Clique

Mostrando postagens com marcador Crisantemus Sincerita Polemicus. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Crisantemus Sincerita Polemicus. Mostrar todas as postagens

A palavra de ordem do momento: humildade

Lá se vão quase seis meses desde a última postagem decente deste blogue. Em mais de um ano, poucas postagens: e, na maior parte delas, textos tristes. Até surgiu um leitor anônimo me dando esporro me mandando voltar à vida! (ou algo do gênero) rs

Mas não vou aqui escrever sobre o passado. Nem vou comentar sobre as grandes mudanças no cenário político nacional e mundial. Tampouco falarei das desgraças mundo agora, de maior ou menor tamanho, que devastam, matam e transformam cenários naturais.

Também não vou falar das pessoas e das relações humanas! Ah! Este sempre o maior ingrediente de minhas maiores reflexões.

Em fevereiro deste ano eu tive um sonho. Bizarro: sonhava que estava em um local aberto, na cidade. Estava caminhando quando de repente olhei para o alto e vi um avião em queda em minha direção. Não daria tempo de correr, eu senti a morte iminente. Mas corri, como todos fazem em seu último movimento de salvação. Corri. E adiante havia uma ponte. Fui para debaixo dela e, miraculosamente, ela amorteceu a queda do avião. Foi feio mas eu me salvei. Lembro que foi um sonho muito forte, nítido.

Postei esse sonho no facebook e algumas pessoas comentaram. Uma delas fez um comentário interessante que, na época, não teve a importância reconhecida que teve quando reli ontem. Foi impactante. Porque parecia prever algo que aconteceria com a minha vida nos meses subsequentes.

Reviravolta, guinada: eis a síntese do sonho. E, apesar do caos, eu me reergueria porque eu sobrevivi.

Os últimos meses têm sido de profundas reflexões. Um mergulho no meu silêncio solitário e vazio. Apenas pouquíssimas pessoas presentes. Desta vez, escolhi fazer diferente. Quer dizer, acho estar fazendo diferente. E espero, honestamente, resultados diferentes.

HUMILDADE tem sido a palavra e o mantra. Humildade para aprender a conviver com o seu velho e o seu novo eu. O velho que ainda reside firme e presente, com suas cicatrizes e seus defeitos. O novo cheio de ímpeto e ansiedade. Humildade para aceitar o que pode ser mudado e humildade para conviver com o que nunca deixará de ser seu.

Ando pensando em tanta coisa... mas tenho focado meus pensamentos nessa simples palavra: humildade. A consciência da própria limitação. Essa consciência não quer dizer que não há reconhecimento das virtudes, ao contrário. 

Quero me despir do velho em todos os sentidos. Aprender. E recomeçar outra vez, evitando cometer os erros do passado. Penso que esta é a melhor forma de honrar o título de "ser humano". Não ser seduzida pelas ilusões ao ego. Ser sempre guiada, com equilíbrio, pelo seu santuário interno.

Espero voltar a escrever com mais frequência, porque escrever é, de fato, uma das coisas mais importantes para mim.

Retrospectiva 2013

É!
Mais um ano está acabando.
Mermão-mano-brown: quantas coisas aconteceram.

Eu escrevi e reescrevi trocentos posts. Refleti e re-refleti muitas vezes. E cheguei à simples conclusão de que o mais fácil seria isso que direi agora.

É um imenso desafio, nesta vida no planeta Terra, sermos nós mesmos de verdade!!! Não podemos ser.
Porque nós PENSAMOS que somos quem devemos ser. Mas, na verdade, somos uma fração mixuruca de um imensa ilusão que vivemos e que não temos um milésimo de consciência.

Somos todos um grande panelão de sopa insípida vivendo como sapos sendo cozidos lentamente em banho-maria!

***

Primeiro desabafo... ah! :)

Outra coisa, este foi um ano de imensas decepções. Pessoas me decepcionaram em diversos níveis. Ouvi coisas que não esperava ouvir e vivenciei coisas que não esperava vivenciar. Como assim?

O mais engraçado foi viver tudo isso em um período no qual decidi ser mais receptiva, mais aberta, menos exigente, menos intransigente, menos chata, e com MUITO-MUITO menos expectativa.

E, como brincadeira, parece que as coisas se revertem de maneira misteriosa. Pois a partir do momento que decidi aceitar, digamos que as coisas aconteceram da pior forma oposta. Talvez seja um resgate cármico? Talvez seja uma lei da atração. Sei lá.

"SEI LÁ" é uma expressão que tenho usado com frequência.

Porque as pessoas não dizem isso explicitamente, porque é mal-educado e politicamente incorreto, mas ninguém tá nem aí pra vc. Uns mais, outros menos, mas eis uma realidade chocante. Por isso — e talvez por isso — seja mais fácil viver em negação. Viver apenas sob efeito de álcool, fumo e outras drogas ilusórias. Dãã... é bem mais fácil sobreviver assim, né?

Eu não fumo, não bebo, não me drogo e sou viciada em chocolate. É muito difícil viver cordialmente num mundo como o nosso. Bem, seria difícil viver em qualquer época sendo como eu sou.

E eis que me veio uma claridade, assim, repentina. Eu preciso voltar a ser quem eu sou. Porque o nosso mundo atual demanda altas e específicas regras para viver em sociedade. O "senso comum" varia muito de acordo com o seu contexto social, mas em geral, as regras costumam ser as mesmas.

Então, estou reassumindo ser eu mesma outra vez. Não era antes? Sempre fui, na realidade. Mas a gente se adapta para ser aceito, né? A gente faz pequenas escolhas achando que, no final, a conta será amena. Não é verdade. A CONTA CHEGA.

***
Estou me sentindo imensamente sozinha!
Eu achava que tinha amigos.
Na verdade, acho que os tenho. Mas eles estão ocupados demais com suas próprias vidas. 
Aí, como disse a Ana, precisamos pagar alguém para nos ouvir e, se possível, nos ajudar com um ouvido, uma orientação, até um conselho. Ana, que merda, isso. Estamos cercadas de tecnologia mas estão todos conversando SUPERFICIALMENTE entre si através de um smartphone. Fingindo alegria postando cards de autoajuda no facebook e no instagram, mas podres e vazios por dentro. Desesperados por um abraço. Ou, como eu, apenas querendo conhecer pessoas novas e trocar ideias. As pessoas não querem trocar ideias, Ana. As pessoas querem subir nos palanques e iludir seus seguidores.

