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Meu encontro com Halu Gamashi

A vida é feita de certezas.
Nós buscamos as certezas para não ficarmos à deriva, perdidos, sem saber para onde ir.
Não é ruim nos apoiarmos em certezas. O que não devemos fazer é achar que elas são eternas. Uma das lições que mais aprendi nesta vida, mesmo sendo uma pessoa extremamente mutável de acordo com meu mapa astral, é que toda vez que você baseia a sua vida numa suposta certeza (porque existem várias delas por aí) essa mesma vida vai te mostrar que você estava vivendo uma ilusão.

Se eu tivesse de resumir a minha vida em uma única palavra seria: renascimento
Porque eu morri inúmeras vezes, das metafóricas, às escolhidas e as inconscientemente conduzidas que levaram à ampla degradação do meu corpo físico — ou seja, eu quase morri fisicamente. Mesmo tendo pensamentos suicidas, não me matei. Mas fui me destruindo de forma similar e igualmente destrutiva.

Cada vida é um livro que pode ser escrito.
E eu sei qual é o livro da minha vida.
Por ser canceriana, eu tenho uma alta capacidade de revisitar o passado. No entanto, usei essa habilidade não para ficar presa em um ciclo eterno de lamentações (embora tenha vivido esse processo por alguns bons anos). Hoje em dia, uso minha habilidade para entender tudo que vivi até agora. Cada porção de história. Cada pessoa que conheci. Todos os erros que cometi e os erros que cometeram comigo.

O maior pedaço da minha mãe que vive em mim não é a sua herança genética. Mas o otimismo e a esperança na vida. E uma indestrutível fé no ser humano. Eu nunca entendi isso enquanto ela estava viva. Mas, hoje, sem ela, eu vejo o poder de seu exemplo, principalmente em mim. No cotidiano, me vejo fazendo as coisas que ela fazia. De alguma forma, eu já tinha reparado nisso, mas foi apenas recentemente que me dei conta de que tenho agido como minha mãe nesse aspecto.
Recentemente, vi um recorte de vídeo do canal de Halu Gamashi no YouTube que fala a respeito dos almas socorristas. Naquele momento, entendi que minha mãe era uma delas. E que eu também sou — ainda aprendendo muito, mas sou.

Em 2009, eu tive acesso a uma espiritualidade inédita na minha vida. Conheci a Escola da Síntese que trabalha com os mestres ascensionados da Fraternidade Branca. Todos esses termos eram novos. 
Mas, eu sou uma pessoa muito curiosa. O aspecto geminiano/sagitariano de meu mapa sempre me leva ao aprendizado de tudo que é novo. Me leva à perguntar. O posicionamento do planeta em Urano me leva a questionar — e essa foi outra habilidade que aprendi a desenvolver com o tempo. Ter estudado Letras na USP abriu o lado racional/científico de abordagem e aprofundamento de qualquer tema. Além de sempre prezar pelo primor da escrita acessível a todos (obrigada Aristóteles, finado prof. Joaquim Alves de Aguiar e Antonio Candido). Então comecei a me dedicar.
Porém, na época (estamos falando de 2009), o curso tinha um custo razoavelmente alto, acesso difícil para quem não tinha carro. Mesmo assim, consegui participar de vários módulos. E tive acesso a um conhecimento que fez todo o sentido para mim, na época.

Meditava muito.
E acessei muito conhecimento interior nessas meditações. 
Tive muitos sonhos.
E nesses sonhos até vi o planeta Terra de uma colônia espiritual.
Tive uma recordação de uma vida anterior também.
Porém, aconteceu aquilo que todos estão sujeitos a viver: o perigo do ego. E o não uso do discernimento para corrigir o que precisava ser reequilibrado em minha vida naquele momento.
E eu caí.
E a pior coisa que me aconteceu foi que eu me julguei, me culpei, me condenei e perdi a fé na minha espiritualidade.
Isso tudo foi em 2011.
O conhecimento ainda não aprofundado de muitas coisas, principalmente de chakras e campo eletromagnético, me levou a uma espiral cada vez pior de acontecimentos sucessivos em minha vida. Foi nesse mesmo período que Plutão iniciou seu movimento de trânsito na minha casa 11 (e ele está nessa casa até hoje, em processo de finalização para finalmente ir para a casa 12 — isso é assunto para um post específico!).
Coisas muito boas aconteceram. Porém, não ter cuidado das experiências ruins e deixando elas acumularem fez com que eu estivesse traçando um destino que apenas seria conhecido e completamente compreendido em 2020, quase dez anos depois.

