Tô num silêncio danado, né não?
Desculpe aos leitores deste blogue -- cada um deles -- que aterrisa aqui todos os dias em busca de algo novo. Mas... como dizem, fiquei sem nada para postar, sem ideias para compartilhar. Não sem novidades, estas são sempre muitas. Porém, sem vontade de postar. A criatividade vai embora junto nessas horas e nada faz com que ela volte. Menos agora, diria.
Tô aqui, ouvindo Claridade, da Ana Carolina. Essa cantora foi minha diva durante muitos anos... até que perdeu a graça. Me desculpem se vocês gostam dela... porém esse lance de popularidade demais, global demais estragou o talento dela. Heresia falar isso? Talvez. Mas não vejo letras inspiradoras, so sorry. As músicas boas somem atrás da enxurrada pop de refrão gritado e grudento, junto a parcerias estranhas que resultam em canções tão estranhas quanto.
Mas Ana tem pérolas, ô se tem. Eu nunca ousaria dizer o contrário. Eu sinto saudades da Ana simples, mineira que apenas empunhava seu violão e cantava com uma maestria e potência, equilibradas e bem dosadas. Para mim, Claridade é uma delas.
Lembro que houve um dia na minha vida, pelos idos de 2007 (ano difícil) em que voltei para casa, com essa música no repeat one, chorando muito e demais. Tão libertador. Hoje, anos depois, ouço essa música e penso em um filme noir, um personagem caminhando solitariamente em uma rua sem saída, lua cheia no céu, silêncio e vazio.
Acho que me sinto um pouco assim, agora. Trabalhando feito uma doida para tentar o novo, de novo e de novo e de novo... sempre. Em brevíssimo, irei a SP depois de muitos meses. Muitas saudades serão mortas, muitos amigos serão revisitados, muitas lembranças serão criadas, estou ansiosa por tudo! Aqui, quero apenas deixado o silêncio como forma de contemplação minha... estou aqui, apenas em silêncio.
Um comentário:
silenciosamente li, silenciosamente me retiro...não sem antes dizer que compartilho com sua opinião sobre a Ana.
Postar um comentário