Algumas pessoas resistem à agrura dos tempos modernos, cheios de velocidade. Jana, sempre a minha melhor amiga. Denise Y., minha amiga há mais de dez anos. Maria Helena. Cláudia B. Ana P. Enes, que só vi uma vez este ano, mas com quem divido um cumplicidade única.

(post editado) -- esqueci de incluir a minha "filha" Poliana e a querida Ju Simionato! Como pude?!

***

Abandonei muita coisa e muitas atitudes viciosas este ano. C*r*lho, como fez bem!!!

***

Acho que vem mais desabafos. OU NÃO.
Seja o que tiver de ser. Por enquanto, é isso.

Às vésperas da primavera

O inverno praticamente já se foi. Os ares da primavera, vindos com a chegada do sol em virgem, estão trazendo novas perspectivas.

Estou vivendo dias totalmente inéditos! A sensação -- e a realidade! -- de ter uma nova chance de fazer diferente, de errar diferente, de ser diferente! DE SER EU MESMA cada vez mais!

No entanto... confesso: sou intensa. Sou muito intensa. Intensa no sentido de tudo ser questionado. Intensa de tudo ser analisado. Nada passa despercebido. E, se passou, é para o bem da minha sanidade mental! É uma escolha deliberadíssima!

As pessoas continuam estranhas... muito estranhas. Pro bem ou pro mal, continuo tendo uma relação de amor e ódio com o ser humano. Esses dois sentimentos... graus diferentes do mesmo princípio. Eu continuo tentando entender o ininteligível, continuo tentando captar o invisível, caminho na tangente insana da serenidade. Vou do passado ao futuro em milissegundos. Imagino, verto, cuspo, injeto nas veias outra vez.

Hoje pensei que escreveria um poema. Há anos não tenho versos no cérebro, mas hoje, diante da falta de prosa, a poesia pareceu querer ressurgir. Virá algo? Quem sabe?

Não gosto da mesmice. Não gosto das palavras iguais e, pior, atitudes iguais: sempre o mesmo "ser-e-estar". As pessoas têm medo de ousar!!! Por que? Você saberia me dizer por que? As pessoas preferem ser o insosso-vulgar-arroz-com-feijão. Eu nunca fui a rainha da ousadia mas também não sou a bela estátua de princesinha conservadora mas pousando de moderninha. A moda (de ser e de atitudes) agora está bem chata nesse sentido!!!

Na falta de amigos novos -- porque, por Deus, é uma dureza conseguir fazer amigos novos!!! -- voltarei a algumas amigas que me amam incondicionalmente, que viram o meu pior e o meu melhor e estão ainda, perto ou longe, comigo. Isso é uma dádiva. E fico feliz em saber que não preciso de facebook ou twitter para encontrar, ter e manter amigos!! THANKS GOD.

Minha mente está a mil, meu coração acelerado. Meus desejos, intensos... e minha voz... silente. Não vou dizer que gosto de ficar calada porém tenho uma regra que aprendi a custo de muita dor, lágrimas e sangue: "não tem o que falar? Sorria, abaixe a cabeça e cale a boca!".

E é isso. Sem celular, sem mídias sociais. Cara, isso não faz falta nenhuma na nossa vida!!!

O que é ser fã?

AVISO: este é um LONGO post. Não consegui resumir o assunto... precisava abordar tudo que escrevi aqui. Mas, sugiro: leia tudo até o fim.

Acredito que muitos que lerem este post não vão gostar do que lerão aqui. Ou, talvez, não concordem minhas palavras, preferindo um outro ponto de vista. Ou, até concordem, mas com ressalvas. A questão maior que me fez escrever este post é uma sensação que me acompanha desde outubro de 2010, enquanto estava aguardando o show da Isabella Taviani começar, no Tom Jazz.

Coincidiu naquele dia de eu ir sozinha assistir ao show. Comprei a mesa mais perto do palco, estava vazia. O que eu não previ é que se sentariam ali quatro pessoas estranhas, algo totalmente inimaginado, ainda mais num show de IT.

Me empolguei pelo fato de estarem quatro estranhas ali e comecei a puxar assunto, afinal, se as pessoas estavam ali era por algo em comum. Foi uma conversa simples e agradável até cair no assunto camarim. Uma das pessoas, uma mulher de mais de 50 anos, tímida, disse que nunca tinha tirado uma foto com a Isabella, nem autógrafo, nem nada. E eu incitei-a ficar depois do show para fazer isso. Ela não quis. Foi tácita na afirmação: "Eu fui a todos os shows dela aqui em São Paulo e isso me basta, não tenho vontade de tirar foto com ela, não por ela, mas não gosto disso."

Mal sabe essa mulher o tamanho da semente que ela plantou na minha cabeça ao afirmar isso...

Primeiro que, naquela época, não achei que uma afirmação assim fosse possível. Como assim? Você vai a todos os shows do seu artista favorito e não tem vontade de ficar mais perto dele para uma foto ou um eventual abraço? Como assim?

Pois bem, façamos uma pausa.

Recentemente, a própria Isabella teve um problema com camarim no show de lançamento do seu novo cd, aqui em Sampa. E mais uma vez, me vi diante da mesma situação que se prostrava diante de mim, porém na outra ponta extrema. E isso me incomodou muito, muito! Porque me lembrou aquela mulher, de dois anos atrás, no show do Tom Jazz.

Nesse meio tempo, lembro de ter discutido com a Cláudia Bertrani sobre o que é esse frisson em cima do artista. Consumimos o artista ou a sua arte? E lembro que não chegamos a um senso comum.

Voltemos para o tempo de agora.

Cenário, show no belíssimo teatro de Niterói, da mesma Isabella Taviani (obviamente, uso-a como exemplo, porque é a artista de quem mais sou fã -- talvez a única artista -- aqui no Brasil). A mesma fila do camarim. Senti um cansaço de quem está farto de ver os mesmos cenários se repetirem com uma certa insistência. Fiquei observando. Aliás, ser observadora é uma de minhas maiores características. Fiquei observando. O antes, o durante e o pós-show. No domingo, a cantora estava cansada, mas mesmo assim -- e imagino, temendo a represália que foi no show em Sampa --, atendeu a 30 pessoas, eu incluída. Naquele exato instante, comecei a não ver sentido em um MONTE de coisas.

