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Sharlene's b-day!

Tá no fim do dia... mas presto aqui uma simples homenagem a uma das minhas melhores amigas: Sharlene.
Já cansei de contar a história de nós duas aqui, duas loucas que se reconheceram no meio do caos de São Paulo. Hoje fica apenas a lembrança e a vontade do abraço que gostaria de te dar. Quem sabe um dia comemoro seu aniversário ao seu lado... gostaria muito disso!
Para os leitores que quiserem xeretar as postagens anteriores sobre Sharlene... clica aqui!
Feliz aniversário, amiga. Luz e lucidez para você.

Um pouco de pensamentos

São exatamente três da madrugada. Um pouco aqui largada, num canto deste apartamento... um pouco absorta em meus próprios pensamentos... fones de ouvidos e músicas do Bon Jovi tocando... sempre me trazem lembranças de mim mesma.

Uma pergunta veio surgindo... assim, quieta como um pensamento solto, insistente como uma lembrança escondida, eco da minha própria voz: quem somos? Quem somos para julgar outra pessoa? Quem somos para nos intrometer em qualquer outra instância que não a nossa própria vida? Quem somos, no auge de nosso orgulho egoísta, para pensar que temos o poder de destruir tudo em nome de qualquer coisa, porque não importa, ela estará suja de sangue? Quem somos nós?

Não é uma pergunta como aquela feita no filme homônimo. Não é uma pergunta que eu, talvez, até saiba a resposta. Me incomoda esse silêncio contínuo neste blogue, mas não consigo pensar em outra coisa para ser dita. Precisamos medir as nossas palavras -- que tantos outros irão ler. Precisamos não ter medida com um amor tão genuíno que não conheço ninguém para descrevê-lo. Precisamos de um algo mais que, se não for encontrado logo, acabaremos nos autodestruindo. Não porque somos ignorantes, mas porque pensamos que deixamos de ser há muito tempo atrás. Entendeu a diferença?

Ultimamente tenho sentido saudade de tanta coisa... a saudade se mistura às lembranças, aos desejos, as possibilidades e as impossibilidades. Saudade de minha terra já não é nem mais extinto programa dominical. Saudade de SP é uma coisa que nunca deixará minhas veias. Gosto do Rio de Janeiro... mas aqui é quente demais (a gente precisa arranjar uma desculpa!). Aqui não tem Avenida Paulista nem nada semelhante. Mas eu gosto do Rio. Mas.. ah! Agora estava falando de saudade.

Agora me lembrei dos meus encontros nas noites paulistanas. Tantas lembranças... doces, perfeitas, únicas! Lembro da noite em que a minha amiga Sharlene me fez companhia após o show da Isabella Taviani, no Tom Jazz. Show em que não encontrei nenhum DT (exceto o Fer). Noites como aquela são únicas, não são, Sharleu? Era uma noite gélida, de vento gélido, que merece cachicol e casaco de verdade.

Noites como essa eu não quero nunca que terminem. E eu posso dizer que passei algumas delas ao lado da querida Sharlene. É uma sensação de bem-estar e liberdade que não dá pra explicar. Porque são em noites como essas em que revelamos os nossos segredos... abrimos o nosso coração e guardamos as melhores lembranças.... para serem desgustadas como faço agora.

Também tenho saudades das minhas caminhadas noturnas pelas ruas paulistanas. Aqui no Rio é impossível fazer isso sem pensar em ser assaltado ou coisa pior. Não sei explicar, mas em SP eu conseguia andar até de madrugada nas ruas sem medo. Será que era cada centímetro daquele lugar que parecia uma extensão da minha casa? Um pouco sim, talvez muito não.

E tenho saudades da minha filha Poliana, aquela com quem tive as conversas mais intensas. Quer dizer, tenho outras amigas com quem tive conversas assim... mas apenas essa criatura me entendeu como ninguém. É como se entendesse os meus pensamentos ainda nem expressos, algo que assusta. Tenho saudade dos minutos únicos, que eu sabia que seriam únicos. Tenho saudade do último almoço que compartilhamos... porque eu sabia que no dia em que "nos separássemos" seria praticamente para sempre. Todas as horas de intenso convívio seriam outra lembrança... para eu curitr agora.

