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Sobre o idealismo e o amor — parte 2

Em 09 de janeiro deste ano eu escrevi a parte 1 deste post. Sem saber que alguns meses depois, eu estaria disposta a escrever uma continuação!

Pois é... Há algum tempo, eu venho com uma reflexão insistente que estava aqui, pedindo para sair. No entanto, eu não sabia exatamente do que se tratava. Sabia, apenas, que tinha algo me incomodando e que eu precisava trazer à tona. Então, resolvi reler meus posts (como sempre costumo fazer) e me parei mais pausadamente para ler o link que citei acima.

Eu me recordo exatamente dos meus sentimentos enquanto escrevia aquele texto. Eu estava tão feliz! Tão empolgada com minha recente constatação! Estava me sentindo plena por me permitir ser eu mesma, mais uma vez. Por permitir ter coragem para ser quem eu sempre fui a despeito de todas as dores que eu já vivi.

E o que aconteceu nesse intervalo de tempo que me motivos para escrever uma segunda parte?

Os apps de relacionamento aconteceram, meu bem!

Eu não sabia exatamente o que eu esperava quando me cadastrei nesses apps. Mas depois do que eu vivi, eu sei, hoje, o que eu espero NÃO encontrar mais! Eu não fazia ideia de como eu reagiria emocionalmente, energeticamente e mentalmente às mulheres que conheceria. Fui ingênua. E bastante tola, até. Eu me apresentei com um propósito que, vendo hoje, percebo que não faz sentido algum para a realidade que é estar exposta em um app de relacionamentos.

Eu demorei exatamente dois meses para me dar conta disso. E eu sei que foi somente por ter me exposto dessa forma é que consegui me dar conta dessa realidade. Essa informação não teria sido aprendida se não fosse assim. Pois, se alguém me dissesse quem eu era e até me previsse tudo que eu viveria, talvez eu não acreditasse. Talvez eu não levasse a sério.

Como tinha dito no post anterior, ser idealista é ser uma pessoa que precisa estar muito atenta aos sinais ao seu redor. E fazer essa análise o mais racional possível. 

Primeiro filtro: racional. 

Segundo filtro: racional. 

Terceiro filtro: espiritual. 

Quarto filtro: emocional.

Por não ter usado essa sequência, não cometi grandes erros, não chorei muitas lágrimas, afinal, dois meses é pouco tempo para tudo isso! rs Mas, sim, eu vivi situações inéditas, vivi situações meio repetidas do passado. E vivi o suficiente para ter mais claro agora novos parâmetros para o que espero nesses apps e para mim mesma.

Ser idealista, acreditar no amor e estar aberta a conhecer mulheres totalmente incógnitas em um app de relacionamentos é quase uma missão kamikaze. 

Fiz uma leitura de tarot  e pedi um conselho sobre como agir nessa seara. E esse conselho foi claro: "Cuide de sua autoestima (que ficou machucada com as coisas vividas), fuja das regras (que eu mesma criei), seja mais fora da caixa, seja mais livre e seja direta e clara". Obviamente, essa leitura reforçou uma decisão que eu já vinha tomando.



(post editado, algo que raramente faço)

O adendo que faço aqui é: é chegada a hora do recolhimento, de pôr a casa em ordem, de rever prioridades, priorizar o racional acima de tudo e afastar as névoas. Certamente um post sobre este momento será escrito no futuro.