Pensei muito antes de escrever este post. Talvez, já venha pensando há alguns anos. Por que? Eu sempre me considerei uma carnívora de mão cheia. Segundo minha mãe, quando ela estava grávida de mim, adorava comer churrasco. Depois que nasci, ela dizia que eu deveria me casar com um fazendeiro para ter sempre carne disponível à mesa. Não minto que durante diversas vezes, jantava 400g de picanha grelhada apenas no azeite e sal.
Mas de uns 3 anos para cá, um movimento começou a ocorrer comigo. Fui diminuindo a quantidade de carne vermelha ingerida. Recordo da última vez que fui a um rodízio de carnes: não via sentido em peças e peças de carne rodando dentro de um salão. "Senhora, quer parte A? Parte B? Parte C?" Comia e me sentia mal. Foi a primeira vez que esse sentimento tomaria conta de mim com essa força.
A outra vez foi quando decidi comer uma bisteca de porco. Temperei, deixei marinar... tudo certinho. Grelhei, comi. Poucas horas depois, estava com uma diarreia terrível, daquelas brabas mesmo. Era nítido que meu corpo não conseguia mais digerir carne suína.
Nesse meio tempo, comecei a lenta transição entre proteína vegetal e proteína animal. Ainda comia frango. Mas me sentia com o estômago pesado, da mesma forma quando comia carne vermelha. E não faz tanto tempo assim. Eu fui cortando lenta e gradativamente, numa velocidade rápida.
No ano passado, decidi parar de comer frango, por puro nojo ao modo de produção dos frangos que crescem entre 20-40 dias para serem consumidos. E os ovos? E como os frangos crescem? Peito de frango é saudável, tem certeza?
No começo deste ano, tive minha última experiência como "carnívora" de carne vermelha. fui fazer um feijão e coloquei uns pedaços de bacon e costela defumada. Cheiro maravilhoso, né? Quando fui comer um pedacinho da costela, meu chakra cardíaco começou a acelerar e uma imagem passou pela minha cabeça: a de um porco sofrendo na hora de morrer. Esta experiência era o que faltava para eu -- definitivamente -- parar de insistir.
Uns meses depois, numa madrugada trabalhando, resolvi achar uns vídeos que compartilho com vocês. São fortes, portanto, cuidado ao assistir. Fortes mas contundentes: se você continuar comendo carne vermelha, que seja a orgânica pelo menos. O mesmo vale para os outros tipos de carne e ovos.
Hoje em dia, está cada vez mais forte a produção orgânica. Embora ela ainda não seja valorizada, porque os vegetais não são bombados, os frangos têm carne dura porque são criados soltos. Esquecemos o sabor real das verduras, legumes e frutas. Estamos nos autodestruindo porque ingerimos 2L de agrotóxico por ano. A maior parte de nós nem bebe isso de água por dia (eu bebo).
Não estou inventando nenhuma dessas informações. Google aí e você vai conferir matérias e mais matérias.
Portanto, queridos leitores, ser vegetariano é uma escolha não apenas de proteção à matança sem precedentes de animais para o consumo comercial humano. É uma escolha saudável e orgânica -- no melhor sentido que essas palavras puderem ter. Como comentei com alguns amigos uns tempos atrás: não precisamos chegar ao dia em que teremos apenas insetos como fonte de proteína animal, certo? Ou proteína sintética. Ou proteína criada a partir de fezes humanas (pode pesquisar, está tudo disponível na internet). Pense nisso.
Mais uma vez aviso: se quiser ver o vídeo, veja. Mas é chocante. E pense que é assim que o bife vai parar na sua mesa (hoje em dia, talvez tenham criado técnicas "menos dolorosas". Mas um boi numa fila de abate sabe que vai morrer. Não precisamos ser humanos para saber isso). O segundo vídeo é da empresa Yamaguichi, famosa por seus ovos orgânicos.