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A era da hipocrisia

Lá vim eu no meu blogue pesquisar sobre "hipocrisia" para ver o que tinha escrito. Na verdade, achava que não tinha escrito nada. Com susto, descobri que já escrevi muito!!! Olha o resultado da pesquisa dentro do blogue aqui.

É que nesses últimos dias andei ouvindo/lendo coisas interessante sobre a questão da verdade/aparência, justiça/injustiça, realidade/ficção, bondade/caridade. E um negócio ficou retumbando e coçando dentro do meu cérebro, pedindo para sair!

Para começar, de acordo com o dicionário Houaiss, eis a definição para a palavra HIPOCRISIA:
■ substantivo feminino 
1    característica do que é hipócrita; falsidade, dissimulação 
2    ato ou efeito de fingir, de dissimular os verdadeiros sentimentos, intenções; fingimento, falsidade
3    caráter daquilo que carece de sinceridade 

Eu sou uma idealista assumida. Se também fui conhecida por ser estourada e impaciente, otimista e sonhadora também -- e sempre -- devem acompanhar a minha definição.
Venho reparando (e isso deve ser acompanhado do parênteses: com variações sazonais), mais do que nunca vivemos os tempos das aparências. Conteúdo não é mais nem luxo, é um item acessório: tanto faz se você tem ou não.

O que importa é o que você MOSTRA. Não importa o que você faça ou deixe de fazer. Não importa o que você acredite ou defenda. Não importa o que você SINTA.
Que nós todos temos nossas máscaras sociais não é novidade desde os tempos primórdios. Que nós precisamos ser um personagem diferente para as mais diferentes situações que vivemos, idem. Mas há quem confunda "máscara" com "falsidade" e "caráter". Haveria mesmo distinção?

Então, se vivemos numa sociedade em que o que mais importa é o que você MOSTRA, consequentemente agimos assim e esperamos que as outras ajam em consonância. Aí criamos uma nata de aparências disfarçadas de bondade, sorrisos, caridade, simpatia e gentileza. Peraí. Para e veja.

Ninguém conhece ninguém, mas todos se gostam porque compartilham frases bonitas de autoajuda, espiritismo e cristianismo louvando o amor e o perdão. Gentileza gera gentileza, não é o que diz o profeta? Ninguém julga ninguém e ninguém critica ninguém, certo? Todo mundo tem dó de todas as mazelas do mundo. A falta de empatia me parece um companheiro inseparável da hipocrisia.

Bom, como em nenhum momento eu me excluí dessa mesma humanidade que citei acima, apenas queria finalizar que no convívio diário gostaria de ver mais empatia e menos gentileza disfarçada de caridade hipócrita. Queria ver a alma das pessoas e não sorrisos colgate e família doriana feliz. Podemos ser felizes? Somos felizes? Somos todos iguais? Sim, não. Depende, tudo depende. Mas autenticidade, hoje em dia, é tão rara quanto pessoas verdadeiramente empáticas.

Começos, fins, ciúmes, inveja e hipocrisia

De volta a São Paulo! Minha amada terra natal. Mas, confesso, solenemente, estou morrendo... mor-ren-do de saudades do Rio de Janeiro. Minha segunda terra que aprendi a amar... sol, calor, cariocas, paisagens belíssimas, amigos. Tudo. Voltei com a promessa de retornar em breve!!!

Os últimos quinze dias da minha vida (entre o fim do ano passado e o começo deste) foram muito intensos!  Eu quis isso para mim. Quis esse presente. Quis o novo, o inusitado, o imprevisto, o louco, o insano, o diferente! Quis voar, quis viver. Quis SER EU MESMA! E consegui, acho. Consegui colocar um mais para fora toda essa coisa "intensa e louca" que eu sou.

