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Buraco negro massivo

Metade de um maço cigarro depois, me sinto entorpecida.

Busquei um pouco de paz...num raro e silencioso fim de tarde de domingo.  Um pássaro, que não vi nem sei dizer qual a espécie, cantava. Não sozinho, cantava para mim. Obrigada por cantar para mim...

Me perdi em pensamentos. Deste mesmo cenário que vejo há tantos anos... sinto uma solidão. Mas ela sempre foi minha. Não é a mesma solidão de vinte anos atrás -- pois eu não tinha este coração quebrado, eu não tinha essas dores que nunca me deixaram, eu não tinha essas cicatrizes. Não é a mesma solidão de quando eu olhava a madrugada e imaginava onde estaria a minha felicidade. Não é a mesma solidão de quando eu olhava o sol ir embora e pensava que o dia seguinte seria melhor porque apenas era o dia seguinte.

Eu acho que gostaria muito de ter um pouco ainda do meu eu de vinte anos atrás. Talvez? Talvez. Eu gostaria de ter muitas coisas que perdi de volta. Mas isso não faz parte da vida?

Hoje sinto uma buraco negro que me avista, tímido e corajoso. Ele me convida aos deleites da autocomiseração como uma droga que dá prazer e te vicia. Eu olho para ele me sinto tão tentada a segurar sua mão fria e acolhedora. O prazer e a dor ao mesmo. Sentimentos únicos e deliciosos que só sabe quem provou.

Hoje vejo o meu reflexo de mim mesma pintado com cores indescritíveis.

Hoje, eu vi o sol se pôr e vi aquele último lampejo de misteriosa claridade antes do completo breu. Um pouco pra mim e um pouco pra vc, buraco negro. Vamos dar as mãos esta noite. E amanhã será outro dia.


Primeiro post de 2013!

Ah!

Que saudade estava deste canto, deste blogue, meu canto!

Já estamos quase em março e tanta coisa aconteceu! Viajei mais de 1.800km nas férias. Cortei o cabelo curto, de verdade, pela primeira na vida! Conheci cidades que não conhecia, fiz coisas que nunca fizera antes.

O ano novo tem sempre essa coisa mágica e única do RECOMEÇO.

Mas seria ilusório pensar apenas nisso. E, palavras sejam ditas, o atual mundo em que vivemos e a atual sociedade nos força à reflexão, no mínimo. Se não pensamos, somos sugados a um pensamento em massa. E nosso condicionamento nos torna juízes e condenadores de tudo aquilo que não concordamos.

Há um bom tempo venho pensando em muitas coisas. Também venho sentindo muita dificuldade no convívio social. Não ser mais uma da massa tem um alto preço. E quem não se submete fica sozinho, é inevitável. Quantos solitários existirão por aí?

Esta semana que se passou, conversei com uma pessoa que me trouxe muitas reflexões. Sua formação em Filosofia e seu pensamento ligeiramente rebelde e anárquico trouxeram uma luz específica para o meu conflito interno. A NECESSIDADE DE AUTOAFIRMAÇÃO. Aí, li este texto do Personare e tudo fez mais sentido ainda. Sem saber, essa pessoa me ajudou e muito.

Então, paradoxalmente, percebo que não posso me isolar, mesmo o isolamento sendo uma consequência esdruxulamente necessária. A essa pessoa -- que não tem facebook e nenhuma parafernália digital -- dedico este post. 

Pretendo destrinchar o assunto nos próximos posts. Serei polêmica? Provavelmente. Mas esta sou eu. Se eu nunca fugi disso até ontem, não fugirei MESMO a partir de agora.

beijos e abraços e um excelente 2013 a todos os leitores -- assíduos e ocasionais -- deste blogue!

Trinta e cinco anos...


Trinta e cinco anos de idade... é... o meu aniversário está chegando!


E, com ele, inúmeros pensamentos. Inúmeros. Inomináveis, inenarráveis, inefáveis... quem me conhece, sabe que uma de minhas características é observar, analisar, pensar, refletir, desmontar e juntar, juntar e desmontar.


Desde o meu último aniversário, fiz tantas perguntas. Busquei tantas respostas. Conheci tantas pessoas. Meu coração se apaixonou. Meu coração se desapaixonou. Meu coração se magoou, meu coração se recompôs. Criei expectativas. Me desapontei. Terminei amizades. Comecei muitas outras.


No momento, tem um filme passando na minha cabeça... o filme do meu último ano de vida. Inevitável. Pesos e medidas, a necessidade que sempre temos de autoavaliar, autocriticar (mas nem sempre com a devida justiça), pensar que poderíamos ter feito mais, poderíamos ter sofrido menos.


