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Dos reflexos de um singelo sonho...

Os últimos dias trouxeram um sabor novo à minha vida. Reencontrei velhas amigas que não via algum tempo... me dispus ao novo, de forma nova, de coração aberto, sem muralhas, sem restrições. Claro -- mantendo sempre meu caráter e minha personalidade.

No domingo, sonhei com muitas pessoas do meu passado recente. E aquela enxurrada de perguntas... parecia tão inútil quanto tentar usar guarda-chuva nesses dias de temporais de verão em São Paulo. Então, decidi -- de novo e mais uma vez -- que era chegada a hora de dizer adeus a tudo que me faz mal. Algumas pessoas existem na sua vida apenas para lhe mostrar o caminho correto que você deve seguir. Sem elas, claro.

Encontrar com as amigas que encontrei me mostrou que no "mundo novo" ainda tem muita coisa velha que precisarei enfrentar. Os mesmos vícios, as mesmas manias... o mesmo ser humano distorcido de si mesmo que tenta desesperadamente se encontrar. E isso não me assustou. Ao contrário. Conhecer pessoas novas me parece ser tudo aquilo que preciso agora. Não para mostrar alguma coisa para mim mesma. Apenas para recomeçar tudo novo, de novo, com esperança nova, com coragem e com força: tudo aquilo que sou.

Então, que este pequeno e singelo sonho seja o marco definitivo de todas as escolhas que fiz, das que mudei, das que estou ratificando. Porque você só tem certeza de uma escolha quando faz a mesma escolha várias vezes. E o que eu escolhi? Ser eu mesma, sempre!

Às vésperas de um fim de semana

Mais um fim de semana aponta trazendo aquela velha chama de esperança que tanto anima e reanima cada uma das pessoas que passa seus cinco (ou mais) dias da semana batalhando arduamente em seus trabalhos por mais de 8 horas por dia, ou seja lá qual for a rotina de vida.

Com a premissa de esperança e renovação, acordamos tarde no sábado. Alguns podem enrolar, outros madrugam para "aproveitar bem o dia". Saem, fazem compras, passeiam, encontram amigos, enchem a cara, vão pra balada. Domingo é dia de comer na casa da mãe ou de um frango assado da padoca. Pode ser dia de feira e pastel. Pode ser dia de passeios lights para refrescar a mente, um café na Paulista + cinema + Livraria Cultura ou Benedito Calixto.

Vai chegando o fim do finde e o fantasma da segunda-feira chega tomando ares de bode. Na televisão, futebol das 16h00. Faustão. Fantástico. De volta pra minha terra. De volta ao mundo real.

E a vida segue. Tão ordinária quanto ridícula.

Às vezes eu penso: o que eu tenho de ver agora, que estes olhos já não viram. Como disse por aí, a violência sutil não é menos violenta que a explícita. Ambas são formas de violência -- que em nenhum grau -- deveriam existir.

Mas meus olhos laranja mecânica continuam abertos. O sol não vai cegá-los. Saber ou não a realidade não nos torna mais sábios, isso é ilusório. Ao contrário, faz com que nos sintamos o sapo, que dentro de uma panela, não sente quando a água começa a ferver, mesmo com o fogo ligado e com as pequenas bolhas surgindo.

Como diria minha filha Poliana, a Arte ainda é a melhor forma de alienação que o ser humano já inventou. Usada com parcimônia e sabedoria, claro. Tudo bem que nem sempre concordo com ela, no entanto, diante das circunstâncias... não posso reclamar.

Sobre corajosos e covardes

É... o assunto dá muito pano pra manga!

Eu e minha amiga Aline meio que "brevemente" discutimos sobre o assunto, mas acho que o principal não foi abordado da maneira correta. Covardes e corajosos parece uma classificação parca quase cheirando a maniqueísmo. É muito fácil cair nas classificações e não olhar a coisa como um todo.

Porque quem parece covarde pode ser visto como o extremo cauteloso e o corajoso como um irresponsável impulsivo. Mesmo se aquele que lhe é letárgico ou aquele que sempre está em movimento em direção a algo. Tentar achar um equilíbrio ilusório para isso também é ingenuidade.

Por isso eu acho que a questão está em respeitar o tempo interno de cada um. Muito obviamente, também respeitar o seu próprio tempo e limite. Nesse balanço e contrabalanço, ter algo em mente: se algo se põe diante de você, é porque tem algum motivo. Nunca sabemos exatamente o que é, mas tem algum motivo.

Nesse momento, vc deve fazer uma escolha muito consciente e não julgar a pessoa pela escolha, porque ela não sabe disso. Mas, se vc escolher ajudar, ajude. Se escolher virar as costas, vire e não olhe para trás. Mas, saiba que para cada uma de suas escolhas, existem consequências que vc vai ter de assumir, quer vc pense que está certo ou não.

