Perfection is not just about control. It's also about letting go.
(do filme Black Swan)
O cotidiano sob o meu olhar. De tudo um pouco, das coisas que gosto e de tudo que quero eternamente descobrir.
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Um minuto a mais
A gente perde tempo com tantas besteiras!!!
A gente perde tempo pensando no que poderia ter sido. No tempo que passou e todas as coisas que poderíamos ter feito. Nas coisas feitas que poderiam ter sido diferentes. Naquela chance que deveria ter sido aproveitada, mas foi deixada de lado por outra coisa que a gente nem lembra mais.
A gente perde tempo pensando num futuro cheio de idealizações perfeitas. E perde tempo achando que tudo deveria ser sempre perfeito. Perde tanto tempo tentando encaixar uma peça redonda num buraco quadrado, sem sequer se dar conta de que a peça certa está ali do lado, basta você olhar para o lado.
A gente perde tempo exigindo tantos itens. Porque a gente tem medo de sofrer... a gente quer a segurança daquilo que a gente conhece, isso não é errado! Errado é perder tempo congelando a própria vida deixando o rio caudaloso passar ao seu lado e sequer olhar para ele. Perder tempo com a mesquinhez egoísta do nosso "ponto de vista". Sem amor, sem empatia.
A gente perde tempo porque a gente não sabe perdoar. Nem aos outros, nem a nós mesmos. Eu acabei de ver uma foto sua e fiquei com vontade de te abraçar. Cara, eu sempre lembro de você com o carinho de uma irmã que deveria estar presente na minha vida para sempre. Por que você não está aqui para sempre? Por que você se foi assim, tão idiotamente, e eu -- mais idiota e tão orgulhosa -- não tenho coragem de lhe falar outra vez?
Eu apenas queria te dizer que você está linda com aquele casaco. Te disse em pensamento, tá?
A gente perde tempo pensando no que poderia ter sido. No tempo que passou e todas as coisas que poderíamos ter feito. Nas coisas feitas que poderiam ter sido diferentes. Naquela chance que deveria ter sido aproveitada, mas foi deixada de lado por outra coisa que a gente nem lembra mais.
A gente perde tempo pensando num futuro cheio de idealizações perfeitas. E perde tempo achando que tudo deveria ser sempre perfeito. Perde tanto tempo tentando encaixar uma peça redonda num buraco quadrado, sem sequer se dar conta de que a peça certa está ali do lado, basta você olhar para o lado.
A gente perde tempo exigindo tantos itens. Porque a gente tem medo de sofrer... a gente quer a segurança daquilo que a gente conhece, isso não é errado! Errado é perder tempo congelando a própria vida deixando o rio caudaloso passar ao seu lado e sequer olhar para ele. Perder tempo com a mesquinhez egoísta do nosso "ponto de vista". Sem amor, sem empatia.
A gente perde tempo porque a gente não sabe perdoar. Nem aos outros, nem a nós mesmos. Eu acabei de ver uma foto sua e fiquei com vontade de te abraçar. Cara, eu sempre lembro de você com o carinho de uma irmã que deveria estar presente na minha vida para sempre. Por que você não está aqui para sempre? Por que você se foi assim, tão idiotamente, e eu -- mais idiota e tão orgulhosa -- não tenho coragem de lhe falar outra vez?
Eu apenas queria te dizer que você está linda com aquele casaco. Te disse em pensamento, tá?
Você quer recordar o que podia ter sido ou viver o que pode ser vivido?
80 dias é um filme que passou na Mostra Internacional de Cinema, em São Paulo, no ano passado. E está passando novamente na Mostra Mix deste ano. Achei correndo, sem querer, na programação, li a sinopse e me encantei na hora. Vai passar mais algumas vezes ainda (a Mostra Mix vai até o dia 20/11) e quem quiser, vale muito a pena conferir.
Achei este site português cujo título da resenha dá título a este post: 80 dias é uma oportunidade para recordar o que podia ter sido. Entrou como faca quente no meu coração. E do que fala o filme? Trata de duas mulheres de 70 anos, que se reencontram depois de 50 anos, e percebem que mesmo depois de todo o tempo... há ainda algo entre elas.
Confesso que esperava um algo mais do roteiro, da direção... não sei bem dizer. O filme é cativante, mas ele meio que quaaase escorrega para uma narração pedante, sem brilho. Talvez falte uma certa objetividade no olhar do diretor. A câmera parece tremer bem como a história que é contada. Mas, apesar disso tudo, a beleza da história de Axun e Maite é linda.
Eu fui preparada para me emocionar e para chorar. E me emocionei e chorei. Estamos falando de duas mulheres de outro tempo, outra cultura, outra sociedade. A personagem de Axun traz aquela similaridade de muitas mulheres que têm o desejo pulsando mas o reprimem como se nada estivesse acontecendo. Apenas ao final, ela chora compulsivamente, em silêncio, sem dizer nada. E aquelas lágrimas são da despedida. Porque mesmo aos 70 anos, ela ainda precisa se despedir da promessa de viver um amor lésbico pleno.