Depois de 2011, eu nunca mais meditei. Nunca mais consegui fechar os olhos para me conectar com meu eu superior. A condenação pessoal a quem infligi foi a mais pesada possível. Até hoje ainda estou reequilibrando, limpando e reajustando toda essa energia que me impus.

Eu só voltei a fechar os olhos novamente, com o coração, quando conheci a Halu Gamashi, em maio de 2023.

Entre 2020 e abril de 2023, que foi o período em que comecei a tomar resoluções e ações para reajustar a minha vida, ainda não conhecia a Halu. Conheci outras personagens, que com seus cursos e ensinamentos, até me ajudaram e muito, me inspiraram a retomar a jornada espiritual que eu havia abandonado completamente. Foi um passo necessário de ir aos poucos relembrando lições que eu já conhecia mas que tinha parado de acessar. 

Uma das coisas que me disseram na Escola da Síntese em 2011 (talvez não devessem ter dito) é que eu era uma pessoa diferente. E, por diferente, o que eu entendi era que eu era uma pessoa com alguma "capacidade maior de me conectar espiritualmente". Talvez fosse algo que aprendi em vidas anteriores. Nunca me responderam. O fato é que eu sempre consegui fazer a conexão com minha alma, com meu eu superior muito mais fluidamente.
Astrologicamente, talvez haja uma explicação: eu não possuo o elemento Terra no meu mapa. Sou canceriana com ascendente em peixes (Água), tenho Netuno na minha casa 10 e todo o meu mapa se divide entre Fogo e Ar, além de um poderoso Urano e Plutão na casa 8. Podemos dizer que eu esteja equipada com essa facilidade.
Porém, eu não soube fazer esse discernimento na época. O conhecimento e o autoconhecimento são cruciais!

Quando retomei o reencontro  e o contato com meu eu superior, mesmo sem meditação, eu percebi que estava mais focada em tomar boas decisões, fazer escolhas melhores. Desse modo, passei a turbulenta pandemia, as mortes dos meus pais em 2021, e um dos acontecimentos mais difíceis da minha vida em 2022 (que supera a intensidade da morte dos meus pais e qualquer outra coisa que tenha vivido até então) de uma maneira tal que nem eu mesma acreditei que conseguiria passar. Naquele momento, eu comecei a me dar conta de que estava no caminho certo e que deveria seguir por aí. Isso me fortaleceu muito.

E nós sabemos o que acontece quando nosso campo eletromagnético está mais bem cuidado, né?

Minha amiga Nilce, depois uma videochamada de mais de mais cinco horas, me indicou um Planeta em Oração da Halu Gamashi. Como já disse aqui, sou curiosa. Vi a cara dela, que me lembrava uma hippie e gostei (desculpa, Halu, sabe como são as primeiras impressões! rs). Escolhi um momento à noite e orei de forma despretensiosa, sem copo de água, sem nada.
A experiência que tive, ainda que em magnitude muito pequena, me acendeu um farol gigante diante dos meus olhos! O que eu senti nunca passaria despercebido por mim!

E foi examente isso: o que eu senti.

Fiquei com aquilo e fui dormir. Não sei se foi no dia seguinte, resolvi assistir a outro vídeo, nem lembro mais qual foi. Porque ainda estava com dúvidas. Queria fazer outro teste para saber se era coisa da minha cabeça. E, sentada na cama, com a mesma atitude despretensiosa, comecei a chorar. Não sei de onde vinham aquelas lágrimas. Era uma emoção similar a de um reencontro. Acompanhar a Halu tocou algo dentro de mim e minha única reação foi chorar.