Então, eu vejo o mundo agora muito estranho, meio frio demais, meio egoísta demais. Talvez tenha sido sempre assim, apenas agora eu vejo as coisas com máscaras a menos. Talvez, a gente perca mesmo a inocência com o tempo. Não sei. Mas me lembrar do que fiz e do que ainda posso fazer me dá forças. Decidi que quero continuar tendo muitos amigos... não sei se conseguiria recuperar alguns que perdi no meio do caminho... mas quero estar sempre rodeada dessas pessoas que me conheçam bem.

E, agora, meia hora depois... acho que vou tentar dormir. E agradeço a você, leitor, que veio até esta última linha compartilhar desses pensamentos tão esparsos e tão intensos. Obrigada por entender o silêncio, por estar ao lado quem aqui esteve. E vou com a outra pergunta que sempre ecoa na minha cabeça: "What's happiness to you, David?" (do filme, Vanilla Sky).

A humanidade e seu egoísmo intrínseco

Parece ironia, exagero meu ou será que -- para mim -- as pessoas andam mais egoístas do que nunca? 

Nesse período de extremo silêncio e solidão vivida (e, de certa forma, ainda vivendo...) o que mais reparei foram as pessoas que, com seus motivos variados, dizem sempre a mesma coisa:

"Tô super atolada de trabalho."
"Tô mudando de emprego."
"Tô fazendo horas extras, estamos com a programação atrasada."
"Tô começando um emprego novo."
"Tô cheia de frilas."
"Tô mudando de apartamento."
"Tô com problemas na família."
"Tô com muitas contas pra pagar e pouco dinheiro pra receber."
"Tô estressada e precisando de férias."
"Tô com problemas no trabalho, por causa de colegas invejosos."
"Tô com problemas no trabalho, por causa de chefe ruim."
"Tô cuidando da casa, dos gatos, da família, ando total sem tempo."

Eu não me excluo da lista e já usei muitas dessas respostas. Se era verdade ou mentira, cabe à minha consciência responder. Podem ter certeza de que tenho uma consciência bastante criteriosa e chata...

Por isso, em parte, eu entendo quando alguém me fala isso. Não vejo apenas como uma resposta social básica à pergunta "Quando vamos nos ver?". Acredito, de verdade, que seja uma realidade dura de conciliar, viver neste mundo que vivemos, tão corrido, tão estressado, tão apressado de Deus.

Mas em todas as vezes, todas, todas, eu penso em algo que minha mãe me dizia desde criança e, ainda, às vezes, a escuto dizer: "Você é quem faz seu tempo. Se você está sem tempo, é você que não sabe organizá-lo."

Lembro que quando era criança, não entendia muito bem, mas guardava as lições de minha mãe como o melhor guia que eu poderia ter na época. E já me peguei repetindo essa frase como boa discípula de Dona Leila que eu sou...

Porém, a questão que quero dizer aqui é mais simples do que falar sobre a amplitude do tempo. É falar que precisamos pensar, justamente em tempos como os nossos, em sermos menos egoístas. A calçada da rua precisa ser toda nossa. O semáforo estar aberto apenas para nós. A fila não existir para quem estiver nela há tempos, nos dando direitos eternos de furá-la quando quisermos. Buzinar e buzinar (como esse povo niteroiense) apenas com o abrir do semáforo, sem esperar um "atraso" de fato acontecer. Conheço gente que tem prazer em buzinar, como tem prazer em buzinar nas orelhas dos outros, em monólogos infinitos, pensando que tudo que tem pra dizer é a coisa mais deliciosa de se ouvir na face da Terra.

Este meu tempo de solidão tem me mostrado a verdadeira faceta de vários amigos meus. No entanto, claro, não deixo de entendê-los. É tão triste como entendemos o silêncio do outro como uma ofensa pessoal... quase nunca entendemos o silêncio do outro como pedido surdo e mudo de um abraço. Culpa nossa de achar que o tempo é o bem mais precioso de todos. A culpa não é da nossa falta de tempo -- e sim -- da nossa quase total incapacidade de saber usá-lo.

