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Isabella Taviani em Rio das Ostras - e que venha 2012!!!

O último show de Isabella Taviani em Rio das Ostras foi algo sem precedentes. Um misto de expectativa, ansiedade, alegria... tanta coisa que aconteceu!!!

No meu coração havia muita história para ser encerrada ali. Muita coisa que queria terminar de expurgar de mim e nada como um show de IT para isso. E lá fomos eu e minha irmã. Minha irmã, aliás, assistiu ao seu primeiro show de Isabella Taviani!

IT estava com a melhor energia que eu vi em shows, até hoje. Adrenalina pura nas veias: correu, cantou, gritou, pulou, sorriu e exibiu seu novo visual a la "Sigourney Weaver" em Alien! rs Xará Barufi sabe bem disso, porque -- ironicamente -- fez uma arte dessa uns dois anos atrás. Tava adivinhando, ein? Compartilha de novo com a gente!
Alegria poder rever Fafá Barbalho. Alegria poder estar com as meninas de Brasília. Alegria poder conhecer a maluquete da Fernanda, que saiu de Porto Alegre para ver IT. Alegria poder dar um abraço no queridaço Mário Jr. Alegria poder estar ali, desde as 19h30, na grade, esperando IT aparecer quase três horas depois!

O show não teve maiores surpresas no repertório, exceto uma cover de "Tempo Perdido" que, diante de tanta coisa acontecendo, esqueci de gravar. Ah... gravar??? Aquela hora queria ficar ali, curtindo a música e o belo arranjo que IT fez. Queria estar ali e ouvir, tudo de novo como se fosse a primeira vez. Lavar a alma com "Todos os erros do mundo" e ver IT apontando para o indicador e olhando para mim... Sorrir!!! Sim!!! Sorrir ao ouvir "Diga sim para mim" uma música que era uma tristeza só... mas que agora significa que quero uma nova mulher ao meu lado para cantá-la comigo! E representar tudo aquilo que eu acredito no amor, também! Ouvir "Digitais" e apenas pensar "não vou voltar atrás... arranque do teu peito o meu amor cheio de defeitos". Ah! Isabella Taviani!!!

Como é possível assistir a um show dessa cantora como se fosse a primeira vez? Não sei, só sei que com ela -- talvez apenas ela -- isso seja possível. E este show foi assim. Cercado de uma energia nova, renovadora, de desejo intenso de melhores coisas boas apenas para 2012. De mudanças... ah! E este cabelo novo da IT? AMEI. Quer dizer, fiquei 5 minutos chocada, ela cantando "Meu coração não quer viver batendo devagar", eu olhando para tentando concatenar tudo... passado o choque inicial (rs)... amei, amei, amei.

Amo IT em sua coragem eterna de ser transparente. Virtude raríssima nos dias de hoje. Vê-la como eu a vi nesse show é comprovação disso.

E que venha 2012!!! Feliz ano novo Isabella Taviani. Feliz ano novo aos leitores deste blogue!

Retrospectiva final: o que vale a pena!

Agora é só contagem regressiva. E aquela sensação de que no ano seguinte, faremos diferente... com fé, vontade, coragem e amor! Será?

A hora é agora, gente! Não precisa esperar arrancar a última folha do calendário para começar. Não precisa sofrer para compreender a lição. Não precisa quase perder para dar valor. Não precisa sangrar para se sentir vivo... por que precisamos desses extremos? Por que somos tão estupidamente teimosos? Por que temos a mania de associar amor com dor? Por que não nos consideramos merecedores do mínimo e do máximo?

Este foi um ano ÍMPAR para mim. Em todos os sentidos. Posso dizer que passei por todos os testes possíveis e, muito feliz comigo mesma, posso dizer que o importante não é passar com louvor. O importante é não precisar passar pelos mesmos testes de novo. E, se passar, saber como agir, como se portar. Gente... este é o segredo da vida, na minha humilde opinião! :)

Conheci pessoas únicas, também, este ano. ADORO conhecer pessoas novas, conhecer suas bagagens materiais, espirituais, emocionais. Adoro compartilhar. Graças à Isabella Taviani (mais uma vez...) conheci muita gente nova por ela.

Vivi situações inusitadíssimas... muitas me causaram um sofrimento sem precedentes. Muitas, me deixaram sangrando sozinha. Muitas me deixaram solitária, com uma bacia cheia de perguntas e nenhuma resposta. No entanto, TODAS elas me trouxeram um aprendizado único!!! Porque quando você está diante daquilo que mais te dói e mais te assusta, você não deve recuar! Você também não deve atacar! Você, sim, deve tentar entender e tirar o máximo de aprendizado daquilo. É fácil?! Claro que não! Estaria mentindo se dissesse que sim.

É um exercício contínuo de escolha e continuar escolhendo aquilo que você escolheu. E qual é  essa escolha? Tornar-se um ser humano melhor. Conhece-te a ti mesmo. Nunca seremos capaz de amar alguém se não nos amarmos primeiro! Esta é a maior ilusão propagada por aí! Precisamos nos autoconhecer. Precisamos ter autoconsciência. Precisamos saber quem somos! Precisamos nos amar! Com este foco em mãos, podemos compartilhar objetivos em comum, sonhos em comum com um amor correspondido. Com amigos. Com família.

A coisa, no fim das contas, é simples. Simplicidade, meus caros. Quanto menos complicação, maior entendimento, maior alcance da visão. E este foi um ano especial para isso. Agora? Agora quero me molhar no mar carioca... pular minhas sete ondinhas... fazer meu pedido especial. Quero um 2012 com realizações, plantar muitas sementes que foram colocadas de lado. Quero continuar assim... focada. E quero encontrar a mulher que sei que está aí... esperando por mim. Vamos nos encontrar, sim?

E a cada um dos leitores constantes e inconstantes deste blogue, sejam felizes! Não tenham medo, não vivam nas ilusões. Sonhem, acreditem. E sintam amor. Amor de verdade. Beijos para cada um de vocês! ;)

Um sentimento para estes dias

Mesmo que eu considere o Natal o auge máximo desta sociedade capitalista, mesmo que eu não goste de Natal e dispense desejá-lo a alguém (ou mesmo retribuir... rs) não quer dizer que não busque um significado maior toda vez que esta época do ano chega e eu me vejo cercada da matança de perus, aves, suínos e bovinos; pessoas bêbadas, todo mundo travestido de papai noel em trajes de veludo mesmo num calor de mais de 30º graus e aquele sorriso que deveria ser multiplicado 365 dias do ano. Okay... antes um sorriso em 365 dias do que passar um ano inteiro sem sorrir! :)

E, para mostrar qual deveria ser o verdadeiro tema de nossos mais puros sentimentos -- a despeito de todo o consumismo e materialismo --, vou postar sobre uma matéria que li faz algum tempo. A revista Superinteressante lançou várias edições especiais de fim de ano, dentre elas, uma com o tema "Superação". Bom, quem me conhece, sabe o tanto que adoro ler sobre isso. Um ato de superação é aquele que pressupõe a vitória sobre si mesmo. E é isso que eu gosto!

Li a revista inteira e apenas uma -- repito: uma -- matéria me levou às lágrimas... não conseguia segurar, simplesmente. Está na página 50 e fala sobre Rais Bhuiyan. Quem ele é? Trata-se de um sobrevivente das três vítimas de Mark Ströman. Um americano maluco da extrema direita que resolveu fazer justiça com as próprias mãos, depois do atentado de 11 de setembro. Matou duas pessoas (nenhuma delas árabe) e tentou matar Bhuiyan. Mas ele sobreviveu, mesmo depois de levar um tiro no rosto e perder a visão de um dos olhos. Ströman foi preso e condenado à morte (o caso ocorreu no Texas, pra quem não sabe, o estado americano que mais condena à morte e mais mata).