Gostei muito de ver a terceira idade lésbica retratada, algo tão raro no cinema. Porque cansa sempre os mesmos rostinhos certinhos, plastificados, bonitinhos, forçando intimidade, sendo posers. Faz parte, mas confesso que me cansa. Ou então, os filmes lésbicos são sempre dramáticos, com fim trágico. Ou semi-eróticos muito mais para marmanjo se acabar do que para ser uma obra da sétima arte. O encanto de 80 dias está em esmiuçar o tempo que se passa por uma medida totalmente distante da que estamos acostumados.
E como todo bom filme precisa fazer, ficou a questão pairando: às vezes (como com Axun) você precisa esperar mais de 50 anos para ser quem você sempre soube que era. "Eu sei quem sou quando estou ao seu lado... (diz ela para Maite)". Mas, agora, não precisamos viver romances internéticos meteóricos que começam com uma teclada e terminam com um skype. Tudo está mais descartável? Sim!!! Porém, a tentativa sempre será válida... para os puros e corajosos de coração. E volto ao título do blogue!
Achei este site português cujo título da resenha dá título a este post: 80 dias é uma oportunidade para recordar o que podia ter sido. Entrou como faca quente no meu coração. E do que fala o filme? Trata de duas mulheres de 70 anos, que se reencontram depois de 50 anos, e percebem que mesmo depois de todo o tempo... há ainda algo entre elas.
Confesso que esperava um algo mais do roteiro, da direção... não sei bem dizer. O filme é cativante, mas ele meio que quaaase escorrega para uma narração pedante, sem brilho. Talvez falte uma certa objetividade no olhar do diretor. A câmera parece tremer bem como a história que é contada. Mas, apesar disso tudo, a beleza da história de Axun e Maite é linda.
Eu fui preparada para me emocionar e para chorar. E me emocionei e chorei. Estamos falando de duas mulheres de outro tempo, outra cultura, outra sociedade. A personagem de Axun traz aquela similaridade de muitas mulheres que têm o desejo pulsando mas o reprimem como se nada estivesse acontecendo. Apenas ao final, ela chora compulsivamente, em silêncio, sem dizer nada. E aquelas lágrimas são da despedida. Porque mesmo aos 70 anos, ela ainda precisa se despedir da promessa de viver um amor lésbico pleno.
Gostei muito de ver a terceira idade lésbica retratada, algo tão raro no cinema. Porque cansa sempre os mesmos rostinhos certinhos, plastificados, bonitinhos, forçando intimidade, sendo posers. Faz parte, mas confesso que me cansa. Ou então, os filmes lésbicos são sempre dramáticos, com fim trágico. Ou semi-eróticos muito mais para marmanjo se acabar do que para ser uma obra da sétima arte. O encanto de 80 dias está em esmiuçar o tempo que se passa por uma medida totalmente distante da que estamos acostumados.
E como todo bom filme precisa fazer, ficou a questão pairando: às vezes (como com Axun) você precisa esperar mais de 50 anos para ser quem você sempre soube que era. "Eu sei quem sou quando estou ao seu lado... (diz ela para Maite)". Mas, agora, não precisamos viver romances internéticos meteóricos que começam com uma teclada e terminam com um skype. Tudo está mais descartável? Sim!!! Porém, a tentativa sempre será válida... para os puros e corajosos de coração. E volto ao título do blogue!
Não significa nada
Agora, ao meio-dia, caminhei pelas ruas da região onde trabalho. Nada demais. Dia quente, sem sol, mas abafado, um prenúncio qualquer de chuva. O mesmo cenário.
No entanto, meus olhos estavam vendo as coisas diferentes e eu gosto muito quando tenho esses momentos. Momentos de olhar o cenário diante de seus olhos como um quebra-cabeça, pronto, que tinha 5 mil peças um tempo atrás. Tudo encaixado, mesmo sem fazer sentido. A sombra da árvore que parece uma dádiva divina. O sol, mesmo quente, que parece um bálsamo. As pessoas, mesmo mal-educadas. Cada uma na sua loucura, com seu problemas... ainda são seres humanos.
Esses momentos de compreensão pura e sentimento de plenitude são tão raros... porque é como se você fosse banhado por uma intensa luz dourada que fizesse você enxergar que a despeito de toda a maldade e loucura do mundo, ainda somos iguais. Ainda estamos perdidos, cada qual tentando encontrar o seu próprio caminho. Eu queria ter abraçado cada um que passou por mim. Eu mentalizei coisas positivas para todas as pessoas que passaram por mim. Não significa nada... mas era aquilo que eu queria fazer naquela hora. E esse meu amor não podia ser roubado nem julgado por ninguém.
Espero que todos tenham os próximos dias com um pouco desse sentimento que senti hoje. E que a gente possa melhorar uma milimétrica gota que seja. Parece que não significa nada... mas é muito!
[trilha de sonora de hoje, banda indicada pela querida Gabitchs, a quem sempre agradeço]
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