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Entre posts

Minha fase blogueira é recente. Mas tenho descoberto textos e pessoas muito interessantes por esta infinita web.

O exemplo mais recente do que digo é este: achei uma Caixa Preta entre posts e comentários no blog da Isabella Taviani. Ainda ando caçando algo por lá. Mas esta foi a melhor surpresa de todas. A sua autora escreve pouco, mas a sua concisão virginiana é justificada, porque ela escreve muito bem.

Comentei hoje no seu blog e reproduzo meu comentário aqui. Aos que se interessarem, vejam o que ela escreve e podem falar se concordam, discordam ou... nada.

***

Me sinto uma intrusa lendo este post e seu comentário. Mas não consigo não postar, é mais forte do que eu. E é o inevitável da internet e do blog.

Assim, tentando justificar a minha invasão, escrevo um comentário sobre a precisão cirúrgica do seu post.

Eu tinha lido ele desde segunda-feira. E foi incrível como partes dele ecoaram com minhas próprias reflexões. Há algum período que ando recolhida, refletindo. Talvez a crise dos 30. Que seja.

Eu gostaria de observar dois itens: o amor é egoísta. Eu concordo. O amor, nesta forma humana e material que conhecemos, é egoísta. Talvez tenhamos casos de amor abnegado e compassivo, mas são poucos e são específicos. A grande maioria de nós é, sem sombras de dúvida, egoísta.

A outra coisa é já que o amor é egoísta, devemos amar antes de mais nada a nós mesmos. Mas paradoxal e ironicamente, não fazemos isso. Por isso precisamos do outro, que funciona como espelho e contrapeso da nossa mente. Por isso temos amigos e relacionamentos, para poder construir a nós mesmos entre as redes do que doamos e perdemos, do que cobramos e ganhamos.

No entanto, concordo. Apenas saberemos amar alguém egoisticamente saudável se nos amarmos primeiro. Parece quase uma charada sem saída, uma sinuca de bico, um xeque-mate... mas é a realidade mais tangível que temos. Assumirmos quem somos, amarmos o nosso próprio eu que conseguimos construir ao longo dos anos para, então, poder amar alguém com o amor mais sincero e honesto que podemos oferecer.

Altas aspirações

Trecho abaixo foi retirado do site do Trigueirinho. A despeito de quaisquer críticas que vocês queiram pensar (e que com certeza, nunca me diriam) sobre um texto desse tipo, leiam. Espero que valha algo, pois para mim, vale, é tudo que eu sempre acreditei e defendi.

5. Permita que a compaixão aflore em seu ser. Isso nada tem a ver com envolvimentos ou demonstrações emocionais. A compaixão é a compreensão da real necessidade de outrem, a união com a essência dos seres. É algo a ser vivido, e não descrito ou discutido.

6. Faça de sua vida externa um reflexo, o mais fiel possível, das suas mais altas aspirações. Ações abnegadas repercutem de maneira benéfica e indescritível em toda a aura do planeta e evocam os elementos positivos, latentes e manifestos, dos reinos da natureza. Pratique-as, e pouco a pouco você conhecerá uma alegria transcendente.

O quanto sou egoísta?

Não, a pergunta não se refere a mim. Mas a cada um dos visitantes que, por ventura, caírem aqui.

Hoje vim pensando nisso.

Um exemplo simples. Eu pego trem todos os dias para chegar até o trabalho. Que opção rápida e penosa e impossível de trocar! Quem depende deste meio de transporte, sabe o que quero dizer.

Me ocorreu que tanto homens como mulheres -- compreendendo o grau de cansaço de cada um, a quantidade de horas dormidas, rotina do dia a dia etc. -- adoram se apoiar. Se me ocorrer de querer transportar essa metáfora para outros limites, vou lembrar daquele jargão usado com frequência: "Que o mundo acabe em barranco para eu morrer encostado".

Mas, o que eu realmente quero dizer com "adoram se encostar". Quero dizer que as pessoas não podem ver um canto que estão encostadas. Isso, dentro de um meio de transporte megalotado como o trem, é algo impraticável. Porém, as pessoas, em seus egoístas pontos de vista, adoram privatizar balaústres como se fossem o sofá de sua casa.

Ok. Quem chegou primeiro "tem esse direito". Desculpa ridícula, mas até engolível. O que não é engolível de forma nenhuma é quando o trem lota e as pessoas, na ausência de um balaústre, encostam-se umas nas outras. Mais especificamente: em mim.

Assim, o que eu vejo: homens -- que se esfregam em mulheres -- assim, têm onde se encostar E ainda aproveitam a oportunidade de covardemente sarrar numa mulher. Mulheres -- que se esfregam em postes, num contido desejo de ser dançarina de boate, -- que se encostam em outras mulheres, porque é "permitido", já que encostar em homens seria parecer "dada" demais.

