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Belíssimo texto de Frei Betto

Fonte original: http://sergyovitro.blogspot.com/2011/05/os-gays-e-biblia-frei-betto.html

Os gays e a Bíblia - FREI BETTO

É no mínimo surpreendente constatar as pressões sobre o Senado para evitar a lei que criminaliza a homofobia. Sofrem de amnésia os que insistem em segregar, discriminar, satanizar e condenar os casais homoafetivos. No tempo de Jesus, os segregados eram os pagãos, os doentes, os que exerciam determinadas atividades profissionais, como açougueiros e fiscais de renda. Com todos esses Jesus teve uma atitude inclusiva. Mais tarde, vitimizaram indígenas, negros, hereges e judeus. Hoje, homossexuais, muçulmanos e migrantes pobres (incluídas as “pessoas diferenciadas”...).
Relações entre pessoas do mesmo sexo ainda são ilegais em mais de 80 nações. Em alguns países islâmicos elas são punidas com castigos físicos ou pena de morte (Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Nigéria etc). No 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 2008, 27 países-membros da União Europeia assinaram resolução à ONU pela “despenalização universal da homossexualidade”.
A Igreja Católica deu um pequeno passo adiante ao incluir no seu catecismo a exigência de se evitar qualquer discriminação a homossexuais. No entanto, silenciam as autoridades eclesiásticas quando se trata de se pronunciar contra a homofobia. E, no entanto, se escutou sua discordância à decisão do STF ao aprovar o direito de união civil dos homoafetivos.
Ninguém escolhe ser homo ou heterossexual. A pessoa nasce assim. E, à luz do Evangelho, a Igreja não tem o direito de encarar ninguém como homo ou hetero, e sim como filho de Deus, chamado à comunhão com Ele e com o próximo, destinatário da graça divina.
São alarmantes os índices de agressões e assassinatos de homossexuais no Brasil. A urgência de uma lei contra a violência simbólica, que instaura procedimento social e fomenta a cultura da satanização.
A Igreja Católica já não condena homossexuais, mas impede que eles manifestem o seu amor por pessoas do mesmo sexo. Ora, todo amor não decorre de Deus? Não diz a Carta de João (I,7) que “quem ama conhece a Deus” (observe que João não diz que quem conhece a Deus ama...).
Por que fingir ignorar que o amor exige união e querer que essa união permaneça à margem da lei? No matrimônio são os noivos os verdadeiros ministros. E não o padre, como muitos imaginam. Pode a teologia negar a essencial sacramentalidade da união de duas pessoas que se amam, ainda que do mesmo sexo?
Ora, direis, ouvir a Bíblia! Sim, no contexto patriarcal em que foi escrita seria estranho aprovar o homossexualismo. Mas muitas passagens o subtendem, como o amor entre Davi por Jônatas (I Samuel 18), o centurião romano interessado na cura de seu servo (Lucas 7) e os “eunucos de nascença” (Mateus 19). E a tomar a Bíblia literalmente, teríamos que passar ao fio da espada todos que professam crenças diferentes da nossa e odiar pai e mãe para verdadeiramente seguir a Jesus.
Há que passar da hermenêutica singularizadora para a hermenêutica pluralizadora. Ontem, a Igreja Católica acusava os judeus de assassinos de Jesus; condenava ao limbo crianças mortas sem batismo; considerava legítima a escravidão;e censurava o empréstimo a juros. Por que excluir casais homoafetivos de direitos civis e religiosos?
Pecado é aceitar os mecanismos de exclusão e selecionar seres humanos por fatores biológicos, raciais, étnicos ou sexuais. Todos são filhos amados por Deus. Todos têm como vocação essencial amar e ser amados. A lei é feita para a pessoa, insiste Jesus, e não a pessoa para a lei.

Meu companheiro querido...

Nos suportamos o dia inteiro, todos os dias... dou umas broncas quando ele me morde, ficamos de bem. Ele dorme no meu colo o tempo todo... e fica nessa posição que é um charme só... com vocês, Floriano!

Sharlene's b-day!

Tá no fim do dia... mas presto aqui uma simples homenagem a uma das minhas melhores amigas: Sharlene.
Já cansei de contar a história de nós duas aqui, duas loucas que se reconheceram no meio do caos de São Paulo. Hoje fica apenas a lembrança e a vontade do abraço que gostaria de te dar. Quem sabe um dia comemoro seu aniversário ao seu lado... gostaria muito disso!
Para os leitores que quiserem xeretar as postagens anteriores sobre Sharlene... clica aqui!
Feliz aniversário, amiga. Luz e lucidez para você.

Minha receita de guacamole

Estamos na época dos abacates e toda pessoa que gosta de cozinhar, precisa aproveitar as frutas da época, por ter a maior variedade e as frutas com maior sabor. Ainda estamos na época de abacates... e taí uma boa oportunidade de fazer uma receita deliciosa e extremamente saudável. Além de megafácil de se fazer.

