Clique

Eu, eu mesma e meu futuro

Recentemente, fiz um curso de Astrologia com a famosa Anna Maria Costa Ribeiro. Queria expandir meus conhecimentos e ter uma outra visão de como é aprender Astrologia. Foi uma das melhores decisões tomadas neste ano. Porque não é de qualquer pessoa que você escuta a expressão "expansão da consciência". Quando escutar alguém dizendo isso, preste atenção: esta pessoa tem algo de essencial para você ouvir.

Citei esse curso, porque aprendi algumas coisas novas sobre mim mesma. Pois, tolo é aquele que pensa que já sofreu e já aprendeu bastante; ou aquele que pensa que uma lição vale por todas; ou, pior, aquele que pensa que as marcas e cicatrizes servem apenas para criar uma crosta de proteção contra o medo e o mundo.

Há cerca de dez anos que eu estudo meu próprio mapa, claro, uns períodos mais intensos que outros, com muitos tempos sem dar uma olhada sequer. O autoconhecimento, diria, tem períodos de maturação e colheita. Os conflitos, as tréguas pessoais, as necessidades e as eternas dúvidas. O presente, o passado e o futuro.

Lembro sempre de uma frase que a Sônia (Midori) me disse logo que saí da primeira editora onde trabalhei: era algo sobre meu otimismo, contagiante, uma característica marcante. Quando li isso, sabia que estava diante de algo que não esqueceria para o resto da minha vida. Porém, isso -- como muitas coisas na vida -- a gente só vai entender e perceber quando passarmos a nos ver de fora para dentro. Com o maior distanciamento possível. Na proximidade excessiva, o olhar fica tenso e poluído. O distanciamento -- quase um objeto idílico, por ser difícil de ser alcançado --, é crucial para o autoconhecimento. Diria que é muito mais importante do que o tão aclamado espelho.

Eu, como todos vocês leitores, já vivi muitas coisas desagradáveis. A maior parte delas por escolha própria. Em inúmeras vezes, eu dizia para mim mesma "estou apostando minha última dose do que há de bom em mim". E mergulhava com tudo... E voltava vazia.  Pois bem, isso não deixa de ser uma forma bem tola de suicídio. Mas todo suicídio não deixa de ser uma forma de transformação. 

E, assim, recentemente fui confrontada por mim mesma diante de um novo cenário. A nova situação. O novo ser. E a nova oportunidade. E a mais antiga conclusão: besteira isso de se fechar. Besteira isso de se congelar. Besteira. A vida é movimento contínuo. Água parada apodrece.

Mas o tempo é algo muito pessoal, e cada um de nós o mede de uma forma específica. No entanto, algo é certo: o tempo corre. E corre rápido seja para aquele mais lento ou para o mais apressadinho.

Há uma chama interna, que brilha e nunca deixará de brilhar. E isso não é privilégio de alguns, é a essência de todos. É essa mesma essência que faz com que tenhamos humildade para tentar aprender algo que continuamente estamos errando. Que nos direciona para uma certeza, mesmo sem sabermos exatamente qual é. Que traz a faísca, que incendeia.

Este ano de 2015 está quase acabando. E, ao contrário do que tenho feito nos últimos posts de retrospectiva neste blogue, não ficarei fazendo lista, ou me lamentando. Apenas agradecerei. De todas as batalhas, vivi e venci mais algumas. Não sou melhor nem pior que ninguém. O balanço é positivo. E, o porvir, auspicioso.