Pífio.

As pessoas deveriam respeitar o espaço alheio mínimo. Numa condução hiperlotada, é compreensível que todo mundo se grude. Mas, quando há espaço, não vejo outra interpretação além de que as pessoas são egoístas, folgadas e taradas.

Nesses momentos (como foi hoje, por exemplo), eu respiro fundo e me imagino em um campo verde, com pássaros e céu azul. Utopia para o dia a dia. Recôndito necessário para a mínima sobrevivência.

Every word was a piece of my heart

Os meus assíduos frequentadores deste blog devem ter reparado que há alguns dias, eu simplesmente postei tiras de quadrinhos, notícias de jornal, músicas. Isso teve um motivo muito claro e simples: falta de tempo para criar um texto decente que entrasse de maneira decente. Dessa forma, as notícias são muito válidas e saudáveis. Uma interessante maneira de encher linguiça.

O fato é que muitas coisas têm passado pela minha cabeça... muitas reflexões. Passei estes dias pensando na panorâmica da minha vida.

Hoje tive acesso a um álbum "não-oficial" de um show realizado por Jon Bon Jovi. E que prazer imenso eu tive ao ouvir Every word was a piece of my heart. Desde a primeira que a ouvi, nos idos de 1997 lá no Japão, eu amei esta música. A minha cara. Aqui está o vídeo no YouTube. E aqui está a letra.

I've been staring at the page
For what seems like days
I guess I put this one off for a while
Did I see a tear fall from your eyes
Or did you laugh so hard that you cried
When I served my secrets on a silver tray to you
Hey now, I guess the night's just bringing me down
There's no love, there's no hate
I left them there for you to take
But, know that every word was a piece of my heart
You've been the blood in my veins
The only one who knows my middle name
And the smiles they came easy 'cause of you
You know that I love you, but I hate you
'Cause I know I can never escape you
Let the choir sing for tonight I'm an easy mark
Hey now, am I acting just a little too proud

Em breve escreverei sobre as impressões que, agora, ainda estão dentro da minha insana cabeça...

David Lynch em ação

Matéria da Folha de S.Paulo.
Estava com saudade do David Lynch. Com certeza absoluta, ele me inspirou e ainda me inspira muito. Lembro de ele ter dito sobre o formato digital como o futuro do cinema. Inland empire foi um exemplo disso. Agora, temos estes pequenos curtas.
Leiam a matéria mais abaixo, por Fernanda Ezabella.

***
De perto, ninguém é normal. Ou, numa variação cinematográfica do ditado popular: de perto, todo mundo tem um quê de personagem de filme de David Lynch. Para quem duvida, é só acompanhar os 121 curtas-metragens comissionados pelo diretor norte-americano de "Cidade dos Sonhos" e "A Estrada Perdida", que serão postados na internet, um a cada três dias, durante um ano, até junho de 2010.

O primeiro será liberado na próxima segunda-feira, inaugurando o Interview Project. Segundo o próprio Lynch, os curtas são documentários de três a cinco minutos, "retratando americanos comuns e, às vezes, bem incomuns, de todo o país".

A série de curtas foi realizada por um time de diretores, liderado pelo filho do cineasta, Austin, e por um misterioso Jason S. A equipe cruzou mais de 30 mil km da América profunda, durante 70 dias, para coletar dezenas de histórias.

"É um projeto pé na estrada, onde as pessoas foram sendo encontradas e entrevistadas", diz Lynch no vídeo de apresentação do site. "O time achou essas pessoas dirigindo pelas rodovias, indo a bares, em lugares diferentes. É tão fascinante ver e ouvir essas histórias. É uma chance de conhecer essas pessoas, é algo humano, que você não pode deixar passar."

"Como eu me descrevo?", pergunta uma mulher que teve sua história registrada e aparece no vídeo de apresentação. "Quais eram meus sonhos de criança?", diz outro entrevistado. "Meus planos para o futuro?", continua um terceiro.

Um aperitivo da série

Apesar de só começar na semana que vem, três vídeos já foram liberados, todos com introdução de David Lynch. Dois estão aqui. O terceiro pode ser visto aqui.

Em Bozeman (Montana), a equipe achou Jenny Brown, 17, cujo sonho era ser bailarina. Com sua voz infantil e corpo largo, ela conta que o pai a tratava mal quando criança e que a mãe tentava protegê-la. Imagens dela no sofá de casa são intercaladas com cenas de peixes num aquário e um cachorro branco de três pernas.

Anthony é o protagonista do segundo curta. Lynch diz que ele foi encontrado andando de bicicleta em Dumas (Arkansas). Sem os dentes da frente, ele faz seu monólogo sentado numa cadeira no quintal malcuidado de sua casa, porém enfeitado com um anão de jardim.