E eu sabia exatamente quando eu tinha vivido algo exatamente igual, com essa mesma intensidade: em algumas das meditações com os mestres ascensionados na Escola da Síntese.

Quando eu fiz essa conexão, eu comecei a me dedicar a ver os vídeos de Halu. Porque nenhuma outra pessoa/experiência me trouxe o sentimento de reencontro com uma energia poderosa que me trazia paz e uma sensação de acolhimento. Era tudo que eu precisava: me sentir abraçada e acolhida como há muito não sentia. Pelos amigos espirituais, pelos bons espíritos, pelo meu mentor (que ingenuamente achei que tinha me abandonado) por essa energia amorosa que era preencher.

Eu acompanhava, ainda, alguns outros canais no YouTube e quase cheguei a comprar um curso de projeção astral. Se meu cartão não tivesse sido cancelado, eu teria comprado. Mas isso não aconteceu. Aos poucos, parei de ver esses outros canais. E em seguida, comecei a ver cerca de 2 a 3 horas de vídeos da Halu por dia. Participo todos os dias de Planeta em Oração, pelo menos uma vez ao dia. Em 04 de junho de 2023, eu me tornei membro do canal do YouTube. Obviamente, não acreditei nos outros vídeos que se tornaram disponíveis. Tanto conhecimento para aprender!

Até este momento que escrevo este post, não houve nenhum vídeo da Halu que vi até o momento, NADA, absolutamente NADA (e eu sempre procuro por essas incongruências, eu sou a detetive das incongruências, pessoas deixaram de falar comigo por causa dessa minha habilidade em ver e comunicar as incongruências) que me incomodasse ou me fizesse querer afastar dela. Pelo contrário. Tudo que ela diz, TUDO (eu nunca tinha vivido isso até hoje!) faz sentido para mim. 

Tudo que Halu Gamashi diz a respeito de atitudes, posturas vai de encontro com alguma coisa que eu já acreditava desde pequena (e cuja compreensão foi se desenvolvendo ao longo de minha vida).  A forma como a Halu vê a espiritualidade e as religiões, tudo que ela compartilha de suas experiências pessoais... Halu é a melhor professora a quem eu tenho o privilégio de acessar nesta vida!

Muitos efeitos já têm acontecido em minha vida e acho que vale a pena compartilhar alguns aqui com vocês.

Voltei a sonhar.
Eu sempre sonhei muito, desde adolescente me lembro de meus sonhos. Sempre gostei de sonhar. Até hoje lembro de vários sonhos que tive ao longo da minha vida, muito fortes e significativos. Nas primeiras semanas após esse reencontro com Halu, tive muitos sonhos cheios de riquezas de detalhes, cores e mensagens. Inclusive sonhei com minha finada mãe, que me entregava um presente de aniversário (adiantado, como minha mãe sempre fez rs). Até cheguei a participar de um encontro com membros e Gabriel leu meu sonho que foi interpretado e cuja interpretação, claro, não é muito difícil de fazer.

Parei de falar palavrão
Só fui perceber quando saí para me encontrar com minha irmã. 
Nossa mãe sempre dizia que a gente era muito boca suja (e eu era, admito). Mas nem tinha em dado de que tinha parado de falar até aquele momento. Falar palavrão tinha se tornado desnecessário que eu nem tinha percebido.

Lidar com a irritação alheia
Este ano passei por duas situações em que meu vizinho queria brigar comigo, vindo até meu portão chutar e gritar, me chamando pra briga (não darei mais detalhes). Foi algo muito difícil mas eu soube conduzir a situação para mim mesma, que era o que importava. 
Na rua, não presto atenção e não permito que a irritação destes tempos apocalípticos me atinja. É necessário muita atenção. Orai e vigiai.

