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Minhas músicas favoritas de Isabella Taviani

Este já foi um blogue praticamente e inteiramente dedicado à ela: Isabella Taviani.

E esses foram momentos únicos que nunca esquecerei. Viajar pelo país, assistir a tantos shows em tantas casas diferentes lá na terra de Isabella, o belo Rio de Janeiro que eu aprendi a amar.

Mas, as circunstâncias de minha vida tomaram rumos que me afastaram da possibilidade de sequer conseguir a um show. Perdi toda a turnê do Carpenters Avenue. Assisti a um único show da turnê dela revisitando a carreira. E também assisti a um show da turnê Máquina do Tempo. Foram-se as épocas de ficar gravando vídeos, subindo no youtube, fazendo postagens aqui.

No entanto, meu amor por ela nunca mudou.

Minha admiração por essa que considero a mais bela voz feminina da MPB só aumenta a cada trabalho novo. Ouça um cd dela e ouça um show ao vivo — é a mesma voz. Sem desafinar, sem exagerar. Pura perfeição.

Há algum tempo que venho pensando em rever a minha lista de músicas favoritas dela. O álbum Máquina do Tempo mostra uma Isabella feliz e em paz. As músicas têm outra energia a que os fãs estão mais acostumados. A intensidade e a profundidade de suas letras atingem outros níveis agora.

Isso posto, exatamente no show Máquina do Tempo, uma música me tocou tão profundamente que me tirou lágrimas. E ela consta aqui, impossível seria se fosse o contrário!

01. Pontos cardeais

02. E se eu fosse te esperar?

03. Tudo em volta é só você

04. Falsidade desmedida

05. Quero mais é te perder

06. Recado do tempo

07. Todos os erros do mundo

08. Norte

09. Ivete

10. Luxúria

Obrigada, Isabella, por existir e por ser a artista quem é, a pessoa intensa e excepcional que você é por nunca deixar qualquer tipo de sucesso enevoar a alma incrível que você tem. Serei sempre sua admiradora e sua fã, aonde quer que você vá.

Qual a sua lembrança mais feliz?

 Confesso: nunca fui fã da série Harry Potter na época em que fez sucesso. Por que? Simplesmente porque tenho um certo gosto para ser do contra. Hoje em dia, há alguns meses para ser mais específica, retomei o gosto esquecido. Falta apenas ler os livros rs.

Dos inúmeros trechos de que mais gosto, o que mais se destaca, certamente, é quando Harry precisa aprender a se proteger dos Dementadores e com a ajuda do professor Lupin aprende a executar o feitiço do Patrono. Basicamente, para executá-lo é necessário encher-se da sua lembrança mais feliz, deixá-la tomar conta de você. Fácil, né? (tom de ironia)

Assim, eis a pergunta: qual a sua lembrança mais feliz?

Mas não é qualquer lembrança... na série, o próprio não consegue conjurar um Patrono potente porque a lembrança não era feliz o suficiente. Então, quando ele consegue se focar naquela que é a verdadeiramente a sua lembrança mais feliz e plena, ele finalmente consegue afastar todos os dementadores.

Todas as vezes que estou revendo os filmes pela milionésima vez e chego nessa parte, sempre me pergunto qual seria a minha lembrança mais feliz?

Na maioria das vezes, as pessoas acabam associando essa lembrança com a família, como é o caso do Harry. Acho uma pena no filme não detalharem mais sobre as lembranças dos outros, que com certeza são variadas.

Eu não consigo ter uma lembrança associada à minha família que me traga tanta felicidade.

Já pensei e repensei tanto sobre isso... mas a maioria das lembranças eu estou sozinha, em um momento de reflexão. O que não é "ruim" mas também não creio ser forte o suficiente. Claro que meu intuito não é conjurar minha Doninha (mas bem que gostaria para espantar uns Dementadores diários) mas realmente pensar sobre lembranças felizes. O que são lembranças felizes para cada um de nós?

Para as poucas pessoas a quem pude perguntar, ninguém sabe responder de primeira. É uma pergunta complexa. Você saberia responder?

"Felicidade" costuma envolver alguém ou alguma época mais feliz. Nunca somos felizes o tempo todo e mesmo assim não produzimos grandes momentos de felicidade o tempo todo. É mais fácil dizer o contrário, inclusive. É muito mais fácil produzirmos, infelizmente, momentos tristes, decepcionantes, angustiantes... os quais desejamos esquecer e não ficar lembrando.

Mas, a despeito disso, vivemos momentos felizes... pequenos, singelos ou grandiosos... eles existem em nossa vida. E eu elejo o meu: o dia em que a cantora que mais admiro, Isabella Taviani, abriu um show no Teatro Municipal de Niterói, há quase dez anos atrás, com uma música, uma música que eu tinha pedido para ela cantar (na verdade, vinha pedindo há um certo tempo e com bastante insistência rs).

Só de lembrar, meu coração acelera... relembro perfeitamente daquele momento (que eternizei em um post aqui neste blog). Foi uma total surpresa. Ninguém sabia. Eu fiquei sabendo na hora.

Foram dois shows, naquela época estava sem grana e só pude ir em um show, o segundo. E interessante que ninguém me contou da surpresa. A própria Isabella (que sempre interage muito com os fãs) perguntou da minha ausência, porque tinha uma surpresa para mim. E essa surpresa se tornaria a minha lembrança mais feliz.

Eu, no meu lugar quietinha, na primeira fila, vi quando uma luz se acendeu apenas sobre a Isabella e ela abriu o show cantando Pontos Cardeais. Só tive tempo de pegar a câmera (nessa época registrava tudo que podia nos shows) e perder os cinco segundos iniciais e gravar o restante. Gravar e guardar esse que seria o momento mais especial da minha vida: a cantora que mais admiro, cantando a minha música favorita (a capela), abrindo o show com ela (a única vez que ela fez isso em toda a sua carreira musical) e especialmente para mim.

Aquela voz linda, ecoando na acústica maravilhosa do Teatro Municipal, cantando uma música tão triste mas tão linda... 

Por sinal, essa é uma música totalmente subestimada, inclusive pelos próprios fãs. Somente os fãs raízes a conhecem e gostam dela, a maioria fica nos clássicos de rádio. Para mim, continua sendo a minha música número 1. Ouçam a versão de estúdio e os arranjos maravilhosos.

E qual a sua lembrança mais feliz?

Visitando o passado - IV

Seguindo com minhas postagens sobre as minhas visitais pessoais ao meu próprio passado, vou dedicar este texto a uma das personalidades que mais marcou presença neste blogue: Isabella Taviani.

Houve um tempo em que este blogue praticamente se tornou um ponto jornalístico que fazia relatos pós-shows: fotos, vídeos e, claro, texto! Era um prazer imensurável poder estar em praticamente todos os shows que a Isabella fez entre 2010 e 2012. Foi uma época em que morei no Rio de Janeiro, tinha liberdade de tempo. Conheci muita, mas muita gente bacana. Vivi muitas situações especiais, inusitadas. Acompanhei o pós-álbum Diga Sim, acompanhei o nascimento e toda a turnê do Meu Coração Não Quer Viver Batendo Devagar e o princípio do Eu Raio X. 

Tenho muitas lembranças irretocáveis desses anos: todas as filas de camarim, pessoas me reconhecendo em público por causa do meu blogue, todas as fotos que tirei com a Isabella, todas as coisas que ela me segredou e eu nunca contei para ninguém! (rs) e a principal delas: quando a IT cantou Pontos Cardeais para mim.