Como não sabemos usá-lo, parece lógico usarmos para nós mesmos apenas. Bem, como disse, entendo e compreendo todas as justificativas do mundo. Apenas não me desce o egoísmo humano que ultimamente anda muito fora do controle demais.

Pequeno agradecimento ao trio inabalável que continua acompanhando minha vida de forma inenarrável: Yumi, Filha e Sharlene. Vocês, à sua maneira, sempre serão indispensáveis na minha vida.

Retrospectiva Crisão - parte 2

Eu tinha tanta coisa para falar. Tinha pensado naqueles posts e naqueles temas que me encheram de criatividade ao longo de 2010. Mas desde ontem fui tomada por um sentimento que até pensei que não existiria mais... eu, que falo tanto de espelhos, estou nua diante de todos eles, ainda tentando cobrir os reflexos que eles têm me mostrado.

Este é o feeling para um ano quase ido. Um ano que foi literalmente tão cheio de emoções, aprendizados, sentimentos paradoxais e tão intensos. Alguns sonhos realizados... alguns tantos outros para realizar.

Eu não saberia precisar quanto disso é drama feminino pessoal e quanto disso é realmente algo para sentir. Talvez tudo... talvez nada. Talvez eu tenha bloqueado tanta coisa dentro de mim que agora o sentimento de autoculpa seja inevitável. Talvez essa saudade da poesia e da doçura seja algo que esteja desesperadamente faltando em mim. Talvez... tudo isso que esteja criticando -- e tanto -- nos outros, seja aquilo que mais esteja faltando em mim.

Este foi o ano das distâncias, dos testes duros à distância. Ainda não sei avaliar quão bem fui, de quais testes fugi e quais testes eu ainda estou encarando. Mas 2010 foi um ano com dois anos dentro de si, para mim.

1º ano de 2010: eu terminei algumas amizades, fiz várias escolhas (pelas quais ainda estou pagando o preço). Alguns amigos estiveram presentes nesse período: Nilcer, Poliana, Sharlene, Fabiana Kono, Lilian Aquino, Fabiana Bastian (acho que não esqueci de ninguém...rs)

2º ano de 2010: talvez o ano mais difícil de todos os anos que vivi (pensando em 2001 e 2007). Perdi o tom, o ajuste, a melodia: uma verdadeira escola de samba em desarmonia (e não poderia haver melhor metáfora para usar). E o ano ainda não acabou! rs Mas algumas poucas pessoas conseguiram a proeza de ficar ao meu lado, fiéis escudeiros: Sharlene (fala: o que seria de mim, sem você? Não sei), Cris Barufi, Fabiana Kono.

Pra homenagear este sentimento, uma música que tenho ouvido no repeat one desde ontem (culpa da Isabella Taviani [pra variar...] que a indicou).

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ps: acabei de me lembrar de Claudia Bertrani. Obrigada, mais uma vez, por sua presença específica e tão importante!

Defina amizade

Eu poderia recorrer a poemas, a músicas ou aos grandes filósofos do passado... mas pensei muito e prefiro recorrer a filmes, como sempre. Este post também é homenagem a uma das grandes amigas que reconheci ao longo desses anos de vida: Sharlene. Nesses dias solitários e distantes, ela tem sido a maior e única companhia. Acho que temos conversado mais do que nunca, muito até mais do que nossos encontros terem aumentado de número. É isso. Tudo entre nós tem aumentado. Amizade peso-pesado! ;-)

Conversei com Sharleu outro dia qualquer. Pra mim, a receita de amizade precisa ter três ingredientes: fidelidade, sinceridade e aceitação. Tudo isso é muito subjetivo, então, lancei a pergunta: cite 3 filmes que definam melhor o significado da palavra amizade.

Vou citar 3 de que gosto muito, valem muito e que assisti. São eles:

>> se há uma época em que queria ter nascido e morrido, é essa. A palavra "honra" é levada no sentido único que tem de ser levada: ao pé da letra.

