milhares de quilômetros de distância.

Aqui eu continuo... com a minha vida. Sinto muito por termos brigado, sinto muito por eu ser tão canceriana e vc tb ser tão libriana assim. Quem sabe um dia não nos reencontramos? Pra você dedico esta música do Bon Jovi que diz mais ou menos assim: "You better chase your dreams before they rust, get what you can and hope it's enough"

Ressaca pós-shows - o amor e o fanatismo parte 2

Olha gente, depois de dois fins de semana seguidos indo a shows da mais que querida Isabella Taviani, chego às velhas conclusões de sempre. Como diriam as minhas amigas virginianas, estou com a crítica espevitada em mim (minha conjuntura astrológica na revolução grita isso em mim) e não deixo de observar as mesmas coisas de sempre... rs

Primeiro, aos prováveis fãs (sejam de quais artistas forem) desculpem se estarei sendo muito ácida, mas num tem como não reparar! Fanatismo é uma coisa meio... doentia, né? Tem como ser diferente?

É um caminho perigoso tanto para aquele atuante como para os que não o fazem. Porque os que exageram na dose acabam afastando o artista de todos!!! Se ele está ali disponível para todos, por que apenas uns precisam de mais privilégios que outros? Todos são iguais perante ele.

Mas quem é fanático não consegue ver as coisas por essa via. Precisa sempre chamar mais atenção (se fosse somente para o artista...) mas precisa berrar em público, misturando a exibição do artista com a exibição do fã, tentando ficar praticamente no mesmo pedestal e esperando que outros sigam seu exemplo ou, que na mais franca das hipóteses, seja invejado e admirado.

Sou contra essas coisas todas. Entendo. Juro que entendo! Juro que entendo a necessidade irracional de arrancar até cabelos. Juro porque tenho lá as minha manias. Mas prezo e prego a discrição. Não quero ser amiga íntima do artista (confesso, vontade não falta) mas que adianta? Os limites existem. Melhor ser reconhecido como um fã presente, atuante e carinhoso, do que um fã pedante, carente e exibicionista. Desde cedo sempre faço minhas escolhas e desde quando escolhi (por exemplo) ser fã de IT eu sabia que precisava seguir pelo caminho da discrição. Não é bom (e é totalmente desnecessário) ultrapassar os limites.

Nos shows do VivoRio e do Tom Jazz vi públicos totalmente diferentes e interessantes. Mas se há semelhanças no bom, também existem nos ruins. Eu apenas sei de algo: que a minha artista continue a me reconhecer e me receber em seu camarim. Que continue tendo paciência com todos e mais variados tipos de fãs! E sinto por aqueles artistas que antes recebiam seus fãs e não o fazem mais. E sinto mais ainda por aqueles que nunca receberam seus fãs.

Isabella Taviani e Luiza Possi no Tom Jazz cantando "Outro mar"

Me desculpem a tremedeira... mas o lugar não era dos melhores... rs Espero que gostem.

Isabella Taviani - Tom Jazz - 02/10 - O SHOW

Estar presente em um show da Isabella Taviani é algo único! Sou fã nova, contando com o de ontem, fui "apenas" a sete shows, todos da turnê mais recente. Mas, por mais incrível que pareça, a cada novo show que vou, parece sempre a primeira vez, porque cada show tem um gosto único que somente a artista Isabella Taviani pode proporcionar!

Estou aqui, 07h00 da matina, não dormi ainda. Saí do show, não tinha como voltar pra casa, chamei uma amiga do peito pra me fazer companhia pós-show. Esperei tudo voltar a funcionar, voltei pra casa e antes de começar a fazer qualquer outra coisa, estou aqui para postar a emoção, antes que ela comece a se perder em lembranças!

O show desta noite foi diferente. Diferente porque não era um show de banda completa (como foi no Circo Voador, Via Funchal e Vivo Rio), diferente porque não era um show com violões (como foi no Sesi Centro, Estádio Engenhão e Tom Jazz, ano passado). Desta vez, eram dois violões e um piano! Que diferença isso fez na apresentação das canções! Como a Isa mesmo disse, ficou mais elegante. Ficou mesmo!

Muitas canções tiveram arranjo acústico com um toque clássico. Assim ouvir O tudo que é nada, Iguais (solo lindo de Renato Fonseca no teclado, já que no original e em shows de banda completa, Marco Vasconcellos rouba a cena!) e mesmo a surpresa Chuvas de Verão, de José Augusto, ficaram deliciosas de ouvir... e cantar!

 Isa voltou muito ao repertório do primeiro CD. Eu, particularmente, estava numa ansiedade danada de ouvir Pontos Cardeais (nem eu aguento mais falar dessa música... rs) e imaginando que ela tocaria no segundo dia, já que não tocou no primeiro. Não... a surpresa maior entre os dois shows foi que no primeiro dia ela cantou uma música do Cartola e no segundo cantou Diga sim pra mim duas vezes (por causa da gravação da Nova Brasil [hum, vou descobrir o que é isto! rs])

O público paulistano é engraçado... mais contido, diria que... canta menos??? haha não fiquem bravos comigo! Cantaram sim, muitas músicas, mas a vibe, a energia de um público carioca é diferente, ainda vou descobrir o que é! rs O show foi lindo, romântico e intimista. Peninha mesmo quem não pôde estar presente... porque perdeu! rs Como sempre, perdeu!

Bom, show cabou e eu ansiosa pra perguntar pra IT por que não cantar Pontos Cardeais. Confesso que, após ouvir os dois shows (sexta no twitcam e sábado ao vivo) percebi que as músicas estavam... românticas e... soltas de alguma forma. Pontos Cardeais (se fosse cantada) pareceria tão perdida ali à medida que ela avançava no show. De alguma forma, parecia ter sentido. Quando fui falar com a Diva, ela apenas confirmou o que eu tinha pensado... me deixando com uma esperancinha de ouvi-la num futuro! Quem sabe?!

Isabella querida, mais uma vez, obrigada por tudo, tudo, tudo, tudo. É inefável ser uma fã de uma artista como você!!!

E a vida segue...

Ontem reparei em uma árvore, que fica no quintal do vizinho, e que existe desde que meus pais se mudaram para cá, em 1988.

Observando-a, lembrei que essa mesma árvore continua aí, dando uns frutos (que nunca sei o nome) e que às vezes servem de suco aqui em casa. Ela continua florindo, perdendo as folhas, florescendo, sujando o quintal, servindo de pousada para passarinhos de todas as espécies, cenário para observar pôr-do-sol.

Acho que muito do sentido da vida que tanto perdemos é este... como esta árvore. Um exemplo para mim.