Mas, esse tempo passou... O álbum Eu Raio X veio, mudou a vida da Isabella e a partir desse ano, tudo mudou na minha vida também. De volta a SP, não tinha mais como ir-e-vir e viver de ponte aérea/rodoviária. Não criei mais momentos especiais, só criei saudade. Muitos desejos não realizados. 

E, não sem querer -- diga-se de passagem --, muitas pessoas que conheci nesse período se foram também. Não citarei nenhum nome aqui ou farei qualquer menção que possa lembrar alguém. O fato é que o tempo é o grande mestre da nossa vida: ele traz, ele leva. A você cabe apenas aceitar. E enquanto fatos estranhos aconteciam, coisas ditas e não ditas, as pessoas foram... para nunca mais voltar.

Algumas, obviamente, ficaram. E estão até hoje. Vocês sabem quem são, obrigada por suportarem ao teste do tempo!

E... Isabella. Quanta saudade de te ver ao vivo. Quanta saudade de ouvir a sua voz ao vivo. Saudade de te abraçar, sentir seu perfume maravilhoso (rs), rir com você, fazer perguntas indiscretas, te dar um presente especial que só eu sei comprar (sem falsa modéstia, adoro todos os presentes que dei para IT). A última vez que te vi foi em 23 de julho de 2014. São quase três anos de espaço. Hoje, 04/03/2017, você está mais uma vez aqui em SP e eu não posso ir te ver.

Bem, espero em breve voltar a revê-la pessoalmente! Acho que você não terá se esquecido de mim... rs

"E se eu fosse te esperar?" -- Isabella Taviani, SP, Teatro Bradesco

Isabella e os fãs que me perdoem, mas esse show tão aguardado em Sampa, da minha eterna e única ídola-mor -- Isabella Taviani -- será marcado para sempre porque ouvi pela primeira vez, ao vivo, uma das músicas mais lindas de todos os tempos: "E se eu fosse te esperar?"

Eu sei, eu tenho uma queda fatal por músicas "incomuns" podemos dizer assim. Nada contra os clássicos! Adoro clássicos. Mas gosto do diferente, ou seja, sou do contra. Mesmo. Por exemplo, do primeiro cd, a minha número 1 eterna é "Pontos Cardeais". Aquela canção é perfeita! Simplesmente perfeita! O sentimento é praticamente o mesmo em relação a "E se eu fosse te esperar?".


Eu não imaginava que essa canção seria cantada. Tantas músicas clássicas, tantas músicas novas... achei mesmo que veria o setlist básico dos show da turnê e as parcerias novas. Então... naquele exato momento em que vi o cara (Douglas Borsatti) com o acordeon no palco, meu coração disparou: "Ai, meu deus, ela vai cantar! Ela vai cantar! Ela vai cantar!!!".

Eu fechei os olhos e comecei a degustar a canção, enquanto tentava gravar com o celular. A viagem pelas notas do acordeon com a melodiosa voz de IT foi um êxtase, mesmo com algumas vozes desafinadas e destoantes ao redor! Para mim, essa música não é para ser cantada junto com a cantora, é para ser degustada!!! Mas tudo bem... o vídeo ficou uma m*rda, eu ainda vou tentar subir, quando o youtube permitir.

Amo profundamente a interpretação vocal de Isabella nesse tipo de canção. É uma perfeição divina, não tem outra descrição. É o timbre, a intensidade, a doçura... queria poder encontrar mais adjetivos. E falo isso nem porque sou fã (claro, isso colabora... rs) mas falo porque é exatamente o sentimento que me acomete. Quem for ao show e tiver o privilégio de ouvi-la... ouça. Não grite junto, não atrapalhe nem estrague a música: apenas ouça! Grite em casa, vendo o dvd! rs


As novas músicas são muito deliciosas: "Ao telefone", "Galega brasileira", "Eu queria ver você no meu lugar", "Se assim for". E o auge do show é Isabella cantar a releitura de um dos seus (talvez o maior) maiores clássicos: "Diga sim pra mim" em estilo forró-reggae. No dvd, a parceria com Elba é perfeita! Elba elevou a canção a outro patamar incrível. Ao vivo e sozinha, IT dá conta do recado, acompanhada novamente de Douglas e seu acordeon. "Diga sim pra mim" é uma nova música! Ainda mais linda!

Isabella, por favor, não demore tanto a voltar para São Paulo! Traga mais este Raio X para seus fãs paulistanos! Obrigada por TUDO!

As fotos postadas foram tiradas deste site e são de Teca Lamboglia!
Mais fotos na página oficial!

outro dia qualquer

Ultimamente, furacões de pensamentos e sentimentos indistintos, indissociáveis, irrefutáveis e inenarráveis têm se apossado de mim. Um dia nunca é igual ao outro. Não buscamos a perfeição da constância, porque isso é imoral nos dias de hoje. Dias de hoje? O que não está invertido? O que não está perdido?

Venho pensando na palavra “maledicência”. Se alguém fala mal de alguém para você, essa pessoa fatalmente falará mal de você para outrem. Não é?

Também uma palavra está reverberando em mim: expectativa e decepção. Como viver sem criar expectativas? E por que as pessoas nos decepcionam mais do que nos surpreendem?

Vivemos tempos estranhos... tenho preferido o silêncio a qualquer outra coisa. Tenho preferido a observação a ação. Tenho preferido a reflexão interna a pura prolixidade.

Eu confesso que crio expectativas! Mas uma expectativa frustrada é uma realidade decifrada, também. Eu tenho uma tendência muito grande a viver num mundo de ilusão... ainda vou achar o meio-termo do idealismo e a realidade.

Este é um post sem objetivo específico. Post de blogue, mesmo. Estou pensando que gostaria, talvez, de ser uma pessoa comum, sob duras camadas de “ignorância” porque a ‘ignorância é uma bênção’. É ou não é?

Enfim... no meio dessa tormenta, fico feliz em saber que as mesmas pessoas de sempre continuam ali ó... sem me julgar, sem me questionar, sem inventar futricos ou dizendo coisas porque não me entendem e... talvez não queiram entender. Não são nem uma palma de mão. É isso aí!

Aproveitando os últimos dias frios desta nova primavera. E feliz aniversário para a minha cantora eternamente favorita: Isabella Taviani! ;)

Essa merece post! ;)

Sexta-feira, 16 de agosto, dia aleatório.

Nem queria, mas resolvi comprar jornal. Não um, dois. Folha e Lance!. Sim, sou leitora do Lance!, não conheço nenhuma outra mulher que gaste R$1,50, com certa frequência, para ler notícias sobre futebol, especificamente.

Bem, eu gasto!

Estava lendo, folheando o jornal dentro do ônibus a caminho do trampo, quando de repente levo um susto! Na coluna do Álvaro Oliveira Filho, vejo uma foto conhecidíssima! E o título do texto? "O EXEMPLO DE ISABELLA".

WOW! Li em trinta segundos o texto. Muito bem escrito, fala sobre a verdadeira relação de amor de um torcedor com o seu time de futebol do coração. Álvaro relata que dias atrás, escutou a Isabella dar uma breve entrevista à radio CBN pouco antes de um jogo e entre Botafogo e Cruzeiro pelo Campeonato Brasileiro. A IT é muito conhecida no meio futebolístico por participar de programas, dar entrevistas, comentar mesmo! E o que eu mais gostei dessa matéria é poder apresentar aos leitores/torcedores paulistanos a visão de uma artista cujo mote maior é sempre o amor, em quaisquer circunstâncias -- e ainda mais como torcedora de futebol! Torcer pelo seu time é o que importa. 