>> Pode ser uma história de amor, mas ainda assim é uma linda história de amizade e do "estarei sempre ao seu lado" tão linda e tão rara.

>> Outra demonstração do que aceito você como é estou ao seu lado até o fim.

Sharleu me indicou um filme que eu nunca vi, não acho pra ver e fica aqui como ponto de interrogação até eu ver, mesmo sabendo que vou adorar e até chorar antes de ver: Amigas para sempre (não o da BS por favor).

Minha menção honrosa: Bagdad Cafe.

E indo...

hoje tô sem ideias e sem receitas, mas um blogue querido tem postado fotografias da minha mente! Leiam, se quiserem, aqui. Vale a pena!

Eu, Sharlene e Hinodê

Sexta-feira... tava com saudade da Sharlene e morrendo de vontade de comer comida japonesa. Sem mais delongas, marcamos e fomos nos ver na Liberdade.

Fazia algum tempo que tinha ouvido falar desse restaurante, o Hinodê. Um dos poucos lugares que serve enguia caramelizada com shoyu (Unagi kabayaki)! Mas não tinha dado certo em nenhuma das outras vezes, então pensei que seria esta a vez que experimentaria essa carne exótica.

Mas... num deu. O Hinodê é um restaurante... diferente. Daqueles que fazem o meu tipo. Tradicional, só toca música japonesa e não oferece o "rodízio", sempre tão popular e também "menos sofisticado". Os pratos da casa são caros, bem acima da média, mas oferecem detalhes que para muita gente passaria despercebido.

Então, deixei a enguia para uma próxima oportunidade. Olhamos o cardápio, aparentemente igual a de todos os restaurantes japoneses. Pedi uma água e recebi uma água São Lourenço de garrafa! Gostei a partir daí! O suco de laranja de Sharleu (diz ela) estava delicioso também.

Para entrada, pedimos o clássico shimeji na manteiga. Descobri que conhecer como a casa prepara um shimeji na manteiga diz muito a respeito de como os pratos serão servidos. Este shimeji decerto foi O MELHOR shimeji que eu já comi na minha vida!!! Ele tinha um gosto extremamente suave, com os cogumelinhos macios -- literalmente macios -- que desmanchavam na boca. Também tinha um quêzinho azedo (talvez de um limão) que deu um toque único ao prato. Caro, mas que vale a pena!

Como prato principal pedimos o Butter yaki (ou batayaki) para duas pessoas. Eu sabia que era uma versão do sukiyaki que, acreditem ou não, eu nunca tinha comido em um restaurante no Brasil! Já comi no Japão e comi muito na casa de minha avó. Boa hora para experimentar!

Nisso, um parênteses, porque um dos sushimen da casa era meu vizinho!!! Coisa mais inusitada! Foi dele a sugestão de comermos nas salinhas com tatamis, que saem R$12 a mais por pessoa. Um caro que também vale a pena, porque as salas são individuais, separadas por portas de correr.

Fomos para a salinha. Um tempinho depois chega apetrechos e mais apetrechos que não acabam, para o meu deleite!!! Para começar, o aparelho de fazer sukiyaki, depois a travessa gigante com legumes (couve flor, repolho, pimentão verde e vermelho, cebola, cenoura, shimeji e shiitake, ervilha e ervilha torta, nacos gigantes de manteiga e carne... muita carne!). Um jarro com o molho ponzu. Tigelas. Um tigela enorme de arroz. Um travessinha com rabanete ralado e cebolinha verde picada. Pronto. O garçom perguntou: "Vocês preparam ou querem que eu prepare?". Claro que a gente prepara! foi a minha resposta imediata.

Eu adoro a interação com a comida, em um restaurante. Me lembro que fui muito no Japão em um restaurante assim, que servia carne de búfala. Uma iguaria única e deliciosa, carne escura e muito macia. Poder grelhar e comer ali, no mesmo instante, é divino.

