Hoje foi aquele dia em que virei a madrugada insone. Por motivos de trabalho, um misto de necessidade e prazer de curtir a noite silenciosa. Sem msn com janelinhas subindo, sem twitter com pessoas dando bom dia ou boa tarde. Sem telefone tocando números indesejados. Sem o barulho da rua. Apenas eu, o frio, chá quente e um gato do meu lado (enquanto meu amor dorme...).
Ando silenciosa, talvez presenciando mais uma mudança radical em mim. Quem me conhece, sabe que não sou estática. Vivo mudando. Bom, penso que todos devam ser assim, mas a gente bem sabe que muitos mudam o verniz mas não mudam sua essência. Aí é fácil. Então, longe de mudar cabelos, roupas e aparência em geral; longe de mudar de casa, de emprego ou de namoro, a real mudança traz uma sensação paradoxal: o prazer e a ansiedade de uma perspectiva totalmente nova e, ao mesmo tempo, a angústia de deixar para trás uma segurança (que pode ser real ou falsa).
E nesse meio-termo, ínterim de mim mesma, por vezes me vejo na tangente de minha própria vida, em outras, correndo atrás do próprio rabo. Não tão ácida nem tão doce, não tão agressiva nem tão esquisita. Não sei me definir. Mas sei que o silêncio me alimenta de maneira visceral nesses dias.
Aí me pego pensando, fazendo aquela retrospectiva antes do aniversário que se aproxima. Tantas coisas se sucederam neste ano. Amigos que vieram e que se foram. Aquelas palavras calorosas, ditas em tom de cumplicidade num momento íntimo, simplesmente se foram. Fica a lembrança e esta minha atitude canceriana de dar um longo adeus ao passado. Porque, sim, marca e eu sempre sentirei saudades daquilo que foi bom e que o tempo nunca apagará.
Ah... e as pessoas que vivem suas vidas em um círculo? Tudo bem, nossa vida é cíclica... mas de vez em quando não dá vontade de ser diferente? Qual o grande objetivo da nossa vida?
Cadê o desejo ardente, interno e real de ser verdadeiramente feliz? As pessoas, hoje em dia, se vendem por tão pouco. Se doam por nada. Perdem a luz interior e a ingenuidade, a doçura e o amor em troco de ilusões. Não me excluo, mas estou desesperadamente tentando ser diferente.
E você? O que você está fazendo de verdade para a sua vida?
O cotidiano sob o meu olhar. De tudo um pouco, das coisas que gosto e de tudo que quero eternamente descobrir.
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Ausência
Gente, prometo retomar este blogue!!! Nunca fiquei tanto tempo sem postar... emails, twitter, facebook... essas coisas andam bem quietas. Talvez e apenas o twitter ainda esteja bem atualizado dada à sua praticidade. Ando bem curtindo demais o silêncio... mas me aguardem, pois as ideias fervilham dentro de mim, apenas ainda não foram concebidas!
Então vá, vá pra Jacarepaguá!
Queridos amigos e leitores deste blogue, está decidido (com bastante antecedência, como é de meu gosto...): vou comemorar meu aniversário aqui no Rio de Janeiro! E não poderia hver lugar mais interessante do que... Jacarepaguá. Por que? Explico.
No dia 16 de julho, a querida cantora Myllena fará um show na Lona Cultura Jacob do Bandolim, que fica em Jacarepaguá. Oras, não é um momento perfeito para comemorar meu aniversário E ainda assistir ao show dela? Claro que sim!
Neste sábado, fui com a minha mais nova amiga carioca -- a Alessandra -- comprar ingressos. Fui apresentada ao bairro, uma gracinha, simples e arborizado. E aproveitei para conhecer um lugar chamado Castelo do Vinho. Aí, para mim parecia uma combinação perfeita: um warm-up jantando e bebendo suco de uva, show da Myllena com participação de Isabella Taviani e depois... ah quem se preocupa com depois?
Sei que duas amigas minhas de SP praticamente confirmaram que virão. Então, assim, amigos paulistas e amigos cariocas, sintam-se mais do que convidados a vir jantar comigo, beber uns vinhos e papear no Castelo do Vinho. Depois, quem quiser, bora ver o show de Myllena na Lona Cultural (ali do lado) e... depois... depois a gente vê o que faz.