Coincidentemente, penso da mesma forma. E desde a finada época de colunista esportiva do Parada Lésbica (escrevi uns 4 textos apenas), já criticava a relação fanática que perpassa os limites de 'ser' humano. Bom, a história toda mostra quais são as consequências de atitudes fanáticas. Quem sabe, não trago este texto de volta, já que ele não está mais disponível online.

Concordo com Álvaro e concordo com IT: "O futebol precisa de torcedores apaixonados, mas saudáveis. Que estejam sempre prontos para servir a seus clubes, e não para se servir deles."

A seguir, uma fotinha tirada do jornal e um vídeo meu, quando fui vê-la cantar no Engenhão! (nesse dia o Fogão goleou o SPFC por 4x1!!!)  ;)














A sina (ou bênção) das mulheres com voz grave

Primeiro post do mês de agosto!

Esses dias atrás, relembrei de uma história contada pela Isabella Taviani no último show no Sesc Ginástico. Aquele foi um show acústico, intimista, 'na madrugada', maravilhoso como toda show de IT pode ser. Mas, nesse dia, a contação de histórias estava solta. E uma dessas histórias foi quando um telemarketing qualquer ligou cedo para a casa dela. Ela tinha acabado de acordar... e todos nós sabemos como é a voz ao acordar: um horror.

Então a voz naturalmente mais grave (e que nem é tão grave assim...) de IT saiu mais grave ainda. E a pobre moça do telemarketing a chamou de "senhor". "SENHORA" pronta correção de Isabella. Mas a piada ficou. E eu ri muito porque eu sei exatamente o que é ter voz grave e como é sofrer com isso!!!

Aqui é algo engraçado. Mas, da minha parte, tenho de confessar que não é fácil chegar ao equilíbrio da autoestima quando o assunto é voz. Já contei vários tipos de bullying que sofri: do fato de ser japa é o principal deles. Ter voz razoavelmente grave foi mais um "agravador".

Eu me lembro que durante a adolescência não aceitava ter a voz que tinha. Não saberia, hoje em dia, precisar que tipo de tom era, mas sabia que não era "fininha" como a das menininhas.Talvez venha daí também o meu desgosto total por falar ao telefone.

E eu me lembro quando comecei a superar tudo isso. Lembro cada fato -- como se fosse ontem -- no exato momento em que impus a minha voz e vi que, sim, ela era grossa. Mas era minha. Era o meio pelo qual eu me expressaria para o mundo!

A primeira e mais marcante delas foi em algumas noites de karaokê no Japão. Ver minha voz ecoando em caixas acústicas me trouxe uma emoção e uma constatação de que ela era bonita! Ainda no Japão, eu gravava fitas k7 para mandar para a minha família. Ouvir o que tinha gravado era um exercício de percepção do que minha voz deveria significar para mim.

Alguns anos depois, eu gravaria versões caseira e acapella de músicas que gosto. E ouviria e ouviria depois... apenas para ter o prazer de me ouvir cantando. Meus desafinos e acertos. O contínuo exercício de ouvir minha voz, me aceitar e admirar a minha "impressão digital vocal".

A última vez, ainda nos idos de 1999, confirmou que fosse como fosse, a minha voz era minha, grave ou não, era eu. Num evento amador de lançamento de um livro editado e impresso comunitariamente com outras trocentas pessoas, cada fulano teve seus 5 minutinhos de fama no microfone. Era para ser legal, mas ninguém sabe falar em público. Voz maçantes, para dentro, etc etc. Ninguém mais dava bola para o que as pessoas estavam falando.

Quando chegou a minha vez, apenas disse "boa noite" e vi todos os rostos se voltarem para mim. Era isso! Era apenas isso! Não fosse minha voz grave, alta e bem imposta, eu seria apenas mais uma. E quem quer ser "apenas mais uma"?. Ali eu exorcizei quaisquer demônios que restassem em relação ao timbre de minha voz. 

Voltando a história da Isabella. Em um show (não lembro mais qual) ela comentou também já se sentiu insegura com a sua voz "grave". Se ela, que considero a mais bela voz do Brasil, passou por sentimento igual ao meu, pergunto: se houver alguém aí do outro lado da tela com o mesmo questionamento: mande todo mundo se danar!!! Voz fininha é chata de ouvir, dói o ouvido! rsrs Um timbre nunca deveria definir quem é uma pessoa. Todos têm prós e contras. 

Para finalizar este post, compartilho a mais bela canção do último cd de IT. Olha que bela voz "grave"... :)


Feliz aniversário 3.6 e show Isabella Taviani!

Dia 18 de julho está acabando mas ainda não acabou!

Muita coisa aconteceu entre ontem e hoje.

Ontem fui ao Rio de Janeiro, graças a uma folga concedida pela minha chefe. Eu precisava me dar esse presente de ver Isabella Taviani fazer um show meio-dia e meio, em uma plena quarta-feira, no charmoso teatro do Sesc Ginástico. E, obviamente, foi maravilhoso! Foi além de maravilhoso: IT e um violão, apenas, o público acompanhando sem gritaria e sem esperneio! IT fazendo uma versão maravilhosa de Ivete (música do primeiro cd) dez anos depois! IT anunciando gravação de dvd no Imperator! IT me abraçando... ah! E a Myllena e a IT cantando música inédita e mostrando a fina parceria? E a querida master Karla Rosalino que me doou um ingresso no meio da primeira fila. Sério? Tudo isso estava acontecendo???


Passei a tarde com Robertinha e Jeane. Elas me acompanharam até o cabeleireiro e eu pude cortar minha juba. Almoçamos. Depois eu e Jeane conversamos muito, comemos bolinho de aniversário. E eu fui vendo o dia morrer... Uma noite linda se iniciava! A cidade do Rio de Janeiro é meu segundo lar. Eu amo cada centímetro dessa cidade, mesmo os xixizentos!!! rsrs Amo a pressa calma do carioca. Até o calor! (tem ar-condicionado) Me sinto em casa no Rio de Janeiro. Quero muito voltar a morar nessa cidade, um dia.

Eis que o dia de hoje reservava a surpresa agradável dos meus companheiros de trabalho. Tenho o imenso privilégio de poder compartilhar a maior parte do meu dia com pessoas tão queridas. Ganhei bolinho, presentes... tudinho! Muitos e muitos parabéns por todos os meios de comunicação possíveis. Tanta energia boa confluindo... Um segundo e todas as atenções estão voltadas para mim. Confesso: eu gosto!!! rs

Uma antiga amiga me escreveu. Fiquei tão feliz!! Algumas pessoas que não imaginava que fossem se lembrar do meu aniversário (porque estão totalmente fora de facebook) me escreveram. Tudo isso apenas me faz pensar que a vida é eternamente cíclica. Um dia, estamos cá cheios de certeza supostamente finalizadas. Outro dia, a vida nos pega em cheio na surpresa inesperada, nos tirando de nosso eixo e nos mostrando, sim, ninguém tem razão. Apenas o amor tem razão!

Obrigada a todos que se conectaram a mim por um pequeno momento, neste dia tão importante para mim. Obrigada a todos e agradeço sinceramente, de coração, a todos os desejos. Um novo ciclo começa. E eu espero poder fazer diferente do que já fiz. Errar erros novos. Aprender novas lições!

E, obrigada, Isabella Taviani (mais uma vez!!!) por ser essa artista que é. Já falei isso aqui mil vezes e falarei outras mil, porque você representa muita coisa para mim. A sua voz, especialmente, é o meu maior bálsamo. Amo suas interpretações e a sua voz é a mais bela de todas, para mim. O show de quarta foi o melhor presente! 

Obrigada a todos e vamos seguir em frente com fé, força e amor!

Cinco momentos que gostaria de reviver!