Alimentação
Eu tenho um grave problema de suprir problemas emocionais com alimentação (não à toa, desenvolvi diabetes). Esse é um dos grandes desafios da minha vida, sempre foi. E sinto que, naturalmente, com o reequilíbrio do meu campo eletromagnético, estou voltando a me alimentar bem. Estou bebendo água de acordo com as orientações de Halu. E nada disso tem me trazido ansiedade ou sofrimento. O desejo por certos tipos de alimentos simplesmente passou!

Existem outras coisas em processo. Espero poder compartilhar aqui em breve!


***

É um privilégio imenso poder compartilhar uma encarnação com ela. Um privilégio imenso, em meio ao Apocalipse que vivemos, poder ter uma alma como a Halu para nos ajudar e poder nos dar ferramentas para também podermos ajudar outras pessoas — ainda mais para uma das minhas missões encarnatórias nesta vida que é ser socorrista (as outras não sei ainda).

Não conheço a Halu pessoalmente, quem sabe eu tenha também esse privilégio de poder abraçá-la. Só de imaginar esse abraço já me vem lágrimas aos olhos.
Porque a Halu é a pessoa que eu sempre procurei a minha vida toda. E eu levei 45 anos para encontrá-la. Precisei quase me matar, precisei ir até o fundo e um pouco além. Precisei retomar para estar aqui e poder honrar esse reencontro. Porque eu sei que é um reencontro. Da mesma forma que eu reencontrei algumas pessoas muito especiais em minha vida (e muitas delas se afastaram, hoje eu sei porquê).

Nenhuma palavra nunca será o suficiente para traduzir os meus sentimentos de amor e gratidão por você. Mas esteja certa de que focarei no meu crescimento espiritual, no meu discernimento, no respeito às leis divinas e em minhas ações para sempre continuar fazendo parte da família eletromagnética.


***


Obrigada a todos que leram meu relato até aqui.
Eu queria escrevê-lo e compartilhar publicamente porque quem me conhece por este blogue ou pessoalmente, sabe que este espaço aqui tem o registro de mais de dez anos da minha vida, exatamente os anos mais difíceis que tiveram muitas alegrias e muitas tristezas.
Estou recomeçando, mais uma vez. Com muita humildade, muita alegria e muito desejo de cumprir com o que preciso cumprir.
Obrigada.

Por que precisamos comparar?

Uma das coisas mais inevitáveis da vida é o ato de nos compararmos a alguém.

Não tem jeito!

E isso pode ser algo tão obsessivo que simplesmente podemos basear a nossa vida toda e qualquer atitude dela em uma comparação. Podemos simplesmente congelar por não saber o próximo passo sem conhecer o paralelo de se comparar a algo ou a alguém.

ISSO É MUITO SÉRIO, GENTE!

Esta ideia me ocorreu e mesmo eu pensando nela há algum tempo, nunca tive tempo de sentar e ordenar as reflexões. Faço agora, antes que perca o fio da meada.

A vida pessoal de alguém sempre parecerá mais feliz que a nossa. A vida profissional de alguém sempre mostrará mais brilho que a nossa. A família de alguém sempre será mais doriana que a nossa. O relacionamento de outro sempre será mais instagrameável que o seu (isso, se você tiver algum).

Fato é que a vida de uma outra pessoa, sob o nosso ponto de vista, sempre será mais feliz, mais completo, mais luxuoso... mais qualquer coisa que você queira que seja. Porém... esse será um fato verdadeiro, imaginação sua, exagero seu ou pura maquiagem para vender uma imagem?

QUEM SABERÁ?

Li um livro recentemente (só leio livros a trabalho, [in]felizmente) que fala sobre ansiedade e sobre focarmos as lentes em nós mesmos como uma forma de lidar com essa necessidade de olhar o outro antes de olharmos para nós. Esse é um assunto tão complexo que pode render vários livros, debates.. e este post, humilde, que aqui compartilho.

Me peguei me comparando... e me senti feliz por saber que minha qualidade profissional não é tão ruim assim, afinal, a pessoa da comparação trabalha em um lugar conceituado e percebi que seu trabalho é tão bom quanto o meu. Nossa, Cris, que triste você precisar googlear tudo isso para chegar a essa conclusão. Pois é...