O terceiro vídeo, que Lynch divulgou no seu twitter, conta a vida do aposentado Sean Freebourn, 62, em Missoula (Montana), cidade natal do diretor.

"Tive câncer e precisei me aposentar", explica Freebourn. "Não fui a nenhum médico. Era uma noite de Ano Novo e eu desabei, fui parar no hospital, fiquei um mês por lá."

Uma câmera estática colhe o depoimento do homem de barba branca, sotaque pesado, ao lado de uma cerca capenga. Poderia muito bem ser um personagem de "A História Real", filme de Lynch que, como outros, se passa numa cidadezinha.

Plano anti-homofobia

Matéria da sempre inteligente Vange Leonel. Abaixo, segue texto na íntegra.

***

Plano anti-homofobia

por Vange Leonel

Em 17 de maio de 1993, a OMS (Organização Mundial de Saúde) deixou de classificar a homossexualidade como doença. A atitude foi crucial para sinalizar ao mundo que, pela ótica médica e científica, ser gay ou lésbica é coisa normal. Aliás, é por isso que hoje a data é considerada Dia Internacional Contra a Homofobia.

Uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, divulgada no início deste ano, revelou que no Brasil o índice de homofobia é altíssimo: uma média de 27% da população não homossexual admitiu, conscientemente, ter preconceito contra homossexuais.

Para além do preconceito assumido, procurou-se aferir o preconceito indireto por meio de perguntas que detectassem nuances de discriminação mesmo em pessoas que não se achavam homofóbicas. O resultado foi chocante: 99% manifestaram algum tipo de preconceito velado, subconsciente.

O fato é que as objeções a homossexuais são reforçadas por instituições que transpiram autoridade, como as religiosas, entre outras. Daí existir um certo aval generalizado para que pessoas discriminem homossexuais sem se sentirem culpadas.

É fundamental que instituições de porte, a exemplo da OMS, promovam ações contra a homofobia. Foi o que fez na semana passada o governo federal ao lançar um plano anti-homofobia com 50 diretrizes para orientar a realização de políticas públicas. Está disponível neste link.

Something to believe in

Dia frio de outono, pré-inverno.

Estou meio esta música do Bon Jovi:
Tonight I'll dust myself off
Tonight I'll suck my gut in
I'll face the night and I'll pretend
I got something to believe in
O vídeo está com péssima qualidade, mas a música e a guitarra do Richie estão mais do que perfeitas. E a letra sempre foi perfeita. De 1995.

Obama 2

Que notícia excelente!

Saiu na Folha de S.Paulo hoje. Disponível para assinantes, trago o texto na íntegra mais abaixo.

Há uma luz!


***

Obama determina corte de emissões de CO2 de carros

Aumento de 30% na eficiência de motores é 1ª regra federal americana contra gás-estufa

Medida, que começa a valer em 2012, exigirá padrão mínimo de consumo de 15,1 km por litro, poupando 1,8 bilhão de barris de óleo

DA REUTERS

O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou ontem um plano para tornar os carros mais eficientes e para reduzir o uso de combustíveis. É a primeira regra federal americana de combate às emissões de gases de efeito estufa.
As novas regras cortarão em 30% a poluição no setor de automóveis até 2016. Ao lançar o novo plano, Obama estava cercado por executivos da indústria automobilística dos EUA, do Japão e da Europa.
O presidente afirmou que os novos padrões, além de colaborarem para a redução das emissões de gases de efeito estufa para a atmosfera, vão reduzir a dependência dos EUA por petróleo estrangeiro.
"O status quo não é mais aceitável (...). Durante décadas, pouco fizemos para aumentar a eficiência dos carros e caminhões americanos", disse, em discurso na Casa Branca.
A nova norma exige aumentos anuais de 5% na eficiência energética entre 2012 e 2016. Os veículos leves e caminhonetes, por exemplo, deverão rodar em média 15,1 quilômetros com um litro de combustível. Hoje a eficiência média é 10,6 quilômetros por litro no país.
Segundo Obama, isso vai economizar 1,8 bilhão de barris de petróleo durante o programa e evitar a emissão de 900 milhões de toneladas de carbono.
O Congresso americano não precisará aprovar os padrões, que serão implementados por meio de normas federais.