Conversando com a minha irmã, ela me fez uma pergunta simples que eu não soube responder: "Se você já tem uma foto com o seu artista favorito, um autógrafo, por que precisa fazer isso em TODOS os shows?". O fã é fanático, certo, as palavras têm a mesma raiz. Essa é a única explicação.

Agora, analisando todos esses dados na minha cabeça, vou falar sobre o que é ser fã. Para mim, ser fã é ser -- acima de tudo -- fiel. Você é fiel ao seu artista, mesmo que ele comece a cantar um gênero que você não gosta, que inove tanto a ponto de ficar irreconhecível em um álbum. Ser fã é acompanhar o artista em tudo o que ele faz. É também ser crítico quando ele faz algo horroroso. É defendê-lo quando vierem falar mal, ainda mais sem argumentos (que é o que acontece). E o principal, ser fã é RESPEITAR o artista. Criticar, sim. Respeitar, sempre. E é nesse ponto que quero falar a respeito.

Quando um fã desrespeita o artista, para mim, não é mais fã. E o que é "desrespeitá-lo"? É fazer isso: principalmente xingá-lo porque ele não pode abrir o camarim. É exigir que, mesmo em condições pessoais não boas, o artista abra o camarim. Estou vendo isso com uma frequência cada vez mais em relação a IT o que me faz temer que chegue o momento em que ela não atenda mais ninguém. E isso NINGUÉM quer que aconteça, certo?

Outra coisa que me incomoda muito é fã que quer privilégios. TODOS OS FÃS SÃO IGUAIS. Não precisa haver estatuto que determine isso, porque se trata de bom senso. Todos pagam o mesmo valor pelo ingresso, todos compram o mesmo cd, todos gastam a mesma quantia e todos (uns mais, outros menos) fazem seus sacrifícios para poder estar presente num show. Então, por que privilégios? Não é o artista quem determina os privilégios -- porque pressuponho que para ele, todos somos iguais. É o fã que se autodetermina especial. E isso, cansei de ver em TODOS os shows dela que fui.

Okay, estou me baseando apenas em uma cantora para supostamente generalizar um assunto. Não estou generalizando, embora pense que essa regra valha para todos os fãs de todos os segmentos. Basta parar, analisar e concluir.

Eu -- como fã de Isabella Taviani -- tenho respeito pela artista. Consumo a sua arte e consumo a artista como nunca fiz com nenhum outro ídolo antes (talvez o Bon Jovi seja o mais próximo disso, pois considero meu amor pelos dois no mesmo patamar). EU RESPEITO a artista e RESPEITO outros fãs, porque não sou a melhor, não sou a única. Tenho o privilégio de morar em São Paulo e transitar frequentemente pelo eixo Rio-SP, o que me permite estar perto dela várias vezes ao longo de um ano. Já tirei muitas fotos com ela. Já senti a frustração de não poder dar o abraço no fim de um show. Fico na fila, como todos, esperando a minha vez de ser atendida. Não quero privilégios, não quero pulseiras vip. Não deu, não deu. Paciência. Não faço fofoca da vida pessoal dela, por mais que até saiba de algumas coisas que muita gente não sabe. Pra quê? Pra me mostrar mais? Não. Não quero e não preciso de nada disso.

Eu determinei um "estilo" de fã quando comecei a segui-la. E confesso que me inspirei muito na minha Xará Barufi: discrição sempre presente. Não sou de gritar, de me descabelar e de chorar ou exigir toalhas ou palhetas (meu sonho é ter uma palheta, quem sabe?). Sou participativa e faço a máxima divulgação que eu puder fazer. Não na hora que convém, mas sempre! Tiro fotos, faço vídeos, escrevo neste blogue. Não faço para chamar a atenção para mim mesma. Faço porque esse é o meu estilo de ser fã.


Falei tudo isso nunca com a intenção de julgar alguém em específico ou um grupo específico ou qualquer coisa do gênero. QUE ISSO FIQUE BEM CLARO. Falei porque tenho um ponto de vista e tenho o direito de expressá-lo. Não estou impondo a minha forma de pensar, apenas expondo-a.

A ideia final é deixar isso para cada um de vocês que chegou até o final deste post: você é o fã que respeita ou não o artista? Você é o fã que respeita outros fãs ou quer privilégios para você?

Agradecimentos especiais a aquela mulher que vi só naquela vez no Tom Jazz, a Cláudia Bertrani, a minha irmã e a Cris Barufi: graças as nossas conversas, surgiu este post. 

Crisantemus: o retorno

Muito tempo de silêncio... e eu já nem sabia mais o porquê. Talvez, sim, soubesse que precisava me calar para  ouvir a voz interior. O velho papo de sempre. Papo PERFEITO, aliás.

Nesse meio tempo, algumas pouquíssimas pessoas souberam me compreender. Não porque eu exigisse alguma compreensão.. mas você percebe quando a água suja decanta. Eu era uma água suja que, decantada, vem aqui comentar a amizade sincera desse momento específico que passei.

Claudia Bertrani, Maria Helena, Barufi, Fafá Barbalho... Jana -- sempre! Essa fase foi mais agradável porque vocês estiveram presentes... obrigada.

E pensando em novos posts.. aguardem!

E que o outono traga temperaturas mais amenas!

Começos, fins, ciúmes, inveja e hipocrisia

De volta a São Paulo! Minha amada terra natal. Mas, confesso, solenemente, estou morrendo... mor-ren-do de saudades do Rio de Janeiro. Minha segunda terra que aprendi a amar... sol, calor, cariocas, paisagens belíssimas, amigos. Tudo. Voltei com a promessa de retornar em breve!!!

Os últimos quinze dias da minha vida (entre o fim do ano passado e o começo deste) foram muito intensos!  Eu quis isso para mim. Quis esse presente. Quis o novo, o inusitado, o imprevisto, o louco, o insano, o diferente! Quis voar, quis viver. Quis SER EU MESMA! E consegui, acho. Consegui colocar um mais para fora toda essa coisa "intensa e louca" que eu sou.