Na verdade, eu sei que eu sou boa. Mas diversos fatores (falta de comunicação, isolamento social, isolamento real, neuroses diversas, ansiedade, silêncio) podem criar um terreno fértil irreal que, dependendo da sua situação mental, podem gerar ervas daninhas que, com o tempo, dão frutos horríveis que você mesmo vai comer e vai se envenenar. E termina que você se acha um profissional da pior categoria que merece o ostracismo e a danação eterna de fica sem trabalhar.

Futuramente, indico livro aqui. Por ora, compartilho a dica que sempre dou para mim mesma, uma lição dada por Jordan Peterson [veja um vídeo, em inglês, dele].

Traduzindo: Compare-se com quem você foi ontem, não como uma pessoa está hoje. [aceito sugestões de uma tradução melhor]



06 de maio de 2014

Nunca mais me esquecerei dessa data! Foi o dia em que fiz meu primeiro mapa astrológico DE VERDADE com um profissional gabaritado.

Até então, tinha feito vários mapas pela internet. Eles não eram ruins, mas não traziam o "elemento humano" que une as pontas, faz leitura corporal e energética.

Para quem nunca fez mapa astrológico, ou mesmo para quem não acredita, digo: faça um teste. Escolha um excelente astrólogo e veja.

Eu estava perdida. Eu estava sem esperanças. Eu estava solitária.

Não vou entrar no mérito de explicar o quê e porquê, mas é fato de que a vida é como o mar... calma uma hora e revolto em outra. Pelos mais variados motivos, singramos no mar, com o nosso barquinho. Temos um objetivo (ou vários) e nunca devemos esquecer dele. 

A minha palavra de ordem tinha sido "perserverar". E à ela acrescento: FOCAR. Minha tônica está no signo de SAGITÁRIO. Por aí, seguirei!

Mais do que nunca, tenho certeza absoluta de que quero ser astróloga atuante para poder auxiliar as pessoas!

E num dia cheio de coisas boas como este, uma das minhas músicas favoritas no momento.

"When the bridge is burning and I'm losing my faith
And I'm trying to find my way towards the truth
Like a wild arrow flying now I'm blindly running
From everything I thought I knew  [...]
No I ain't regretting
Just how lost I'm getting
Or the red lights I've been blowing through
My foot will find the pedal
As I'm counting the lines"


A sina (ou bênção) das mulheres com voz grave

Primeiro post do mês de agosto!

Esses dias atrás, relembrei de uma história contada pela Isabella Taviani no último show no Sesc Ginástico. Aquele foi um show acústico, intimista, 'na madrugada', maravilhoso como toda show de IT pode ser. Mas, nesse dia, a contação de histórias estava solta. E uma dessas histórias foi quando um telemarketing qualquer ligou cedo para a casa dela. Ela tinha acabado de acordar... e todos nós sabemos como é a voz ao acordar: um horror.

Então a voz naturalmente mais grave (e que nem é tão grave assim...) de IT saiu mais grave ainda. E a pobre moça do telemarketing a chamou de "senhor". "SENHORA" pronta correção de Isabella. Mas a piada ficou. E eu ri muito porque eu sei exatamente o que é ter voz grave e como é sofrer com isso!!!

Aqui é algo engraçado. Mas, da minha parte, tenho de confessar que não é fácil chegar ao equilíbrio da autoestima quando o assunto é voz. Já contei vários tipos de bullying que sofri: do fato de ser japa é o principal deles. Ter voz razoavelmente grave foi mais um "agravador".

Eu me lembro que durante a adolescência não aceitava ter a voz que tinha. Não saberia, hoje em dia, precisar que tipo de tom era, mas sabia que não era "fininha" como a das menininhas.Talvez venha daí também o meu desgosto total por falar ao telefone.