Eis que começa a semana derradeira dos 35 anos! Semana que começou comigo acordando bem cedo. A caminho do trampo, me coloquei para pensar... e eis que me veio essa ideia: quais seriam os cinco momentos que você gostaria de reviver? A única regra é: momento que, obrigatoriamente, você não conseguirá nunca mais reviver.

Nisso, não pensei em nada ligado à família ou ao meu relacionamento amoroso. Próximos e intrínsecos demais com maravilhosos momentos criados constantemente! Pensei em situações isoladas, mesmo, que vira e mexe, eu suspiro e penso: "gostaria de estar lá de novo, para sentir o que senti".

Não demorou muito para eu encontrar esses momentos. Cada um traduz uma fase específica de minha vida.

Sim... e ainda penso nas pessoas que partiram, como algumas pessoas trazem saudades. Mas a escolha da ausência é maior que a saudade. E penso nas pessoas que ficam, e mesmo no silêncio são importantes. E penso nas pessoas que se vão e você se esquece delas.

Enfim, escolhi os seguintes momentos que gostaria de reviver. Estão listados por ordem cronológica crescente:

1-) Pôr de lua na praia, Mie-Ken, Japão, 1997
vira e mexe eu falo desse instante. Aqui no blogue foram algumas vezes. Escrevi inúmeros poemas. Foi marcante porque eu estava em outro lugar, vivenciando coisas inéditas. Estava sozinha, perdendo parte de minha ingenuidade e inocência. Era uma madrugada de um fim de semana. Sem sono, peguei a bike e o discman e saí. Não era perigoso. Era uma noite morna. Estava tocando o cd parceria entre Jimmy Page e David Coverdale. Take me for a little while nunca mais foi a mesma desde então. Aquela foi uma madrugada memorável: eu no píer, beira-mar, café quente, maço de cigarros e lua se pondo sobre o mar...

2-) Primeiro encontro com S., horas eternas de conversa, em 2004
eu já tive empatias 'mentais' com muitas pessoas. Mas esse encontro foi único. Não sei se vidas passadas, astrologia etc. explicam, mas fato é que quando conheci S. era algo único e diferente. Parecia mesmo que a gente não se via há séculos e precisava colocar a conversa em dia! Foram mais de seis horas de conversa ininterrupta: o tempo pausou e passou voando. Simultaneamente. Nunca tive isso antes e nunca tive isso depois. Acredito que nunca mais terei isso com ninguém. Hoje em dia, nossa amizade terminou. Confesso ter saudades das nossas boas conversas... quem sabe, um dia, em uma próxima vida, eu terei uma experiência como essa que tive, outra vez!

3-) Conversa pós-almoço sob uma árvore, com minha Filha, 2007
A Poliana sempre foi e sempre a pessoa que mais me entendeu e me aceitou -- isso considerando a época em que eu era mais Crisantemus Volcanus do que Cristiane Maruyama. A capacidade dela de me compreender chegou a virar apresentação no powerpoint! rs Brincadeiras a parte, eu e minha "Filha" (apelido carinhoso) sempre tivemos conversas épicas. Sempre falamos de tudo, sobre tudo, sem receio algum. Nesse dia, lembro que viajamos anos a frente, imaginando se ainda seríamos amigas e estaríamos compartilhando uma mesma cadeira ao sol, num lar de repouso para idosos. Recentemente, lembramos dessa conversa e do tom idílico que tinha... aquele era um momento perfeito que tinha acabado de se congelar em nossas lembranças... para sempre!

4-) Primeiro show do Bon Jovi, outubro de 2010
Não preciso dizer muito. Esperei QUINZE anos para ver um show ao vivo da minha banda preferida de todos os tempos!!! Não preciso dizer que chorei e que ouvir ao vivo todas aquelas canções que tinham salvado a minha vida um dia era o ápice que eu nunca tinha imaginado. Este ano tem mais!!! Graças aos bons deuses!!!

5-) Show de Isabella Taviani, no Teatro Municipal de Niterói, agosto de 2011
Já fui a quase vinte shows da IT. No entanto, por mais que todos tenham suas particularidades especiais (e, por Deus, como têm!) o show no TMNIT no dia 07 de agosto de 2011 sempre será o melhor de todos para mim. Pois, foi nesse show que a Isabella cantou Pontos Cardeais, acapella, na abertura do show. Inesquecível. Escrevi um post falando isso mas só que tem esteve lá sabe como foi!!! AH! *longo suspiro*

E você? Quais seriam seus cinco momentos que você gostaria de reviver???

Isabella Taviani e o último raio X de 2012: Teatro Rival

Demorou para eu escrever este post (o maior motivo deles: Corinthians campeão mundial 2012! rs) mas cá estou para deixar aqui registrado como foi a revelação do último raio X de Isabella Taviani neste ano. 

Dois dias de shows: 14 e 15 de dezembro. Cenário: Teatro Rival BR. Show de banda NOVA e completa e cenário completo. Tinha tudo para ser maravilhoso. Madrugada adentro do dia 14/12 só se lia no facebook a euforia dos fãs de como tinha sido o show. Eu iria conferi-lo apenas no dia seguinte.

Quando pisei no Rival, lembrei de como essa casa de show é maravilhosa. Agora, recordo, que a última vez que tinha estado lá foi em março de 2011, muito tempo! Nesse show, para quem não se lembra, teve a participação de Frejat formando um maravilhoso com IT. No dia seguinte, participação de Luiza Possi e Myllena

Nesta vez, foi a primeira apresentação do EU RAIO X no Rival. E ao entrar, eu já sabia porque seria lindo: ingressos totalmente vendidos para os dois dias. Muita gente ali querendo ter o privilégio de ver a Isabella como presente de Natal!

Primeiro destaque para o cenário menor, compacto, com as paredes totalmente forradas com os raios X enviados pelos fãs. Lindo. Segundo destaque: a banda nova. Que p*ta banda, que energia! Eis a banda nova: Felipe Melanio (ou Milenium, segundo a IT... rs), Lúcio Vieira (participação apenas nos dois shows do Rival), Arthur de Palla e Sérgio Morel. Deram a base para um IT rockeira nos apresentar o mais rock de todos os shows que já vi até hoje! :)

Todos cantaram intensamente, participaram ativamente... e a Isabella mais uma vez se entregou, se doou, lavou a alma e expurgou seus fantasmas e suas dores. Ela olhou para todos os cantos do Rival, cantando para cada um dos fãs ali presentes. Mais uma vez cantou "Castelo de Farsa" para a minha alegria! E aqui fica a pergunta: "Não vai mais cantar Mulher Sábia"? rs

 Cada vez que vou a um show de IT vejo que NENHUM é igual ao outro. Há um roteiro a ser seguido, mas Isabella é espontânea demais para se repetir. E os fãs reconhecem isso. Aplausos e mais aplausos para reconhecer essa artista única. Pois cada vez que vou a um show, vejo quadros e quadros pintados diante de meus olhos. E vejo mais um capítulo da história sendo escrito, ali, ao vivo.


Isabella, obrigada por sua entrega no palco, por seu amor, por sua energia, por suas canções. Obrigada por este maravilhoso 2012!!! Que o próximo ano seja coroado com mais shows esgotados, com parcerias novas, com releituras de canções inimaginadas e... com dvd! Tomara!

Para quem perdeu estes dois shows no Rival, nos dias 22 e 23 de fevereiro tem mais! Nos veremos, até lá! Compre no local ou no site do Ingresso.com. Meu álbum completo do show de sábado, no Rival, está aqui.

Mais uma vez Isabella Taviani... desta vez: Tom Jazz!

Não era para eu ir ao show da Isabella Taviani, no Tom Jazz, em São Paulo. Mas, os bons ventos conspiraram e eu pude estar lá. Graças a Deus!