Ao contrário do que você poderia imaginar, Bhuiyan não apenas perdoou seu algoz como levantou uma campanha contra a pena de morte e uma briga na justiça para converter a condenação de Ströman para prisão perpétua. E, para isso, acreditem ou não, conseguiu o apoio das famílias das duas outras vítimas. Segundo Bhuiyan: "Jamais odiei Mark. Ele fez o que fez por ignorância. Demorou anos para distinguir o certo do errado, mas hoje ele sabe fazê-lo."

Ströman foi executado e a ong criada para a luta contra a pena de morte, a World Without Hate, continua. Na minha opinião, muito se fala e se  propaga sobre o amor. E é bonito de se ver!! No entanto, quando me deparei com essa história, eu vejo o verdadeiro amor em ação! O perdão de pessoas que tiveram entes queridos assassinados. A força de transmutar a dor da perda -- que poderia ser em ódio -- em amor! Lutar para mostrar às pessoas que esse resquício animalesco de achar que é retribuindo na mesma moeda que teremos "nossa suposta justiça feita". 

Pois não precisamos esperar a justiça divina. Não há justiça divina, não há justiça dos homens. Não precisamos dessa dicotomia! O que precisamos é transmutar os sentimentos que estão dentro de nós! Ao contrário do que se pensa, isso não é fraqueza -- mas sim a demonstração de uma força maior! Porque nenhum de nós é capaz de julgar outrem por nada neste mundo. Há regra, há ordem? Sim! Deve ser cumprida? Sim! O que digo não é incitação à anarquia (embora eu goste muito dela...). 

O que defendo, apenas, é o verdadeiro exercício do amor crístico em cada um de nós, não importa o que tenha acontecido. Isso é amor! Isso é o verdadeiro sentimento que deveria nos unir no suposto dia em que Jesus nasceu (acredito, na verdade, que Jesus tenha nascido bem depois, mas isso é post pra outro dia...). Não palavras prontas, desejos prontos, repetidos como uma linha de montagem -- sem o mínimo de reflexão. Consumismo e materialismo a cântaros.

Obrigada a revista Superinteressante por essa edição especial, extremamente inspiradora para dias como os nossos! Para os leitores do meu blogue e meus amigos: saibam que pensei em cada um de vocês. E desejo que aprendamos a desenvolver nosso verdadeiro amor. Porque "amar" nos dias de hoje é um contínuo exercício diário que exige muita entrega e muita força de vontade. Quem o pratica, sabe!

E uma das últimas frases de Ströman que ficam de lição para o mundo e para todos nós: "O ódio está neste mundo, ele há de parar."

Retrospectiva 2 - Isabella Taviani

Quem acompanha este blogue, sabe da minha paixão por essa cantora carioca. Dispensa mais comentários, certo?

Este foi um ano especial. Mais do que especial: único. Único para a fã que eu sou e me propus a ser. Como sempre disse por aqui, desde quando a conheci, eu sabia que queria estar próxima, ir a todos os shows, saber todas as músicas de cor, ter as minhas favoritas, prestigiar, divulgar, defender.

Este foi o ano das lágrimas nos shows... lágrimas compartilhadas de alegria, de tristeza, de intensa emoção. De "Pontos Cardeais", de show em Niterói, de show em BSB... ah!

Mas uma coisa que não previ era como essa dinâmica iria ser desenvolvida e como cresceria. Então, fiz apenas o que achei que estava ao meu alcance: tirar fotos, ir aos shows e escrever relatos neste blogue -- que se não é um blogue exclusivo sobre ela -- acabou se tornando um assunto sempre presente! E isso tomou proporções tão boas! Porque é muito bom compartilhar essa energia boa com pessoas que conseguiram reconhecê-la. Eu não faço nada para causar inveja alheia (mesmo sabendo que a inveja é inevitável nesses casos) nem faço para mostrar que sou especial ou exclusiva para a Isabella. Eu faço com o coração e faço porque acho que é o que eu posso fazer.

Às vezes me pego pensando se eu queria ter uma toalha suada de fim de show... rs ou uma mera palheta (tantas fãs delas têm coleções infinitas! rs). Um setlist arrancado do palco. Sei lá... para mim isso é tão importante quanto ser reconhecida por ela lá do palco, o abraço carinhoso no camarim -- que ela sempre atende a cada um dos seus fãs com o mesmo amor e respeito, mesmo em um dia ruim, mesmo sem infraestrutura, mesmo cansada --, os presentes que eu dou para ela, cada um deles com um significado específico, para o momento específico. Isso é importante para mim.

Acho que o mais importante é respeitar o artista e separá-lo -- na medida do possível -- da pessoa particular. Respeitar a sua privacidade, o seu momento pessoal. Compartilhar de sua alegria, quando tiver de ser. Ter as histórias pessoais com o artista e não fazer fofoca ou autopropaganda disso. E isso não é egoísmo, é apenas preservar. E é assim que eu me sinto com essa artista que admiro muito: respeito, amor e preservação. Acho que ela já sabe disso tudo, mas se não souber, fique sabendo agora: que esse "fio imaginário" que une você a cada um de seus fãs e que une você a mim se fortaleça nesse respeito, amor e preservação que eu tenho por você.

Porque mesmo que eu não seja a fã que ficará no batidão e 'no desce ao chão' no fim do show (risadas boas aqui...) eu estarei ali no meu cantinho. Te filmando e escrevendo mais uma página no meu livro (e quem sabe seu, também? rs) livro de memórias. Que venha 2012, "Eu, raio-x" e todas as alegrias desse seu coração que nunca quis viver batendo devagar. Eu (e falo por todas as fãs, também) estarei eternamente com você.

Retrospectiva 1 - Um pouco de paz

Não vou escrever nenhuma frase clichê. Não agora, não neste momento.

Finalmente, sinto que estou perto de sentir uma paz que busquei este ANO INTEIRO. Busquei essa paz em tantos lugares... em tantos relacionamentos. E ela sempre esteve aqui dentro, ó, o tempo todo!

Terminei um relacionamento de mais de três anos e nunca comentei isso aqui. Mas doeu cada milímetro do meu corpo. Todo processo de término é um expurgo. E, atualmente, ela é minha melhor amiga. Afirmo isso sem titubear. Somos amigas de alma e já conhecemos todos os nossos podres e os aceitamos.

Várias amizades se foram. E durante muito tempo eu me martirizei pensando nos motivos de longas amizades (duas delas com quase 7 anos) terem se esgotado. De quem seria a culpa, se é que existem culpados? E eu percebi que a vida é assim, de uma sabedoria única que mesmo depois de muito tempo passado, você ainda vai se pegar compreendendo coisas que nunca pensou que compreenderia. Descobri que ainda tenho umas feridas dessas duas amizades para curar -- feridas que pensei já cicatrizadas, não! -- e eu tô aqui, pacientemente cuidando disso.

Paguei um alto preço por algumas outras escolhas. E com todo o meu orgulho subjugado, fiquei de joelhos para mim mesma para tentar enxergar tantas coisas. Você pensa que aprendeu tantas lições. Mas é apenas passando pelo mesmo teste incontáveis vezes é que terá absoluta certeza disso.

Aí, quando menos esperava, me vi diante de alguém que considerei tão sublime... e me coloquei debaixo do tapete, esquecendo de prestar atenção em mim mesma: outra vez. Nunca tive dificuldade em amar, em permitir as emoções preencherem o meu corpo: sou assim, sou intensa e passional, nunca neguei. Reneguei os sinais gritantes, pedindo para eu mudar a rota da estrada. Não dei atenção a nenhum deles. Eu nunca ouvi muitos conselhos, sempre preferi fazer aquilo que achava que devia fazer. Isso também tem seu preço.