Por outro lado, muitas coisas vieram à tona. Como disse minha querida IT uns dias atrás, "merda boia" e eu vi muita coisa boiando!  Não chegou a ser surpreendente mas mesmo assim causa surpresa. Primeiro, a inveja e o ciúme generalizado e com alvo em mim. Não importam os motivos ou a origem. Apenas que aconteceu. Uma vida pública tem seu preço e estou pagando os meus, mesmo injustamente. Porém, a todas essas pessoas, apenas digo: sinto muito, para a tristeza de cada um de vocês, não vou mudar um milímetro do que eu sou. :)

E, também, mais uma vez, vi a corda estourando para o meu lado. Acho engraçado que em todas as vezes que a cobra tá quase fumando, as pessoas descambam para cima de mim. Tudo bem. Que se crie coragem para tomar verdadeiras atitudes para romper com ilusões reais da vida. Se o primeiro passo é começando comigo, que assim seja! Seja feliz, apenas. Essas pessoas merecem. E eu também mereço!

Para finalizar, apenas queria dizer que a hipocrisia tem batido forte à minha porta. E eu me pego pensando no que se passa na cabeça das pessoas que se dizem "tão equilibradas, justas, corretas e amigas" e vociferam "que eu sou maluca, intensa, insana". Bom, acho que o único comentário a se fazer é o seguinte: enquanto uns escondem e julgam os outros, outros apenas fazer aquilo que acham que devem fazer. :)

Mais uma vez, feliz 2012 para cada um de vocês. Que este ano façamos diferente!!! Ousemos!!! Com coragem, lealdade, verdade, humildade. E sendo quem devemos ser, sempre.

Tudo que sempre fomos... e continuaremos a ser?

Serei breve na observação, porque acho que sempre exploro estes assuntos por aqui, para quem é meu leitor.

Canso e canso de dizer que o ser humano é um perrenga. Admiro os otimistas. Demais. Queria ter muito de seu idealismo, otimismo e inocência. Juro que estas serão as coisas que lutarei muito para manter.

Mas é muito mais fácil ser profeta e defensor do ser humano quando ele "se elevou" a ponto de ficar isolado dentro de sua casa, seu reduto, seu mosteiro. É muito mais fácil ter complacência com o ser humano apenas vendo-o pela televisão. É tão mais fácil ter paciência com o nosso irmão de sangue quando convivemos bem longe dele.

Estar e viver no meio do povão pode ser carma para a maioria de nós (e eu me incluo). E o carma é pesado, porque se os "bem de vida" disfarçam bem seu egoísmo construindo castelos ao seu redor, os da "baixa ralé" se amontoam onde quer que haja gente. Mas não se engane: o egoísmo é o mesmo. Uns disfarçam a merda com perfume. Outros, apenas a exibem sem restrições.

Não sei aonde vamos parar com tamanho egoísmo. O ser humano é muito egoísta. Disfarça sua personalidade com caridades (os ricos, aos milhões; os pobres, aos centavos, na rua). A hipocrisia. A mediocridade. O egoísmo.

Nessas horas, lembro daquele frase célebre do finado e sábio Machado de Assis, em Memórias Póstumas de Brás Cubas,1881: Não tive filhos não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria.

Cinema e hipocrisia

Adoro polêmicas. Mas, não gosto de discuti-las.

Vi esta notícia sobre o novo filme de Lars von Trier. Aaah... como fiquei curiosa para ver!!!

Segue a matéria abaixo (por Silvana Arantes), que saiu na Folha de S.Paulo hoje (para assinantes).

*** O que a jornalista não sabe (e aqui eu faço um comentário da crítica dela) é que a Isabelle Huppert é protagonista do filme A professora de piano.