Segue o serviço:
Rua Samuel das Neves, 376 - Pechincha (Rio de Janeiro)
Praça Geraldo Simonard, sn - Pechincha (Rio de Janeiro)
A partir das 16h00 estarei lá no Castelo do Vinho e como boa beberrona que sou, estarei enchendo a cara de álcool como bem sabem os meus amigos. Estão todos convidados. Apenas peço que me confirme para eu separar o número adequado de lugares.
Observações:
1-) o título do blogue é em homenagem absoluta à música "Esquinas de Jacarepaguá" faixa bônus do último álbum de Isabella Taviani (Meu coração não quer viver batendo devagar). Dá uma olhadinha no videozinho abaixo.
2-) quero ver Jeane Soares, Robertinha La Despistada, Fafá Barbalho, Karla Rosalino, Profa. Maria Helena, Deja, Moema (onde vc tá?) todas no show, hein?
Uma ode ao silêncio
Bendito seja o mundo moderno!
Alguém parou para reparar que estamos vivendo, talvez, os tempos mais barulhentos de toda a história da raça humana? As novas tecnologias não trouxeram apenas novos equipamentos mas também maior acessos dessas mesmas tecnologias a um novo cada vez maior de pessoas.
Nosso atual tempo é o tempo da pressa, o tempo da suposta ausência de desperdício. Se queremos dias mais longos, queremos cada vez mais aparatos mais suporte. Já virou clichê dizer que somos uma geração dos descartáveis. É um círculo vicioso querer sempre o aparelho mais moderno, com mais aplicativos, com maiores funções.
Minha mãe é da geração pós-guerra do Japão. Os filhos daqueles que enfrentaram a guerra tiveram de aprender a economizar tudo e qualquer coisa a todo custo. Acho isso o extremo oposto e sempre entrei em embates com minha mãe por isso: a sua mania de guardar tudo achando que vai precisar depois. Não vai! Mas ela tem realmente um pensamento cristalizado de que pode precisar.
Da mesma forma, vejo a geração dos descartáveis achar que o simples ato de comprar cada vez coisas mais modernas é um ato salutar. Não acho, sinto muito quem pensa assim. Mas, digamos que o poder aquisitivo é uma ferramenta tentadora.
Bem isso tudo foi uma volta gigante dada para dizer que eu sinto falta do silêncio. As pessoas parecem constantemente energizadas para falar alto, berrar ao invés de conversar. O som nunca pode estar em um decibel de respeito ao vizinho. Em aviões, trens, ônibus e metrôs, os DJs ambulantes de acham dono de seu metro quadrado e foda-se quem estiver literalmente ao seu lado com dor de cabeça ou um simples gosto musical diferente.
Nas periferias, carros bombados consideram lugar público qualquer um em que possa estacionar seu carro, abrir o capô e ligar seu funk ou pagode (porque são sempre esses gêneros musicais) em altíssimo volume, não importa a hora do dia ou da noite. E muita gente ganha grana bombando carros assim, pensa.
Você conseguiria ficar em silêncio por mais de uma hora, sem dizer uma única palavra, nem que fosse para você mesmo? Duvido. Somos movidos a açúcar e a uma constante necessidade de estar fazendo algo, porque o ócio já não se diferencia da preguiça e silêncio é coisa de monge tibetano.
Fico imaginando aonde estaremos daqui a um tempo. Lembro que diziam que usar fones de ouvidos durante muito tempo estragaria a audição de uma pessoa a médio prazo. E viver nesse constante barulho diário, sem protetor auricular, o que pode causar? Garanto que ficar apenas surdo será luxo.
Alguém parou para reparar que estamos vivendo, talvez, os tempos mais barulhentos de toda a história da raça humana? As novas tecnologias não trouxeram apenas novos equipamentos mas também maior acessos dessas mesmas tecnologias a um novo cada vez maior de pessoas.
Nosso atual tempo é o tempo da pressa, o tempo da suposta ausência de desperdício. Se queremos dias mais longos, queremos cada vez mais aparatos mais suporte. Já virou clichê dizer que somos uma geração dos descartáveis. É um círculo vicioso querer sempre o aparelho mais moderno, com mais aplicativos, com maiores funções.