Já me disseram que eu vivo as coisas sozinha: por mim e pelo outro. Já me disseram que eu só ouço o que eu quero ouvir. Já me disseram que sou apressada. Já me deixaram esperando... sem uma única resposta. E já me deixaram sangrando, sem uma única ajuda ou um band-aidezinho sequer. Já viraram as costas e me trocaram por qualquer coisa insignificante, apenas para eu ter o gosto de me sentir desprezada.

E tem mais coisinhas... mas agora apenas prefiro pensar no seguinte, com muito amor e paz no coração: obrigada por cada uma das lições -- mais ou menos duras -- a que submetida. Para aprender um pouco mais sobre mim mesma. Para eu ter certeza absoluta do que quero a seguir. Para visualizar a mulher que queira o mesmo que eu. Para sentir esta paz que agora sinto, mesmo depois de todo este ano turbulento que tive. É assim!!!

Não tenho orgulho de exibir essas feridas e cicatrizes ainda frescas. Mas fico feliz e em paz por saber que, ao menos, estou continuamente lutando para não fugir de mim mesma, para não me deixar escondida embaixo do tapete, para aprender mais um pouco, para me tornar cada vez mais aquela que sou e que nasci para ser!

:)

Paciência, resiliência e tolice

Qual a diferença entre estas três palavras: paciência, resiliência e tolice?

Tentar compreender a REAL diferença entre elas está sendo um verdadeiro teste (ainda!) para mim. E, de acordo com o meu balanço pessoal, eu errei bastante. Diria que errei DEMAIS. E, atualmente, dadas as circunstâncias, ainda posso errar MUITO!

Porque é paciência não desistir depois da primeira, segunda, terceira.. quarta tentativa. É paciência olhar para o mesmo cenário e ver que existem pontas que precisam ser cortadas e pensar "não fomos por ali. Que tal?". E ir, com fé.

Porque é resiliência depois de ter tentado TUDO e ir apenas com fé. Já que a paciência ficou perdida e gasta em algum estrada, em uma milionésima tentativa. É um pulo no escuro. É um tiro cego. É um ato de fé pura dizer "eu sinto que apenas não deu certo porque não acreditamos o suficiente."

Porque é tolice creditar a mandingas, oráculos e sorte para algo dar certo. Quando chega nesse ponto, quando não há mais paciência nem resiliência e somente resta sorte, isso quer dizer, meu amigo, que você é um tolo. Quando chegar nesse ponto, tome apenas cuidado para não magoar demais seu próprio coração, porque você pode estar criando feridas que demorarão muito tempo para cicatrizar.

Este é o estado em que me encontro: nua, ferida e diante de um espelho, em um quarto vazio, com apenas uma luz direcionada para mim. Se a metáfora é muito cruel, desculpe, não consigo desenhar outro quadro. Porque estou ali, vendo as minhas feridas, vendo tudo que fiz. E não consigo me perdoar pela minha parte. A parte do outro, das diversas "pessoas" que passaram pela minha vida e erraram tanto quanto eu também estão ali: nas mágoas, nas respostas que esperei e nunca obtive, nas lágrimas de desespero.

A minha parte está neste quarto solitário, onde preciso ficar agora. Se você que leu este texto até aqui acha fácil a diferença entre dar um pontapé em alguém que te machuca em 95% do tempo, parabéns. Tua bússola interna talvez esteja mais calibrada que a minha. Eu, que sempre brado sobre o livre-arbítrio, tenho plena ciência de que fiz uso dela. Foi tudo escolha minha -- certa ou errada. E tenho plena ciência de que errei.

Sei, por exemplo, que se na primeira vez que ouvi minha intuição me dizer: "Não vá por ali, Cris, você já conhece essa estrada. Este sinal está te dizendo que essa estrada será apenas de dor para você." eu tivesse ouvido, teria evitado tudo e nem estaria escrevendo este post. Mas não sei porquê fazemos certas escolhas em detrimento de outras.

Este momento é único... e, não se preocupe, esta não é uma carta pública de suicídio. Mas mesmo me sentindo à beira do precipício sentindo o prazer do vento frio em meu rosto e a liberdade a um passo... eu nunca deixei de escolher a vida e viver, mesmo com toda a dor que isso possa ser para mim, em muitas vezes.

Uma mulher corajosa

Quero uma mulher corajosa, simplesmente assim!
Que tenha coragem para saber ter coragem. E que reconheça que sentir medo é humano, e que nunca devemos alimentá-lo.

Que tenha coragem para compreender que os desafios da vida apenas são detalhes para gerar mais união. Pode haver distância física ou material? Pode. É obrigação nossa alimentamos a esperança pura que brota do coração e é vista em sinais sutis. E seguimos adiante. Sempre!

Quero uma mulher corajosa!

Que tenha coragem para admitir que sentir receio passa longe da covardia, e que nunca devemos deixar isso tolher todas as suas ações. Que tenha coragem para sonhar comigo sem medo de soltar os pés no chão. De vez em quando, principalmente quando a realidade for dura demais. Porque se essa mulher for corajosa, ela também será sensível como eu.

Que tenha coragem para ser independente sem confundir isso com promiscuidade. Pois a verdadeira liberdade está em sermos como verdadeiramente somos e nada aquilo que o outro espera de nós. A expectativa é uma palavra perigosa. Quero que essa mulher seja realista sem ser pessimista. Que tenha a mente aberta para tudo o que for novo, pois apenas quando aprendemos algo ratificamos a nossa condição minimamente humana.

Que seja humilde sem deixar de ter sua autoestima. Que auxilie sem se autoanular. Que vá comigo a todos os shows da Isabella Taviani. E que aceite as diferenças de gosto musical e que tenha curiosidade gastronômica. Que goste de conversar comigo: meditando, com palavras ou em silêncio.

Quero uma mulher corajosa para todos os momentos! Nas manhãs nubladas de segunda-feira. Na intimidade de um domingo à noite. O carinho que vem sem pedir, existe por existir. O abraço aconchegante, o olhar reconfortante e encorajador. Que me afague e me mime sem ocultar meus defeitos, que seja bálsamo transmutador para as minhas feridas. Amor sincero e amor corajoso.

Quero uma mulher corajosa! De verdade!
Que esteja distante dos moldes prontos que um dia criei. Seja qual for o signo, seja qual for a idade, seja qual for a origem. Importa que seu coração crístico se reconheça com o meu, que nossas almas afins compartilhem os mesmos objetivos. Que saibamos transformar as nossas falhas humanas em exemplos de amor e superação. Que me aceite como sou, pois eu a aceitarei como ela é. Que juntas aprendamos a ter mais amor universal e que espalhemos esse amor universal.

Quero uma mulher corajosa que mostre que é, sem precisar dizer, pois eu saberei. Eu sentirei. E que juntas superemos o pensamento mediano, o julgamento alheio e bárbaro. É perfeição sem ser perfeita, essa coragem. Apenas desejo a coragem como uma ação resiliente de alguém que sabe o que é, sabe o que quer e luta por tudo aquilo que acredita. Eu sei que você está aí, em algum lugar. Em breve, iremos nos reencontrar. Até daqui a pouco.

Eyes wide open

Not eyes wide shut, not arms wide open.

My eyes are wide open now.

I really do understand everything. And nothing left to say.

Minha playlist no youtube agora.

"O amor e a vida" - Isabella Taviani e Mário Lago

Os dias andam rápidos, cansativos... mas cheios de uma emoção única. Alegrias infindáveis ocorrendo em minha vida. Cair a ilusão que eu mesma criei. Terminar o ano encarando -- mais uma vez -- meus próprios defeitos, tentar consertá-los. Ver algumas pessoas como elas realmente são, aceitá-las com o que elas têm para oferecer, simplesmente. Errar... acertar. Viver... sempre!