Casa lotada, ansiedade grande. Tinha esquecido como era bom o clima intimista do Tom Jazz. Vi muitos rostos de muitos fãs que não tinha reparado antes. Vi várias carinhas familiares... e, mais uma vez, fui levada pelo mesma magia que preencheu o TMNIT quando Marcos Moletta começou a introdução, ao violino, de "Digitais".

Foi um show lindo. Foi lindo ficar observando como as pessoas cantam e assistem à IT. Foi o primeiro show em que não peguei na câmera para fazer nenhum registro, foi a minha irmã quem tirou as fotos. E assistir ao show, assim, é outra coisa. É apreciar os detalhes dos artistas no palco. É observar todos os fãs cantando, uns em lágrimas, outros efusivos... todos ali para curtir e apreciar a querida Isabella.

O setlist trouxe algumas surpresinhas reservadas para o dia em que a querida Myllena faria uma participação especial. E, confesso aqui: ver as duas cantando juntas "A imperatriz e a princesa" sempre me traz uma emoção tão grande que não resisto às lágrimas. É uma energia nítida evocada e emanada por elas, que não é uma mera interpretação de uma canção. Arrisco dizer que essa canção é uma pérola que será reconhecida como um ponto de referência no cenário musical brasileiro... um dia!

Queria agradecer à IT pela oportunidade de poder assistir a esse show, de poder ver -- pela primeira vez -- "Castelo de Farsa" ao vivo. Eu simplesmente amo essa música desde a primeira que a ouvi. Por uma noite maravilhosa. Por um show que nunca repete o anterior. Por shows que nunca são iguais uns aos outros. Por essa interpretação vocal em múltiplos ângulos e leituras que deleitam meus ouvidos. Muitos cantores -- com todo o devido respeito -- cantam em um único plano. IT é, no mínimo, 3D. Diria que são múltiplas dimensões.

Semana que vem tem mais. E os cariocas que lerem este post e não souberem do show de IT no Teatro Rival, sábado e domingo (14 e 15/12), por favor, comprem seus ingressos: show com banda completa. Imperdível!

Pequeno álbum completo desse show aqui.

Isabella Taviani no Teatro Abril - má-gi-co

Faz apenas algumas horas desde o show da minha ídola Isabella Taviani, no Teatro Abril. Mas eu precisava escrever tudo isso antes de ir dormir. Não estou com adrenalina, estou com uma sensação que há muito não sentia... e ainda não sei descrever.




Minha opinião, mas este show foi o melhor dela, neste ano. Por que? Porque, pela primeira vez, não tinha fãs afoitos (o que é compreensível, mas nem sempre admissível) gritando por toalhas, palhetas, etc etc etc... Havia uma plateia que queria ver a cantora cantar: o essencial, certo? Mas, na opinião desta modesta pessoa, esse essencial estava perdido em algum lugar...

Isabella não estava 100% bem. Era nítida a sua concentração para não perder a voz, não desafinar... (tossiu algumas vezes e confesso que fiquei com medo dela estourar a garganta, tal qual aconteceu com Adele [história contada pela Jeane]). Nesse momento, confesso ter ficado tensa. Ela moderava a voz para dar um agudo que ninguém diria que ela conseguia. Mas, IT é IT, certo?

O repertório seguiu praticamente as mesmas músicas desde o primeiro show da turnê EU RAIO X, mas desta vez, Myllena não esteve presente e IT não cantou "A Imperatriz e a Princesa". No lugar, a clássica, e não menos imprescindível, "Iguais".

O Teatro Abril é uma casa maravilhosa para shows. Confortável, bem localizada, com ar-condicionado que funciona e seguranças com caras feias, mas educados. Sentei na primeira fila, ali no meiozinho de tudo, e confesso aqui algo que nunca tinha vivido: toda vez que a Isabella se aproximava da beira do palco, eu sentia o seu perfume. Perfume esse que ela disse que nunca irá revelar qual é, mas que eu já senti inúmeras vezes quando ela nos recebia no camarim. Essa coisa cinestésica, confesso, me envolveu de forma única!

Desta vez não pude ficar para a tradicional foto com abraço no camarim. É claro que eu gostaria muito... quem sabe no Rival? Mas ela sabe que eu estive lá. Fiz fotos maravilhosas... pude ser testemunha de um show onde as pessoas queriam vê-la cantar unicamente, com educação e respeito aos outros... que mais posso dizer? Obrigada, IT, por mais este presente para esta sua eterna fã!

Feliz Aniversário, Isabella Taviani!

Hoje é 08 de outubro, dia em que muitas pessoas de libra nasceram no mundo... mas, em especial, a minha cantora favorita, especial, ídola-mor no Brasil: Isabella Taviani.

Não vou dizer nada de novo que nenhum fã já não deva ter dito. Não me atreverei a querer ser ousada... porque o que importa é a energia positiva reunida de tantas e tantas partes do Brasil... do mundo.

Aqui, o que posso desejar é que a sua alma artística nunca deixe de se manifestar. Que continue escrevendo canções lindas que nos emocionam das mais diferentes formas. Que continue sendo forte para enfrentar todas as energias contrárias. Que continue, assim, magnânima e humilde... e que nunca deixe de cuidar tão bem de seus fãs.

FELIZ ANIVERSÁRIO, IT! Que o Universo sempre conspire para que todos os seus sonhos se tornem realidade. E que você NUNCA deixe de ouvir seu coração e seu intuição.

beijo desta fã que nunca te abandonará.

O que é ser fã?

AVISO: este é um LONGO post. Não consegui resumir o assunto... precisava abordar tudo que escrevi aqui. Mas, sugiro: leia tudo até o fim.

Acredito que muitos que lerem este post não vão gostar do que lerão aqui. Ou, talvez, não concordem minhas palavras, preferindo um outro ponto de vista. Ou, até concordem, mas com ressalvas. A questão maior que me fez escrever este post é uma sensação que me acompanha desde outubro de 2010, enquanto estava aguardando o show da Isabella Taviani começar, no Tom Jazz.

Coincidiu naquele dia de eu ir sozinha assistir ao show. Comprei a mesa mais perto do palco, estava vazia. O que eu não previ é que se sentariam ali quatro pessoas estranhas, algo totalmente inimaginado, ainda mais num show de IT.

Me empolguei pelo fato de estarem quatro estranhas ali e comecei a puxar assunto, afinal, se as pessoas estavam ali era por algo em comum. Foi uma conversa simples e agradável até cair no assunto camarim. Uma das pessoas, uma mulher de mais de 50 anos, tímida, disse que nunca tinha tirado uma foto com a Isabella, nem autógrafo, nem nada. E eu incitei-a ficar depois do show para fazer isso. Ela não quis. Foi tácita na afirmação: "Eu fui a todos os shows dela aqui em São Paulo e isso me basta, não tenho vontade de tirar foto com ela, não por ela, mas não gosto disso."

Mal sabe essa mulher o tamanho da semente que ela plantou na minha cabeça ao afirmar isso...

Primeiro que, naquela época, não achei que uma afirmação assim fosse possível. Como assim? Você vai a todos os shows do seu artista favorito e não tem vontade de ficar mais perto dele para uma foto ou um eventual abraço? Como assim?

Pois bem, façamos uma pausa.

Recentemente, a própria Isabella teve um problema com camarim no show de lançamento do seu novo cd, aqui em Sampa. E mais uma vez, me vi diante da mesma situação que se prostrava diante de mim, porém na outra ponta extrema. E isso me incomodou muito, muito! Porque me lembrou aquela mulher, de dois anos atrás, no show do Tom Jazz.