Por outro lado, muitas coisas vieram à tona. Como disse minha querida IT uns dias atrás, "merda boia" e eu vi muita coisa boiando!  Não chegou a ser surpreendente mas mesmo assim causa surpresa. Primeiro, a inveja e o ciúme generalizado e com alvo em mim. Não importam os motivos ou a origem. Apenas que aconteceu. Uma vida pública tem seu preço e estou pagando os meus, mesmo injustamente. Porém, a todas essas pessoas, apenas digo: sinto muito, para a tristeza de cada um de vocês, não vou mudar um milímetro do que eu sou. :)

E, também, mais uma vez, vi a corda estourando para o meu lado. Acho engraçado que em todas as vezes que a cobra tá quase fumando, as pessoas descambam para cima de mim. Tudo bem. Que se crie coragem para tomar verdadeiras atitudes para romper com ilusões reais da vida. Se o primeiro passo é começando comigo, que assim seja! Seja feliz, apenas. Essas pessoas merecem. E eu também mereço!

Para finalizar, apenas queria dizer que a hipocrisia tem batido forte à minha porta. E eu me pego pensando no que se passa na cabeça das pessoas que se dizem "tão equilibradas, justas, corretas e amigas" e vociferam "que eu sou maluca, intensa, insana". Bom, acho que o único comentário a se fazer é o seguinte: enquanto uns escondem e julgam os outros, outros apenas fazer aquilo que acham que devem fazer. :)

Mais uma vez, feliz 2012 para cada um de vocês. Que este ano façamos diferente!!! Ousemos!!! Com coragem, lealdade, verdade, humildade. E sendo quem devemos ser, sempre.

Retrospectiva 1 - Um pouco de paz

Não vou escrever nenhuma frase clichê. Não agora, não neste momento.

Finalmente, sinto que estou perto de sentir uma paz que busquei este ANO INTEIRO. Busquei essa paz em tantos lugares... em tantos relacionamentos. E ela sempre esteve aqui dentro, ó, o tempo todo!

Terminei um relacionamento de mais de três anos e nunca comentei isso aqui. Mas doeu cada milímetro do meu corpo. Todo processo de término é um expurgo. E, atualmente, ela é minha melhor amiga. Afirmo isso sem titubear. Somos amigas de alma e já conhecemos todos os nossos podres e os aceitamos.

Várias amizades se foram. E durante muito tempo eu me martirizei pensando nos motivos de longas amizades (duas delas com quase 7 anos) terem se esgotado. De quem seria a culpa, se é que existem culpados? E eu percebi que a vida é assim, de uma sabedoria única que mesmo depois de muito tempo passado, você ainda vai se pegar compreendendo coisas que nunca pensou que compreenderia. Descobri que ainda tenho umas feridas dessas duas amizades para curar -- feridas que pensei já cicatrizadas, não! -- e eu tô aqui, pacientemente cuidando disso.

Paguei um alto preço por algumas outras escolhas. E com todo o meu orgulho subjugado, fiquei de joelhos para mim mesma para tentar enxergar tantas coisas. Você pensa que aprendeu tantas lições. Mas é apenas passando pelo mesmo teste incontáveis vezes é que terá absoluta certeza disso.

Aí, quando menos esperava, me vi diante de alguém que considerei tão sublime... e me coloquei debaixo do tapete, esquecendo de prestar atenção em mim mesma: outra vez. Nunca tive dificuldade em amar, em permitir as emoções preencherem o meu corpo: sou assim, sou intensa e passional, nunca neguei. Reneguei os sinais gritantes, pedindo para eu mudar a rota da estrada. Não dei atenção a nenhum deles. Eu nunca ouvi muitos conselhos, sempre preferi fazer aquilo que achava que devia fazer. Isso também tem seu preço.

Já me disseram que eu vivo as coisas sozinha: por mim e pelo outro. Já me disseram que eu só ouço o que eu quero ouvir. Já me disseram que sou apressada. Já me deixaram esperando... sem uma única resposta. E já me deixaram sangrando, sem uma única ajuda ou um band-aidezinho sequer. Já viraram as costas e me trocaram por qualquer coisa insignificante, apenas para eu ter o gosto de me sentir desprezada.

E tem mais coisinhas... mas agora apenas prefiro pensar no seguinte, com muito amor e paz no coração: obrigada por cada uma das lições -- mais ou menos duras -- a que submetida. Para aprender um pouco mais sobre mim mesma. Para eu ter certeza absoluta do que quero a seguir. Para visualizar a mulher que queira o mesmo que eu. Para sentir esta paz que agora sinto, mesmo depois de todo este ano turbulento que tive. É assim!!!

Não tenho orgulho de exibir essas feridas e cicatrizes ainda frescas. Mas fico feliz e em paz por saber que, ao menos, estou continuamente lutando para não fugir de mim mesma, para não me deixar escondida embaixo do tapete, para aprender mais um pouco, para me tornar cada vez mais aquela que sou e que nasci para ser!

:)

Os verdadeiros sentimentos

Hoje tive acesso a uma imensa torrente de sentimentos novos. E no meio de tanta coisa sublime, bela e pura, pensei no meu dia a dia. E, confesso, que tive muita vergonha das coisas que senti e que acabavam me entristecendo. Estamos presos a um círculo vicioso de ilusão de ganho e perda, de regojizo e desdém que nos deixa simplesmente cegos para a percepção das coisas mais simples.

Percebi que as perdas imensas que tive este ano, na verdade, foram ganhos. As pessoas que se foram, se foram porque era hora de ir, porque o adeus não é sinônimo de derrota, mas, sim, de um delicado equilíbrio que nem sempre é possível de ser compreendido na hora. Às vezes, perder é ganhar.

Percebi que há ainda algumas pessoas que eu não sei o que estão exatamente fazendo na minha vida. E eu percebi que não posso determinar quem fica e quem vai, eu simplesmente não tenho esse poder, mesmo em se tratando de minha vida. Eu percebi que -- nunca em toda a minha vida -- eu tenho escutado "não" de determinadas pessoas. E eu percebi que a vida -- pulsante, rica, pura, viva -- me diz "sim" o tempo todo! Me agracia o tempo todo com dádivas, algumas imperceptíveis, outras gigantes... me dizendo sim, sim, sim, o tempo todo! E aí, queridos leitores, eu me pergunto: a quem devo ouvir? Aos nãos dos seres humanos ou ao sim da vida?