Esta citação do Mário Lago que achei fazendo outras pesquisas agora é meu lema de vida:
"Fiz o que quis e fiz com paixão. Se a paixão estava errada, paciência. Não fiquei vendo a vida passar, sempre acompanhei o desfile."

Uma frase cheia de impacto que coroa com louvor minha atual fase. Fase de autorreconhecimento de quem sempre fui e sempre serei. Coisas que posso -- e devo mudar. Coisas que NUNCA mudarei. Como disse uma amiga "Crisantemus Volcanus... é você, esqueceu?" Não, não esqueci. Eu tentei mudar o que não posso mudar. Este foi um dos maiores erros cometidos, recentemente. O outro foi viajar na maionese das minhas paixões... mas isso é capítulo para outro dia!

Aí, vem Isabella Taviani compartilhar a parceria dela com Mário Lago, feita especialmente para o show da UERJ (que eu não pude comparecer! grrr...). O poema lido solitariamente tem uma energia. Mas... ao musicá-lo... ah! aaaaah! Fiquei sem respirar. A verdadeira emoção IT foi acoplada ao poema de maneira vigorosa... e rendeu uma música.. que só ouvindo para compreender. Se é que dá para compreender!

Claro, tudo é momento. Acho que, talvez, eu e IT tenhamos um fio mútuo de momento parecido. Para muitas pessoas, a música é apenas outra música de amor. Para mim? A canção já começa dizendo a que veio. Depois, no piano... intimista. Depois, bateria crescente. Entra guitarra, entra as emoções fundidas à letra, à interpretação tão Isabella... e observem o vídeo, ela canta de olhos fechados. Não é uma viagem interna nos sentimentos conturbados, sem explicações?

Eu já vi IT cantando e ter diversas emoções. Já a vi chorar ao vivo, sentir raiva, alívio, alegria... mas, como ela mesma disse, esta foi diferente. E, ao final, quando ela olha pra banda... a gente entende um pouco isso que ela quis dizer.

Fique com a letra e o vídeo. Lindo, não apenas para fãs, tenha certeza.





Mais de um amor numa vida
É muito fácil de ter
A dor de amor é esquecida
Talvez nem chegue a doer
Mesmo se o fim é tristeza
Vazio no coração
No fim só fica a beleza
De uma bonita paixão
E embora o amor destruído
E o tanto que se sofreu
O tempo não foi perdido
A gente é que se perdeu

O poder curativo do amor e da amizade

Enquanto eu estava no meio do olho do furacão, a minha querida Jana, a 600 km de mim, apenas me disse "se os testes ficam mais difíceis, a ajuda também aumenta. Você nunca está sozinha!". Como costumo fazer quando alguém me fala uma frase de impacto, eu fico quieta. E só vou me dar conta da sua veracidade algum tempo depois, quando finalmente digo :"Você estava certa!".

Ontem foi particularmente outro dia difícil... porque é difícil tomar uma decisão na sua vida, uma escolha definitiva que determina rumos novos. Mas era necessário. Eu sempre protelo ao máximo, mas quando a decisão acontece, um capítulo se encerra e outro se inicia. Simples assim. A vida não deve ser simples? Não é a gente que complica a vida, um pouco toda hora todo dia?

Além do fato de estar me sentindo sozinha, além da decisão tomada... confesso ter sido invadida por um certo desespero. Não um "leve desespero" mas um certo desespero mesmo. Dói muito ver todos os seus erros esfregados na sua cara com requintes de crueldade chinesa. Dói admitir que -- mais uma vez -- você errou. Sozinha, por conta própria, mas errou. Dói admitir meu lado mais canceriano-pisciano criando mundos cheios de ilusão apenas minha. Pouquíssimas pessoas embarcaram nesse mundo comigo e eu entendo isso, sabe? Mas, ainda assim, dói. Dói admitir minha vênus em oposição a netuno que literalmente fode comigo. Dói olhar para si mesma no espelho e ver que, trinta e quatro anos depois, tem tanta coisa que eu ainda não aprendi. E dói admitir que eu tenho uma personalidade peculiar... que atrai, repele, encanta, causa discórdia, reúne, separa, congrega e amaldiçoa.

Mas, esta sou eu. Nunca neguei isso. Quem me conhece, sabe MUITO BEM disso.
Então, ao meio-dia, fui meditar depois do almoço, algo que nunca tinha feito antes. Fiz minha prece, minha súplica para dissolver a nuvem negra que cobria meu coração. Adormeci. Despertei e fiz uma ligação. Na hora que desliguei o telefone, recebi outra ligação. E comecei a chorar como uma criança que apenas quer amparo... ironicamente, eram duas capricornianas que -- cada uma seu modo -- me doaram tanto amor que não tinha como começar a sorrir, chorar, sentir o doce alívio de ser compreendida.

E na parte da tarde, mensagens inesperadas de amigos que a gente julga "sumidos" surgiram no facebook, no email. Toda uma rede invisível de amor que me cercou e me deu o maior abraço... marquei vários encontros, quero ver todas essas pessoas este ano ainda! Quando a gente recebe algo assim do Universo, é obrigação devolver multiplicado infinitamente! É uma energia que precisa ser espalhada para tocar corações solitários e desesperados, como o meu ontem.

Ao contrário do que sempre fiz, desta vez não vou citar nomes. Esse auxílio anônimo continuará assim. Quem esteve presente sabe. Não precisa ler este blogue para se sentir homenageado, simplesmente sabe. Quem gosta de mim, sabe. Não precisa estar fisicamente ao meu lado todos os dias para reconhecer isso. Não precisa de convivência diária como defendem alguns para o sentimento nascer, se manter e continuar. Quem sente essas sentimentos puros cuida da plantinha, apenas.

Para finalizar, duas surpresas inenarráveis aconteceram ontem: IT e Myllena (até as duas!) falaram comigo. Vocês podem interpretar da maneira que quiserem, mas eu interpreto a brincadeira que IT fez comigo em pleno facebook como uma forma de dizer "para com isso e sorria!". E Myllena com a sua doçura e pureza impossíveis de explicar conseguiu deixar sua gota de eterna alegria e esperança no meu coração... para a vida começar agora! Para deixar o amor entrar na sua vida! Para deixar abertas janelas e portas para os acasos! Para sorrir e ser feliz! Ah... como poderia continuar triste depois de tudo isso? Como?

Obrigada a cada um de vocês que se manifestou e não se manifestou. O poder curativo do amor e da amizade é único, mesmo.

Trilha de hoje: Pontos Cardeais

Eis a canção perfeita para exatamente o que sinto hoje, agora, neste exato segundo.
Toda vez que ouço esta música, sei o que eu e Isabella Taviani temos em comum. E, admitir isso, dói, dói, dói, dói... dói tanto. Mas esta letra é tanto o que sou. Como negar isso? Como negar a parte mais carnal minha? A mais canceriana-pisciana? Não dá para negar, não nego. Posto esta música, digo quem sou, choro. E sigo a vida...

Trilha sonora de hoje

Pensei em várias músicas que têm composto minha playlist de maneira quase obsessiva. James Morrison, Radiohead, The Verve, Melissa Etheridge. Com destaque para James Morrison cuja voz e interpretação são simplesmente perfeitas para mim, agora. Mas, James Blunt (outro James! rs) com essa interpretação visceral de ir se despindo, materialmente, sentimentalmente... até se atirar. Ah!!! É a trilha de hoje.

