Os dias andam bem frios, por estes lados do Rio de Janeiro. Claro, nem tanto frios se comparados a outras capitais como SP e as terras gaúchas. Confesso que o inverno aqui no Rio é agradável. Você sente frio mas não sente o incômodo de não conseguir fazer nada, por viver em um país tropical totalmente despreparado para baixas temperaturas (e as altas também). A gente bem poderia fazer assim: viver no Rio de Janeiro no inverno e nos polos do planeta no verão, que tal?
Mas este post não é para falar de frio, embora tenha até suas conexões. Ainda pensando no que escrevi ontem, me peguei pensando ainda mais em como a nossa sociedade está doente. Como aquelas opções que pensamos que poderiam "nos ajudar" como a religião e psicologia estão mais doentes ainda. Vivemos literalmente numa selva de pedra cercados de egoístas, uns doidos assumidos, outros enrustidos. A quem procurar ajuda, num momento de tensão, seja ele em qual nível for?
Reparei que as pessoas andam bebendo cada vez mais, assistindo a televisão cada vez mais, fumando cada vez mais, uma necessidade doída de fugir de si mesmo para, imagino, tentar se salvar? Colocar a vida em piloto automático (isso me lembra o filme Click, que embora tenha suas precariedades, considero um puta filme com uma puta ideia simples bem executada, de acordo com o que se propõe a ser) é uma escolha -- e como tal -- tem suas consequências. Aliás, tudo na vida tem consequências: uma hora a gente paga o preço da escolha de cada uma delas, pode acreditar.
Fiquei pensando que em toda a minha vida eu nunca vi as pessoas tão sem suas máscaras como vejo agora. E, se antes isso me trazia agonia, agora me traz êxtase (paródia nada ver com Agonia e Êxtase, uma pérola do cinema [Sharlene, comprei esse filme por sua causa e não me arrependo]). É como se eu entendesse, mesmo sem entender. É como se eu compreendesse, pois é o único ato cabível em dias como estes. Não julgar, não criticar, não condenar -- atitudes que sempre fui expert em fazer e que, atualmente, cada vez menos cabem em mim.
Penso em quando vamos tentar o diferente. Mesmo sabendo que as regras não são genéricas a todos (ainda bem!!!), mesmo sabendo que a esperança reside onde a gente pensa que ele nem sonha em existir, mesmo sabendo que se nosso objetivo é único e comum a todos, mas todos vivem dispersos, vivendo suas vidas ainda assim. Louco, né? Esta é a minha cabeça agora.
Deixo outra pergunta: qual o seu objetivo maior e real nesta vida?