A escolha parece fácil e óbvia, mas já caí nessa cilada várias vezes. Não há escolha a ser feita, nesse caso. Porque eu hoje eu percebi que -- de fato -- as coisas apenas acontecem com quem está preparado para vivê-las. E, se eu vivi tudo o que eu vivi este ano (e, de certa forma, ainda estou vivendo) é porque sou capaz de enfrentar cada um desses desafios com maturidade, transparência, coragem, esperança, sabedoria.

Pois não é fácil viver... não é facil encarar o caos diário. E é mais difícil ainda se estivermos acompanhados de solidão, desconfiança e tristeza. No entanto, HOJE eu descobri que por mais que esteja fisicamente sós, nunca estamos solitários de verdade.  E aquelas pessoas que mais te dizem "não" são as que mais esperam aceitação. Dizer "não" para outrem é uma forma de suposto poder e controle de si mesmas que estão longe de ter.

E a vida que apenas diz "sim" para mim... eu apenas a abraço sem medo nenhum de aceitar o que tiver por vir. Quero viver! Quero aprender! Não quero NUNCA ter medo de ser quem eu sou. Não quero NUNCA me arrepender das coisas que fiz porque acreditei que eram as coisas que deveriam ser feitas naquele momento. Não quero NUNCA ter medo de tentar. Não quero NUNCA dizer que nunca tentei. Eu digo sim para a vida que me diz sim o tempo todo!

A rapidez de um segundo

Qual o real sentido da palavra "intensidade"?

Qual a velocidade de mudança de um segundo?

Ainda no compasso dessas transformações tão inexoráveis que vêm ocorrendo na minha vida, eu tenho escolhido a minha capacidade de imaginação para me transportar de volta às minhas próprias lembranças. Talvez, elas não sejam como realmente aconteceram... E,com certeza, eu estarei perdendo os detalhes seletivos da memória... mas que importa? A alegria e a doçura serão ainda mais saborosas.

Eu sinto falta das texturas do tempo. Sinto falta da poesia que se desalojou de mim. Me imbuí de tanta racionalidade capricorniana e caminhei no extremo de uma extremidade de mim mesma... que me perdi na racionalidade que nunca foi minha, mas emprestada.

Me perdi e me achei nessa senda. Me escondi atrás da minha água congelada. Mas, essa mesma água que vive em mim, está me trazendo de volta à vida. Não sou perdedora nem vencedora... apenas uma eterna lutadora.

Qual a pergunta que nunca me fizeram? Aquilo que sou. No mesmo instante dos ventos incontroláveis, a calmaria. No mesmo instante da tempestade, um vulcão em brasa. Os paradoxos, os extremos opostos, o agridoce nos lábios. Aquilo que tudo que eu sempre serei: um pouco além daquilo imaginado. Um pouco menos do que deveria ser. Aquela que sempre fui e serei.

Comentários gerais e aleatórios

O tempo agora está com um gosto estranho de ritmo geral e apressado. Assim como estes comentários que farei a seguir, sobre algumas coisas que vi ultimamente.

O aniversário do meu blogue está aí... e acho que, como muitas algumas das poucas sugestões que recebi, farei um prosaico blançao geral das coisas. Agrada a todo mundo e agrada a mim. Um layout novo fica pra quando eu tiver paciência.... porque confesso que gosto demais desse pretinho básico onde simplesmente jogo as cores em cima. 

Numa segunda-feira de carnaval, torno a ouvir uma música que sempre me deixa leve e feliz, mesmo com uma letra triste: Nightwish com Forever yours. Sempre que ouço essa música, sinto saudade de um momento específico da minha vida. E sinto saudade de mim mesma. E sinto fazendo mais parte de mim mesma.

O último post gerou alguns comentários que farei aqui de maneira.... geral e aleatória. Como o título deste post. E como a minha atual vontade de me manter em absoluto silêncio. Faz algum tempo que tenho desejado o silêncio e desde esse tempo tenho brigado para não me isolar mais ainda em minha já isolada solidão. Vontade de fazer poesia, ouvir música e ficar vendo o sol se pôr...

Os textos deste blogue não foram forjados a ferro, fogo e sangue. Eles vem num fluxo contínuo... o pensamento acerca de um texto fica dias dentro da minha cabeça. Um dia, um segundo: eu quero ele pronto, naquela hora, com uma ânsia única. Ultimamente, o silêncio predomina em mim. Talvez, por isso, os textos saiam mais intensos, nas poucas vezes que saem. As palavras ficam mais escolhidas e a manipulação sobre elas, também.

Tenham certeza apenas de uma coisa: falo muito de mim? Sim, falo. Mas nunca falarei o suficiente para alguém me conhecer e dizer que me conhece. Mistério velado? Não, apenas o meu jeito de ser. Não quero fazer máscaras com ninguém, mas poucas pessoas de verdade me conheceram como deveriam me conhecer. E dessas poucas pessoas, apenas algumas sobreviveram para continuarem ao meu lado. O lado "Crisantemus Sincerita Polemicus" fica a cargo de sua imaginação. O resto que tenho por trás de tudo isso me parece como licença poética: cada um tem o direito ter a sua própria.

***

Recentemente li um livro que me fez intensamente achar uma palavra que o sintetizasse. Nem sou dessas coisas, mas me pareceu importante. Daí concluí que não dá para classificar as mulheres heterossexuais como sendo mais estrogênicas que as homossexuais, por exemplo. Mas classificaria algo assim: a falta de parâmetros é um parâmetro que diz muito a respeito da pessoa. Fica aqui o gancho pro post de amanhã!

E quase dois anos...

Incrível! Este blogue está para completar dois anos de existência.

Alguns dias, andei pensando na questão do tempo. O tempo misturado a escolhas e a consequências de escolhas... muita coisa aconteceu. Sim, muita coisa aconteceu. Eu criei este blogue para exorcizar um demônio muito específico, na época. Época de mudança radical na minha vida, de ficar novamente sozinha e começar tudo de novo... opa, eu acho que já vi este filme antes.

Fato é que penso em dar um rumo diferente a este blogue... não sei exatamente onde. Acabei de fazer o mapa astral e verifiquei como este canto tem tudo a ver comigo e qual o seu sentido. O que vocês diriam de um blogue pisciano com ascendente em touro e lua em virgem? Sol e Urano em conjunção, na casa 11? Saturno em Virgem na quinta casa, em oposição forte ao resto do meu mapa. Meio do céu em Aquário repleto de planetas: Mercúrio, Marte, Netuno, Quíron e Júpiter. Plutão na casa 09. Vênus em Áries, na casa 12.