Leap of faith

The answer to all my questions: it's a matter of leap of faith. How big can be my jump?
Começo das minhas retrospectivas de fim de ano. Estou reflexiva. Este blogue corre o risco de se tornar um diário... será que os xeretas de plantão vão gostar do que vão ler? ;-)

Este, com certeza foi -- e ainda está sendo --, o ano mais difícil de toda a minha vida de 34 anos. Acho interessante parar, agora, ficar de fora de mim mesma e olhar para o que eu sou, para o que eu me tornei. Quanta coisa eu perdi... quanta coisa eu ganhei. Quanta coisa eu ainda temo. Meu coração nunca esteve tão temeroso e tão corajoso ao mesmo tempo. É uma mesma medida: 50/50. Qualquer desequilíbrio e eu posso ficar mais corajosa ou mais medrosa.

Talvez eu quisesse mais inocência e ingenuidade de volta. Essas coisas, quando perdidas, não voltam e fazem uma falta danada. Tornam-se cicatrizes visíveis a qualquer um. E tem épocas que você tem orgulho de ostentar uma coisa triste que é ser uma pessoa que perdeu sua ingenuidade. Hoje em dia, parece que é mais bonito ser um coração frio do que um coração com fé.

Estou me sentindo mais sozinha do que nunca. Eu sempre achei que solidão era uma característica minha, na verdade, eu nunca soube lidar com a solidão -- e, ironicamente, ela sempre foi a minha amiga mais íntima. Sempre foi a solidão que esteve ao meu lado nos momentos em que mais precisei de um abraço, de um olhar. E este ano provou-se como aquele em que mais contei com minha solidão. Não dá para descrever o que é estar com a solidão quando o você mais quer é um abraço.

Este ano também foi o ano dos maiores desafios. Nunca tive medo de viver, de encarar o novo, de me atirar mesmo sem saber quais seriam os resultados. Tamanho sentimento destemido traz riscos de machucados maiores. Mas nada se compara à sensação de se achar impotente diante dos testes. Também sempre encarei os testes com coragem e braços abertos. Porém, é incrível ver que quando eu achava que tinha ultrapassado o teste mais difícil, na verdade, eu ainda nem sabia o que estava por vir. O nível de dificuldade aumenta infinitamente. Já passei faz tempo do nível hardest. Criei níveis novos, inventei desafios incalculavelmente imprevisíveis de serem superados.

Parece uma piada de muito mal gosto da minha própria vida... mas como diz a pessoa que mais me conhece, eu gosto do que é difícil, sempre gostei. Será que é para saborear os louros com mais gosto? Será que é resquício de uma mente condicionada? Será que são os meandros do destino que eu nunca poderei manipular? Não tenho respostas. É uma questão de fé. E nesses atuais tempos de 50/50 de coragem e medo, eu não sei qual a meia-medida que devo escolher e onde devo ficar. Vou vivendo. Amanhã é um outro dia e um novo desafio. 

Quem eu sou

Não gosto do radicalismo de precisar ver a foto de uma criança esquelética morrendo de fome na África para valorizar a minha vida. Não gosto de ver infinitos cadáveres mortos em todas as guerras civis para valorizar a minha vida. Não gosto de ver pessoas morrendo com a falta dos itens mais essenciais para a sua sobrevivência. Não gosto de ver, simplesmente. Me toca? Sim. Pesa na minha consciência? Depende.

Antes de alguém me tacar pedras, digo. Alguém tem dó do planeta Terra que está à beira da extinção por doar -- sem cobrar de volta -- todos os seus recursos naturais aos seres humanos? Alguém pensa nos animais que matamos a rodo todos os dias para alimentar os carnívoros? Ou alguém pensaria que trilhões no mundo se matam diariamente para manter o alto de padrão de umas dezenas por aí?

Acho que não precisamos navegar nos extremos para aprender a valorizar aquilo que temos. Desenvolver autoconsciência é um exercício tão árduo quanto aprender a andar. E deveria ser mais instintivo. Mas não deixamos nossa intuição atuar em nossa vida.

E acho que a lição mais difícil é encarar uma suposta lição aprendida. É estar de novo diante de um mesmo fato que te fez chorar lágrimas de sangue. Como você reage diante daquilo que mais te machucou um dia? Como você olha nos olhos? Como você encara? O frio na barriga, a lembrança, todos os detalhes? Você sorri ou se fecha?

Tem pessoas que lidam melhor com o novo. Outras lidam melhor com o passado. Outras, passam a vida inteira sem se preocupar com essas coisas. Outras, passam a vida inteira empatando a própria vida pensando nessas coisas. Quem eu sou? Quando eu mais penso que odeio cada pedaço do meu ser... algo surpreendente -- desconhecido e silencioso -- me lembra com sua simplicidade contundente que somos feito de amor, de felicidade, de luz e de esperança. Somos o que precisamos ter e temos o que precisamos ser. Sábio será aquele que conseguirá transitar entre seus próprios polos sem enlouquecer. O que não souber sequer se admitir não será digno de pena, ao contrário. É uma questão de escolha. Ao final, tudo é uma questão de escolha.

Então, como acabei de ler, somos resultado de todas as nossas escolhas. Mesmo me sentindo absurdamente solitária como estou me sentindo agora, o algo misterioso sempre cai diante dos meus olhos, uma ironia velada, de que sim, mesmo que eu não queira, eu sou uma privilegiada. Agradeço e aceito, secando minhas lágrimas, iluminando meu coração e compreendendo minha solidão. Ela sempre fez parte de mim.

Apenas o amor


Num momento da minha vida tão cheio de sentimentos, desejos, ansiedade... de forças positivas e forças negativas -- eu apenas penso uma coisa: love's truly the ONLY rule.

É pelo amor que seguirei caminhando, mesmo sem saber o caminho. Mesmo em meio às trevas da minha vida, da realidade, do meu coração. É com todo o amor que eu puder sentir e distribuir que viverei cada segundo da minha vida.

Mesmo precisando encarar o desafio diário de viver em equilíbrio em uma realidade que exige tanto de você, eu seguirei apenas com o amor em minhas mãos. Talvez eu ainda não saiba o real significado do amor como ele deveria ser vivido... talvez ninguém saiba. Mas mesmo assim, é apenas o amor que pode curar, apenas o amor que deve guiar, apenas o amor que deve unir. Somos feitos de amor, apenas amor devemos emanar.

As energias astrais andam muito densas, muito difíceis e com baixa vibração. Vamos fazer um pensamento positivo, uma oração, um pedido? Vamos nos unir ao invés de nos separar? Vamos perdoar ao invés de julgar? Que seja por um minuto apenas. Fará tanta diferença!

Sobre a inveja


Todos nós estamos procurando por algo. Alguns sabem, outros não. Talvez a grande diferença esteja em ter certeza. Quantos de nós podem afirmar isso? Onde está a verdadeira segurança? Em uma vida sem riscos ou na constante sensação de nunca saber o que virá a seguir?

Não há angústia nessas questões que – de alguma forma –, sempre me assombraram com sua incerteza e com sua impetuosidade. Hoje, na verdade, vim pensando no poder da inveja. E em quanto mais poder lhe atribuímos toda vez que queremos falar nela. A inveja definitivamente é um poderoso sentimento com o qual convivemos, com consciência ou não.

E a inveja é irmã gêmea da cobiça. Pergunte-se a si mesmo: o que você quer para você? Ou o que você cobiça? A lista pode ser bem grande... Aí você pode se perguntar o que você faz para ter aquilo que você deseja. Uns lutam para ter enquanto outras pessoas lutam para que outros não tenham. E isso pode ser tanto um ato físico como um ato pensado ou sentido – o que é pior ainda.

As pessoas têm tanta inveja inconsciente que elas simplesmente vão para onde todas estão indo, sem questionar. Seria absurdo chamar isso de inveja? Pode ser. Pode ser burrice também. Pode ser pensamento condicionado. Mas não deixa de ser inveja. A impressão de que “o melhor” sempre está onde está a muvuca pode até ser verdade em raros casos... mas, no geral, trata-se apenas de ter aquilo que os outros têm. Simples assim.

