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Top 38 filmes de todos os tempos [atualizado]

Lista é sempre lista, uma pré-seleção estritamente pessoal.

A minha é a seguir. Desta vez, resolvi incluir um pequeno comentário na frente de cada filme.

01. Cidade dos sonhos (2001, David Lynch)
Meu eterno filme número 1. Nunca sairá desta posição. É uma obra-prima, escrita e dirigida por David Lynch, que simplesmente conta uma história de amor em Hollywood.

02. Réquiem para um sonho (2000, Darren Aronofsky)
Um filme que mexe com tantas emoções, conscientes e inconscientes. E um atuação impecável de Ellen Burstyn.

03. Persona (1966, Ingmar Bergman)
Bergman é autor de diversas obras-primas, mas esta, particularmente, que trabalha com o jogo de sombras, é a minha favorita.

04. As horas  (2002, Stephen Daldry)
A trilha sonora de Philip Glass dá o tom perfeito a este drama existencial, de perguntas que não são claras e que pedem respostas ainda mais deslizantes.

05. Brilho eterno de uma mente sem lembranças (2004, Michel Gondry)
Você amaria alguém só para esquecer essa pessoa depois? E se você voltasse a se apaixonar por essa mesma pessoa?

06. Closer – perto demais (2004, Mike Nichols)
Para mim, o melhor filme sobre relacionamentos amorosos. Sem ilusões, sem enfeites. 

07. Tomates verdes fritos (1991, Jon Avnet)
Jessica Tandy e Katy Bates estão impecáveis neste filme. Um filme sobre a verdadeira amizade e o verdadeiro amor.

08. Matrix – trilogia (1999, 2003, The Wachowsky Brothers)
Sem palavras para descrever o melhor filme sobre seres humanos x máquinas!

09. 2001 – uma odisséia no espaço (1968, Stanley Kubrick)
Difícil escolher um filme do Kubrick, mas este, com quase meia hora inicial sem diálogo e o maior pulo temporal, indo da pré-história ao futuro; e o final... quando o homem se encontra, finalmente, com... perfeição.

10. Ponto de mutação (1991, Bernt Capra)
Quando penso que gostaria de viver um filme com diálogos de filmes, sempre penso neste filme. Três pessoas que se conhecem e, ao longo de um único dia, têm a conversa de suas vidas.

11. O silêncio dos inocentes 
12. Anticristo
13. Cisne negro
14. Monster – desejo asssassino
15. Psicopata americano
16. O exorcista
17. O iluminado
18. O céu que nos protege
19. Meninos não choram
20. Alien – quadrilogia
21. A viagem de Chihiro
22. Thelma e Louise
23. O segredo de Brokeback Mountain
24. Em algum lugar do passado
25. O segredo do abismo
26. Veludo azul
27. Má educação
28. Paris, Texas
29. Bagdad café
30. Almas gêmeas
31. Taxi driver
32. Interestelar
33. Animatrix
34. Jogo subterrâneo
35. Las acacias
36. A origem
37. Gravidade
38. Atração fatal

Eu, eu mesma e meu futuro

Recentemente, fiz um curso de Astrologia com a famosa Anna Maria Costa Ribeiro. Queria expandir meus conhecimentos e ter uma outra visão de como é aprender Astrologia. Foi uma das melhores decisões tomadas neste ano. Porque não é de qualquer pessoa que você escuta a expressão "expansão da consciência". Quando escutar alguém dizendo isso, preste atenção: esta pessoa tem algo de essencial para você ouvir.

Citei esse curso, porque aprendi algumas coisas novas sobre mim mesma. Pois, tolo é aquele que pensa que já sofreu e já aprendeu bastante; ou aquele que pensa que uma lição vale por todas; ou, pior, aquele que pensa que as marcas e cicatrizes servem apenas para criar uma crosta de proteção contra o medo e o mundo.

Há cerca de dez anos que eu estudo meu próprio mapa, claro, uns períodos mais intensos que outros, com muitos tempos sem dar uma olhada sequer. O autoconhecimento, diria, tem períodos de maturação e colheita. Os conflitos, as tréguas pessoais, as necessidades e as eternas dúvidas. O presente, o passado e o futuro.

Lembro sempre de uma frase que a Sônia (Midori) me disse logo que saí da primeira editora onde trabalhei: era algo sobre meu otimismo, contagiante, uma característica marcante. Quando li isso, sabia que estava diante de algo que não esqueceria para o resto da minha vida. Porém, isso -- como muitas coisas na vida -- a gente só vai entender e perceber quando passarmos a nos ver de fora para dentro. Com o maior distanciamento possível. Na proximidade excessiva, o olhar fica tenso e poluído. O distanciamento -- quase um objeto idílico, por ser difícil de ser alcançado --, é crucial para o autoconhecimento. Diria que é muito mais importante do que o tão aclamado espelho.

Eu, como todos vocês leitores, já vivi muitas coisas desagradáveis. A maior parte delas por escolha própria. Em inúmeras vezes, eu dizia para mim mesma "estou apostando minha última dose do que há de bom em mim". E mergulhava com tudo... E voltava vazia.  Pois bem, isso não deixa de ser uma forma bem tola de suicídio. Mas todo suicídio não deixa de ser uma forma de transformação. 

E, assim, recentemente fui confrontada por mim mesma diante de um novo cenário. A nova situação. O novo ser. E a nova oportunidade. E a mais antiga conclusão: besteira isso de se fechar. Besteira isso de se congelar. Besteira. A vida é movimento contínuo. Água parada apodrece.

Mas o tempo é algo muito pessoal, e cada um de nós o mede de uma forma específica. No entanto, algo é certo: o tempo corre. E corre rápido seja para aquele mais lento ou para o mais apressadinho.

Há uma chama interna, que brilha e nunca deixará de brilhar. E isso não é privilégio de alguns, é a essência de todos. É essa mesma essência que faz com que tenhamos humildade para tentar aprender algo que continuamente estamos errando. Que nos direciona para uma certeza, mesmo sem sabermos exatamente qual é. Que traz a faísca, que incendeia.

Este ano de 2015 está quase acabando. E, ao contrário do que tenho feito nos últimos posts de retrospectiva neste blogue, não ficarei fazendo lista, ou me lamentando. Apenas agradecerei. De todas as batalhas, vivi e venci mais algumas. Não sou melhor nem pior que ninguém. O balanço é positivo. E, o porvir, auspicioso.

05 de dezembro

(dedicado a você)

Há alguns raros momentos
em circunstâncias específicas na vida
parece sorte
lembra conspiração
e os mais céticos desdenham
os distraídos nem percebem
mas aqueles puros de coração
sentem
capturam
estendem as mãos
o coração aberto
os olhos atentos
e vivem.

Há algum raro momento
enquanto caminho sozinha
tanto igual ontem
e pode até ser parecido com o amanhã
eu não olho para os meus pés
nem olho para o próximo destino
eu apenas vejo o céu
tantas nuances em tonalidades distintas
o bruto negro tocando o branco suave
nuvens de algodão e céu de chumbo
eu paraliso, hipnotizada, tentando descrever
e me calo.

Entre dois momentos distintos
há duas solidões que se tocam
sem propósito, sem escolha
há razão? É necessária razão?
A razão é uma tola justificativa.
A justificativa é uma tentativa em vão.
Pegue a minha mão, veja as rugas.
Olhe meu coração, veja os calos.
E sinta minha alma: simplesmente feliz por viver.

Não se perca na estrada bifurcada,
que nós mesmos a dividimos.
Trilhar este chão de terra acompanhado,
é muito melhor do que sozinho.