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O que (não aprendi e) estou aprendendo com os apps de relacionamento

E este tema tem continuação! Sim!

Eu achei que não teria. Ingenuidade de minha parte, oh god, eu sei...

Escrevi uma série de alguns posts nos anos anteriores como você pode ler aqui. Não mudo uma única vírgula do que disse e, agora, tenho novas reflexões a fazer, em pleno Apocalipse Now versão 2025.

Primeira constatação: aprendizados são eternos. Eles vêm em fases, camadas que só conseguimos compreender mediante certos contextos. Não é imediato nem fácil. Desafia a nossa capacidade de lidarmos com o óbvio (esse tema vai render post depois!!!).

Segunda constatação: o ser humano se molda e reflete as condições em que vive e, por consequência, as condições em que vivemos atualmente são muito desafiadoras: energeticamente, espiritualmente, socioeconomicamente, politicamente. Viver é muito mais do que um ato de luta.

Terceira constatação: nós estamos constantemente mudando mas algumas coisas podem estar tão enraizadas em nosso inconsciente (mesmo fazendo terapia, mesmo buscando autoconhecimento, pasmem!!!) que é apenas o contato com o outro — em um relacionamento amoroso, onde costumamos nos despir de algumas de nossas defesas (nem todas!) — e nos valer desse espelho que é se ver através do outro.

Então, adianto que escreverei uma série de posts, porque, ao contrário do que foi antes, não dá pra resumir tudo em um só. Ainda mais que estou ativa nos apps neste momento (oi, será que nos vimos por lá?) e vivenciando situações velhas e antigas (como aquelas que nunca mudam e provavelmente nunca mudarão) mas percebendo outras novas que não imaginei que existiriam e piorariam.

Mas, aqui, é importante ressaltar que a primeira e maior coisa que reparei foi em mim mesma. Afinal, também estou continuamente fazendo aprendizados, sobre o mundo e sobre mim mesma, e sobre como esses dois elementos se relacionam entre si.

Já falei muito sobre ghosting aqui. Em posts futuros também falarei sobre dating burnout.

Preciso admitir que estou vivendo um momento de dating burnout relacionado ao ghosting.

E foi interessante notar que muitas, mas MUITAS mulheres vivem algo semelhante.

Eu penso na quantidade absurda de encontros e desencontros que foram necessários para as pessoas chegarem a isso, porém, sem consciência alguma! Gente, é preciso refletir. É preciso pensar e pôr os neurônios em ação não apenas para correr atrás das pernas e um par de saias mais lindo que você vir!!!

GHOSTING.

Caso você leia por aí "Responsabilidade emocional e inteligência emocional são a nova frôr-do-zíaco" bingo. That's me.

Eu acho que agora posso me considerar PhD nesse assunto. E assumo toda a responsabilidade que me cabe, porque eu também já pratiquei ghosting. Porque, na verdade, é sobre isso: responsabilidade emocional.

E esse termo aí muito difundido entre os praticantes da comunicação não violenta (CNV) e entre as pessoas que fazem muita terapia (e ainda estão precisando colocá-la em prática) reverberam aos quatro ventos. O que esse povo ainda não entendeu — e aí o negócio fica sério — é que responsabilidade emocional não é tarefa para a nossa parte racional fazer (embora devesse!).

Responsabilidade emocional está atrelada nas raízes mais profundas de sua mente emocional (dã, mas isso não é óbvio? Eu disse que ia falar sobre obviedade futuramente, fica um tiragosto aqui).

E o suprassumo: a gente, tolamente, foca apenas na dicotomia entre mente racional e mente emocional e esquece do quê? O ENERGÉTICO. Aí f*de tudo.

A gente pode treinar nosso cérebro para repetir o que as pessoas dizem sobre ser responsável emocionalmente. Mas, basta acontecer uma merda gigante que nos desestruture (e isso acontece por um simples mas não simplório motivo) e tudo vai pro ralo. Literalmente.

Responsabilidade emocional é consequência de um sintonia fina e um sutil equilíbrio entre racional, emocional e energético.

Então, voltando ao ghosting, ele pode ser motivado por qualquer desequilíbrio nas partes ou no todo. Ter consciência disso, acessar isso, admitir que precisa ser curado e começar a praticar... é uma tarefa de vida inteira! (lembra do aprendizado que disse no começo do post?)

Por isso que eu mesma cometi como muitas vezes o recebi. A questão está na dor, que para alguns têm mais peso que para outros (o profundo estudo do mapa astral ajuda a compreender isso). Repetidas feridas no mesmo local geram um ponto sensível e haja terapia para conseguir acessar e manusear essa dor.

Haja lágrimas e mais lágrimas e muito mais lágrimas para lavar o coração (que ainda não ficará limpo). Saber equilibrar autoacolhimento, autoestima, autoamor. Ghosting é sobre o que o outro não é capaz de fazer — e muito pouco (ou quase nada) sobre você.

E não se esqueça de compreender como você está cuidando dos seus chakras. Como você está cuidando da sua espiritualidade. Como você se conecta com seu eu superior. Como você escuta a sua intuição.

Vivenciar um ghosting em um término de relacionamento amoroso é a dor de viver um luto com uma pessoa que continua vivendo e pode sequer estar pensando em você. Ela decidiu tocar a própria vida e colocar a sua existência no limbo das memórias não acessadas. Essa é uma estratégia eficaz para quem é incapaz de lidar, trabalhar e acessar as próprias emoções. Mas, não se esqueçam: é ilusão.

Hoje em dia, os psicólogos de relacionamentos estão cada vez em maior número atendendo uma infinidade de pessoas feridas por términos por whatsapp ou por ghostings.

E há uma coisa em comum na fala de todos e, olha só que interessante, a Halu Gamashi disse algo similar recentemente:


QUEM NÃO SE AMA, NÃO AMA NINGUÉM.

SE A GENTE NÃO SE PERDOA, A GENTE SE AUTOSSABOTA. E FAZEMOS COISAS PARA ATRAIR SOFRIMENTO.


Ainda falarei mais sobre esse tema e os outros abordados aqui, em breve. Me aguardem!