Gosto do mapa astral do meu blogue e parece, em muitas vezes, que ele tem vida própria, um sentido próprio e eu apenas tenho sido a condutora. Sou bastante séria no que diz respeito ao que este canto aborda. Cotidiano? Sim. Apologias? Não. Mente aquariana? Sempre. Mimimi de coleguismos entre blogues? Sinto muito, mas não.

Acho que farei uma surpresa quando este blogue completar dois anos. Mas aceito sugestões? O que vocês acham que eu poderia fazer para comemorar esta data? (respostas sem-noção serão educamente ignoradas ou apagadas -- algo que fiz apenas umas 3 vezes desde que criei este blogue).

Entre tolos e espertos

Ultimamente, tenho tido a sensação de que NADA mesmo pode ser como antes. NADA. Nossas atitudes, nossas necessidades, nossos sorrisos, nosso contato com o outro ser humano, nossa relação com o planeta Terra, nossa relação com nosso próprio corpo, nossa relação com nossa própria alma.

Eu vejo alguns lampejos que sinalizam a necessidade de algo diferente. É um milissegundo num dia inteiro em que alguém diz "Não deveria ser assim", "Quero algo que está fora de mim...", "Vontade sair gritando e correndo, mas sem saber para onde...". Mas a pessoa é sempre engolida na rotina do dia a dia, na avalanche pessoal de dissabores. E aquela beleza daquele milissegundo se perde para sempre.

As pessoas passam a sua vida inteira nesses lampejos irrealizados. Podem ser tornar seres humanos amargos ou, simplesmente, seres humanos que confundem o excesso de alegria com felicidade. A felicidade não vem em excessos, porque ela simplesmente existe. Outros seres humanos simplesmente nem se preocupam com essas coisas, porque existem coisas mais importantes para se preocupar. Aí a felicidade é mesmo item de luxo.

Mesmo na impossibilidade de declarar algo mais concreto, eu vou seguindo, minimamente tentando ser menos medíocre, ignorante e egoísta. Dura tarefa...

Alguns poemas - parte 1

Decidi compartilhar alguns poemas meus aqui no blogue. Acho que já fiz isso há muito tempo atrás... decidi separar aqueles que eu gosto muito.

Eles fazem parte de uma velha Cris... intensa, sonhadora, apaixonada, platônica, idealista. Não conseguiria nunca mais escrever um poema assim... mas tenho orgulho desses exemplos que abro para vocês, aqui! Muito!!!

Esta primeira leva trará algumas coisas bem antigas... rs. Espero que gostem. Aguardo coments! ;-) 

ps: esta primeira leva é dedicada à Claudia Bertrani, a quem devia alguns poemas.

_________________ 
Baile 

Ao baile dos poemas, entreguei-me na noite passada
e mesmo no silêncio mudo, misterioso... inquiridor
tenho os vestígios: resquícios de sua arte, sua dor
e acordei com palavras tristes... mas abonadas,
perguntei ao relógio do tempo que não é tempo,
mas mera figuração, idolatração: passatempo.

Ao baile da ansiedade cheia de escárnio, chorei
lágrimas, e com elas, fiz tinta que usei em pena
em alusão à mulher que tanto me traz cenas
em sonhos, em pesadelos: marquei-me, esperei,
mas o silêncio da solidão foi duro e taciturno
minhas mágoas não encontraram momento oportuno.

E tremi...
entre transes 
de ópio e morfina,
pretendi
esquecer a vida 
que desatina,
malogrei
sangrei
dei...
ao obscuro
o que não tinha,
e busquei
não em mim
mas fora
... de mim...
o que
só em mim
havia.

Ao baile da solidão eterna o tempo todo eu compareci,
dias e noites, madrugadas e manhãs vazias, mal vividas
os estranhos me serviram de companhia para a sina
que eu escolhi e pretendi, e que não sabe que adoeci,
mas acordei com palavras e poemas, perfeitos,
que saberão, em sua sapiência inviolável, dar-me preceitos.

(20/05/2001)

_________________ 
Tuas palavras 

Dize-me as cruéis palavras
tuas adagas de fogo enterra em mim,
jazo-me nua sem nenhuma adarga,
tenho meus sentimentos biografados
e livre de atitudes estóicas
ainda com estima mantenho-te aqui
entre os braços tênues da ceva e da colheita
sem tolher a tua liberdade de movimentos.

Perfura-me com as infiéis palavras,
não vejas brotar gemas de sorrisos
que com lágrimas, foram regadas um dia,
admite que minha falta sente
e não será de mim que a dor escorrerá
em ti, ela supurará
não trepides em ver a realidade colorida,
não duvides desta dor tão sentida.

Usurpa-me com os direitos que tiveres
se não tiveres nenhum, continua mesmo assim
dilacera-me.... trucida-me...
preenche a tua ânfora, esvazia-me a minha
leva-me ao ponto do sem-fim
sem arrependimento, ultrapassa fronteiras
definitivamente, enterra tuas palavras
e não tomes mais nada de mim.

(24/10/2000)

_________________
Terço 

Vou rezar um terço
de uma terça parte de uma noite qualquer,
vou querer que fique
tudo bem com você esta noite,
pois eu sei que hoje
você vai precisar
você vai estar completamente só,
minhas preces serão uma só
igual a uma chuva que só molha
se caírem todas as gotas juntas,
e bem juntas...

Vou acender uma vela
iluminarei os caminhos claros
de espíritos perdidos,
e emprestarei a minha mão
para você poder caminhar
entre sombras, entre neblinas
entre seus medos...

Vou pedir uma única vez
numa única prece
a felicidade que você
roubou de você mesmo,
em meio à chuva que cai
e que pouco molha,
não sei como conseguiu
confundir lágrimas com
gotas singelas de água,
talvez fosse necessário
muitas lágrimas e pouca chuva,
mas, eu sei que mesmo assim,
você vai estar bem
sempre esteve bem,
e jamais percebera isso
e ainda assim
rezarei um terço em muitas terças
ou sextas
para você estar,
pois você vai precisar
ficar bem.