E eu me lembro quando comecei a superar tudo isso. Lembro cada fato -- como se fosse ontem -- no exato momento em que impus a minha voz e vi que, sim, ela era grossa. Mas era minha. Era o meio pelo qual eu me expressaria para o mundo!

A primeira e mais marcante delas foi em algumas noites de karaokê no Japão. Ver minha voz ecoando em caixas acústicas me trouxe uma emoção e uma constatação de que ela era bonita! Ainda no Japão, eu gravava fitas k7 para mandar para a minha família. Ouvir o que tinha gravado era um exercício de percepção do que minha voz deveria significar para mim.

Alguns anos depois, eu gravaria versões caseira e acapella de músicas que gosto. E ouviria e ouviria depois... apenas para ter o prazer de me ouvir cantando. Meus desafinos e acertos. O contínuo exercício de ouvir minha voz, me aceitar e admirar a minha "impressão digital vocal".

A última vez, ainda nos idos de 1999, confirmou que fosse como fosse, a minha voz era minha, grave ou não, era eu. Num evento amador de lançamento de um livro editado e impresso comunitariamente com outras trocentas pessoas, cada fulano teve seus 5 minutinhos de fama no microfone. Era para ser legal, mas ninguém sabe falar em público. Voz maçantes, para dentro, etc etc. Ninguém mais dava bola para o que as pessoas estavam falando.

Quando chegou a minha vez, apenas disse "boa noite" e vi todos os rostos se voltarem para mim. Era isso! Era apenas isso! Não fosse minha voz grave, alta e bem imposta, eu seria apenas mais uma. E quem quer ser "apenas mais uma"?. Ali eu exorcizei quaisquer demônios que restassem em relação ao timbre de minha voz. 

Voltando a história da Isabella. Em um show (não lembro mais qual) ela comentou também já se sentiu insegura com a sua voz "grave". Se ela, que considero a mais bela voz do Brasil, passou por sentimento igual ao meu, pergunto: se houver alguém aí do outro lado da tela com o mesmo questionamento: mande todo mundo se danar!!! Voz fininha é chata de ouvir, dói o ouvido! rsrs Um timbre nunca deveria definir quem é uma pessoa. Todos têm prós e contras. 

Para finalizar este post, compartilho a mais bela canção do último cd de IT. Olha que bela voz "grave"... :)


Crítica: Gordon Ramsay - Chocolate Amargo

Então, caros leitores deste blogue, terminei ontem de ler a autobiografia de Gordon Ramsay: Chocolate Amargo. Durante a leitura fiz várias notas mentais do que queria comentar aqui, mas esta frase é imprescindível para começar este post:

"Quem é Gordon Ramsay, afinal de contas?"

Bom, se vocês não sabem, Gordon Ramsay é um conceituado chef de cozinha inglês. Atualmente, ele tem alguns reality shows que passam no canal americano Fox como Hell's Kitchen, Kitchen Nightmares, MasterChef, The F Word, Hotel Hell, dentre outros -- muitos deles são conhecidos e vistos aqui no Brasil.

Eu conheci Gordon na série Kitchen Nightmares. E me encantei (mesmo!) com o seu sotaque britânico, com seu temperamento explosivo, mas, e especialmente, com sua habilidade descomunal em transformar pessoas, extrair o melhor delas e enxergar o diamante escondido mesmo nas pedras mais obtusas e obscuras.

Recentemente, apenas, descobri esse autobiografia escrita por ele. E a devorei em questão de dias. Conheci o lado obscuro que toda personagem inspiradora tem. A crueza com que Gordon fala de sua própria realidade é a mesma com que ele fala com as pessoas nas cozinhas por onde ele passou. Gordon é o seguinte: ou você ama, ou você odeia. Eu sempre prefiro ficar com o lado bom inerente a cada ser humano. E Gordon Ramsay, admito, me inspirou e continuará sempre me inspirando!

O livro é uma leitura fácil, rápida através de todos os labirintos da vida dele. Se hoje em dia ele é famoso, ele fez e traçou todos os caminhos. Nunca vi uma pessoa tão obstinada em não perder o foco. Ele nunca desistiu em nenhuma de suas empreitadas! Erros muitas vezes, mas nunca desistiu!!!