Como se pode ver nas fotos (que saíram meio escuras porque eu não tiro foto com flash!!!) derretemos a manteiga e jogamos os legumes e a carne que grelham, subindo um cheiro delicioso!!! Deixamos no ponto, legumes ainda crocantes, para mergulhar na tigela com molho ponzu e saborear junto com o arroz.

Mas foi fato: é muita comida para duas pessoas, ou para duas mulheres. Em mulheres, dá para servir até quatro. No entanto, eu e Sharleu comemos tudo!!! rs

Fato 2: cada vez mais me certifico da amizade que tenho com ela. É única, como cada um de nossos encontros. Já passamos por quase tudo nessa vida e podemos dizemos que a nossa amizade foi testada várias vezes. Desde outubro de 2004 essa garota está na minha vida com essa sensação única de familiaridade. Já conhecemos muito bem uma a outra e já conhecemos o pior lado uma da outra. Sharleu, para mim, é um misto complexo que eu nunca saberei descrever, mas uma coisa nós sabemos: sempre estaremos uma do lado da outra, não importa o que aconteça.

A noite dos extremos

Ontem à noite estive presente no debate de lançamento do livro De Cuba com carinho, na Livraria Cultura.

O encontro foi marcado cheio de zilhões de características. Uma plateia meio vazia, mas que contava com pessoas específicas, para falar de política -- o assunto que menos entendo -- para falar de Direitos Humanos, liberdade e literatura.

Eu gostei do que vi e o que ouvi. Uma demonstração interessante de democracia e expressão de liberdade, ainda mais depois de saber agora, pelo twitter da Yoani Sanchez e pelo site dela, as coisas pelas quais ela têm passado!

Nas fotos a seguir, algumas das pessoas presentes, que agora estão presentes em minha vida, durante o evento e após o evento. Faltaram várias... fica pra próxima!


Da esquerda para a diireita: Andreia, Camila, Lilian e Jaqueline


Diego Jock e Maurício


Eduardo Suplicy, Jaime Pinsky e Eugênio Bucci

Larissa e eu

Da esquerda, indo para a direita à trás
Larissa, eu, Denise Yumi, Lilian, Walter e Sharleu


***

Revendo estas imagens, fiquei pensando que aquela máxima de um dia de cada vez nunca foi tão forte como minha ideia moral de vida. As pessoas que reencontro, as histórias que ouço, os amigos novos que faço ou os velhos de revejo. O que você sabe que é velho e precisa ser descartado e o que é novo e deve ser reaproveitado.

Tive conversas deliciosas com Denise Yumi durante o jantar, principalmente depois de descobrirmos que líamos o mesmo livro! O_O Até lá, já tinha conversado com Lari e tentado humildemente explicar que... somos mulheres e precisamos ter tolerância conosco mesmas. Para terminar, caminhei um pouco com Sharleu por uma avenida Paulista morna, abafada... e as nossas conversas são sempre tão... nossas! Às vezes, não deixo de pensar como somos diferentes e como nossas diferenças nos tornam tão iguais. Eu amo a companhia dessa garota.

Yeah... it was a great night.

Eu e meus apelidos

Quem me conhece sabe que sou a garota dos apelidos. Tanto para dá-los como para ganhá-los.

Apelidos ganhados: minha mãe sagitariana é a campeã. Dela, eu tive: Crisântemo (que adaptei para a variação Crisantemus, sugerida pela Ju Simionato/Cachos); Cristo Redentor (que minha amiga Denise usa sempre como Christ Redeemer), Cristófoles (que ainda bem que ninguém usou).

Em geral, as pessoas me chamam muito de Cristo (confesso que meu lado leonino gosta desse "poder") e Crisantemus. Minha amiga NilceR criou um apelido incrível: Crisérbero (que virou meu endereço do gmail e que Sharlene pensou ser nome de suco (?!): trata-se de uma mistura de Cris com Cérbero (sim, o guardião de Hades, um dia conto essa história...).

Sharlene sempre me chama de Maru. Confesso que não gosto muito, mas vale. Priscila me chamava de Montanha Redonda (porque meu nome em japonês MARU (redondo, zero) YAMA (montanha) explicitamente sugere isso.