Vou me dar como exemplo. Isabella Taviani é um imenso motivo de inveja para muitas pessoas que eu sei. Não serei hipócrita aqui em afirmar que nunca senti inveja por ninguém em relação a IT. Mas, ao contrário do que as pessoas costumam fazer, eu criei o meu caminho, o meu jeito, apliquei o meu eu. Quando as pessoas mostram a sua singularidade, elas se tornam encantadoras e únicas. Quando elas imitam (por causa da inveja), tornam-se uma massa disforme cujo único objetivo é uma disputa ignorante para mostrar quem tem o penacho ou o ego maior.

Todas as coisas que fiz, faço e farei por IT são coisas minhas. São coisas que me tornam Cristiane Maruyama (Crisantemus) – fã de Isabella Taviani. Não quero ser melhor nem mais especial do que ninguém: quero ser EU MESMA. Por isso, a todos os invejosos de plantão que me acompanham em todas as mídias sociais, digo-lhes o seguinte: muito amor, paz e luz no coração de cada um de vocês. Por que não nos unimos ao invés de dividirmos forças?

Isabella Taviani em Brasília -- eu fui!!!

Ainda estou em estado de êxtase. É tudo o que eu sei dizer.

Parecia que eu estava me tornando aquela fã que sempre diz que o último show foi o melhor... parecia ser esse o caminho deste blogue que relata as peripécias que este humilde ser humano aqui faz por Isabella Taviani. Não é BEM a verdade... rs Confesso que o show no Teatro de Niterói sempre terá o gosto de ser aquele mais especial... e vocês sabem o motivo. Porém, devo confessar aqui, abertamente, que este show de Brasília teve O SABOR especial além do próprio show em si e por TODAS as coisas que concomitantemente aconteceram. O que faz este show ser o melhor é o conjunto de todos os fatos envolvidos...

Show com gosto de despedida, praticamente encerrando a turnê de Meu coração não quer vivendo batendo devagar. Show que os peixinhos de BSB não viam há algum tempo. Um show que eu queria ver (e estar) em Brasília pela primeira vez. Queria fazer essa surpresa para IT. Queria provar na prática que dizer "Eu estarei aonde quer que você vá" não é frase clichê dita irresponsavelmente. Eu REALMENTE vou aonde tiver de ir por ela. Por que eu faço isso? Precisa de motivo? Nem todas as perguntas tem respostas, mas se eu tiver de dar uma única resposta a essa pergunta, é simples: amor. O amor na acepção mais pura que eu conseguir alcançar.

Por isso, faço o que faço. E por isso eu sei que esse show foi especial. Ele parece que veio coroar tudo o que eu já vivi por causa de Isabella Taviani. Todas as emoções que eu já senti. Todas as pessoas maravilhosas que conheci em shows, em twitter, em facebook. Meus irmãos #DTs. As lágrimas que chorei expurgando dores novas e antigas. As alegrias que compartilhei cantando o amor e a amizade. Simplesmente... tudo.

O show teve uma energia... indescritível. Já vi várias plateias... das mais calmas às mais ensandecidas. As pessoas que ali estiveram são de um amor único por IT. Como sempre faço, acompanho o show observando a plateia, observando o que as pessoas estão fazendo. Foi tão bom ver cada um daqueles fãs de BSB curtindo ali. Foi uma comunhão muito bonita.

Como também foi lindo estar ali na primeira fila (oba! sempre! rs) ver todo mundo cantando e sorrindo em todas as músicas. Ouvir a IT dizer "Tem gente de São Paulo, gente do Rio... que bacana! Muito bonito isso!". Foi lindo estar ao lado dos novos amigos brasilienses que nunca tinham ido a um show dela e ouvir ao final "Adorei o show! Ela é uma artista muito carinhosa, uma pessoa única!".

Foi maravilhoso estar ao lado de tantas e tantas pessoas queridas... Simone, Tatah, Cris Barufi (Xará queridona!), Ana. O abraço no camarim, o reencontro com Myllena e sua infinita e belíssima doçura. Os bastidores que a gente nunca conta, só comenta... rs. As surpresas que a gente nem pensa que vai fazer, mas que faz e dá tão certo que parece mentira. A vida tecendo suas tramas, desatando nós, fechando outros.


Repito novamente: obrigada, obrigada, obrigada... Isa por ter entrado na minha vida. Ela nunca seria a mesma sem você. Estarei sempre com você... não importa onde!

A música perfeita



I've been twisting and turning

In a space that's too small
I've been drawing the line and watching it fall 
You've been closing me in, closing the space in my heart 
Watching us fading and watching it all fall apart. 

Well I can't explain why it's not enough

Cause I gave it all to you 
And if you leave me now, oh just leave me now
It's the better thing to do
It's time to surrender 
It's been too long pretending 
There's no use in trying 
When the pieces don't fit anymore
Pieces don't fit here anymore. 

Will you pull me under 

if I had to give in? 
Such a beautiful myth
That's breaking my skin
Well I'll hide all the bruises 
I'll hide all the damage thats done 
But I show how I'm feeling until 
All the feeling has gone. 

Oh don't misunderstand 

How I feel
Cause I've tried, yes I've tried
But still I don't know why, no I don't know why
I don't know why.

Um pedido

Hoje, 24 de novembro de 2011, se eu pudesse fazer um único pedido, seria o seguinte: não quero ser a forte para aguentar todos os trancos sozinha. Eu não sou tão forte assim, eu não sou apenas assim... eu estou cansada de precisar estar sozinha quando mais queria uma companhia. Só isso.

Quem te conhece de verdade?

Vez em quando (ou quase sempre...), me deparo com pessoas que pensam me conhecer... O movimento é inverso, já que todo mundo quer compreensão alheia, não é? Depende. Pergunto: de qual parte sua você quer compreensão alheia? Então tuitei a seguinte frase: "Quem pensa que me conhece, se engana, esses são muitos! Só me conhece quem me surpreende. E esses... raríssimos". E comecei a refletir sobre ela. Então, vamos.

Eu não sei de vocês, mas eu tenho múltiplos eus e admito isso sem receio algum. Existe o eu-trabalho. O eu-social. O eu-público. O eu-colega. O eu-amigo. O eu-twitter. O eu-facebook. O eu-blogue. O eu-caseiro. O eu-canceriano. O eu-geminiano. O eu-pisciano. O eu-leonino. E existe um
eu-especial, aquele que une todos os eus citados. Desse eu-especial, eu tenho o eu-amor, o eu-romântico e o mais especial-especial de todos: o eu-espiritual.

Muitos podem conhecer várias facetas suas, uns mais outros menos. No entanto, quem -- de verdade -- irá conhecer você completamente? Raríssimas pessoas. E quem vai conhecer você mesmo de verdade além de você? E não digo isso porque se trata de uma coisa "exclusiva". Para conhecer alguém de verdade, precisamos de duas coisas:
amor e empatia. E num mundo tão egoísta e agitado como o nosso... é praticamente impossível essa proposta.

Impossível mas realizável. Como sempre digo, tive o privilégio (e ainda tenho!) de conhecer algumas pessoas cuja proposta de amizade foi além dos ditames da sociedade insana que vivemos. Porque querer conhecer alguém profundamente exige uma entrega muito maior do que a de qualquer relacionamento amoroso. Exige você aceitar essa pessoa com defeitos e virtudes, exige sinceridade e honestidade, exige reciprocidade. E todos nós sabemos que o amor nos dias de hoje é sinônimo de egoísmo (seja o que eu espero que você seja, ou a fila anda, porque tem muita gente disponível aí).