(01/11/1995)

_________________ 
Falta 

Falta  tempo  para  dizer  obrigado
ou  faz-se  falta  de  coragem
sinto falta  de  sua  presença
quando  faz  frio  lá  fora  
falta  força para  suportar
a  falta  que  faz  sua  ausência
tenho  medo  de  falar
que  sinto  falta  por  não  ter  paciência
e  faz  tanto  tempo  que  faltou
uma  chance  para  dizer
toda  falta  que  sinto  de  você   
em  alegria  em  refazer
um  sonho  que  diz  estar  morto
falta  tanto  tempo  para  observar
todos  falarem  a  mesma  língua
sorrirem  na  mesma  alegria
cantar  no  mesmo  tempo
e  acho  que  falta  muito  tempo
para  acreditar  no  que  se  passou
e  que  ainda  passará
na  dor  que  senti  e  que  ainda  sentirei
nos  passos  faltosos,  nas  ordens  faltosas
na dor  que  sobra
e   na  certeza  que  falta
quando  sinto  sua  falta,
quando  não  está  aqui.

(02/09/1994)

____________________ 
Simplesmente amo-te 

Com a simpleza 
que separa os ocasos
do simples acaso
com a ambigüidade
que iguala as raízes
mais infelizes
com a força inigualável
do teu sorriso-luz
que ante o escuro, reluz
com a candura
do teu espírito que une
com o meu e ambos se ungem.

Amo-te e canso de procurar motivos
porque sei que não existem motivos
pois sabes que em vão são os motivos
que me levam a ti, a enxergar motivos
repetitivo torna-se o dia a caçar motivos
simples, tolos mas sempre decisivos motivos
que nem sempre levam à razão, ao real motivo
do principal motivo.

É uma simples questão de espírito
o fato de eu amar-te
Tu me alegras quando nem sequer imaginas
que estou triste
e sabes do ódio que existe
e que insiste
em ficar e domar minha vida, tornar-se minha sina
tu me ensinas como e devo amar.

(03/10/1999)

Estes últimos dias - a minha reflexão

Já ouviu a expressão: "Falar algo ara alguém, mas que na verdade está sendo dito para si mesmo?" Sempre valeu para mim. E acho que, de alguma forma, vale para o que escreverei a seguir.

Estes últimos dias foram muito agitados para mim, quase uma volta de 180º. Eu, que sempre gostei da vida pacata, confesso estar meio lenta, propositadamente para conseguir acompanhar o ritmo!

E dentre tudo isso que está acontecendo comigo, ressalto algumas coisas:

1-) O amor -- apenas o real e verdadeiro amor -- pode nos guiar. Mesmo que tenhamos perdido quase 90% do sentido real desse puro sentimento, podemos e devemos tentar resgatar sua essência ao máximo, como se fosse a última e única tarefa de nossas vidas!

2-) Precisamos agir diferente! Precisamos sentir em vez de reagir. Refletir. Precisamos ter paciência (como naquela música linda do Lenine). Muita paciência!

3-) A hora da distinção chegou: não podemos mais ser coniventes conosco mesmos. Jogar fora o que é ruim, renascer para o novo e tentar o diferente. É isso que precisamos fazer.

Meu blogue, como sempre expliquei, foi o meu canto especial para exorcizar demônios e combater a solidão. Hoje em dia, graças a Deus e às boas energias, ele está sendo muito bem visitado por todos os tipos de pessoas! Porque sempre fui contra a setorização e a polaridade. Gosto de poder falar e estar com todas as pessoas, sem distinção de sexo, raça ou orientação sexual. Muita gente nem entende isso, mas eu sempre me mantive firme para defender essa ideia.

Por isso, fico muito contente com os novos visitantes que aumentaram muito o fluxo deste blogue. Mesmo sem comentários, sei que estamos trocando energias -- e energias muito positivas! Isso me alegra pra caramba! Fico contente demais de saber que posso dividir meus sentimentos e minhas reflexões, shows de Isabella Taviani e músicas, porque como dizem os sábios, não é o status que importa, não é vencer ou perder que importa, mas sim compartilhar, aprender e crescer.

Assim, meu caro e querido leitor, espero que continuemos essa parceria... compartilhando, aprendendo e crescendo! Mesmo que a gente nunca se fale ou nunca saiba um do outro. Obrigada mais uma vez!

Estadia em Sampa

Estou em Sampa por tempo indeterminado e por motivos pessoais, que não precisam de explicação no blogue. Cheguei aqui na tarde de ontem e fiquei surpresa com tantas coisas!

Surpresa como este blogue foi amplado visitado por causa da Isabella Taviani... a minha experiência no VivoRio foi tão intensa... eu acho que nunca tinha chorado assim, num show ao vivo. Foi algo inédito e fico feliz que tenha sido com a querida IT.

Surpresa porque eu amo São Paulo, eu sinto falta daqui. Eu adoro o Rio de Janeiro, adoro ser carioca... mas amo minha terra. Amo este tempo cinza, este frio e esta garoinha que só tem aqui! Adoro andar por lugares que parecem extensão da minha casa, não sei explicar. Amigas paulistas, estou de volta, aproveitem!!! risos

Ainda estou sem uma conexão fixa, porque dependo do note da minha irmã pra acessar a net. Acho que amanhã será mais tranquilo e eu poderei postar meu vídeo de Um Vendaval e outras cositas.

Obrigada aos meus amigos fiéis, obrigada a Deus e obrigada às boas energias. Obrigada por vc, leitor anônimo, que cada vez mais aumenta aqui no meu humilde blogue. Namastê e fiquem com Deus!

Das coisas que eu nunca entenderei

Enquanto bate este vento forte aqui nos ares cariocas, me peguei pensando (como sempre acontece quando acontece algo assim) que eu nunca entenderei certas coisas nesta vida. Uma delas, definitivamente, é porque as pessoas têm ciúme de mim. Opa, pera lá, vamos explicar.

Quem me conhece razoavelmente bem, sabe como eu sou. Sabe da minha complexidade filosófica, que em curtas palavras, não é nada complexo. Sabe que sou uma pessoa com um temperamento forte (que já foi pior, mas agora se acalma mais e mais). E sabe -- principalmente -- que sou uma pessoa honesta, sincera, leal e fiel. Essas palavrinhas aí são essenciais para mim, como comida e água.