Nesse meio tempo, lembro de ter discutido com a Cláudia Bertrani sobre o que é esse frisson em cima do artista. Consumimos o artista ou a sua arte? E lembro que não chegamos a um senso comum.

Voltemos para o tempo de agora.

Cenário, show no belíssimo teatro de Niterói, da mesma Isabella Taviani (obviamente, uso-a como exemplo, porque é a artista de quem mais sou fã -- talvez a única artista -- aqui no Brasil). A mesma fila do camarim. Senti um cansaço de quem está farto de ver os mesmos cenários se repetirem com uma certa insistência. Fiquei observando. Aliás, ser observadora é uma de minhas maiores características. Fiquei observando. O antes, o durante e o pós-show. No domingo, a cantora estava cansada, mas mesmo assim -- e imagino, temendo a represália que foi no show em Sampa --, atendeu a 30 pessoas, eu incluída. Naquele exato instante, comecei a não ver sentido em um MONTE de coisas.

Conversando com a minha irmã, ela me fez uma pergunta simples que eu não soube responder: "Se você já tem uma foto com o seu artista favorito, um autógrafo, por que precisa fazer isso em TODOS os shows?". O fã é fanático, certo, as palavras têm a mesma raiz. Essa é a única explicação.

Agora, analisando todos esses dados na minha cabeça, vou falar sobre o que é ser fã. Para mim, ser fã é ser -- acima de tudo -- fiel. Você é fiel ao seu artista, mesmo que ele comece a cantar um gênero que você não gosta, que inove tanto a ponto de ficar irreconhecível em um álbum. Ser fã é acompanhar o artista em tudo o que ele faz. É também ser crítico quando ele faz algo horroroso. É defendê-lo quando vierem falar mal, ainda mais sem argumentos (que é o que acontece). E o principal, ser fã é RESPEITAR o artista. Criticar, sim. Respeitar, sempre. E é nesse ponto que quero falar a respeito.

Quando um fã desrespeita o artista, para mim, não é mais fã. E o que é "desrespeitá-lo"? É fazer isso: principalmente xingá-lo porque ele não pode abrir o camarim. É exigir que, mesmo em condições pessoais não boas, o artista abra o camarim. Estou vendo isso com uma frequência cada vez mais em relação a IT o que me faz temer que chegue o momento em que ela não atenda mais ninguém. E isso NINGUÉM quer que aconteça, certo?

Outra coisa que me incomoda muito é fã que quer privilégios. TODOS OS FÃS SÃO IGUAIS. Não precisa haver estatuto que determine isso, porque se trata de bom senso. Todos pagam o mesmo valor pelo ingresso, todos compram o mesmo cd, todos gastam a mesma quantia e todos (uns mais, outros menos) fazem seus sacrifícios para poder estar presente num show. Então, por que privilégios? Não é o artista quem determina os privilégios -- porque pressuponho que para ele, todos somos iguais. É o fã que se autodetermina especial. E isso, cansei de ver em TODOS os shows dela que fui.

Okay, estou me baseando apenas em uma cantora para supostamente generalizar um assunto. Não estou generalizando, embora pense que essa regra valha para todos os fãs de todos os segmentos. Basta parar, analisar e concluir.

Eu -- como fã de Isabella Taviani -- tenho respeito pela artista. Consumo a sua arte e consumo a artista como nunca fiz com nenhum outro ídolo antes (talvez o Bon Jovi seja o mais próximo disso, pois considero meu amor pelos dois no mesmo patamar). EU RESPEITO a artista e RESPEITO outros fãs, porque não sou a melhor, não sou a única. Tenho o privilégio de morar em São Paulo e transitar frequentemente pelo eixo Rio-SP, o que me permite estar perto dela várias vezes ao longo de um ano. Já tirei muitas fotos com ela. Já senti a frustração de não poder dar o abraço no fim de um show. Fico na fila, como todos, esperando a minha vez de ser atendida. Não quero privilégios, não quero pulseiras vip. Não deu, não deu. Paciência. Não faço fofoca da vida pessoal dela, por mais que até saiba de algumas coisas que muita gente não sabe. Pra quê? Pra me mostrar mais? Não. Não quero e não preciso de nada disso.

Eu determinei um "estilo" de fã quando comecei a segui-la. E confesso que me inspirei muito na minha Xará Barufi: discrição sempre presente. Não sou de gritar, de me descabelar e de chorar ou exigir toalhas ou palhetas (meu sonho é ter uma palheta, quem sabe?). Sou participativa e faço a máxima divulgação que eu puder fazer. Não na hora que convém, mas sempre! Tiro fotos, faço vídeos, escrevo neste blogue. Não faço para chamar a atenção para mim mesma. Faço porque esse é o meu estilo de ser fã.


Falei tudo isso nunca com a intenção de julgar alguém em específico ou um grupo específico ou qualquer coisa do gênero. QUE ISSO FIQUE BEM CLARO. Falei porque tenho um ponto de vista e tenho o direito de expressá-lo. Não estou impondo a minha forma de pensar, apenas expondo-a.

A ideia final é deixar isso para cada um de vocês que chegou até o final deste post: você é o fã que respeita ou não o artista? Você é o fã que respeita outros fãs ou quer privilégios para você?

Agradecimentos especiais a aquela mulher que vi só naquela vez no Tom Jazz, a Cláudia Bertrani, a minha irmã e a Cris Barufi: graças as nossas conversas, surgiu este post. 

Isabella Taviani e o segundo raio X: HSBC Brasil/SP

Neste exato momento em que escrevo estas palavras, são 08h10 da manhã de domingo. Acredito que a maioria que esteve presente no show da Isabella Taviani na noite deste sábado esteja dormindo. Mas, eu não. Ainda não.Eu não consigo dormir!!! Além disso, quero fazer o meu singelo e já registro de costume... antes de ler o registro no blogue da IT. Vai ser interessante e ver duas visões da mesma situação...

Pois bem, do meu lado, devo dizer o seguinte: foi um show FODA! (com o perdão da palavra) Como há muito eu não via e não sentia! Um show de casa lotada, gente de todas as idades, fãs novos, fãs antigos, muitos fãs cariocas! Fãs de todo o Brasil: mais uma vez!

O público paulistano nitidamente estava SEDENTO por um show. Se minhas contas não estiverem enganadas, o último show da Isabella tinha sido em outubro de 2010, no Tom Jazz. E esta sede se converteu numa energia calorosa, intensa... que inundou o HSBC. Assistir a um show IT simplesmente ultrapassou as barreiras de ser apenas uma apresentação. É uma reunião de pessoas que têm o prazer de estarem ali, compartilhando o amor por Isabella. Somado, então, a essa imensa ausência... parecia uma verdadeira explosão. E, na minha opinião, com um show muito mais intenso e emotivo do que foi a própria estreia no Rio de Janeiro, num post que já contei aqui.





As letras todas estavam na ponta da língua, tanto para os velhos como para os novos sucessos. No palco, uma alteração crucial mudou radicalmente o visual do cenário: canhões de luzes magníficos deram lugar ao excesso de gelo seco do primeiro show. Essas luzes iluminavam o palco, o negatoscópio, IT, a plateia... elas estavam sincronizadas em uma dança milimetricamente arquitetada em ritmos e cores hipnóticos. Destaco as luzes para a música "Raio X". Pequenos canhões de lasers azuis simularam raios que cortavam os feixes de luz num efeito visual belíssimo.