A receita original pede avocado, mas convenhamos que avocado é muito caro. Embora tenha um sabor mais encorpado e seja -- de longe -- macio e tenro, abacate sai 1/4 do preço e praticamente tem o mesmo resultado final.

Primeiramente tenha uma abacate médio em mãos. Detalhe: ele precisa estar MUITO maduro. Abacate verde não rola. Eu mesma já tentei e não deu certo. Ou vc compra uma fruta madura, ou compra verde e espera amadurecer (tipo, embrulhando no jornal, como minha mãe faz, essas coisas).

Pegue o abacate (de médio a pequeno, varia) e retire a polpa. Antes de começar a amassar com o garfo, esprema o suco de um limão siciliano (pode usar qualquer outro, mas vai por mim, porque com o siciliano o sabor fica divino). Aprendi essa dica como o senhor Claude Troisgros. Com um garfo, amasse delicadamente. Pique uma cebola pequena em cubos pequenos e acrescente. Um tomate pequeno, sem pele e sem sementes, em cubos também pequenos. Uma mão cheia de coentro picadinho. Vá misturando e incorporando os ingredientes. Precisa haver um equilíbrio correto e nenhum estar faltando ou sobrando, então fique de olho.

Acrescente azeite e sal a gosto. Por fim, fica a critério de cada um: vc pode pegar uma pimenta dedo de moça, tirar as sementes e picá-la bem fininho e colocar. Pode pegar uma pimenta jalapeno em conserva (como tenho aqui), picar e colocar. O sabor original é o da pimenta jalapeno, que não é muito ardida e é muito perfumada. Ou, ainda, usar uma pimenta Tabasco e despejar gotas a gosto.

Para acompanhar, doritos amarelo (de preferência). Costumo torrar um pouco de pão árabe (olha a mistureba) e comer, que fica muito bom também. Delícia! ;-)

Carne de soja ao molho agridoce

Ai... nem vou pedir desculpas aos leitores do blogue, mas desculpe mesmo assim! Os dias corridos, os compromissos, a preguiça, uma certa falta de criatividade.... enfim. Dias e dias sem postar. Mas não sem ideias.... apenas... guardadas, digamos assim.

Direto e reto: em homenagem a minha amiga Gabitchs, "criei" mais uma receita com proteína de soja. Devo dizer que toda vez que assisto à deliciosa China de Kylie Kwong, eu penso no óleo de amendoim, no óleo de gergelim, no gengibre, no vinho chinês para culinária, no vinagre chinês para culinária e pimentas, pimentas... de todos os tipos! Secas, frescas.... ah.

Mas culinária chinesa adooora uma carne de porco. Evitando isso, pensei em como poderia fazer uma carne de soja que ficasse saborosa e que me satisfizesse as lombrigas que Kwong me causou.

Então, fiz assim. Peguei uns 300g de proteína de soja (daquelas grandonas) e coloquei de molho com um pedaço generoso de gengibre ralado. Troquei de água umas 3 vezes, mantendo sempre na geladeira.

Peguei a proteína e piquei ela simulando uma carne, ou seja, em tiras finas. A proteína grandona já é um corta tesão culinário só de olhar, certo? Pique-a devidamente!

Peguei 2 cebolas médias e cortei em formato de pétalas, bem grandes. Numa panela (eu ganhei uma wok, mas pré-preparar a bichinha dá tanto trabalho, que deixei para estrear a wok depois.... :P) no fogo máximo, coloquei um pouco de óleo de soja e umas duas colheres de óleo de gergelim. Fritei um pouco. Acrescentei 3 colheres de sopa de molho de soja, 1 colher bem cheia de açúcar mascavo. Coloquei uma colher de sopa bem cheia de gengibre picado em palitos. E cozinhei. A isso, os chefs chamam de "caramelizar". Dá-lhe caramelizar, mesmo porque, adoro sabores agridoces.

Um minuto depois, acrescentei a soja picada. Cozinhei. Acrescentei em seguida 2-3 colheres de saquê (na falta de vinho chinês...). Segui cozinhando em fogo bem alto. À parte, torrei numa frigideira uns 50g de sementes de girassol com um pouco de sal, apenas. Quando as sementinhas estavam começando a ficar marrons, joguei por cima do cozido e abaixei o fogo. Queria deixar o caldo apurando para penetrar bem na carne.

Uns 5 minutos depois, provei e vi que faltava um pouco de sal. Aí, fica a critério de cada um. Uma pitada, mais um minuto e pronto. Mermão... ficou uma delícia que só! Eu consegui exatamente o que eu queria: um sabor agridoce, com um picante do gengibre e o aroma inigualável do óleo de gergelim. Fora a crocância das sementes de girassol (que poderia ser substituído por amendoim. Usei semente de girassol porque comprei um saco imenso!).

Para mim, fica como excelente opção para os vegetarianos e para os adoradores de comida saudável! Espero que gostem! Fica devendo foto... ;-)