Indico a leitura para quem gosta de gastronomia/culinária e, provavelmente, conhece ele. Também é indicado para quem gosta de autobiografias/biografias. E, principalmente, é indicado para quem gosta -- como eu -- daquelas histórias maravailhosas de superação. Esta é uma daquelas histórias de inspirar até o mais passivo e alienado dos seres. E a observação final que deixo é: Gordon é um grosso, chato e perfeccionista? Sim. Mas foi por ser assim que ele sobreviveu no acirrado e insano mundo da gastronomia para mostrar verdadeiramente ao mundo a que veio. 

Um sentimento para estes dias

Mesmo que eu considere o Natal o auge máximo desta sociedade capitalista, mesmo que eu não goste de Natal e dispense desejá-lo a alguém (ou mesmo retribuir... rs) não quer dizer que não busque um significado maior toda vez que esta época do ano chega e eu me vejo cercada da matança de perus, aves, suínos e bovinos; pessoas bêbadas, todo mundo travestido de papai noel em trajes de veludo mesmo num calor de mais de 30º graus e aquele sorriso que deveria ser multiplicado 365 dias do ano. Okay... antes um sorriso em 365 dias do que passar um ano inteiro sem sorrir! :)

E, para mostrar qual deveria ser o verdadeiro tema de nossos mais puros sentimentos -- a despeito de todo o consumismo e materialismo --, vou postar sobre uma matéria que li faz algum tempo. A revista Superinteressante lançou várias edições especiais de fim de ano, dentre elas, uma com o tema "Superação". Bom, quem me conhece, sabe o tanto que adoro ler sobre isso. Um ato de superação é aquele que pressupõe a vitória sobre si mesmo. E é isso que eu gosto!

Li a revista inteira e apenas uma -- repito: uma -- matéria me levou às lágrimas... não conseguia segurar, simplesmente. Está na página 50 e fala sobre Rais Bhuiyan. Quem ele é? Trata-se de um sobrevivente das três vítimas de Mark Ströman. Um americano maluco da extrema direita que resolveu fazer justiça com as próprias mãos, depois do atentado de 11 de setembro. Matou duas pessoas (nenhuma delas árabe) e tentou matar Bhuiyan. Mas ele sobreviveu, mesmo depois de levar um tiro no rosto e perder a visão de um dos olhos. Ströman foi preso e condenado à morte (o caso ocorreu no Texas, pra quem não sabe, o estado americano que mais condena à morte e mais mata).

Ao contrário do que você poderia imaginar, Bhuiyan não apenas perdoou seu algoz como levantou uma campanha contra a pena de morte e uma briga na justiça para converter a condenação de Ströman para prisão perpétua. E, para isso, acreditem ou não, conseguiu o apoio das famílias das duas outras vítimas. Segundo Bhuiyan: "Jamais odiei Mark. Ele fez o que fez por ignorância. Demorou anos para distinguir o certo do errado, mas hoje ele sabe fazê-lo."

Ströman foi executado e a ong criada para a luta contra a pena de morte, a World Without Hate, continua. Na minha opinião, muito se fala e se  propaga sobre o amor. E é bonito de se ver!! No entanto, quando me deparei com essa história, eu vejo o verdadeiro amor em ação! O perdão de pessoas que tiveram entes queridos assassinados. A força de transmutar a dor da perda -- que poderia ser em ódio -- em amor! Lutar para mostrar às pessoas que esse resquício animalesco de achar que é retribuindo na mesma moeda que teremos "nossa suposta justiça feita". 

Pois não precisamos esperar a justiça divina. Não há justiça divina, não há justiça dos homens. Não precisamos dessa dicotomia! O que precisamos é transmutar os sentimentos que estão dentro de nós! Ao contrário do que se pensa, isso não é fraqueza -- mas sim a demonstração de uma força maior! Porque nenhum de nós é capaz de julgar outrem por nada neste mundo. Há regra, há ordem? Sim! Deve ser cumprida? Sim! O que digo não é incitação à anarquia (embora eu goste muito dela...). 

