Ontem tava com mais ideias do que hoje, mesmo sendo que ontem era o dia das sem-ideias. Whatever.
Pensei nas pessoas que, em suas vidas, não dão conselhos, por acharem que podem estar entregando o ouro de grátis. Uma besteira isso. Por que? Pelo simples motivo: a gente só faz o que a gente quer. Ninguém gosta de conselhos. Parece absurdo? Não é! Asseguro-lhe!
Ser humano tem um quê de teimoso e anarquista. Faz o que quer. E isso inclui ouvir -- ou não -- conselhos. Por um lado, é bom bater cabeça e ficar tentando descobrir sozinho o que fazer. Por outro, as marias-vai-com-as-outras também sofrem porque vão para todos os lados, indo para nenhum.
Eu dou conselhos. E peço-o apenas a pessoas específicas. E odeio os intrometidos-sabichões que acham que acham que cuidam melhor da vida alheia do que da vida própria.
Quando dou conselhos, faço de coração. Dar um conselho não é apenas sentar na frente de alguém e dizer: "Olha, meu conselho...". Um conselho sábio é dado sem que se perceba que foi um conselho. E deve ser dado, porque sabemos que o ser humano não gosta de prestar obediência à experiência alheia. Deve ser dado, porque sabemos que o subconsciente sabe o que deve ser feito e ele decide aceitar ou não. Nosso racional, nessas horas, é um imbecil montado em cavalos.
Mas, respeitemos o livre-arbítrio. Não demais para destruirmos até a vida alheia, mas o suficiente. E vamos aconselhar... uma conversa muita vezes esclarece as próprias ideias sem que a gente perceba!