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A vaidade e a competição

Faz algum tempo que ando pensando nessas duas palavrinhas acima, que dão título a este post.

E as primeiras coisas que me vêm à cabeça são: por que somos treinados, desde pequenos, a sermos competitivos? Será a tal da Seleção Natural de Darwin? Ou isso teria raízes esótericas? Carma? Lei da Ação e Reação? Testosterona? Mundo corporativo?

Pessoalmente, sempre fui de querer ser melhor que as outras. E assumo isso sem papas na língua. Passei muito tempo subestimada pela minha baixa auto-estima, aliada à timidez extrema (isso faz muito tempo atrás). Mas, qual ser humano não passa por esses momentos de crise, mesmo o mais forte e o mais seguro de si?

Queremos ser melhores -- e devo dizer que as mulheres são campeãs, mestras e especialistas em inveja da outra, seja por qual motivo for -- e para isso não nos importamos de jogar uma fofoquinha no ar ou de jogar umas pedrinhas na escada do outro enquanto ele está lá, subindo lentamente. Nessas horas, afirmo sem medo que todos nós temos um lado cruel que usamos. Não consciente, na maior parte das vezes, mas usamos.

Aí, eu me lembrei da tal "imagem poderosa" que guia a nossa vida. Pra qualquer um. Pode ser a imagem do pai, a imagem da mãe, a imagem de um ídolo, mas em geral, eu associaria essa "imagem" a uma fonte de poder (poderia até receber o nome de Deus ou Jesus) com um certo grau punitivo a quem você deve respeito e constantes explicações.

Acho que a Psicologia e a Psicanálise já devem ter falado muito sobre isso, mas o que a grande massa de nós não sabe é: precisamos desse guia na nossa mente. Não prestar contas a ele é como viver à deriva. Parece que perdemos nosso propósito.

Eu sempre fui muito observadora do Ser Humano e devo dizer que tenho uma relação estranha de amor e ódio às vezes. Ultimamente, tem me cansado ver as pessoas se rastejando por migalhas para ter a bênção do chefe. Entenda: isso não é feito de modo consciente.

Para os que fazem de modo consciente, chamamos de puxa-sacos/puxa-tapetes. Para os que não fazem de modo consciente, chamamos de alienados dependentes. No fim, a única pessoa pra quem devemos prestar contas -- hoje, amanhã e sempre -- é nossa alma.