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A verdadeira revolução

Ainda em Sampa, queridos leitores.

Passando um frio delicioso, com a chegada dessa maleta de frente fria. Resolvi esticar minha estadia até segunda que vem. Vantagens de ser frila e poder carregar seu trabalho aonde quer que você vá.... rs

Os últimos dias foram perfeitos. SIMPLESMENTE PERFEITOS. Não há adjetivo melhor para definir. E, gostaria de compartilhar algo: a revolução também se dá com o levantar de braços e com gritos. A revolução se dá com mudanças físicas no próprio corpo e ao nosso redor. No entanto, a verdadeira revolução se opera no nosso mais íntimo interior. Quase em silêncio... mas capaz de derrubar todas as barreiras, sem exceção!!!

Estou apenas feliz. Feliz de verdade. E quero compartilhar tudo isso com vocês!

Em Sampa!

Olha, posso falar uma coisa para vocês? Eu adoro SÃO PAULO!!!

Vou começar a usar aquelas camisetas com um "I heart SP" porque é incrível como este lugar me faz bem.

Cheguei e tenho curtido muito e tanto estar aqui que até resolvi postar essas "bobagens" como se estivesse escrevendo um suposto diário de 15 anos (coisa que nem tive na época...).

E nada mudou... ah nada muda. Uma tintura aqui e outra ali, as coisas continuam as mesmas. O pessoal mal-educado e mal-humorado. Os trens e metrôs cada vez mais lotados, as pessoas com pressa. E o céu... que céu azul lindo é esse, senhor??? Um azul único de brigadeiro, com friozinho à sombra. Agora eu sei que estamos no Outono! Uma das épocas mais lindas do ano (só não ganha do Inverno, claro).

Hoje não poderei ver nenhum dos meus amigos, mas a promessa é fantástica. E, olha a blasfêmia, estou tão bem de estar de volta à minha terra, aqui na casa de minha mãe, que nem tô sentindo falta. Ainda.... hehe. Mas verei Sharlene, Poliana e mais duas pessoas, ainda. Juro que tô pensando seriamente em esticar a estadia aqui, já que meus frilas são eletrônicos e posso ficar mais uns dias aqui no computador de sister.
Vamos ver... é apenas uma ideia. Quem sabe???


Por ora é só. Estou mega triste por não ter grana para ver Isabella Taviani, aqui em SP. Eu ando com saudades doidas daquela mulher cantando ao vivo... mas, não dá. Nem sempre dá para ter tudo que a gente quer, né?

Música do dia - Here with me

Oh, nunca fui de musiquinhas doces, com vozes melodiosas e tals. Isso é tarefa da minha irmã, que sempre me encheu de novidades nesse sentido. Inclusive, é ela quem gosta de Dido. Eu vou ouvindo umas rebarbas aqui e ali e às vezes gosto de algo.

Ontem vi um filme chamado "Mais que o acaso" ou Bounce, em inglês, título MUITO melhor. Casal insosso composto por Gwyneth Paltrow e Ben Affleck.  Mas eu peguei o filme pela metade, enquanto zapeava na hora do almoço. Bem na hora, estava tocando essa música da Dido "Here with me" e a cena conduzida enquanto a música seguia... me deu uma nostalgia danada de algo que não sei explicar o quê. O modo como ele olhava para ela, uma mulher perdida entre um sonho e um devaneio, uma atriz libriana conduzindo uma personagem libriana. O olhar dele tentando disfarçar que não tinha se encantado com essa doçura.

Só essa cena me fez terminar de assistir ao filme. Nâo me perguntem. Não aconteceu nada de extraordinário, mas oa menos fugiu um pouco (bem pouco) do lugar-comum. Eu gostei. E essa música ficou retumbando enquanto pensava no cd da minha irmã em sp (que vou ripar pra mim) e no quanto precisava ouvir essa música (como faço agora) no repeat one.

Em especial, esse álbum da Dido - No Angel - só tem pérolas. E a voz dela, rouca na medida certa, em arranjos bem ao meu estilo, me fazem viajar. E pensar nesse tipo de amor... tão puro e tão ingênuo, que supera a tudo.



Música do dia - Claridade

Tô num silêncio danado, né não?

Desculpe aos leitores deste blogue -- cada um deles -- que aterrisa aqui todos os dias em busca de algo novo. Mas... como dizem, fiquei sem nada para postar, sem ideias para compartilhar. Não sem novidades, estas são sempre muitas. Porém, sem vontade de postar. A criatividade vai embora junto nessas horas e nada faz com que ela volte. Menos agora, diria.

Tô aqui, ouvindo Claridade, da Ana Carolina. Essa cantora foi minha diva durante muitos anos... até que perdeu a graça. Me desculpem se vocês gostam dela... porém esse lance de popularidade demais, global demais estragou o talento dela. Heresia falar isso? Talvez. Mas não vejo letras inspiradoras, so sorry. As músicas boas somem atrás da enxurrada pop de refrão gritado e grudento, junto a parcerias estranhas que resultam em canções tão estranhas quanto.

Mas Ana tem pérolas, ô se tem. Eu nunca ousaria dizer o contrário. Eu sinto saudades da Ana simples, mineira que apenas empunhava seu violão e cantava com uma maestria e potência, equilibradas e bem dosadas. Para mim, Claridade é uma delas.

Lembro que houve um dia na minha vida, pelos idos de 2007 (ano difícil) em que voltei para casa, com essa música no repeat one, chorando muito e demais. Tão libertador. Hoje, anos depois, ouço essa música e penso em um filme noir, um personagem caminhando solitariamente em uma rua sem saída, lua cheia no céu, silêncio e vazio.

Acho que me sinto um pouco assim, agora. Trabalhando feito uma doida para tentar o novo, de novo e de novo e de novo... sempre. Em brevíssimo, irei a SP depois de muitos meses. Muitas saudades serão mortas, muitos amigos serão revisitados, muitas lembranças serão criadas, estou ansiosa por tudo! Aqui, quero apenas deixado o silêncio como forma de contemplação minha... estou aqui, apenas em silêncio.