Para terminar e exemplificar, digo: eu virei muito as costas, eu fiz muitos julgamentos cruéis. Eu ajudei e achei que minhas valiosas lições deveriam ser seguidas rigorosamente. PÉIM! Sinal vermelho. Faça o que sua intuição lhe disser. Aja com racionalidade. E despeça-se do seu ego como o melhor exemplo que Jesus poderia ter dado: faça por fazer, não espere nada em troca.

A animalização do homem

Estes dias tenho falado demais de causas gays e certas injustiças que sempre vêm à tona. Não vou comentar nada mais sobre as bombas jogadas na dispersão da parada gay. Chega. Por ora, chega. Nunca fui política e o excesso desse assunto me saturou.

***

Por outro lado, não consigo deixar de sentir e, assim, contar aqui. Se eu jogar lentes espíritas sobre o que vou falar agora, diria: estamos à beira de uma total animalização do ser humano. Não é pateticamente antagônico dizer isso em pleno século XXI? Pois é.

Existe uma regra espírita que acredito que, mais do que nunca, esteja valendo agora para a Humanidade. Se estivermos mesmo às vésperas de uma mudança radical -- e eu espero do fundo do meu coração que isso seja verdade! --, estaremos às vésperas mesmo de muitas mortes, do surgimento de doenças inexplicáveis que matarão pessoas. De fenômenos naturais -- já que o ser humano conseguiu apenas desequilibrar a Terra ao longo dos milênios --. Mas NÃO! Isto aqui não é um post apocalíptico com previsões do futuro. Isto aqui é apenas reflexão para o modo como temos conduzido a nossa vida ao longo de muitos e muitos anos.

Existe uma abertura maior agora para as mudanças. Para quem deseja verdadeiramente mudar. Todas as oportunidades estão sendo dadas a todos. Mas, eu diria -- mais do que nunca -- que esta é a nossa última chance. Como vai cuidar dela?

Vivemos o dia a dia num verdadeiro panelão efervescente. Temos todos os tipos de pessoas convivendo em um espaço apertado, sabendo que é hora de mudar (mesmo que inconsciente). Ao mesmo tempo, estando diante do isolamento e da disputa -- frutos da modernidade globalizada deste século XXI.

Na minha modesta opinião, o resultado disso é que ao sair na rua, eu tenho a nítida sensação de que vou matar alguém. Ou alguém vai me matar. A violência gratuita na rua é crua e real. O egoísmo das pessoas é segundo nome de cada um. Ao invés de evoluirmos, parece que fazemos questão de involuir e mostrar nosso lado irracional e animal.

Não sei aonde tudo isso vai dar. Mas sei que sobreviver a cada dia, convivendo com tudo isso, é muito difícil. Eu apenas sei que não quero mais reencarnar na Terra. Quer você -- leitor -- acredite nisso ou não.

Dancing in the dark


"You sit around getting older

There's a joke here somewhere and it's on me
I'll shake this world off my shoulders
Come on baby the laugh's on me" (Bruce Springsteen - Dancing in the dark)

Adoro esta música do Bruce Springsteen, ele é muito mais que Born in the USA e Streets of Philadelphia.

...

A caminho do trampo, pensei em ESCOLHA. Com certeza, essa palavra me daria folhas e folhas de letras, digitação e muita discussão. Existe uma frase de um filme que vi recentemente (mas que não me lembro qual é...) que falava o seguinte: o difícil não é fazer uma escolha, mas continuar fazendo a mesma escolha.

E considero que escolha está ligada à coragem, quase que automaticamente. Posso dizer que as pessoas covardes se deixam levar por escolhas, que nem sempre são suas, atribuindo culpas aos quatro ventos. Aos corajosos, estes garimpam a vida, nem que seja com facão cego, sanando as culpas e procurando oportunidades.

Alguns podem dizer que estou sendo simplista, e por alguns ângulos de análise, concordo. Mas, a vida é simples. Quem a complica? Nós mesmos. Vamos dar atenção a todas as vertentes possíveis, contextos e situações atípicas. Mas, como já dizia o pensamento aristotélico: simplicidade e didática.

Então, com uma conclusão simplista, digo: a vida é feita de coragem para aceitar a realidade como ela é, para transformá-la naquilo que você quer que seja, para acreditar que não será fácil e que tudo demandará otimismo, força e esperança. Parece papo de livro de auto-ajuda. Mas eu prefiro essa "auto-ajuda" aos figurantes com quem convivo todos os dias que optam por falar mal de tudo, por reclamar de tudo e não levantar um pelo do cu para mudar nada.

***

Eu tinha de postar este link. Parece piada... não parece?
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u533375.shtml