Oportunidade
O aumento do apoio público para o combate ao aquecimento global e o enfraquecimento da empresas do setor -que estão se reestruturando após a crise econômica com a ajuda de recursos do governo- deu a Obama uma janela de oportunidade para impor as regras.
O plano foi elogiado por montadoras e ambientalistas. No entanto, uma das ressalvas é que o preço da produção de um veículo deve aumentar em cerca de US$ 600, em comparação com a legislação em vigor.
Porém, diz Obama, os compradores de carro vão recuperar o gasto com a economia em combustível. "Na verdade, durante a vida útil do veículo, o motorista típico irá economizar cerca de US$ 2.800 com uma melhor milhagem por combustível", afirmou.
O compromisso também resolve uma longa disputa entre o governo federal e o Estado da Califórnia, que adota normas mais duras contra as emissões veiculares de gases-estufa.
Obama disse que uma série de ações judiciais relacionadas aos esforços da Califórnia seriam abandonadas. O governador Arnold Schwarzenegger estava na Casa Branca durante o anúncio, numa demonstração de apoio à iniciativa. "Foi uma grande batalha e o presidente conseguiu trazer todos para marchar na mesma direção."

Concorrentes no Festival de Cannes

Matéria de hoje na Folha de S.Paulo.

E alguns detalhes aqui:

Em competição
"Los Abraços Rotos", Pedro Almodóvar.
"Fish Tank", Andrea Arnold
"Un Prophète", Jacques Audiard
"Vincere", Marco Bellocchio
"Bright Star", Jane Campion
"Map of the Sounds of Tokyo", Isabel Coixet
"A l'Origine", Xavier Giannoli
"Das Weisse Band", Michael Haneke
"Taking Woodstock", Ang Lee
"Looking for Eric", Ken Loach
"Chun feng chen zui de ye wan", Lou Ye
"Kinatay", Brillante Mendoza
"Enter the void", Gaspar Noe
"Bak-Jwi", Park Chan-wook
"Les Herbes Folles", Alain Resnais
"The Time That Remains", Elia Suleiman
"Inglourious Basterds", Quentin Tarantino
"Vengeance", Johnnie To
"Visage", Tsai Ming-liang
"Antichrist", Lars Von Trier

Cinema e hipocrisia

Adoro polêmicas. Mas, não gosto de discuti-las.

Vi esta notícia sobre o novo filme de Lars von Trier. Aaah... como fiquei curiosa para ver!!!

Segue a matéria abaixo (por Silvana Arantes), que saiu na Folha de S.Paulo hoje (para assinantes).

*** O que a jornalista não sabe (e aqui eu faço um comentário da crítica dela) é que a Isabelle Huppert é protagonista do filme A professora de piano.









No Festival de Cannes, o diretor dinamarquês Lars Von Trier, 53, costuma ir além da disputa pela Palma de Ouro. Ele produz "acontecimentos".
Xodó da crítica em 2003, quando seu "Dogville" foi aplaudido de pé na sessão para a imprensa, Von Trier conheceu ontem o outro lado da moeda, com o novo "Anticristo".
Depois de ter seu longa vaiado com fôlego por parte da plateia, nas duas sessões voltadas à imprensa, o diretor foi recebido na entrevista coletiva com um bombardeio de um repórter norte-americano. "Você tem de explicar e justificar por que fez este filme!", disse o jornalista, em tom de intimação.
"Não tenho que justificar a mim mesmo. E não tenho muito a dizer. É estranho você falar que tenho que me desculpar. Aqui, vocês são todos meus convidados. É assim que eu sinto", respondeu Von Trier.
As mãos trêmulas ao segurar o fone de ouvido (para escutar a tradução das perguntas feitas em francês), o suor cobrindo a testa e a respiração curta revelavam a tensão do diretor.
Ainda assim, em diversos momentos, Von Trier exibiu seu humor peculiar, com piadas e provocações como essa: "Sou o melhor diretor do mundo. Todos os outros são supervalorizados".
O desconforto provocado por "Anticristo" vem de seu tema (o sexo e a culpa) e de seu gênero (o terror psicológico).