Minha mãe é da geração pós-guerra do Japão. Os filhos daqueles que enfrentaram a guerra tiveram de aprender a economizar tudo e qualquer coisa a todo custo. Acho isso o extremo oposto e sempre entrei em embates com minha mãe por isso: a sua mania de guardar tudo achando que vai precisar depois. Não vai! Mas ela tem realmente um pensamento cristalizado de que pode precisar.
Da mesma forma, vejo a geração dos descartáveis achar que o simples ato de comprar cada vez coisas mais modernas é um ato salutar. Não acho, sinto muito quem pensa assim. Mas, digamos que o poder aquisitivo é uma ferramenta tentadora.
Bem isso tudo foi uma volta gigante dada para dizer que eu sinto falta do silêncio. As pessoas parecem constantemente energizadas para falar alto, berrar ao invés de conversar. O som nunca pode estar em um decibel de respeito ao vizinho. Em aviões, trens, ônibus e metrôs, os DJs ambulantes de acham dono de seu metro quadrado e foda-se quem estiver literalmente ao seu lado com dor de cabeça ou um simples gosto musical diferente.
Nas periferias, carros bombados consideram lugar público qualquer um em que possa estacionar seu carro, abrir o capô e ligar seu funk ou pagode (porque são sempre esses gêneros musicais) em altíssimo volume, não importa a hora do dia ou da noite. E muita gente ganha grana bombando carros assim, pensa.
Você conseguiria ficar em silêncio por mais de uma hora, sem dizer uma única palavra, nem que fosse para você mesmo? Duvido. Somos movidos a açúcar e a uma constante necessidade de estar fazendo algo, porque o ócio já não se diferencia da preguiça e silêncio é coisa de monge tibetano.
Fico imaginando aonde estaremos daqui a um tempo. Lembro que diziam que usar fones de ouvidos durante muito tempo estragaria a audição de uma pessoa a médio prazo. E viver nesse constante barulho diário, sem protetor auricular, o que pode causar? Garanto que ficar apenas surdo será luxo.
Duas aquarianas!
Com um imenso sorriso no rosto, me peguei pensando num filme que vi em São Paulo, na Mostra Internacional de 200: Caramel. Às vezes me dá saudade fazer aquelas maratonas de filmes do mundo inteiro e descobrir atores novos e culturas novas... quem sabe numa nova fase, em breve?
Citei Caramel porque é um filme dirigido e também atuado pela belíssima atriz Nadine Labaki. Ela merece divulgação porque é linda. Estratosfericamente linda. Aí, caçando, descubro que ela é aquariana como uma outra atriz belíssima, musa minha há mais de vinte anos: Christiane Torloni. Aí me peguei nas coincidências: além de serem do mesmo dia de nascimento (18 de fevereiro), as duas são belas morenas, com olhos grandes (adoro), sorriso grande e encantador. *suspiro*
Minha xará todo mundo conhece, mas a Nadine Labaki, não. O site oficial dela está fora do ar temporariamente (uma pena), mas clica aqui e aqui para saber mais dela. E tentem caçar Caramel para assistir. Vale a pena.
Ah: em alguns momentos (como acima), eu me rendo às aquarianas... rs
Citei Caramel porque é um filme dirigido e também atuado pela belíssima atriz Nadine Labaki. Ela merece divulgação porque é linda. Estratosfericamente linda. Aí, caçando, descubro que ela é aquariana como uma outra atriz belíssima, musa minha há mais de vinte anos: Christiane Torloni. Aí me peguei nas coincidências: além de serem do mesmo dia de nascimento (18 de fevereiro), as duas são belas morenas, com olhos grandes (adoro), sorriso grande e encantador. *suspiro*
Minha xará todo mundo conhece, mas a Nadine Labaki, não. O site oficial dela está fora do ar temporariamente (uma pena), mas clica aqui e aqui para saber mais dela. E tentem caçar Caramel para assistir. Vale a pena.
Ah: em alguns momentos (como acima), eu me rendo às aquarianas... rs
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