No Festival de Cannes, o diretor dinamarquês Lars Von Trier, 53, costuma ir além da disputa pela Palma de Ouro. Ele produz "acontecimentos".
Xodó da crítica em 2003, quando seu "Dogville" foi aplaudido de pé na sessão para a imprensa, Von Trier conheceu ontem o outro lado da moeda, com o novo "Anticristo".
Depois de ter seu longa vaiado com fôlego por parte da plateia, nas duas sessões voltadas à imprensa, o diretor foi recebido na entrevista coletiva com um bombardeio de um repórter norte-americano. "Você tem de explicar e justificar por que fez este filme!", disse o jornalista, em tom de intimação.
"Não tenho que justificar a mim mesmo. E não tenho muito a dizer. É estranho você falar que tenho que me desculpar. Aqui, vocês são todos meus convidados. É assim que eu sinto", respondeu Von Trier.
As mãos trêmulas ao segurar o fone de ouvido (para escutar a tradução das perguntas feitas em francês), o suor cobrindo a testa e a respiração curta revelavam a tensão do diretor.
Ainda assim, em diversos momentos, Von Trier exibiu seu humor peculiar, com piadas e provocações como essa: "Sou o melhor diretor do mundo. Todos os outros são supervalorizados".
O desconforto provocado por "Anticristo" vem de seu tema (o sexo e a culpa) e de seu gênero (o terror psicológico).














Eis a trama: casal formado por psicanalista e intelectual -que está escrevendo uma tese para contestar antiga teoria de que as mulheres tendem à maldade- perde o filho pequeno, em acidente doméstico.
O marido (Willem Dafoe) resolve se encarregar da terapia da mulher (Charlotte Gainsbourg), seriamente afetada pelo luto. Como parte do tratamento, os dois se isolam numa floresta chamada Éden, escolhida por ser o local que ela mais teme.
Recheado de violência e sexo, "Anticristo" tem cenas explícitas de penetração, tortura e automutilação. Tem também imagens belíssimas (em preto e branco) da circunstância que justapõe a morte da criança e o sexo entre os pais.
A trama é dividida em um prólogo e um epílogo (ambos em P&B) e quatro capítulos (coloridos): "Luto", "Dor", "Desespero" e "Os Três Mendigos".
"A origem desse filme foi uma depressão que tive", disse Von Trier. O cineasta afirma que "a rotina de fazer um filme é terapêutica", não necessariamente seu tema. "Ter de levantar de manhã e ir trabalhar ajuda [a combater a doença]."
Por causa de seu "estado mental", disse Von Trier, ele não pôde operar a câmera, como costuma fazer, por "gostar de ficar o mais próximo possível dos atores".
Gainsbourg disse ter experimentado "um prazer estranho" filmando com o dinamarquês, e afirmou que "o mais difícil não foram as cenas de nudez e sexo, mas sim as cenas de emoção e sofrimento".
Dafoe contou que Von Trier "não autoriza nenhum tipo de ensaio ou preparação", o que acaba sendo "o paraíso dos atores", por torná-los "completamente flexíveis".
Quando era favorito da crítica com "Dogville", Von Trier foi embora de Cannes sem nenhum prêmio. Naquele ano, o júri presidido por Patrice Chéreau deu a Palma de Ouro para "Elefante", de Gus van Sant.
Agora, é a atriz francesa Isabelle Huppert quem preside o júri, no qual ela destacou a paridade de membros masculinos e femininos como um fato positivo. Uma das mais imediatas reações da crítica a "Anticristo" foi vê-lo como sexista.
Ontem, Von Trier disse que "há humor mesmo nos filmes em que você não necessariamente percebe".
No próximo domingo, quando serão entregues os prêmios do festival, saberemos se Huppert achou graça ou não no filme de Von Trier, que deve estrear no Brasil entre agosto e setembro.

RI-DÍ-CU-LO!!!


O fim do mundo está mesmo chegando.


Há algum tempo atrás, tinha postado essa barbárie. Agora ela se confirma. Veja o link.

Nem sei o que dizer, nem sei o que pensar. Acho que o mundo está se mostrando e temos de nos posicionar. Triste dizer, mas poucas pessoas se salvarão.
Fiquei chateada com isso. Ainda bem que, com politicagem ou não, temos Obama. Porque essa garota ridícula (que muito provavelmente deve ser republicana) me lembrou Milk.