A Sônia uma vez criou algo que às vezes eu digito sem querer quando assino meu nome: Cros. Lembra da banda Kris Kross?

Também adoro dar apelidos. Não vou me lembrar de todos agora (dado meu DDA), mas lembro que Sharlene foi a campeã: Green tea, Sharleu (o que vale até agora, depois de nossa conversa sobre como as pessoas confundem o nome dela). Filha (para minha amiga Poliana, cuja história também é longa...). As pessoas vão sumindo da nossa vida e com elas os apelidos. Mas eu sou craque em dar apelidos -- que pegam!

Se algum dos meus leitores que me conhecem há mais tempo quiserem me lembrar de algum que eu tenha esquecido, be my guest!

Sharleu - 18 de maio

Hoje é aniversário de uma pessoa muito importante na minha vida: Sharlene Campanelli. Ela nasceu exatamente 2 meses antes de mim, neste dia 18 de maio. Aqui neste blog e neste post de hoje, quero prestar uma homenagem a ela.

Eu e Sharleu (apelido mais recente, dentre todos os que já atribuí a ela) temos uma história intensa e compridíssima. Não caberia em hipótese nenhuma contar esta história aqui, mas cabe contar como foi o nosso "reencontro".

Dentre todas as pessoas que já conheci, eu nunca tive uma afinidade inicial tão incrível como tive com ela. No nosso primeiro encontro -- nos idos de outubro de 2004, se não estiver enganada -- foram seis horas de conversa ininterrupta no Fran's Café da Haddock Lobo. No nosso segundo encontro, mais seis horas. Na Casa do Padeiro (devidamente corrigido... nada de Galeria dos Pães!), mais algumas longas horas. Dentre todas essas horas e todo o tempo que se seguiu adiante, pode ter certeza de que muita gente especulou muito, eu fiz demais, ela fez demais e no meio de toda essa bagunça, apenas uma única certeza permanecia: a gente não iria mais se separar, não sabíamos como, não importava como.

Muito tempo se passou, muito tempo mesmo. Fomos ao Pão com Manteiga, Sushi Guekko, Páteo da Luz, minha única visita ao Shopping Center Norte. Comemorei meu aniversário de 2005 com ela no Mestiço (se eu não estiver enganada no ano). Me lembro de ter lhe dado um livro de contos do Machado, um DVD do Nightwish, de ter ganho um CD da Lorenna MacKennitt. Fora os detalhes pequenos que se perdem ao longo dos anos. Afinal, desde que nos conhecemos até hoje são quase CINCO ANOS.

Nós duas temos um elo invisível que, certamente, nos une desde muitas vidas anteriores, muitas experiências anteriores. Conhecemos muito bem uma a outra, respeitamos o espaço da outra e compreendemos uma a outra. Meu maior e sincero desejo a ela neste dia tão importante de sua vida é que a gente cresça, cada vez mais, como amigas e como pessoas, pois este é o único propósito desta vida. Cada uma pode ter seu objetivo com metas específicas, mas como seres humanos, nosso único objetivo é evoluir.

Ela é a louca que eu mais quero perto e longe de mim, como tudo entre nós, que sempre foi paradoxal. Ela estava totalmente certa quando me disse um dia: "I can see the lights in the distance".

O signo de Touro

Hoje queria falar sobre o signo do mês (ou do intervalo que agora compreende este mês): Touro.


Primeiro signo de terra do Zodíaco, traz em si muitas peculiaridades que podem ser facilmente reconhecidas por quem convive mais de perto (ou mesmo sem conviver). Acho que as duas mais diretas são: glutonice e persistência quase teimosa (não chamo de teimosia!).


Uma típica pessoa de touro é quieta... tímida. Mas, se você souber puxar papo, vai perceber que ali está uma alguém muito carinhoso. Isso não quer dizer que você ganhou sua confiança, que pode demorar muito tempo a se firmar após o primeiro contato. Pode demorar como pode nunca vir totalmente. Depende do taurino em questão.


