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Cubo - o filme

Ultimamente só andava falando de sentimentos pra cá, sentimentos pra lá... muito mimimi. A inspiração criativa precisa se diversificar, então vamos lá.

Finalmente!!! Com muitos pontos de exclamação, porque isso demorou, eu vi o filme Cubo. Este é um daqueles filme que muita gente ficava me enchendo ao dizer "Você viu?", "Como assim, você nunca viu?". Antes eu ficava chateada quando alguém me dizia isso. Depois, eu mandava todo mundo à merda, porque ninguém tem obrigação de ser enciclopédia, só porque alguns gostam de ser! hahaha

O filme é de 1997, então você imagina que muito antes de Matrix, Clube da Luta, Jogos Mortais e O Albergue existiu esse filme. O filme que provavelmente inspirou um pouco a todos e -- principalmente -- Jogos Mortais. O filme que, na época marcou a geração, mal comparando, como Réquiem para um sonho fez.

O que eu já tinha procurado para comprar esse filme não cabe contar aqui. Foram muitas e inúmeras tentativas... nada em sebos, em loja, pra alguém emprestar. Achava estranho todo mundo falar de um filme que tinha simplesmente desaparecido do planeta Brasil.

Eis que num belo sábado na Americanas do Barra Shopping eu vejo muitos, muitos, muitos exemplares do Cubo por R$12,99. Parecia brincadeira e eu fui conferir até se tratava do mesmo filme. Era sim. Eu não acreditava que finalmente!!!! veria o filme.

No mesmo dia eu e meu amor fomos lá. Jana quaaase odiou o filme. Eu adorei. Achei um roteiro enxuto, cheio de coisas inexplicadas, mas que nem por isso perdem o sentido. Eu já sabia tanto do filme que algumas partes pareciam óbvias. Mas a sensação final é a de que -- de fato -- é um excelente filme para os fãs do gênero e que merece, sim, ser visto! Pena, talvez, para o filme, que eu tenha visto Cubo Zero antes de Cubo. Não faça isso.

De Sagitário à Virgem - minha curta viagem astrológica

Entra ano e passa ano eu vou tentando fazer o mínimo que compete a um ser humano, na minha humilde opinião: aprender e crescer. Porém, com mais humildade, venho aqui falar que os signos de terra são sempre os que mais me encantam, porque são aqueles que -- de fato -- me entendem, com o mínimo de esforço. Porque compreensão real não é apenas afago na cabeça, é a atitude certa na hora certa, a palavra certa na hora certa.

Os signos de fogo sempre serão os primeiros a se prontificar para qualquer tarefa. Sempre! Solícitos, gostam de pessoas com atitude, e sempre apoiam quem está disposto a fazer em vez de esperar. Você pode estar sem falar com qualquer signo de fogo por décadas. Quando voltar a falar com ele, será como se a despedida tivesse sido ontem. Ele será sintético ao contar as façanhas feitas, as atuais, a serem conquistadas. E te dá a mão com uma boa vontade de encher o coração!

Neste fim de ano, tive de recorrer ao signo de Sagitário, na mais irônica das ironias, para dar uma alegria à minha vida. Astrologicamente, meu MC (meio do céu) é em Sagitário e eu resolvi com todas as minhas forças jogar minhas energias e meu ímpeto nele. Claro que tal atitude teria consequências. Considerando minhas inter-relações com gêmeos e toda a água que me transborda (atualmente sou câncer com ascendente em peixes duplo e lua em escorpião) eu mesma criei meu molotov pra beber. E, como é de meu feitio, bebi com muito gosto!!!

Nas duas últimas semanas, especialmente esta semana, tive uma crise de loucura virtual. Os contatos que sabem! A "torrente de sentimentos" agora parece um retrato em sépia na parede das minhas memórias, onde jazem tantas outras lembranças. Ainda não chega a ser totalmente engraçado, porque é muito recente. Mas não vai demorar muito pra eu rir. Como a vida exige! A vida não quer que a gente fica patinando no mesmo lugar, num ritual sádico que supostamente nos deixa feliz. Quer dizer, pode até deixar algumas pessoas felizes. Porém -- e apenas depois disso -- quando o tempo passar é que ela vai saber.