Interessante é perceber que algumas pessoas que você conhece (pelo canal de algum eu específico) supostamente deduzem que te conhecem no paralelismo "da parte pelo todo". Não somos gramática (ainda bem). A parte é mesmo uma parte e faz parte do todo, não é para deduzir o todo.


Em muitas outras vezes, a pessoa simplesmente te conhece pelo eu-

espiritual (no caso, o mais importante para mim). E, nesse caso, devo admitir, é uma sensação de "não ação" mais puramente ação que você pode sentir: o paradoxo. E o erro pode ser inverso, se você não se policiar: esquecer do todo e focar nos detalhes. Foque no todo.

Mas não importa qual parte sua esteja em ação, ou qual parte está com mais relevância do que outra. Como disse uma amiga querida uns dias atrás: "Coloque o coração à frente de tudo o que fizer... e permita que o Universo se encarregue do resto!" O Universo pode ser o que você quiser, mas o seu coração... será sempre o SEU coração. A frase mais clichê e mais verdadeira.

Apenas eu

Falei de tantas pessoas ao longo desta semana. Pensei em tantas coisas boas... mas chegou a hora de pagar minha própria conta e cuidar de mim. Não costumo falar de tudo que sinto, por respeito a mim mesma. Porém, hoje, o dia amanheceu nublado (de novo!) e eu não pude evitar aquela sensação de solidão mesmo com tanta gente perto de mim.

A música a seguir (do Bon Jovi, claro) é uma das várias que me definem. Esta me define agora: "You better chase your dreams before they rust. Get what you can and hope it's enough. Go on now, you're on your way, baby. Break some hearts, hearts can break easy." [Algo como: "É melhor que você vá correr atrás de seus sonhos antes que eles enferrujem. Que você tenha tudo que puder e espero que seja o suficiente para você. Vá agora, siga o seu caminho, querida. Magoe alguns corações, já que eles podem facilmente ser feridos."]

Saudade de construir sonhos novos. Saudade da companhia perfeita de um sábado à noite. Saudade da intimidade que palavras não exprimem. Por isso: "
O limbo emocional é uma mistura de todas as piores salas de espera que você puder imaginar." O meu eu agora está transmutando e reconstruindo.

Don't worry about me, I'll get along

I'm like a neon sign that's always on
It's alright, I'm open all night
I'll be right here waiting no matter how long
I'll keep the jukebox playing our favorite song
Hey, if you're lonely, I'm open all night
Open all night
I'll never turn out the lights


Para inspirar

Tirei esta foto hoje: em meio a paulistanos apressados -- cada um com seu motivo particular. Já é clichê dizermos que não olhamos mais para o céu -- de dia ou de noite. Não olhamos as pessoas nos olhos, não sorrimos, não cumprimentamos.
Somos tão mesquinhos, vazios, perdidos e egoístas que o nosso maior mérito é saber quem vai chegar primeiro a qualquer lugar. É passar rápido por alguém na rua. É ultrapassar aquela pessoa que vai no passo mais lento à nossa frente. É ficar onde tem fila. É empurrar onde tá todo mundo empurrando.
Mas se você para, respira e olha um pouquinho para cima, pode encontrar tanta beleza escondida em lugares mais improváveis. Pretendo começar a fazer um registro fotográfico desses lugares... espero que eu saia bem!Esta foto é dedicada a todos os meus queridos leitores que nunca deixam de visitar este canto. A todos que leem o que escrevo e nada comentam. A todos que leem e comentam. A todos que leem... por simplesmente ler! Obrigada a cada um de vocês.

O fim da própria vida - por quê?

Ontem fiquei sabendo que o vizinho do prédio onde morei, no Rio de Janeiro, se suicidou. Era um senhor de idade avançada, já. Quais são as recordações que tenho dele? Troquei uma ou duas palavras, bom dia, boa tarde. Nunca vi ninguém com ele, ele era sozinho. E gostava de ouvir música clássica -- que sempre ouvia muito alto.

Ele cortou os dois pulsos e sangrou até morrer. Uma sensação do quente saindo do corpo, a vida. A alegria, provavelmente, ele já não sentia mais. Ir adormecendo, um sono forçado. Será que ele acreditava em vida após a morte? Não sei.

É a segunda vez que sei de alguém, perto de mim, que se suicida. Outra pessoa foi também um cara que conheci quando trabalhei como mesária nas eleições. Foi uma afinidade imediata, isso porque ele era apenas um votante. Lembro que ele era muito simpático. E lembro que as meninas que trabalharam comigo, na época, ficaram achando que ele era um bom partido para mim... mal sabiam elas. Lembro que trocamos emails e ele começou a periodicamente mandar poemas para mim. Não poemas de amor, claro... poemas muito sensíveis. Eu adoro conhecer poetas que escrevem com a alma e não com o ego.

Algum tempo depois, uma das meninas que trabalhou comigo me ligou para dizer apenas que ele tinha morrido.  Foi encontrado enforcado no quarto. Nessas horas é impressionante o mix de sentimentos que te invade... a primeira coisa que pensei foi: "por que não disse a ele que seus poemas eram lindos? Será que isso teria dado uma gota de alegria para que a vontade de viver dele não sumisse?"

Essa sensação de impotência diante do livre-arbítrio de alguém é muito mais pungente do que quando alguém lhe diz "não" na sua cara. Porque você sabe que essa atitude não tem volta. É a última palavra, o último ato de uma pessoa que -- nunca saberemos -- não tinha mais motivos para continuar viva.

Isso me lembra também um documentário que vi numa Mostra Internacional de anos atrás sobre a ponte Golden Gate, um dos locais preferidos dos suicidas. O relato mais comovente é o de um rapaz (se não me engano) que conseguiu sobreviver. Ele fraturou as pernas e vários ossos, mas sobreviveu. E a fala rasgante: "Quando você está caindo, você já se arrependeu. Mas não pode fazer nada."

Deixo minhas mais profundas orações para este senhor que sequer soube o nome. E o convite para celebrarmos a vida. Para fazermos aquilo que tivermos vontade de fazer. Para doar amor puro. Para abraçar quem precisar de um abraço. Para ouvir quem precisa falar. Para estar ao lado daqueles que estão solitários. Pode ser uma chance única: e nós nunca sabemos. Porque não cabe sabermos. Precisamos apenas agir: sem julgar, sem escolher. Como dizia o poeta Renato Russo: "precisamos [mesmo] amar as pessoas como se não houvesse amanhã. Porque, na verdade, não há."

ps: Deja, obrigada por compartilhar seu texto (pessoal) comigo. Me inspirou a escrever este post.

E os dias...

Drying up in conversation,
You will be the one who cannot talk
All your insides fall to pieces
You just sit there wishing you could still make love.
They're the ones who'll hate you
When you think you've got the world all sussed out
They're the ones who'll spit at you
You will be the one screaming out.


Um minuto a mais

A gente perde tempo com tantas besteiras!!!

A gente perde tempo pensando no que poderia ter sido. No tempo que passou e todas as coisas que poderíamos ter feito. Nas coisas feitas que poderiam ter sido diferentes. Naquela chance que deveria ter sido aproveitada, mas foi deixada de lado por outra coisa que a gente nem lembra mais.

A gente perde tempo pensando num futuro cheio de idealizações perfeitas. E perde tempo achando que tudo deveria ser sempre perfeito. Perde tanto tempo tentando encaixar uma peça redonda num buraco quadrado, sem sequer se dar conta de que a peça certa está ali do lado, basta você olhar para o lado.

A gente perde tempo exigindo tantos itens. Porque a gente tem medo de sofrer... a gente quer a segurança daquilo que a gente conhece, isso não é errado! Errado é perder tempo congelando a própria vida deixando o rio caudaloso passar ao seu lado e sequer olhar para ele. Perder tempo com a mesquinhez egoísta do nosso "ponto de vista". Sem amor, sem empatia.

