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Doce música

Tava pensando em compartilhar um pouco dos meus gostos musicais. Primeiramente, sou eclética. Minha vênus em gêmeos não me permitiria ser uma pessoa com horizontes limitados... vcs verão isso agora.

De criança, tive duas influências básicas: enka (música tradicional japonesa) e sertanejo. Pois é. Eram o que os meus pais ouviam. Assim, conheço a clássica Misora Hibari, uma espécie de Maria Callas da música japonesa. Ela tem uma música belíssima chamada Kawa no nagare no youni (o vídeo selecionado tem uma apresentação linda!). Leiam a letra, vale a pena. Eu sei cantar o refrão dela num karaokê... :P e confesso que já cantei! Tenho até o CD dela, com esta música, em casa! Fora isso, ouvi muita outra coisa que nem lembro mais! Ainda bem. Confesso também que não gosto desse estilo, cheio de miados e gemidos. Embora a Misora tenha um timbre mais grave, meio incomum entre as cantoras japonesas.

Do sertanejo, pensem em João Mineiro e Marciano, Milionário e Zé Rico, Chitão e Xororó. Clássicos na veia, nada do que se popularizou hoje em dia. Sou craque em cantar Estrada da vida, que por sinal, acho um letra brega-incrível! 

Depois passei pela fase adolescente e pós-adolescente ouvindo rock. Nesta época, trago músicas e bandas que ouço até hoje, a principal delas Bon Jovi, meu ídolo maior que não tenho vergonha nenhuma de assumir que gosto e admiro!

Em 2000, por influência de duas mulheres importantes que passaram pela minha vida na época, conheci o mundo da música erudita. E deixaram marcas indeléveis. Conheci Sala São Paulo, Teatro Municipal. Vi óperas e concertos. E perfilei meus gostos. Barroco, um pouco de romantismo. Do mais atual, gosto do Krzysztof Penderecki e suas Sete Portas de Jerusalém. Ainda me recordo da apresentação das Quatro estações, de Vivaldi e de Carmina Burana, do Carl Orff, ambas na Sala São Paulo. Eu, sozinha, numa fileira lateral, chorando ao ouvir o último movimento... uma divindade para os ouvidos.

Bem, descobri que amo trilhas sonoras e tentei começar uma humilde coleção. Minhas favoritas ainda continuam sendo Somewhere in time, Requiem for a dream, The sheltering sky, The hours e 2001 - uma odisseia no espaço.

Na verdade, eu ouço de tudo que cair na minha mão. Durante 1995-1996 eu ouvi muito pagode e samba. Mas, descobri que num rola. MPB de raiz, pura, ainda não consigo, me dá sono. Embora esteja atualmente enveredando cada vez para a MPB que não seja o pop que ouvimos fácil, eu ainda tenho dificuldade com certas pérolas que todos adoram, tipo Chico Buarque. Perdoem, mas não consigo ouvir mais de duas músicas. E olha que já tentei inúmeras vezes! Minha amiga de trabalho, Lilian, me indicou Rômulo Fróes... mas olha, achei tão igual (em termos de sono) que nem disse pra ela que não tinha gostado...

Durante muito tempo, teimei com alguns como Keane, Adriana Calcanhoto, Lenine e Zeca Baleiro por exemplo. Hoje eu os escuto e até já fui em show da Adriana no Rio. A Gabitchs sempre me dá dicas valiosas. Com ela, descobri Placebo, Stereophonics, James, She Wants Revenge e Black Rebel Motorcycle Club, por exemplo.

Ultimamente, ouvi também Neneh Cherry, Uh Huh Her (amo!), Black Eyed Peas, Pitty, Dead Kennedys, Maria Gadú... e descobrindo horizontes novos.

Pra compartilhar, hoje vai uma das músicas mais lindas do Bon Jovi, na minha opinião. A velha e boa dupla Jon-Richie acerta umas às vezes.... Bitter wine.