Aonde o signo de Virgem -- o mais insuportável de todos -- entra nessa história? A presença virginiana (ou a sua ausência) é o que mais me guia. Não posso me esquecer que estou literalmente cercada de terra -- o signo da presença constante, do apoio leal e inquestionável, da razão e do pensamento cuidadoso. Então fica a dica pra certos perfis: os melhores amigos para aqueles que precisam de certezas, unicamente, é terra (capricórnio, touro, virgem). Cada um à sua maneira costuma honrar muito bem o desafio de ser constante sem ser pedante, a eficácia com quase perfeito equilíbrio, a confiança quase que inabalável.

O capítulo de amanhã é totalmente desconhecido... mas eu sei bem por onde ir, dependendo que precisar. Menos autoajuda e mais ação. Menos drama e mais coragem.

Da loucura à poesia

Sabiamente, a querida Claudia Bertrani acabou de me dizer isso. E eu fiquei pensando nisso. Decerto -- e muito decerto! -- as pessoas do signo de terra são as que me conhecem melhor, mesmo até quando não deveriam, no caso, o fato de sermos "amigas virtuais".

Dias atrás, postei que andava sozinha e que conversar com as pessoas por msn me fez um bem danado. Não nego! Mas eu sou aquela das antigas, sabe? Aquela que gosta de sentar com um suco, em um café qualquer, olhar nos olhos... fazer leitura corporal. Sentir a energia. Isso, sim, é a realidade!

Mas, não sei porquê, nos acostumamos com o virtual, com o comodismo de mal levantar o dedo pra clicar no mouse e ver a carinha do outro que tuitou algo pra vc ou que "te curtiu" no facebook. Ah, valha-me lá, gente, isso é vida??

É parte dela, sim, mais uma vez, não nego. Eu não quero aqui, com minha sã ignorância querer destituir a globalização de seus benefícios. É muito delicioso poder conhecer pessoas do Brasil inteiro através de uma tela do computador. Pessoas como a Xará (Cris Barufi), ou a gaúcha geninha Michelle Lange. Amigas de Recife, Paraíba, Salvador, Minas Gerais... onde tudo seria mais profícuo e rápido assim?

Porém, precisamos -- e muito -- do téte a téte que nunca pode ser substituído. Porque não somos simplesmente alguém esperando alguém postar algo pra você. Isso pode satisfazer, mas é um alimento pobre. E precisamos sentir o perfume -- que pode ser bom ou ruim -- que vem da pessoa. E precisamos saber como ela segura o copo e os talheres. Observar aonde os olhos direcionam quando ela fala. Conhecer seus trejeitos e seus tiques nervosos. Saber qual lado do pé a pessoa força mais ao andar. Ver os perdigotos saindo da boca, enquanto fala.

Eu gosto disso! E por sentir tanta falta, tenho me sentido total escrava desse mundo virtual que muitas vezes não corresponde às suas expectativas! Injusto? Muito pelo contrário! É o que ele tem pra oferecer, assim, fácil e imediato, como uma esmola sentimental. Mas a vida real ainda é feita das pessoas que tocamos, mesmo que seja de vez em quando!

Por isso, vou sim, encontrar com meus amigos na minha próxima ida a SP. Quero saber como todos estão, quero contar das agruras e das alegrias. Quero ver as roupas que vestem, quero ver os olhos, o cabelo, a vontade, a ausência! Porque, a triste ironia do mundo virtual é que você nem lembra mais o que escreveu. Você nem salva o histórico de suas conversas. Eu acabei de apagar todos os meus! E a vida, assim, se apaga, com um simples clicar? Ela começa com um clique e termina no clique seguinte?