Acho que a vida é um delicado balanço de todas as coisas que já tocamos, já sentimos, já provamos, já observamos, já vivemos, já amamos, já odiamos, já invejamos e já fizemos. A vida é um delicado balanço de tudo que passou por nós. Incluindo as pessoas que mais odiamos e nem queremos vê-las por perto. As situações mais vergonhosas. As paixões mais avassaladoras. Os amores mais platônicos. Os desejos capitais que não revelamos nem ao espelho do banheiro. A vingança que nutrimos. A esperança que perseguimos. O agridoce sabor de viver a vida.


Acho que a vida é manter todos esses elementos em equilíbrio. O equilíbrio pode ser uma utopia mas eu sempre fui sonhadora e idealista, então utopias são o meu tipo favorito de alvo a ser atingido. Não podemos deixar de amar mesmo aquele que nos causa mais ódio. Pois é nessa lição de aprender com o ódio que tiramos o mais lindo exemplo de amor. Não podemos deixar de conviver mesmo com aqueles que nem queremos ver a cara enfeitada de joias. Não podemos dizer que nunca faremos algo ou que nunca "beberemos da água ou comeremos do prato" porque eu tenho certeza absoluta que é daí que estará o maior aprendizado a experienciar e o maior obstáculo a ultrapassar.


A vida é bom-senso ponderado com pessoas de muita autoestima. Pessoas que se amem pelo que são e nunca tenham vergonha de mostrar isso a ninguém. Todos somos seres de luz espalhando constantemente energias aos quatro cantos do universo. Precisamos apenas aprender a encontrar esse equilíbrio. Porque ele existe! Precisamos aprender a sentir antes de reagir. A pensar depois de sentir. A refletir depois de pensar e sentir.


Precisamos parar de seguir os outros. De nos espelhar por causa dos outros. Precisamos seguir nossa intuição como timoneiro de nossa vida.


Num mundo tão insano em que a hipocrisia tornou-se nosso novo pecado capital, mais do que nunca, precisamos ser aqueles que devemos ser e que ainda está escondido dentro de nós mesmos!


E até amanhã!

Comparação

Somos pequenos, porque nos comparamos uns aos outros de acordo com o dinheiro que ganhamos; com coisas que compramos -- ou deixamos de comprar; com família e amores que temos -- ou nunca conseguimos ter. Por que não nos comparamos de acordo com a transmutação interna que somos capazes de realizar. Ou melhor: por que nos comparamos?

Sobre a inveja


Todos nós estamos procurando por algo. Alguns sabem, outros não. Talvez a grande diferença esteja em ter certeza. Quantos de nós podem afirmar isso? Onde está a verdadeira segurança? Em uma vida sem riscos ou na constante sensação de nunca saber o que virá a seguir?

Não há angústia nessas questões que – de alguma forma –, sempre me assombraram com sua incerteza e com sua impetuosidade. Hoje, na verdade, vim pensando no poder da inveja. E em quanto mais poder lhe atribuímos toda vez que queremos falar nela. A inveja definitivamente é um poderoso sentimento com o qual convivemos, com consciência ou não.

E a inveja é irmã gêmea da cobiça. Pergunte-se a si mesmo: o que você quer para você? Ou o que você cobiça? A lista pode ser bem grande... Aí você pode se perguntar o que você faz para ter aquilo que você deseja. Uns lutam para ter enquanto outras pessoas lutam para que outros não tenham. E isso pode ser tanto um ato físico como um ato pensado ou sentido – o que é pior ainda.

As pessoas têm tanta inveja inconsciente que elas simplesmente vão para onde todas estão indo, sem questionar. Seria absurdo chamar isso de inveja? Pode ser. Pode ser burrice também. Pode ser pensamento condicionado. Mas não deixa de ser inveja. A impressão de que “o melhor” sempre está onde está a muvuca pode até ser verdade em raros casos... mas, no geral, trata-se apenas de ter aquilo que os outros têm. Simples assim.

Vou me dar como exemplo. Isabella Taviani é um imenso motivo de inveja para muitas pessoas que eu sei. Não serei hipócrita aqui em afirmar que nunca senti inveja por ninguém em relação a IT. Mas, ao contrário do que as pessoas costumam fazer, eu criei o meu caminho, o meu jeito, apliquei o meu eu. Quando as pessoas mostram a sua singularidade, elas se tornam encantadoras e únicas. Quando elas imitam (por causa da inveja), tornam-se uma massa disforme cujo único objetivo é uma disputa ignorante para mostrar quem tem o penacho ou o ego maior.

Todas as coisas que fiz, faço e farei por IT são coisas minhas. São coisas que me tornam Cristiane Maruyama (Crisantemus) – fã de Isabella Taviani. Não quero ser melhor nem mais especial do que ninguém: quero ser EU MESMA. Por isso, a todos os invejosos de plantão que me acompanham em todas as mídias sociais, digo-lhes o seguinte: muito amor, paz e luz no coração de cada um de vocês. Por que não nos unimos ao invés de dividirmos forças?

Pensamento

Para refletir os últimos acontecimentos da minha vida.
A tranquilidade fundada na inspiração que emana da mente búdica jamais pode ser abalada e sempre se mostrará correta (preceito búdico).