Eis a trama: casal formado por psicanalista e intelectual -que está escrevendo uma tese para contestar antiga teoria de que as mulheres tendem à maldade- perde o filho pequeno, em acidente doméstico.
O marido (Willem Dafoe) resolve se encarregar da terapia da mulher (Charlotte Gainsbourg), seriamente afetada pelo luto. Como parte do tratamento, os dois se isolam numa floresta chamada Éden, escolhida por ser o local que ela mais teme.
Recheado de violência e sexo, "Anticristo" tem cenas explícitas de penetração, tortura e automutilação. Tem também imagens belíssimas (em preto e branco) da circunstância que justapõe a morte da criança e o sexo entre os pais.
A trama é dividida em um prólogo e um epílogo (ambos em P&B) e quatro capítulos (coloridos): "Luto", "Dor", "Desespero" e "Os Três Mendigos".
"A origem desse filme foi uma depressão que tive", disse Von Trier. O cineasta afirma que "a rotina de fazer um filme é terapêutica", não necessariamente seu tema. "Ter de levantar de manhã e ir trabalhar ajuda [a combater a doença]."
Por causa de seu "estado mental", disse Von Trier, ele não pôde operar a câmera, como costuma fazer, por "gostar de ficar o mais próximo possível dos atores".
Gainsbourg disse ter experimentado "um prazer estranho" filmando com o dinamarquês, e afirmou que "o mais difícil não foram as cenas de nudez e sexo, mas sim as cenas de emoção e sofrimento".
Dafoe contou que Von Trier "não autoriza nenhum tipo de ensaio ou preparação", o que acaba sendo "o paraíso dos atores", por torná-los "completamente flexíveis".
Quando era favorito da crítica com "Dogville", Von Trier foi embora de Cannes sem nenhum prêmio. Naquele ano, o júri presidido por Patrice Chéreau deu a Palma de Ouro para "Elefante", de Gus van Sant.
Agora, é a atriz francesa Isabelle Huppert quem preside o júri, no qual ela destacou a paridade de membros masculinos e femininos como um fato positivo. Uma das mais imediatas reações da crítica a "Anticristo" foi vê-lo como sexista.
Ontem, Von Trier disse que "há humor mesmo nos filmes em que você não necessariamente percebe".
No próximo domingo, quando serão entregues os prêmios do festival, saberemos se Huppert achou graça ou não no filme de Von Trier, que deve estrear no Brasil entre agosto e setembro.

Rong He - 2

Do blog da Cláudia Trevisan, excelente jornalista, que atualmente está escrevendo um livro para a editora onde trabalho. Em breve, o livro estará à venda. Até lá, vejam este post do blog dela que fala dos Mestres Lameiros da China e eu comento que aqui no Brasil, temos o Rong He. E fala dos costumes chineses desconhecidos aqui no Brasil.

Sharleu - 18 de maio

Hoje é aniversário de uma pessoa muito importante na minha vida: Sharlene Campanelli. Ela nasceu exatamente 2 meses antes de mim, neste dia 18 de maio. Aqui neste blog e neste post de hoje, quero prestar uma homenagem a ela.

Eu e Sharleu (apelido mais recente, dentre todos os que já atribuí a ela) temos uma história intensa e compridíssima. Não caberia em hipótese nenhuma contar esta história aqui, mas cabe contar como foi o nosso "reencontro".

Dentre todas as pessoas que já conheci, eu nunca tive uma afinidade inicial tão incrível como tive com ela. No nosso primeiro encontro -- nos idos de outubro de 2004, se não estiver enganada -- foram seis horas de conversa ininterrupta no Fran's Café da Haddock Lobo. No nosso segundo encontro, mais seis horas. Na Casa do Padeiro (devidamente corrigido... nada de Galeria dos Pães!), mais algumas longas horas. Dentre todas essas horas e todo o tempo que se seguiu adiante, pode ter certeza de que muita gente especulou muito, eu fiz demais, ela fez demais e no meio de toda essa bagunça, apenas uma única certeza permanecia: a gente não iria mais se separar, não sabíamos como, não importava como.

Muito tempo se passou, muito tempo mesmo. Fomos ao Pão com Manteiga, Sushi Guekko, Páteo da Luz, minha única visita ao Shopping Center Norte. Comemorei meu aniversário de 2005 com ela no Mestiço (se eu não estiver enganada no ano). Me lembro de ter lhe dado um livro de contos do Machado, um DVD do Nightwish, de ter ganho um CD da Lorenna MacKennitt. Fora os detalhes pequenos que se perdem ao longo dos anos. Afinal, desde que nos conhecemos até hoje são quase CINCO ANOS.

Nós duas temos um elo invisível que, certamente, nos une desde muitas vidas anteriores, muitas experiências anteriores. Conhecemos muito bem uma a outra, respeitamos o espaço da outra e compreendemos uma a outra. Meu maior e sincero desejo a ela neste dia tão importante de sua vida é que a gente cresça, cada vez mais, como amigas e como pessoas, pois este é o único propósito desta vida. Cada uma pode ter seu objetivo com metas específicas, mas como seres humanos, nosso único objetivo é evoluir.

Ela é a louca que eu mais quero perto e longe de mim, como tudo entre nós, que sempre foi paradoxal. Ela estava totalmente certa quando me disse um dia: "I can see the lights in the distance".

Cão raivoso

Liberdade, Liberdade

Sexta-feira foi um dia cansativo. Tinha acordado às 03h45, trabalhado até às 18h00. Mas, no meio de tanta rotina desgastante quase indevida, eu tinha marcado encontro com uma peste chamada Aline. Adorei a garota!

De um otimismo e alegria incríveis. De meiguice e carisma, idem. Agora concordo com o que Sharleu e Vilma diziam sobre ela.

Acima de tudo, corajosa. Característica que admiro demais nas pessoas.

