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Orgulho e vaidade

Foi mais de uma vez, eu li isso de algumas pessoas de convívio comum: "triste são aqueles que 'perdem seu tempo' investigando a psique humana". Claro, não foi dito com essas palavras, mas o significado era esse. E eu sempre me perguntei que todo mundo tem o direito de pensar o que quiser, mas uma pessoa que tem esse tipo de pensamento com certeza não tem sentido em fazer parte do meu círculo de amizades.

Radical? Não. Eu sou uma pessoa que sempre questionou as tangências, virtuosidades e complexidades da mente humana. Refletir sobre os comportamentos humanos pode ser uma perda de tempo para algumas pessoas mas, para mim, quanto mais entendemos sobre nós mesmos, mais equilibrados ficamos. Mais nos autoconhecemos e menos barbáries cometemos.

E, nessa temática, me peguei pensando sobre "orgulho e vaidade". Posso afirmar que tenho tido algumas lições valiosas. O desafio que estou encarando agora é 'como sentir orgulho sem vaidade'. Porque os dois tem limites muito, muito, muito tênues. Nenhum excesso é bom, mas a vaidade em excesso é um dos pecados capitais que mais receio, tenha certeza.

Ultimamente também tenho visto muita "humildade" travestida. Arrisco afirmar que poder-humildade-orgulho-vaidade caminham juntas e próximas, muitas vezes misturadas. E, dependendo da pessoa, isso torna-se um composto químico de alta periculosidade! Porque se uma pessoa tem sede absoluta de poder mas se traveste de humilde, escondendo toda a sua vaidade de conseguir o que tiver de conseguir -- não importam os meios, estaremos quase diante de um psicopata.

E todos nós temos as nossas psicopatias em maior ou menor grau, não tenha dúvida! Mas a vaidade é facilmente burlada porque também se disfarça: além de humilde, pode ser autoconfiança! Por isso que, nesse sentido, tenho aprendido algumas lições. Pessoais, sim! Porque para alcançar o equilíbrio interno, você necessariamente acaba passando por vaidade, orgulho, cobiça, humildade, caridade e autoconfiança.

Não sei ainda qual é o caminho para poder compartilhar com vocês. Estou constantemente buscando. Acho que o primeiro passo é assumir com absoluta consciência essas nuances em você. Não se esconder atrás de máscaras de suposta bondade, caridade e humildade -- porque isso é o que eu MAIS vejo por aí. As pessoas querem poder, mas não o mostram. As pessoas sentem vaidade de "ter mais informação sobre alguém" ou "ter mais contato com alguém" e se escondem atrás da máscara de caridade humanitária e bondade em prol de algo maior. Pode ser verdade... mas também é muita mentira!!!

Então, para mim, a lição que fica é: você sabe quem você é? E sabe qual é a maior máscara que você veste para a sociedade?