Mas... eu sou assim. Um dos integrantes de um casal (sejam de qual orientação sexual for, mas principalmente entre as lésbicas) sempre tem ciúme de mim. Ciúme porque posso ser uma pessoa que só dá bem com o parceiro. Ciúme porque posso ser um ombro amigo (que às vezes, um namorado por mais que queira, não consegue ser). Ciúme porque eu devo ter alguma característica que o outro não tem e que, de repente, gostaria de ter. Ciúme porque eu sou do jeito que sou e isso incomoda. Cara, na boa, não sei.

Porém é nítido o mal-estar (quando não brigas reais) eu causo. Ok: isso pode parecer muito egocêntrico da minha parte achar que tudo gira ao meu redor e que eu sou tão especial a ponto de achar isso. Na boa: não é.

Portanto, se alguém tiver essa resposta, agradeço imensamente. No entanto, acho muito engraçado como eu consigo (se podemso dizer assim) causar isso. E, mais ainda, quem tiver a solução de como resolver...

Coisas que a gente aprende

Este período tão rico que é o inferno astral tem me proporcionado (talvez, penso) uma sensibilidade acima do comum. Eu nunca vi as peças tão encaixadas como agora.

A lição que mais tem me servido é: não importa o que você diga as pessoas o que está se passando em sua cabeça, elas apenas entendem o que eles querem.

E, neste ano, eu tive provas mais do que suficientes disso, em todos os setores da minha vida. Simultaneamente, é inevitável pensar nos conceitos de lealdade, fidelidade e honestidade que sumiram de nossas prateleiras já há muitos anos. Pior: agora eles nem resgatados estão sendo mais!

Por exemplo, em uma área específica da minha vida: eu aceitei comprar a briga por puro idealismo. Meu ascendente em sagitário (que ainda bem foi embora!) me impeliu a quebrar um monte de elos que não me serviam mais. Me fez escolher algo por menos, quando sei que mereço mais (mas a questão inerente aqui é a experiência). Mas eu tinha sentenciado desde a primeira vez que não passaria de dois anos. Eu odeio ser bruxas nessas horas, porque raras vezes, eu erro.

Tudo acontece como previ e todos me perguntam porquê. Eu lhes digo os motivos. As pessoas me olham (como em geral sempre me olham) com uma pergunta velada. Não importa o que eu lhes diga, elas apenas serão capazes de ouvir (no sentido de compreender) o que estiver ao seu alcance.

Soa ridículo. Mas em outros campos da minha vida, eu sou até rígida com determinadas regras. Se por um lado, eu posso aceitar e conviver com alguns desvios graves de conduta, por outro, não me traia (no sentido mais visceral da palavra): porque esse tipo de coisa eu não perdoo.

Aí eu fico tentando achar uma lógica nesse raciocínio, mas é óbvio que eu não acho. Porque essa lógica não faz parte da minha realidade, nunca fez parte de minhas atitudes desde que minhas lembranças existem. Mas a vida é assim: você pode dizer a todo mundo porque gosta de morangos, a pessoa só entende que você é do contra, e deveria gostar de bananas. E lhe pergunta: qual o problema das bananas?

A questão é que eu nunca disse que não gosto de bananas, eu apenas afirmei que gosto de morangos. Eu posso não gostar de bananas, mas por que a simples afirmação de que gosto de morangos não pode ser ouvida?

Em um grau mais avançado, eu posso dizer que gosto de morangos, exceto quando eles são batidos com leite. Vão te dizer o seguinte: por que você não gosta de leite? Eu não estou dizendo que não gosto de leite, eu estou dizendo que não gosto de morango com leite (pessoalmente, eu adoro!).

Entenderam a gravidade da coisa? Há entre as pessoas uma grave tendência a não compreensão de um simples fato. Parecemos um bando de neuróticos com mania de perseguição, porque eu posso ter a seguinte atitude também: “Ah, mas eu gosto de morango com leite, por que você está falando mal de morango com leite? Por que vc só fala as coisas que eu não gosto?”.

Bem, tirando a polêmica das frutas, se quiser ser feliz, aprenda algo: você pode pedir demissão do seu emprego e dizer ipsis litteris quais foram seus reais motivos, as pesssoas apenas acreditarão naquilo que lhes convém, uns por escolha, outros por falta de escolha. Você pode terminar um namoro dizendo as urgências de seu coração, a outra parte apenas imaginará que você tem ou teve dúzias de amantes que agora brotarão como flores no campo em época de primavera.

O melhor conselheiro e ouvinte é o seu coração, sua alma. Ouça-os e nunca, repito, nunca se arrependerá!

Você gosta de fazer testes? Olha um teste bom aqui!

Dica da minha filha (ps: quem não sabe, eu não tenho "uma filha", tenho uma amiga -- grande amiga -- que calhou de eu chamar de filha... essas coisas de cancerianos como eu!): este site aqui muito sucinto, traz 42 perguntas que definirão qual é o seu tipo de personalidade.

Gostei das perguntas, porque elas necessitam reflexão -- mesmo! Não adianta fazer o teste na correria. Fora que ele meio que repete algumas perguntas, mudando apenas o modo de perguntar, de maneira que pega um desatento, dando um resultado esquisito (meu caso...).

Portanto, leia com calma, responda as perguntas e, se quiser, deixe seu resultado aqui, para compartilhar. O meu resultado foi ISFJ que cobre uns 80% da minha personalidade. Claro, é um teste feito para nos encaixarmos em algo e ingenuidade pensar que um simples teste cerca e define toda a complexidade da mente humana... mas direciona muito bem.

Link para o teste aqui!

Update nº 4,000

Coletânea de frases do twitter

Ultimamente, ando filosófica no twitter que só... vou separar algumas pérolas.
Fala-se muito mal dos que não têm discurso direto. Mas é possível aquelas que deturpam uma ideia horrenda, transformando-a em boa p vc?

Mais uma lição matinal: humildade e simplicidade. Depois d tantas doses cavalares d mesquinharia é hora de sentir amor puro pelo ser humano.

Mouse bolinha é coisa velha pra vc? Pois saiba q acabei de LIMPAR o meu! Sim, no trampo, ainda uso mouse de bolinha. No trampo, repito.

Mesquinharia é uma bosta. Acabei de ter um tiragosto. As pessoas não sabem o que fazer? São mesquinhas.