Cá estou aqui!
Os últimos anos, os últimos meses... as últimas semanas... passaram por mim chacoalhando minhas estruturas, questionando minhas escolhas, levando pessoas embora, trazendo pessoas novas. Novas experiências, novas expectativas. Um novo olhar. Um novo sentimento. Novos medos. Novos objetivos.
A vida é cíclica. Tem esse gosto estranho, doce-amargo. Mesmos olhos que veem de forma que não via antes. Mesmo corpo que caminha com os mesmos pés mas não os mesmos passos. Estar diante dos mesmos cenários e não ter as mesma reações.
Talvez tenha chegado o momento em que finalmente consigo segurar as rédeas da minha vida sem fazer esforço hercúleo para não errar. É como se eu finalmente me sentisse segura sem saber exatamente o porquê.
O que será isso? Não sei. Maturidade pré-quarenta anos? Será? Será que temos um momento certo e específico em que as coisas começam finalmente a encaixar e a fazer sentido?
Esses dias têm me mostrado situações engraçadas. Pessoas que foram e de repente voltam. O passado batendo à minha porta. A fina ironia destilada em doses homeopáticas para meu prazer e degustação. Eu vou. Eu volto. Eu dou um pulinho até o fundo do poço para a minha autocomiseração. Eu sorrio para a vida. Eu pulo sem paraquedas. Já não me importo mais com a opinião alheia. Notícias de tragédias e mortes não me abalam. Voltei a chorar em filmes românticos. Estranhos postam comentários neste blogue, eu leio e dou risada. Casais se formam e se desmancham num piscar de olhos. A fração de um século de segundo.
O tempo vai e vem... e mesmo com toda a loucura dos acontecimentos incontroláveis... gosto de ver quem continua firme e forte ao meu lado. Presente-distante.
Meio esquizofrênica hoje. Quem sabe... amanhã?