Primeiro dia de praia se foi com aquela inevitável sensação de... "Meu Deus, por que eu sempre odiei praia???". Era óbvio, visto que as minhas poucas experiências prévias tinham se dado em praias imundas. E desde que eu cruzei com um cocô boiando enquanto me banhava, nunca mais tive coragem de pôr os pés na água do mar. Nem mesmo quando fui a Copacabana (isto foi irônico).
Mas Ilha Grande não é assim. Ilha Grande é... única. Eu e meu amor parecíamos crianças com brinquedo novo. E poderíamos passar dias e dias e dias com esse brinquedo sem enjoar. Porque banhar-se no mar é poderoso, é saudável, é relaxante, é prazeroso... é tudo. Infelizmente, perdemos esse sentido nessas praias porquentas que nós temos. Eu não entro em nenhum outro mar que não tenha essa água transparente que eu vi lá.
De fato, como boa cidade turística E isolada, a comida em Ilha Grande é cara. No mercadinho do Abrãao até que tem muita coisa em conta e dá pra quebrar um belo de um galho. Você ainda encontra uns vendedores de pipoca, vendedores de bolo (com as iguarias mais diversas e inimagináveis, comi um pedaço de bolo de milho cremoso dos deuses!), vendedores de churrasquinho. E é óbvio que eu experimentei tudo, sem o mínimo medo de ter uma dor de barriga. Confiei que os moradores locais não fariam isso com os turistas.
Para comer rápido e razoavelmente bem, tem os restaurantes por quilo. Comemos em três e não vou me lembrar deles agora. Biergarten (acho que é assim) é o mais chiquetoso e caro, por ser natureba e ter pratos diferenciados. Fomos em um dentro do "shopping" (ruazinhas pequenas, arborizadas, compostas por inúmeras lojas) muito gostoso e barato. Também tivemos a péssima experiência de comer em um restaurante chamado Rei da Picanha (all thumbs down). Não vão nele, por favor. Foi o pior rodízio de carnes que já fui em toda a minha vida e me lembrou da importância de ser vegetariana. Ah sim, a vigilância sanitária também deveria barrar um restaurante que serve comida velha e estragada. Blé.
Mas vamos falar de coisas boas. A maior e imensa surpresa são os restaurantes que ficam de frente pro mar, mesas e tendas na praia, luz de velas e música ambiente. Pena que os fumantes imperam -- mesmo em locais paradisíacos -- como praga. Desculpe se você é fumante, mas é um verdadeiro PECADO e AFRONTA estar num local com tamanho ar puro e beleza natural e... fumar. E jogar sua bituca de cigarro no chão. E incomodar quem não fuma! (não se esqueça de que sou ex-fumante, aquele espécime mais chato do que quem nunca fumou!)
Eu queira muito comer frutos do mar frescos, afinal, não há melhor lugar para comer do que na praia. Fomos ao Rei do Camarão. Que surpresa fantástica! Um excelente restaurante e altamente indicado por mim, para quem estiver em Ilha Grande!
Comemos uma moqueca de camarão. Pelo nome parece a coisa mais simples, mas não é. O arroz estava simplesmente perfeito, de tão saboroso e fresco. O camarão, segundo o simpático garçom, fresquíssimo, tinha acabado de chegar. E o pirão? Um verdadeiro orgasmo gastronômico, para os verdadeiros apreciadores. A casquinha de siri então... *suspiro* E o preço saiu razoável para um bom restaurante, gastamos R$95 para duas pessoas, bebidas e 10% incluídos.
Existe também, como alternativa pra sobremesa e pra gastar aquele dinheiro que você economizou não andando de Costa Verde, o Sorvete Finlandês, que fica ao lado do porto. Diz-se que é fabricado em Penedo. Aí, eu fiquei imaginando o sorvete vindo de Penedo, passando pelo Rio de Janeiro, andando de catamarã, talvez passando por Angra dos Reis, para chegar até Ilha Grande. Vai ver por isso é caro (R$4,25/100g). Mas o bichinho é uma delícia que só! Porque sou extremamente criteriosa com sorvetes e é fácil receber um zero meu. Esse é delicioso, porque você não sente a gordura e, pelo contrário, sente os sabores de ingredientes que foram usados muito bem. Experimentei vários e gostei de todos!
Não fiz muitas orgias gastronômicas em Ilha Grande... mas as poucas experiências foram fantásticas. A seguir algumas fotitas para deixarem vocês na vontade! rs