Como todos os signos de terra, são muito confiáveis. Mas são birrentos. E a mania enrustida de querer tudo ao seu jeito, que causa a famosa “teimosia”. Para os típicos taurinos, tudo tem um tempo, não importa quanto leve, desde que seja feito, sem pressa (virginianos e capricornianos encontrarão um forte eco de reconhecimento nesta frase). Apresse um taurino e você verá como é uma pessoa sob uma mega pressão! Os menos experientes simplesmente surtam. Mas, é óbvio que você não verá seu surto. Por dentro (mais especificamente, dentro de seu complexo cérebro), tudo estará a ponto de explodir e ele não consegue compreender por que as coisas têm de ser assim. Acho que por isso que, com geminianos, são campeões da dor de cabeça e dor nas costas.


***


Eu tive o privilégio de conhecer e conviver com muitos taurinos. Muitos mesmo. Mas, sendo sincera (e pedindo compreensão aos meus amigos taurinos que visitam este blog), não é o meu signo favorito de convívio, embora conviva muitíssimo bem. Minha relação com touro sempre muito boa, pois eles sabem respeitar o espaço alheio – característica que eu prezo demais em uma pessoa.


Este mês muitos amigos meus farão (ou já fizeram) aniversário. Embora a maior parte deles nem visite ou até saiba da existência deste blog, farei uma homenagem. Taurinos que sempre me vêm à cabeça quando penso nesse signo: Enrico, Sérgio, Ana Lúcia, Cachinhos, Kendy (meu tio), Sharleu (minha querida Sharlene), Walter, Rodrigo, Fernando, Larissa, Eda, Valéria, mães, maridos, sobrinhos, amigos e filhos de muitas pessoas conhecidas.


Porém.... falei e falei sobre touro. Quem lê este blog já sabe que NUNCA podemos generalizar um signo, regra de ouro número 1 em Astrologia. E para explicar melhor isso, darei como exemplo a taurina que, decerto, foi a mais importante (e ainda é) em minha vida: Sharlene. Dois minutos de conversa com ela e você pode cair de amores ou de antipatia. Não é porque ela é taurina. Mas é porque é uma taurina totalmente fora dos padrões.


É isso. Falarei mais de Sharleu (apelido particular meu, dentre os incontáveis que já dei) no dia do seu aniversário, daqui a 10 dias.


Mulheres... mulheres de 30

Ao longo de toda a minha existência, sempre tive uma característica que foi se desenvolvendo com o passar dos anos: observação. Como já disse antes por aqui, como sempre fui muito tímida e na infância e adolescência sofri com o preconceito pelo fato de ser japa (acreditem!), fiquei reclusa. Nessas horas, nunca briguei. Nunca enfrentei. Não é do meu feitio fazer isso. Por outro lado, esta circunstânc ia exterior fez com que eu desenvolvesse um olhar extremamente apurado sobre o ser humano e sobre todas as coisas ao meu redor.

Sou desconfiadíssima ao último grau. Mas sou aberta a todas novas possibilidades. O que as pessoas nunca souberam diferenciar em mim é se minha simpatia é porque sou simpática ou porque sou dissimulada. Talvez seja um pouco dos dois, devido aos Gêmeos no meu mapa astral. Mas fato é que é impossível uma canceriana com ascendente em peixes não ser simpática. Agora, ser amiga dela... são outros muitos quinhentos! Aí, entra a dissimulação para agradar tanto meu lado simpático quanto meu lado reservado.

Complexo... mas sou do sexo feminino e complexidade é algo inerente às seres humanas regidas pelos estrógenos.

Teve uma época -- e me lembro de ter compartilhado isso com Sharleu -- em que fiz um relatório de como classificar as mulheres para relacionamentos. Vou dar um panorama geral.

15-23 anos: São inocentes, ingênuas, esperançosas e dispostas a tudo. Acreditam em amores eternos e fazem de tudo para manter esse amor. Não têm medo de arriscar. Não têm medo de perder. Vivem com os hormônios e a coragem à flor da pele!

24-28 anos: Já passaram por algumas situações como término de um namoro, traição (seja traindo ou sendo traída), mas ainda alimentam a esperança do encontro de um amor que seja melhor que o anterior e que, de preferência, seja eterno pois ainda têm esperança de que o conto de fadas é possível de realizar. Mas, são temerosas, dão passos progressivos mas extremamente cautelosos.

