Ontem à tarde, li esta notícia, na Folha de S.Paulo.
Hoje cedo, fiz um negócio que me deu um prazer danado: trombei com uma mulher, dando-lhe uma ombrada que deve ter desequilibrado ela. Lembrei do filme Clube da Luta.
E concluí algo, do modo mais ingênuo e despretensioso possível: somos animais egoístas.
Eu não estive em todas as capitais do Brasil, mas asseguro: paulistano é muito chato, metido a intelectual, mesquinho e egoísta. Aonde quer que a gente vá, aonde quer que a gente esteja é assim: vc vai ver sempre uma pessoa estressada querendo sair na frente da outra, cortando a vez da outra. Dá-se o direito de querer sempre ser o primeiro da fila, não importa como. Dá-se o direito de ter sempre pressa, não importa a situação do outro. Dá-se sempre o direito de ser o que precisa -- antes de todo mundo -- ter direito, não importa o que estiver acontecendo.
Temos um site "Gentileza gera gentileza" e até vejo uns adesivos por aí. Na prática, pouco vejo isso. Vejo gente atropelando gente de todas as maneiras possíveis. Para nos tranquilizar com esmolas dadas na rua, com contribuições para supostas entidades filantrópicas. Para dormir com uma consciência tranquilamente hipócrita.
Como disse uma garota no twitter (a @ClaudiaBertrani): "Fim dos tempos, não é uma referência ao fim do mundo e sim dos valores da nossa sociedade". Falou e disse.
Não sei mais o que dizer, além disso.