A vida cheia de cores e aromas e sensações não poderia nunca se restringir a isso. E apenas cabe, a cada um de nós, saber dar o devido valor, saber o real sentido, saber os pesos e medidas. Não é difícil. Conheço e conheci pessoas totalmente trancafiadas no mundo internet, incapazes de interação social mínima. Conheço pessoas que se mostram tão simpáticas no mundo virtual, mas que na vida real são insossas e caladas.

Nada disso é novidade. O que será sempre novidade é: o que você quer pra você? Se nesses dias que se passaram, eu tive meu surto louco no twitter, agora sigo por aquele caminho que nunca deixou de me acolher tão bem: a poesia! Me acompanha?

Música do dia - Two story town

Bem poderiam ser trocentas músicas... mas ontem à noite revi o dvd do Bon Jovi - Crush Tour e lembrei de como gosto dessa canção (bem, alguém me diz qual música do BJ eu não gosto? rá): Two story town serve bem para ilustrar o atual momento em que me vejo: meio testemunha da minha própria vida, meio testemunha da vida.

Fora que essa música, do ano de 1999, tem um significado todo especial para mim. Ano difícil aquele... descobertas e redescobertas. Muitas caminhadas solitárias na região da Saúde, pensando em como tudo poderia ser! Suspiro... como a gente cresce e aprende!

Reouvindo essa mesma música, uma avalanche de sentimentos me acometeu (coisa normal para mim, nos últimos dias, né?). E essa música mais do que nunca pareceu perfeita.

ps: nem mil vidas podem agradecer ao Bon Jovi por todas as letras que ele escreveu...
I couldn't sleep
Took a walk down 2nd Avenue
Sick of dreaming dreams that never come true
One way street and I know where its leading to
(...)
One shot to make a move now
The ghosts are calling me out
And me I'm just one story
In a two story town
But you're never gonna find me in the lost and found
(...)
It's just the same old sights and the same old sounds
I’m gonna take my horse and ride him off this merry-go-round
I won't give in and I won't back down

A torrente de sentimentos - parte 2

Não. Isso nem é capítulos continuados de uma suposta novela que eu teria criado. Nasci com certas dificuldades naturais e por mais que tenha até aprendido técnicas, não consigo ir além da teoria. Escrever romances capitulados é uma dessas grandes dificuldades.

Mas eu hei de convir, mesmo contra a minha racional vontade que, ultimamente, meus relacionamentos pessoais andam conturbadíssimos. Além de ouvir as histórias mirabolantes, eis que me vejo até como personagem central deles, espelhado diretamente dos filmes que mais adoro... A vida não é irônica?

Como sempre, gosto de tirar proveito de tudo. E se Augusto Cury diz que sábio é aquele que aprende com o exemplo dos outros, devo admitir que estou desvirtuando até o conselho de minha mãe, que sempre me disse, desde que me lembro, que devemos aprender com o exemplo alheio. Meu lado racional me diz "por que?" e meu outro lado apenas suspira "c'est la vie".

A despeito de tudo, devo dizer que estou sobrevivendo bem. Para coroar um ano cheio de loopings, quedas em 90º e parafusos psicodélicos, eu decidi fazer piada de tudo! Porque ser chato, dramático e pedante... ninguém merece. Estou aproveitando o trânsito de Sagitário no meu mapa pra ver otimismo em tudo, uma alegria e uma esperança indevidas, que chega quase a ser pecado, diante da situação em que me encontro!

Eu lembro que tinha rascunhado um post sobre minha "retrospectiva 2010". Pfff. Larga disso. A minha vida é esta, ligeiramente desenhada neste blog e sabida pelos amigos íntimos. Isto basta, não é? Minha sanidade mental mantém razoavelmente lúcida e é isso que eu quero focar, quando vejo tantos sinais bons à minha frente!

Pra terminar, vou contar a brevíssima (e anônima) história de uma amiga que não sabe o que escolher e ama quem não deveria amar... e até ama quem está ali. As histórias... aaaah as histórias. Elas são mais iguais do que poderiam ser. Nos filmes, nos livros... na vida real. Observando, vendo e vivendo... vou caminhando. Bora.