Na minha opinião, o show teve dois pontos altos: a performance de "A imperatriz e a princesa" e "Roda gigante". Por que? Na primeira música, acompanhei, pelo telão, o exato momento em que Myllena cantou o primeiro verso da música. Ela estava emocionada... com as mãos ligeiramente trêmulas. A voz embargou em vários momentos. Tanto ela como Isabella também estava emocionada. O público aplaudia. E eu, copiosamente, comecei a chorar... lágrimas que não paravam de sair. Não há palavras para isso, elas não são necessárias. Estava tudo ali. Simplesmente isso. O término da fábula, com todos dançando... rindo e sorrindo. Era isso!





O segundo ponto alto foi "Roda gigante" porque a Isabella parou a música quase na metade para afinar o ukulelê. Demorou bons minutos... mas mesmo diante da imensa plateia, a cantora não se sentiu intimidade. Estava confortável, em casa. Afinou o violão, conversou com todos... e cantou novamente. Sob uma chuva de mais aplausos.

Quem pôde estar presente nesse show com certeza sabe de todos os motivos que nos fazem gostar de Isabella Taviani. Estava ali, tudo escrito na química inquestionável de artista e palco.  Era como se cada pessoa presente fosse também um raio x revelado da própria Isabella. Cada um de nós. Numa troca invisível, mas nem por isso menos intensa...



Para mim, especialmente, foi um momento mágico e delicioso!!! Minhas amigas cariocas fizeram a ponte Rio-SP que eu tantas vezes já fiz! Fafá Barbalho, Karla Rosalino, Zureni Silva, Camille Hungria, Bruna Oliver. Me senti "em casa" no meio de tanta cariocada. Conheci pessoalmente, pela primeira vez, as queridas Nandah Meyrelles, Milene Campos e Cláudia Bertrani. Revi Carla Piolla, Fernanda Om, Paulinho Nunes, Moema Andrade.


E, para finalizar, minha irmã, Tatiane Maruyama, fez todas as fotos deste show. Ficaram perfeitas! Obrigada, Sis: o crédito é todo seu!!!

Isabella, obrigada por mais este show maravilhoso que ficará eternamente na memória de cada um de nós. Myllena, obrigada também por tanta entrega no palco. É um privilégio poder assistir a um show de IT e é uma alegria imensa poder testemunhar IT e Myllena no palco, juntas. Já espero pelo próximo show!!!
Mais fotos no perfil do meu facebook.

A transparência de Isabella Taviani

Bom, não é nenhuma novidade que eu sou fã declarada da cantora Isabella Taviani. Hoje, de novo, vim trazê-la como assunto para este blogue para compartilhar e comentar a recente entrevista que ela concedeu para a revista Istoé Gente desta semana. Parte dessa entrevista você pode conferir online neste link.

Existe uma teoria que diz que nada existe sem a inveja de um algo que já existe. Ainda nessa linha, tudo é imitação de algo que já existe no mundo das ideias. Nada é novo. Tudo é imitado e, dependendo do caso, trata-se de uma imitação de segunda mão.

Não vou discutir filosofia com os pensadores renomados que formularam essas teorias. Mas fazendo a aplicação da teoria na prática, quero perguntar aos leitores deste blogue: baseados em que poderíamos afirmar que, dentre as atuais cantoras da mpb que conhecemos, alguém é imitação de alguém? Inspiração e movimentos musicais existem. E acho que é só, não é? Porque trata-se de ofender tanto ao imitador como ao imitado falar que fulano é cópia ou imitação de alguém. Assim, se eu tivesse de rebater aos argumentos filosóficos, diria que -- sim -- até podemos imitar. No entanto, somos seres únicos, e mesmo nossa imitação (se assim for) também será única.

Bom, a introdução serviu para rebater a insistente teimosia (para não chamar de outra coisa...) que muitos têm de comparar Isabella Taviani e Ana Carolina. Já falei aqui várias vezes que não é por causa de um timbre grave (e, notem, é apenas este o quesito apontado) que as cantoras devem ser classificadas. Aliás, para quê classificação? Para quê comparação? Precisamos de bases, sim, mas para saborear as nuances, diferenças e similaridades e não para aumentar ou denegrir um artista.

Gostei da forma com que IT falou (mais uma vez!) sobre esse assunto. Mas essa foi a "menor" das 'polêmicas'. Isabella também abriu o verbo sobre sua vida pessoal de uma forma que eu nunca presenciei antes. E não o fez para chamar atenção para si (como vemos, sempre...). Fez para mostrar quem ela é. Estando implícito ou não, para muitos pode ser fácil falar da própria vida pessoal, enquanto para outros ela é privada. Para IT nunca houve essa dicotomia de "público" e "privado". Quando chegou a hora de falar, ela falou. De maneira clara, honesta... de uma transparência e simplicidade raras hoje em dia.

E esta é a nova artista! Eu, que a acompanho desde 2008 (pouco tempo), assumo com alegria incondicional este orgulho de ser fã de seu trabalho. Quatro álbuns de estúdio, amadurecimento, autotransformação e coragem para se autoabordar sem vergonha, sem preconceitos. A libertação dos relacionamentos anteriores (com gravadora, vida pessoal, amigos) é nítida e inspiradora. Ela não está mais presa às amarras daquilo que é esperado dela como artista, como ser humano, como mulher.

Para quem tiver a oportunidade, pegue as últimas páginas da revista e leia. Se você ainda não ouviu nada além daquilo que apenas toca nas rádios, vá ao google e cace algo novo e ouça. Isabella não é militante de nenhuma causa específica. Ela é militante da coragem que reside na alma dela. E é isso que você vai sentir quando for verdadeiramente tocado pelas coisas produzidas por essa artista.

Confesso: para mim, não existe voz mais melodiosa na mpb. A voz aveludada de Isabella Taviani é a que mais agrada, em todos os níveis. Sua interpretação visceral no palco: intensa e audaz -- como já foi; intensa, audaz e madura -- como é. Para quê comparações? Para quê limitações fonográficas e comerciais? Não há nada para camuflar. Verso e frente... você sempre será eternamente assim.

SHOW: HSBC Brasil, em São Paulo, dia 16 de junho, 22h. Eu estarei lá para conferir o segundo show da turnê EU RAIO X. Quem sabe não nos vemos lá? Showzaço, fica a dica!!! Abaixo, dois vídeos meus feitos no show no Citibank Hall, Rio de Janeiro.



Isabella Taviani e o primeiro raio X: CitibankHall/RJ

Vinte de cinco de maio de 2012. O primeiro show da turnê para lançamento do cd EU RAIO X de Isabella Taviani. Local: Citibank Hall, Rio de Janeiro.

Ansiedade imensa de tantos lugares do Brasil inteiro. Um show independente originado de um cd independente. Uma Isabella nova, desnudada, expurgando o passado e se abrindo inteira para um futuro inteiro. Um show para comemorar o amor, a coragem, a esperança e a vida.

1.230 radiografias dispostas em uma imensa cortina que era cortada por canhões de luz de diversas cores. Uma cantora que trocou de figurino três vezes ao longo do show. Uma intensidade mediada por aquela experiência de vinte anos de estrada. 

O show foi inteiramente focado nas músicas do novo cd EU RAIO X. Para minha IMENSA tristeza, ela cantou todas menos a que eu mais esperava ouvir: "E se eu fosse te esperar?". Por quê? Não sei... mas sei que será um pedido que farei a ela assim que puder!

A casa estava lotada... com um pouquinho de atraso, o show começou... mas o que se seguiu foram quase duas horas que passaram voando. Além de quase todas as músicas do último cd, várias releituras dos clássicos... com uma roupagem mais rock que me agradou e tenho certeza de que agradou a todos ali!