Sim, fomos ao Rong He. A arte do fazer macarrão ao vivo é única. Já fiz inúmeras vezes e sempre quero voltar mais.

Conversamos sobre o mundo editorial, sobre passado, sobre presente e sobre nada. Ela é uma companhia agradabilíssima como há muito não conhecia. Sim, eu achei que ela seria uma falante insuportável... adoro ser surpreendida!

Vamos nos encontrar mais vezes!

Where is the love?

Em momentos de tensão absoluta -- como agora no trabalho -- estou ouvindo Black Eyed Peas. Esta música é boa demais. A letra é fantástica.

O silêncio...



Supersonic e Machine Head

Em breve, com tempo, quero escrever sobre algumas impressões e insights incríveis que venho tendo. Algumas coisas batem à sua cara, com uma discrição que quase passa despercebida... mas não por mim.

Madrugada ainda... living one fucking day at a time...

Adoro esta música e esta. Estão na minha lista das melhores de minha vida.

As the world falls down

I'm still here standing before everyone's eyes. To pick up a fight. Until the end.

Estou ouvindo agora... As the world falls down. De um filme fantástico, com um Jennifer Connelly linda.

Madrugando...

Este e os próximos dias serão de madrugadas no trabalho... blé.

Ao menos acordei com esta notícia! Fantástica! No meio de tanto caos, temos fagulhas de luz.

Leiam! Da Folha de S.Paulo.

Sobre o uso do "portanto"

Perdendo o encanto

Ando correndo no trabalho (alguém não tem uma rotina como essa?!), dormindo cedo e acordando cedo. Sem muitas ideias.

Exceto a que me veio ontem, mas não tive tempo de postar: as pessoas estão cada vez mais perdendo seu encanto! Sim!

Pelo menos, eu do meu singelo ponto de vista acredito nisso. Sinto isso.

Eu olho para as pessoas ao meu redor, todas aquelas prováveis que poderiam ser minhas maiores confidentes, amigos fiéis... mas ninguém me inspira o suficiente para eu dar o passo necessário para concretizar isso.

Óbvio que antigamente era outra história. Como digo, eu era jovem e mais inocente.

Hoje em dia, após a afirmação brega acima, vou dizer o que mais vejo nas pessoas ao meu redor: ou elas estão reclamando de tudo na vida; ou elas estão estagnadas, alienadas, inertes, semi-vivas; ou estão presas a alguma espécie de fanatismo que as tolhe do bom senso e do olhar para qualquer outra coisa além do foco de seu vício. Isso é horrível!!!

Não estou sendo pessimista, aliás esse adjetivo não combina comigo. Quem me conhece bem, sabe disso! Mas, a questão é que as pessoas estão cada vez mais voltando-se para si próprias -- num cúmulo absurdo chamado egoísmo -- e tornando-se menos encantadoras, porque olhando para o próprio umbigo, apenas reclamam da vida, da falta de sorte, da dureza de tudo. Blé.

Por isso acho que ando cada vez mais reclusa... tendo por companhia meu mp3 player, livros espíritas e os poucos e reais amigos de verdade.

Mas, quem se deu o trabalho de ler este post até aqui: pense nisso. Tô falando mentira???

O sentido da oração

Não.

Isto não é um post sobre Gramática.
(mesmo porque eu nunca senti afinidade com esse tipo de estudo)

Me deu um insight agora e eu pensei "por que temos de decorar rezas de tudo quanto é religião para dizermos que estamos rezando?" Parece que se não usarmos os mesmos textos com sofreguidão, a coisa não funciona!

Não gosto dessas coisas?!

Eis que me ocorreu algo que escrevi em um antigo poema (vou achar e postá-lo aqui). REPETIÇÃO. Uma reza decorada é como uma repetição.

O ser humano somente aprende com repetição. É incrível, mas nós que nos achamos seres inteligentes e evoluídos quase nunca aprendemos de primeira. Precisamos repetir e repetir e repetir... quase como um mantra (numa leitura de subtexto) para que ele entre e se fixe na nossa mente.

E a nossa vida diária é repetição. A gente repete as mesmas vontades. A gente repete os mesmos erros. A gente repete as mesmas escolhas!!! (as ruins, claro) A rotina é repetição. Se for uma rotina boa, ok. Mas sabemos muito bem que a rotina de cada um de nós NÃO é boa.

Credo.

E no meio de tanta repetição -- algo deveria valer. O APRENDIZADO. Mas... quem diz que a gente aprende?! O ser humano tem prazer masoquistamente obsoleto de ser repetitivo por simplesmente ser.

Fiquei com naúseas.

Por isso gosto da ousadia e da coragem!

Crisão no Twitter

Mas eu prefiro mil vezes meu blog. Mas quem quiser me adicionar por lá, à vontade.

