(nulla virtute redemptum a vitiis - Juvenal)
Infundi teu sorriso
- fruto podre de minhas ilusões
em minha xícara de chá verde
e verti-te, como engolir saliva,
seca, dura, amarga.
Eis que tu eras meu espelho
hei-lo reluzente por sobre olhos
cegos e ignorantes.
Eis que tenho um par de globos
oculares doentes, que se exterminam
lentos, na solidão do dia-a-dia.
Infundi a tua simpatia
e no que restou não me reconheci
- sou um busto incompleto sem olhos
e sem a expressão dos imperadores
sequer imagino o que poderia ter sido.
(15/05/2003)
Infundi teu sorriso
- fruto podre de minhas ilusões
em minha xícara de chá verde
e verti-te, como engolir saliva,
seca, dura, amarga.
Eis que tu eras meu espelho
hei-lo reluzente por sobre olhos
cegos e ignorantes.
Eis que tenho um par de globos
oculares doentes, que se exterminam
lentos, na solidão do dia-a-dia.
Infundi a tua simpatia
e no que restou não me reconheci
- sou um busto incompleto sem olhos
e sem a expressão dos imperadores
sequer imagino o que poderia ter sido.
(15/05/2003)
*** 2003 foi um ano especial na minha vida. Os poemas desse ano são únicos, talvez fruto do meu "encontro poético" com meu amigo Del Xênio, que me proporcionou fantásticas conversas líricas. Usei formas curtas, mais imagens do que descrições e, portanto, escrevi poemas imagéticos. Porém, com o tempo, eu voltaria ao meu estilo de escrever, uma humilde inspiração de Drummond meio Bandeira, com drama a la Clarice Lispector e pitadas de Ana Cristina Cesar. É... é assim que eu definiria os meus poemas.
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