A gente perde tempo porque a gente não sabe perdoar. Nem aos outros, nem a nós mesmos. Eu acabei de ver uma foto sua e fiquei com vontade de te abraçar. Cara, eu sempre lembro de você com o carinho de uma irmã que deveria estar presente na minha vida para sempre. Por que você não está aqui para sempre? Por que você se foi assim, tão idiotamente, e eu -- mais idiota e tão orgulhosa -- não tenho coragem de lhe falar outra vez?

Eu apenas queria te dizer que você está linda com aquele casaco. Te disse em pensamento, tá?

Você quer recordar o que podia ter sido ou viver o que pode ser vivido?

80 dias é um filme que passou na Mostra Internacional de Cinema, em São Paulo, no ano passado. E está passando novamente na Mostra Mix deste ano. Achei correndo, sem querer, na programação, li a sinopse e me encantei na hora. Vai passar mais algumas vezes ainda (a Mostra Mix vai até o dia 20/11) e quem quiser, vale muito a pena conferir.

Achei este site português cujo título da resenha dá título a este post: 80 dias é uma oportunidade para recordar o que podia ter sido. Entrou como faca quente no meu coração. E do que fala o filme? Trata de duas mulheres de 70 anos, que se reencontram depois de 50 anos, e percebem que mesmo depois de todo o tempo... há ainda algo entre elas.

Confesso que esperava um algo mais do roteiro, da direção... não sei bem dizer. O filme é cativante, mas ele meio que quaaase escorrega para uma narração pedante, sem brilho. Talvez falte uma certa objetividade no olhar do diretor. A câmera parece tremer bem como a história que é contada. Mas, apesar disso tudo, a beleza da história de Axun e Maite é linda.

Eu fui preparada para me emocionar e para chorar. E me emocionei e chorei. Estamos falando de duas mulheres de outro tempo, outra cultura, outra sociedade. A personagem de Axun traz aquela similaridade de muitas mulheres que têm o desejo pulsando mas o reprimem como se nada estivesse acontecendo. Apenas ao final, ela chora compulsivamente, em silêncio, sem dizer nada. E aquelas lágrimas são da despedida. Porque mesmo aos 70 anos, ela ainda precisa se despedir da promessa de viver um amor lésbico pleno.

Gostei muito de ver a terceira idade lésbica retratada, algo tão raro no cinema. Porque cansa sempre os mesmos rostinhos certinhos, plastificados, bonitinhos, forçando intimidade, sendo posers. Faz parte, mas confesso que me cansa. Ou então, os filmes lésbicos são sempre dramáticos, com fim trágico. Ou semi-eróticos muito mais para marmanjo se acabar do que para ser uma obra da sétima arte. O encanto de 80 dias está em esmiuçar o tempo que se passa por uma medida totalmente distante da que estamos acostumados.

E como todo bom filme precisa fazer, ficou a questão pairando: às vezes (como com Axun) você precisa esperar mais de 50 anos para ser quem você sempre soube que era. "Eu sei quem sou quando estou ao seu lado... (diz ela para Maite)". Mas, agora, não precisamos viver romances internéticos meteóricos que começam com uma teclada e terminam com um skype.  Tudo está mais descartável? Sim!!! Porém, a tentativa sempre será válida... para os puros e corajosos de coração. E volto ao título do blogue!


Não significa nada

Agora, ao meio-dia, caminhei pelas ruas da região onde trabalho. Nada demais. Dia quente, sem sol, mas abafado, um prenúncio qualquer de chuva. O mesmo cenário.

No entanto, meus olhos estavam vendo as coisas diferentes e eu gosto muito quando tenho esses momentos. Momentos de olhar o cenário diante de seus olhos como um quebra-cabeça, pronto, que tinha 5 mil peças um tempo atrás. Tudo encaixado, mesmo sem fazer sentido. A sombra da árvore que parece uma dádiva divina. O sol, mesmo quente, que parece um bálsamo. As pessoas, mesmo mal-educadas. Cada uma na sua loucura, com seu problemas... ainda são seres humanos.

Esses momentos de compreensão pura e sentimento de plenitude são tão raros... porque é como se você fosse banhado por uma intensa luz dourada que fizesse você enxergar que a despeito de toda a maldade e loucura do mundo, ainda somos iguais. Ainda estamos perdidos, cada qual tentando encontrar o seu próprio caminho. Eu queria ter abraçado cada um que passou por mim. Eu mentalizei coisas positivas para todas as pessoas que passaram por mim. Não significa nada... mas era aquilo que eu queria fazer naquela hora. E esse meu amor não podia ser roubado nem julgado por ninguém.

Espero que todos tenham os próximos dias com um pouco desse sentimento que senti hoje. E que a gente possa melhorar uma milimétrica gota que seja. Parece que não significa nada... mas é muito!

[trilha de sonora de hoje, banda indicada pela querida Gabitchs, a quem sempre agradeço]

Os verdadeiros sentimentos

Hoje tive acesso a uma imensa torrente de sentimentos novos. E no meio de tanta coisa sublime, bela e pura, pensei no meu dia a dia. E, confesso, que tive muita vergonha das coisas que senti e que acabavam me entristecendo. Estamos presos a um círculo vicioso de ilusão de ganho e perda, de regojizo e desdém que nos deixa simplesmente cegos para a percepção das coisas mais simples.

Percebi que as perdas imensas que tive este ano, na verdade, foram ganhos. As pessoas que se foram, se foram porque era hora de ir, porque o adeus não é sinônimo de derrota, mas, sim, de um delicado equilíbrio que nem sempre é possível de ser compreendido na hora. Às vezes, perder é ganhar.

Percebi que há ainda algumas pessoas que eu não sei o que estão exatamente fazendo na minha vida. E eu percebi que não posso determinar quem fica e quem vai, eu simplesmente não tenho esse poder, mesmo em se tratando de minha vida. Eu percebi que -- nunca em toda a minha vida -- eu tenho escutado "não" de determinadas pessoas. E eu percebi que a vida -- pulsante, rica, pura, viva -- me diz "sim" o tempo todo! Me agracia o tempo todo com dádivas, algumas imperceptíveis, outras gigantes... me dizendo sim, sim, sim, o tempo todo! E aí, queridos leitores, eu me pergunto: a quem devo ouvir? Aos nãos dos seres humanos ou ao sim da vida?

A escolha parece fácil e óbvia, mas já caí nessa cilada várias vezes. Não há escolha a ser feita, nesse caso. Porque eu hoje eu percebi que -- de fato -- as coisas apenas acontecem com quem está preparado para vivê-las. E, se eu vivi tudo o que eu vivi este ano (e, de certa forma, ainda estou vivendo) é porque sou capaz de enfrentar cada um desses desafios com maturidade, transparência, coragem, esperança, sabedoria.

Pois não é fácil viver... não é facil encarar o caos diário. E é mais difícil ainda se estivermos acompanhados de solidão, desconfiança e tristeza. No entanto, HOJE eu descobri que por mais que esteja fisicamente sós, nunca estamos solitários de verdade.  E aquelas pessoas que mais te dizem "não" são as que mais esperam aceitação. Dizer "não" para outrem é uma forma de suposto poder e controle de si mesmas que estão longe de ter.

E a vida que apenas diz "sim" para mim... eu apenas a abraço sem medo nenhum de aceitar o que tiver por vir. Quero viver! Quero aprender! Não quero NUNCA ter medo de ser quem eu sou. Não quero NUNCA me arrepender das coisas que fiz porque acreditei que eram as coisas que deveriam ser feitas naquele momento. Não quero NUNCA ter medo de tentar. Não quero NUNCA dizer que nunca tentei. Eu digo sim para a vida que me diz sim o tempo todo!