O signo de Touro

Hoje queria falar sobre o signo do mês (ou do intervalo que agora compreende este mês): Touro.


Primeiro signo de terra do Zodíaco, traz em si muitas peculiaridades que podem ser facilmente reconhecidas por quem convive mais de perto (ou mesmo sem conviver). Acho que as duas mais diretas são: glutonice e persistência quase teimosa (não chamo de teimosia!).


Uma típica pessoa de touro é quieta... tímida. Mas, se você souber puxar papo, vai perceber que ali está uma alguém muito carinhoso. Isso não quer dizer que você ganhou sua confiança, que pode demorar muito tempo a se firmar após o primeiro contato. Pode demorar como pode nunca vir totalmente. Depende do taurino em questão.


Como todos os signos de terra, são muito confiáveis. Mas são birrentos. E a mania enrustida de querer tudo ao seu jeito, que causa a famosa “teimosia”. Para os típicos taurinos, tudo tem um tempo, não importa quanto leve, desde que seja feito, sem pressa (virginianos e capricornianos encontrarão um forte eco de reconhecimento nesta frase). Apresse um taurino e você verá como é uma pessoa sob uma mega pressão! Os menos experientes simplesmente surtam. Mas, é óbvio que você não verá seu surto. Por dentro (mais especificamente, dentro de seu complexo cérebro), tudo estará a ponto de explodir e ele não consegue compreender por que as coisas têm de ser assim. Acho que por isso que, com geminianos, são campeões da dor de cabeça e dor nas costas.


***


Eu tive o privilégio de conhecer e conviver com muitos taurinos. Muitos mesmo. Mas, sendo sincera (e pedindo compreensão aos meus amigos taurinos que visitam este blog), não é o meu signo favorito de convívio, embora conviva muitíssimo bem. Minha relação com touro sempre muito boa, pois eles sabem respeitar o espaço alheio – característica que eu prezo demais em uma pessoa.


Este mês muitos amigos meus farão (ou já fizeram) aniversário. Embora a maior parte deles nem visite ou até saiba da existência deste blog, farei uma homenagem. Taurinos que sempre me vêm à cabeça quando penso nesse signo: Enrico, Sérgio, Ana Lúcia, Cachinhos, Kendy (meu tio), Sharleu (minha querida Sharlene), Walter, Rodrigo, Fernando, Larissa, Eda, Valéria, mães, maridos, sobrinhos, amigos e filhos de muitas pessoas conhecidas.


Porém.... falei e falei sobre touro. Quem lê este blog já sabe que NUNCA podemos generalizar um signo, regra de ouro número 1 em Astrologia. E para explicar melhor isso, darei como exemplo a taurina que, decerto, foi a mais importante (e ainda é) em minha vida: Sharlene. Dois minutos de conversa com ela e você pode cair de amores ou de antipatia. Não é porque ela é taurina. Mas é porque é uma taurina totalmente fora dos padrões.


É isso. Falarei mais de Sharleu (apelido particular meu, dentre os incontáveis que já dei) no dia do seu aniversário, daqui a 10 dias.


INXS

Outra tarde de outono gostosa aqui no Alto da Lapa. Céu azul, vento frio e um sol quente.

Ando com umas ideias e em breve escreverei sobre o signo aniversariante do mês: Touro. Até lá, duas das minhas músicas favoritas desta banda que perdeu cedo seu vocalista...

By my side: vídeo e letra.

Never tear us apart: vídeo e letra.

Verdade da vida

Horário de almoço. Tarde friiiiia... gostosa, com céu azul puro, de outono.

Estava ouvindo umas músicas que me fizeram sentir calafrios. Wild is the wind cujo solo me faz viajar na época em que cruzava bairros inteiros durante o inverno japonês de 1996. Era eu, uma bicicleta, discman e meus cabelos no vento frio. Que saudade daqueles tempos...

Hoje a tarde está exatamente assim, treze anos depois. Eu apenas não estou montada numa bike rodando sem destino.

A outra música é Hard times come easy, do Richie Sambora. Estou lendo um livro (que não revelo agora) e falava justamente sobre como não ouvimos nosso coração. FRASE BREGA, eu sei!!! Mas, nesse mesmo instante, Richie canta:

"Seems like hard times come easy
We do a lot of hanging on these days
But the heart finds a reason
And love always seems to find a way
Even if it hurts
Even if it hurts us baby".

A vida é misteriosa. Decifrá-la é um prazer que pouquíssimos sabem degustar.

Sobreviver não é a meta, é um meio. Nosso destino é o reencontro de todos os nossos eus, rumo à única verdade eterna: evolução.

Breaking all the rules


Acordei saudosa desta música. Ela foi um dos hinos, no ano passado, quando comecei a dar 180 graus em minha vida!