Let's move on!!!

Princesas e Misses neste nosso mundo de hoje



De volta!

Após um longo feriado, bem vivido, bem descansado e totalmente merecido, em que fiquei de barriga pra cima (literalmente), junto duas notícias. Uma que vi ontem à noite e outra que vi agorinha.

A de ontem dizia sobre a Miss Califórnia que perdeu o concurso de Miss EUA por conta de sua declaração sincera por ser contra o casamento gay.


http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1092791-5602,00.html

http://www.youtube.com/watch?v=8XMvviFbkf0


A outra dizia sobre o fato de a Disney lançar uma animação que conta com uma princesa negra no papel principal, sem que ela tivesse sido uma serviçal de alguma branca qualquer.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u554385.shtml



***

Ler as duas matérias me pôs à reflexão. Não muito profunda nem muito filosófica, tô voltando de feriado e nem quero gastar meus neurônios agora.

1-) Parece puro merchandising criar uma heroína negra. Mas, antes tarde do que nunca. Antes de qualquer crítica maior, vamos ver o resultado final.

2-) A loirinha poderia ser tachada de sincera demais ou idiota demais. Confesso que fiquei na dúvida!

3-) O casal Obama está em tudo quanto é noticiário, Obama agora defende a causa gay (politicagem, mas muito bem vinda!) e a mocinha loira disse o que disse. Será que ela tem algum parentesco com a Klu Klux Klan?

4-) A mocinha loira está sendo crucificada internet afora, mas ela representa o pensamento de muita gente por aí.


Três vivas ao mundo nosso hipócrito de cada dia.

Música para o dia


Como alguns sabem, me rendi ao encanto da cantora Isabella Taviani.

Linda, com personalidade e presença marcantes, com vozeirão soprano afinado pelas aulas de canto lírico, apesar de tudo - libriana, letras incríveis... o primeiro álbum que ouvi foi o Diga sim, lançado em 2007.

Álbum fantástico que intercala MPB de alta qualidade, estilo Isabella, riscos. Amodoro várias faixas, mas para ilustrar este blog e estes tópicos que trabalhei até agora, escolho a faixa número seis: Iguais.

A despeito do tema, homossexualismo, tem o tema geral: hipocrisia, covardia e fofocas.

Segue a letra.

No dia em que ela se declarou a cidade inteira silenciou
Todos queriam ouvir a resposta
Águias com seus vôos rasantes, urubus a espreita de um pobre instante
Rezando pelo não nas suas costas
E ela cantava o seu amor
Com a sua garganta franca
E ela jurava o seu amor
Com sua garganta Santa
No dia em que a outra decidiu enfrentar o mundo por aquele amor
Sentiu o peso sobre seus ombros
Pai, mãe, filho, irmãos, amigos e um casamento antigo
Julgamentos e seus escombros
Mas elas se amavam tanto que já não cabia engano
Mas elas se desejavam tanto mesmo o futuro uma tela em branco
Nunca foi tarde demais
O medo, a verdade desfaz
Águias, urubus, julgamentos, fobias, força bruta
Tudo é pouco demais
Código civil, onde se viu, nêgo que enrustiu não
separa os iguais.

Hipocrisia humana

Quem já leu meus poemas, sabe que adoro falar sobre o ser humano em suas inúmeras facetas, principalmente a psicológica.

Hoje acordei pensando na
hipocrisia.

E eis que li uma matéria incrível na Folha de S.Paulo falando justamente sobre isso. Vejam: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1103200924.htm.

Nós temos inúmeras características, complementares, antagônicas... e é isso que nos compõe nessa matéria total que fascina, assusta, constroi e destroi. Mas o que motiva? Talvez seja a cobiça. E o que nos faz seguir? Talvez seja a hipocrisia: um misto de orgulho com imaturidade.

E hoje nem quero entrar no mérito de pensar em igreja católica, arcebispos e religião.