Como ando sem muita inspiração psicológica para escrever, nada melhor do que falar de filmes de terror... um dos gêneros que sempre adorei!
Quando me perguntam por que gosto, posso dizer que é porque ele trabalha com o sobrenatural, mesmo comicamente, tenta explicá-lo. Fora isso não precisa mais explicação! rs
Ultimamente a cinematografia mundial anda carente demais de filmes de terror decentes. Acho que todos os temas estão mais do que gastos. Enveredar por suspenses psicológicos, como A Orfã, ainda é uma saída. Mas esse filme NÃO É um filme de terror de verdade (se alguns quiserem considerar, ok). O Orfanato, por exemplo, é um filme assustador. Mas medo não é apenas o intuito de um bom filme de terror. Ele precisa ter coerência e trabalhar muito bem (fora explicar) o desconhecido. Atividade paranormal é legal, ok. Mas parece ser americanizado demais... guardadas as proporções, parece um documentário estendido de um Discovery Channel sobre casas mal-assombradas.
Para mim, um bom filme de terror é aquele que deixa imagens que demoram para sair da sua cabeça. Aquela coisa que você acaba pensando (e não deveria) antes de dormir e fica com medo de acordar e acender a luz. Você pensa: "Será possível?". Sim, é possível! rs
Dois filmes me fizeram pensar assim. Por coincidência, são japoneses e são do mesmo diretor. Aliás, devo dizer que a cinematografia oriental (incluindo chineses, coreanos, tailandeses e japoneses) dá de mil na ocidental. As ideias estão gastas demais por estes lados. E os orientais com suas ideias (básicas, por sinal) de reencarnação e vida após a morte fazem bonito. Ou melhor, fazer um produto bastante assustador.
O filme n. 1 comentado de hoje é Reincarnation (no Brasil, Almas Reencarnadas) do Mestre Takashi Shimizu. Revi-o ontem e me lembrei porque gosto desse filme. A história de um pai que mata a família inteira é chocante (como já tinha (quase) sido em O Iluminado). Mas ok. Não vou comprar Kubrick a Shimizu, nada a ver.
Este filme, logo no início, tem uma das cenas mais aterrorizantes que eu já vi. Simples, sem barulhos (coisa que odeio em filmes Ocidentais). E é isso que gosto dos filmes do Oriente. Shimizu, criador do famoso O Grito, consegue se superar e fazer um filme que não lembre os clássicos cabelos pretos escorrendo de tudo pra quanto é lugar. E surpreende.
Não vou dar spoilers porque acho isso feio. Porém, preciso dizer que construir um filme dentro de um filme pode parecer a ideia mais simples depois de pronta e executada. Não é. Shimizu teve a simples ideia e executou-a bem. Com os upsides-down na medida certa.
Vale assistir, viu? Mas apenas se for fã desse tipo de gênero, porque esse dá medo. E compre o filme, viu?! Esse é daqueles que vai de baciada a R$9,90 na Americanas. Parece desvalorizar, mas é um tesouro escondido, na verdade.