Quem quiser, eu tenho o mp3.

Mais abaixo, link e letra.

***

Peter Frampton - Breaking all the rules

We are the people one and all
From deliverance to the fall
From the battle and the heat
To our triumph and defeat

We are the young ones crying out
Full of anger full of doubt
And we're breaking all of the rules
Never choosing to be fools

We are tired of being used
We are constantly excused
In the battle and the heat
In the shadow of retreat

We are the young ones crying out
Full of anger full of doubt
And we're breaking all of the rules
Never choosing to be fools

We are the people one and all
From deliverance to the fall
From the bitter to the brave
From the cradle to the grave

We are the young ones crying out
Full of anger full of doubt
And we're breaking all of the rules
Never choosing to be fools



Contraonda de todos os preconceituosos!

Admiro.
Apoio.
E quero ver no que vai dar!!!

Filhos de casal de lésbicas, materia da Folhaonline.


Isabella Taviani - parte 2: INCRÍVEL


Ela é bamba.
Incrível.

Neste finde, assisti ao seu
DVD ao vivo, comprado pela pechincha de R$14,00. O show é simplesmente incrível.

O seu blog, atualizado com regularidade, traz novidades e uma proximidade artista-fã raríssima de se ver nos dias de hoje.

Isabella -- ou simplesmente
Bella -- é de um carisma, simpatia e simplicidade incríveis. Há, ainda, uns trouxas que a comparam com Ana Carolina. O que elas têm de semelhantes é que surgiram muito próximas, possuem um timbre de voz grave e cantam MPB. Todo o resto é balela e papo de quem ouve muito pouco e fala demais por não saber o que dizer. Uma pena que demorei a descobri-la. Mas pretendo compensar o tempo perdido indo a muitos shows e tirando muitas fotos. Quero participar da promoção e vê-la em estúdio lá na minha querida Cidade Maravilhosa (que já estou adotando como "minha").

O que eu mais gosto nela é
coragem. Uma libriana com lua em gêmeos, que demorou a despontar, mas que nunca deixou de acreditar no seu potencial artístico. Uma alma verdadeira que vai trilhando o caminho ordenado pelo seu coração. Estas palavras podem soar bregas, mas duvido que alguém aqui viva como gostaria de estar realmente vivendo. Antes de criticarmos alguém, uma baforada no espelho do próprio banheiro vai bem!

E um VIVA às pessoas corajosas. Às pessoas que não têm medo de arriscar. Às pessoas que vivem os anseios da alma verdadeiramente. E um VIVA à belíssima Bella.

Signos de água - parte 2

Justiça seja feita.

No post anterior sobre os signos de água, mostrei um lado negro, obscuro desse signo. Algo que existe, assim como existe em todas as coisas do mundo. Todos os lados possuem outro lado. O que faltou falar foi das características fantásticas e únicas desse belo elemento.

Quando uma pessoa consegue equilibrar-se na difícil missão de ser um signo de água, ela demonstra a mais bela característica: sensibilidade. E essa sensibilidade traduz-se em pura empatia (pôr-se no lugar do outro), perdão e compreensão. Nenhum outro elemento é capaz disso da forma como os signos de água são capazes.

Vou além, eu diria que uma Água bem equilibrada é a verdadeira solução para o caos que vivemos no dia a dia. Mas, sendo sincera, até o momento são raríssimos os casos de uma água bem equilibrada. A sensibilidade vem com um preço quase impagável para estes dias que vivemos. Homens não podem ser sensíveis porque são tachados de todas as formas possíveis. Homens sensíveis seriam, basicamente, incompetentes.

Mulheres sensíveis acabam simplesmente dominadas pelos hormônios. E confundem tudo. Confundem capacidade de percepção com choradeira e passividade.

Falo tudo isso sob o cunho de ser uma canceriana com ascendente em peixes. Eu teria inúmeras histórias para compartilhar. Alguns dos meus fiéis seguidores conhecem algumas e poderiam contar, se quisessem.

E, de acordo com as várias fontes de Astrologia que já li, afirmo aqui: Peixes é o signo que deveria servir de exemplo em todas as suas formas de ação. Peixes é o signo regido por Netuno e conhecedor do mundo nebuloso que tanto aflige as pessoas racionais.

Enquanto a imensa maioria dos signos de água está ou sentada lamentando, ou sentada esperando, ou sentada remoendo, vamos seguindo. Queria apenas deixar claro que quem fala mal dos signos de água é que mais deseja ele por perto. Não por ratificar uma frase popular, mas por saber que, em Astrologia, além de termos todos os elementos em nosso mapa natal, quando sentimos aversão a algum signo, é justamente porque precisamos aprender com ele.

Pensem nisso!