O que defendo, apenas, é o verdadeiro exercício do amor crístico em cada um de nós, não importa o que tenha acontecido. Isso é amor! Isso é o verdadeiro sentimento que deveria nos unir no suposto dia em que Jesus nasceu (acredito, na verdade, que Jesus tenha nascido bem depois, mas isso é post pra outro dia...). Não palavras prontas, desejos prontos, repetidos como uma linha de montagem -- sem o mínimo de reflexão. Consumismo e materialismo a cântaros.

Obrigada a revista Superinteressante por essa edição especial, extremamente inspiradora para dias como os nossos! Para os leitores do meu blogue e meus amigos: saibam que pensei em cada um de vocês. E desejo que aprendamos a desenvolver nosso verdadeiro amor. Porque "amar" nos dias de hoje é um contínuo exercício diário que exige muita entrega e muita força de vontade. Quem o pratica, sabe!

E uma das últimas frases de Ströman que ficam de lição para o mundo e para todos nós: "O ódio está neste mundo, ele há de parar."

Palmirinha - culinarista e exemplo de vida!

Semana passada, fiquei sabendo que Palmirinha Onofre, que comandava o TV Culinária na Rede Gazeta (em SP) saiu do programa por desejo próprio. Fiquei extremamente triste, porque há muitos anos sou fã dessa senhorinha simpática, humilde e excelente culinarista!

Digita no Google: não tem quem não sinta simpatia por ela. Desde quando despontou na TV, contando suas histórias sofridas e como, aos poucos e com muita humildade, conseguiu sustentar a família e ainda ganhar todo o merecido reconhecimento.

Pena que um link que falava brevemente sobre algumas das histórias delas sumiu. Achei vários outros com matérias mais recentes, mas nada que sintetize a emoção que senti quando li sobre essa canceriana fantástica.

Clique aqui, aqui e aqui para saber um pouco sobre as notícias. Curiosa estou agora com o livro que ela vai lançar sobre a vida dela!!! Outros links aqui e aqui.

Vou sentir saudades dela, entrando ao ar todos os dias às 13h15. Mas assim é a vida. E que ela continue sempre em frente! Na próxima, ela estará no programa da Hebe (13/09, 22h00). Vou tentar assisti-la, porque vale a pena. Por ora, ficams dois vídeos, um com ela no Jô Soares e outro, recente, na MTV.


Entrevista no Jô: parte 1, parte 2, parte 3 e parte 4.

Susan Boyle (again and again!)

Falem e vociferem o que quiser: eu sou fã dela! Pouquíssimos conseguiram realizar seus sonhos como ELA conseguiu.

Vejam o mais recente vídeo, ela cantando Wild Horses.

Em tempo, a letra de I dreamed a dream é perfeita:

Eu sonhei um sonho num tempo que se foi
Quando as esperanças eram grandes e a vida valia ser vivida,
Eu sonhei que o amor nunca morreria
Eu sonhei que Deus poderia perdoar.

Steve Jobs e a coragem



Dono de um dos mais belos discursos já lidos.

Leiam a matéria: http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3454762-EI4802,00.html. Vale cada segundo investido.

Mais abaixo, um trecho. Poucas pessoas têm a coragem de pensar assim. Estamos todos obscurecidos nesta carne putrefata e nesta sociedade doentia em que vivemos.


O tempo de que vocês dispõem é limitado, e por isso não deveriam desperdiçá-lo vivendo a vida de outra pessoa. Não se deixem aprisionar por dogmas - isso significa viver sob os ditames do pensamento alheio. Não permitam que o ruído das outras vozes supere o sussurro de sua voz interior. E, acima de tudo, tenham a coragem de seguir seu coração e suas intuições, porque eles de alguma maneira já sabem o que vocês realmente desejam se tornar. Tudo mais é secundário.