29-32 anos: Ah! Que medo das mulheres dessa idade! Elas podem ser qualquer coisa, mas em geral, já passaram por uns dois relacionamentos frustrados. Claro, frutos de expectativas inocentes postas em excesso. Mas, tudo bem. Agora essas mulheres sabem o que querem e não têm medo de ficarem sozinhas, se for o caso. São muito exigentes. E são cheias de implicâncias, porque querem as coisas ao seu modo. Estão em crise. Podem ser mil personagens em um mesmo dia. Querem tudo e não querem nada. Têm ataques de risos e ataques existenciais.

33-40 anos: Mulheres radicais. Podem ter vivido uma vida tranquila e estarem bem consigo mesmas e com o mundo ou terem sofrido o cão e estarem totalmente fechadas. Não se esqueçam que estou falando de mulheres em relacionamentos. Se eles estiverem bem, não farão da vida dos seus próximos um inferno, principalmente se já tiverem tido um filho. Mas, se não tiverem tido (ou tendo) um relacionamento bacana... poderão estar amargas e despejando bile por aí. Se tiverem vivido o que a sua intuição mandou, estarão bem-resolvidas consigo mesmas. Se estiverem fazendo algo de que gostem, estarão sorrindo. Senão...

41-55 anos: Segunda crise da vida. Poucas pessoas sabem que o segredo básico de um momento de crise não é desperar-se, mas fazer aquilo que o seu mais íntimo lhe manda fazer. Ninguém mais. Nem namorado/a, nem filho/a, nem família, nem amigos. A mulher nesta fase não faz muita questão de ficar ensinando às mais jovens os pequenos segredos de uma vida mais facilitada. E tudo está mais do que consolidado. Se foi uma mulher que viveu uma vida plena, de acordo com seus desejos, estará bem. Senão (que é o que acontece em sua maioria, infelizmente), será uma reclamona daquilo que viveu e não deu certo, do que deveria ter feito e nunca teve coragem de fazer. Olham mais do que desconfiadas para tudo, principalmente para as/os jovens de 15-23 por quem podem se encantar ou ter asco.

55-adiante: Não muda mais. Quer dizer... a ninguém deve se dizer que não muda mais. Mas... se depois de duas crises os verdadeiros rumos não foram seguidos, acho improvável que haja uma reviravolta depois de tantos anos. Claro, as pessoas surpreendem, mas esses espécimes são raros. O ideal é que as pessoas com mais idade sejam nossos guias orientadores, depois de terem vivido uma vida bem-resolvida. Mas, confesso que vi poucos casos pessoalmente. Em geral, as mulheres e os homens tornam-se rígidos, cheios de sermão (quando ranzinzas). Alguns podem se tornar vovós legais. Alguns podem seguir seus dias já sem lembrarem quem são...

*****

As mulheres são uma criatura interessante, ambígua e paradoxal por natureza. Mas sem ser dissimulada, como meu autocoloquei acima. Cada ser humano é único. Com inúmeras chances a serem exploradas. No entanto... o ser humano se acomoda com o tempo. Gruda-se em muletas virtuais que podem ser desde um vício a uma quase depressão que o impede de ser ele mesmo e de se aprimorar e evoluir. Sempre achamos que certas coisas podem ser resolvidas depois... depois... e quando vamos ver, passou-se tempo depois. Em alguns casos, tanto tempo que é praticamente impossível reverter. Principalmente quando tiver outras pessoas envolvidas. Aí, a falta de ação misturada à covardia gera culpa e ranzice.

Estou agora com 31 anos. Me enquadro praticamente em todas as qualificações que observei em outras mulheres. Mas, eu faço constantemente escolhas para trocar de pele e para renascer em mim mesma. Acho que uma das melhores coisas que podemos fazer como seres humanos é mudar. Aquele que estagna está morto para si mesmo. Triste dizer, mas algo digno de pena e tristeza profunda.