Eu estava vislumbrada com a energia dos fãs mais antigos, dos fãs novos, dos presentes, dos que não puderam estar ali, dos que vieram de longe -- de vários estados do país: Manaus, BH, Salvador, Porto Alegre, São Paulo... a banda nova (não me recordo do nome do novo guitarrista e do baterista) tinham uma química nova... que sei que ainda vai explodir muito! O baixo de André Vasconcellos maravilha. E a participação especialíssima de Pedro Braga foi um ponto lindo do show.

A voz de Isabella tão clara e límpida... pura e branca... mais do que sempre já foi. Suas habilidades vocais ecoaram pelos corredores do Citibank não em gritos, simplesmente, mas com interpretações viscerais... não me canso em dizer que a voz de Isabella é uma das mais belas da MPB. Mesmo! E em todas as vezes que a ouço ao vivo, eu mais me certifico disso!

A queridíssima Myllena assinou os textos que foram lidos pela Leilane Neubarth em alguns trechos do show. Uma pequena "mistura poética" (se me permitem dizer...) de pequenos trechos de músicas da própria IT abriram o show. E, antes de A Imperatriz e a Princesa, outro belíssimo texto deu o tom do que estaria por vir e que, na minha modesta opinião foi o cume do show: IT e Myllena, Imperatriz e Princesa Amarilis, respectivamente, presentearam aos que ali estiveram, com uma interpretação da música homônima. Havia lágrimas... havia alegria, havia amor. Fiz um vídeo dessa canção que está ao final deste post e pode dizer tudo que não consigo dizer com palavras...

A distância e a frieza do palco do Citibank foram esquecidos totalmente quando o show ia acabando nos primeiros acordes de "Mulher Sábia". Era o fim daquele show... mas o início de muita história que será escrita. E que venha! Isabella, você -- que sempre ouviu seu coração -- já sabe que está no caminho certo. E, nunca se esqueça: eu sempre estarei contigo, onde quer que seja.

Aos que perderam, dia 16 de junho, HSBC Brasil em São Paulo, segundo show da turnê. Imperdível.



Revelando o "Eu Raio X" de Isabella Taviani


Não sou crítica de música nem tenho conhecimentos musicais suficientes para escrever um texto que se dignifique a ser chamado de “texto crítico”. Mas sou fã de Isabella Taviani. E como acontece comigo em relação a aqueles poucos artistas de quem me considero “fã de verdade”, posso falar o que entendi, o que senti, o que gostei e o que não gostei.

A primeira pergunta que me vem é: o que é um artista para você? Um eterno fingidor, como diria Fernando Pessoa? Ou um eterno transmissor e expurgador de nossas dores, de nosso pensamentos mais íntimos? Isabella Taviani é sinônimo de intensidade, ardor, rancor, amor... já eternizada entre tantas músicas clássicas que já conhecemos.

E IT também é artista. Não podemos esquecer disso. E, na minha humilde e modesta opinião, uma artista de mão cheia. Com formação em canto lírico e teatro, vocês imaginam as amplitudes que isso pode alcançar? Na última turnê, tive o privilégio de assistir a 15 shows, ao longo de três anos. Eu vi vários espectros do alcance artístico de IT. Vi a entrega, vi o ardor. Vi a performance, o improviso.
Ouvir EU RAIO X significa não apenas ter o RAIO X desnudado da pessoa (e artista) Isabella Taviani. Significa ver o real amadurecimento de uma cantora que, sem gravadora, parece que ficou livre das amarras comerciais (que vemos aos borbotões...) para se desnudar. É um mix de tantos estilos musicais, diferentes entre si em sua primeira aparência. Mas uma observação mais apurada revelará que as escolhas não foram aleatórias. Seria ingenuidade pensar isso.

Não à toa, ela também escolheu trabalhar com André Vasconcellos, com quem trabalhou em seu primeiro cd. Ela mesma afirmou estar entre músicos queridos e amigos – uma grande família. E num ambiente assim, podemos ser nós mesmos, sem receio algum.

E é isso que eu vi em cada uma das faixas presentes no cd. Um mix de vários artistas, começando com a homenagem aos dramas românticos rasgados a la José Augusto visto na música “Estrategista”. O maravilhoso acordeon tocado por Alessandro Kramer em “E Se Eu Fosse Te Esperar?” que lembra tanto os xotes de Dominguinhos (obrigada à minha irmã que me auxiliou neste conhecimento musical tão específico). Imagino os casais dançando um forró nessa música.

E, ainda, tem uma música que se inicia espanholada e termina num funk meio ‘Fernanda Abreu’ na deliciosa música “Mulher Sábia”! IT assustou os fãs dizendo que ia criar um batidão... e criou, sim, uma música especial para mulheres especiais! rs Já to imaginando o povo se acabando no final do show...

Uns podem até achar suas semelhanças em “Encaixotei minha paz” com uma cantora que, mesmo depois de mil anos, ainda insistirão em comparar (com aquela que não dizemos o nome..rs). Crítica clichê de quem – de fato – não entende nada de música. Arrisco dizer que IT pode até ter feito de propósito para mostrar que, sim, podem ser parecidas. Mas, ouça e verá: não são.

E a música: “A Imperatriz e a Princesa” uma fábula celta maravilhosa... essa, sim, música corajosa para os atuais padrões musicais brasileiros! Uma ode a um amor entre duas mulheres. Que canta e louva a alegria, a coragem, a esperança.  


Por outro lado, “Contradição” lembra um rock meio blues dos anos 70. Uma guitarra de Marco Vasconcellos rasgando notas absurdas. Adoro essa música! E IT tocando ukelelê em “Roda Gigante”? Outra música com melodia e interpretação vocal especiais! Eu achando que era cavaquinho... não! Bem, não deixa de ser um. Que instrumento com som delicioso!

E, finalmente, “Raio X”, música que dá título ao cd. Escrita pela parceira musical Myllena (que também participa de outras faixas) é uma verdadeira pérola. Música falada (que, por acaso, lembra as canções de Zé Ramalho) é uma música onírica na minha opinião. Você a ouve de olhos fechados e viaja. Viaja na doce letra, na doce interpretação, na doce melodia. Merece abrir o show e merece ganhar videoclipe, viu, Isabella? ;-)

Raio X completo e revelado? Não. Os fãs podem ter sentido falta de “O Amor é a Vida” cantado na homenagem ao centenário de Mário Lago. Uma interpretação crucial de IT ao piano que merecia estar no cd! “Canção de Amor Clichê”, “Meu Amor Mineiro” também eram promessas que ficaram de fora.

Minha opinião final: Isabella Taviani mostra que grita a hora que quer e é doce a hora que quer. E ela manipula isso com maestria que nos hipnotiza em suas canções... Canta músicas tristes em ritmos doces. Canta o amor em rimas cruas e ácidas, com interpretação vocal perfeita em notas difíceis. Arriscou inserir instrumentos e instrumentação nova no arranjo de várias músicas. E acertou!!! Está madura, sabe os passos que como e quer dar. “A Canção que Faltava” é o primeiro single que já está nas rádios das capitais em SP e no Rio. Mas, com certeza, este é o cd que faltava, IT.



Peço desculpas se disse alguma informação errada por aqui (foram tantas referências cruzadas...). Foi um intenso aprendizado musical ouvir esse cd pela primeira vez. Escrevi aqui o que senti e considerei importante. Comprem o cd original no site da Saraiva (tá baratinho!). Em breve, também terá venda do cd autografado pelo próprio site da cantora. Ouçam e compareçam ao show em São Paulo, dia 16 de junho, no HSBC Brasil. No Rio de Janeiro será a abertura oficial da turnê, com show no dia 25 de maio no Citibank Hall. Assistir a um show dela é uma experiência única... e viciante.