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Happy now

Acordei meio anestesiada... com uma sensação agradável de júbilo e liberdade como há muito não sentia. Claro, meu corpo ainda ressente da sobrecarga de remédios e da gripe que não se cura de jeito nenhum... mas este é um detalhe. Vim cantarolando a música Happy Now do Bon Jovi. Porque é incrível como essa banda escreve hinos para mim. Esta foi a primeira música de que mais gostei quando fui ouvir o novo álbum dos caras. E Happy Now me parece tão perfeita para mim agora.

What would you say to me
If I told you I had a dream
If I told you everything
Would you tell me to go back to sleep

Take a look in these tired eyes
They're coming back to life

I know I can change, got hope in my veins
I tell you I ain't going back to the pain

Can I be happy now?
Can I let my breath out
Let me believe
I'm building a dream
Don't try to drag me down

I just wanna scream out loud
Can I be happy now?
Went down on my knees
I learned how to bleed
I'm turning my world around

Can I be happy now
Can I break free somehow
I just wanna live again
Love again
Take my pride off off of the ground

I'm ready to pick a fight
Crawl out of the dark to shine a light
I ain't throwing stones, got sins of my own
And everybody just trying to find their way home

Can I be happy now?
Can I let my breath out
Let me believe
I'm building a dream
Don't try to drag me down

I just wanna scream out loud
Can I be happy now?
Went down on my knees
I learned how to bleed
I'm turning my world around

You're born and you die, and it's gone in a minute
I ain't looking back, 'cause I don't wanna miss it
You better live now

Cause no one's gonna get out alive - alive

Can I be happy now?
Can I let my breath out
Let me believe
I'm building a dream
Don't try to drag me down

I just wanna scream out loud
Can I be happy now?
Went down on my knees
I learned how to bleed
I'm turning my world around

Can I be happy now? - [oohoohooh]
I'm turning my world around

Can I be happy now?

Amor ou trabalho em primeiro plano?

Olha que texto lindo e fantástico saiu na Revista Personare. Mais um que vai entrar nas reflexões sobre o amor que pretendo escrever em breve aqui. 

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Amor ou trabalho em primeiro plano?

Nos meus atendimentos, uma das reclamações mais frequentes das mulheres é que seus parceiros não conseguem o equilíbrio entre o tempo para o trabalho e o tempo para o relacionamento. Elas também, por sua vez, também se encontram nessa berlinda ? divididas entre querer ter sucesso na carreira, além de serem lindas, bem cuidadas e amadas.
É claro que chega uma hora em nossas vidas em que vivemos o impasse entre se dedicar ao trabalho para conseguir aquela promoção desejada ou ter disponibilidade para quem se ama. Mas será que realmente precisamos enxergar só um lado de nossas vidas? Será que ao abrir mão de alguém que amamos seremos realmente compensados com a ascensão profissional?
O que eu vejo em muitos casos são pessoas que acabam extrapolando os seus limites entre produzir um excelente trabalho e se tornar um escravo dele. Deixam de respeitar até mesmo o horário de almoço e se esquecem da importância de ter uma alimentação saudável. Realmente, essas pessoas estão ultrapassando o limite entre o trabalhar bem e o respeito por si mesmas.
Se essas pessoas se esquecem de comer, imagina se estão dando a devida atenção ao seu parceiro? Muito provavelmente não. Certamente, a compreensão do par é muito importante para continuar ao lado de quem ama, mantendo a relação em harmonia. E nem sempre o parceiro consegue abrir os olhos do seu par para o exagero da entrega dele ao trabalho.

Lacunas a preencher

Muitas pessoas têm a visão de que relacionamentos amorosos trazem junto no pacote problemas que podem interferir em outras áreas da vida, tal como a profissional. Realmente, se pensarmos assim, vamos atrair não só esse tipo de relacionamento conflituoso, como acabaremos mesmo gerando complicações e interferências no trabalho.
Em alguns casos, eu vejo pessoas bem sucedidas que têm algum tipo de compulsão por seu trabalho e acreditam que sua realização está apenas em suas metas profissionais. Ao mesmo tempo, se vêem vazias de sentimentos e sozinhas. Seus relacionamentos, no geral, são casuais, porque essas pessoas não se colocam como abertas a ter um relacionamento amoroso com comprometimento. Assim, vemos homens e mulheres super bem profissionalmente e com uma lacuna na vida amorosa, porque não dão a devida importância a essa parte de suas vidas.
Se você está passando por esse impasse, se questione:
  • Se você é uma pessoa bem sucedida e acha que ter um amor nesta fase de sua vida iria atrapalhar seus planos, será que não está vendo o amor como um problema?
  • Se você tem alguém e a relação está complicada, por acaso já passou pela sua cabeça que você poderia estar usando o seu trabalho como uma desculpa para não ter que tomar uma decisão definitiva no seu relacionamento?
  • Será que você quer mesmo ter uma relação mais séria com essa pessoa que está ao seu lado? Seja sincero e honesto consigo mesmo e busque a resposta sobre o que você sente pelo seu par.
  • Ter alguém ao lado realmente implica em trocar atenção, amor e carinho. Será que uma boa conversa com o par, explicando sobre suas metas e como você precisa se dedicar neste momento ao seu trabalho não seria uma solução para equilibrar essas duas partes de sua vida?
Compensar a falta de atenção num fim de semana porque você ficou trabalhando vários dias além da conta pode se uma maneira provisória de resolver a sua situação amorosa. Mas buscar uma solução plausível para as duas partes requer um equilíbrio entre o trabalhar bem e respeitar a vontade de ficarem juntos.
Se você percebe que há em você alguma resistência ao pensar na possibilidade de conciliar o sucesso profissional e sucesso afetivo, opte por ler: http://www.personare.com.br/revista/amor/materia/144/deixe-de-lado-o-medo-de-amar

Usufruto

Fazia tempo que eu queria ver uma peça da Lúcia Veríssimo em cartaz no teatro da FAAP. Chama-se Usufruto. Tudo aconteceu (descobri que ela é canceriana como eu... rs, trocaram o ator da peça, o competentíssimo André Fusko!) até que ontem, ganhei um par de convites!!! Cortesia da Nova Brasil FM pelo Twitter (obrigada pelo presente!).

Fui! Consegui que minha querida Juliana Julião aceitasse vir comigo, numa quinta-feira fria em SP. Comemos no Gendai e fomos. Lá encontramos com as fofésimas Karina e Dani.

Nunca leia o enredo de nada (cinema ou teatro). Vá sem expectativas, sem saber finais, sem saber detalhes, sem ter lido spoilers ou críticas. É bem melhor assim... adotei isso como tática para reagir naturalmente à arte em vida ao vivo! E sempre me surpreende.

Por isso não vou falar (agora) muito da peça, porque pretendo comentar seu tema aqui no meu blogue. Fato apenas que acho interessante como o amor (como assim?!) em tempos modernos como o nosso tem sido discutido da forma como tem sido.

Obviamente (como veria, com surpresa, Julião) que sou tiete e tirei fotos. Ei-las!

Eu e André Fusko.







Eu e Lúcia. Mulherão, viu???








Historieta: pra finalizar, quem me conhece, sabe que consigo ser uma sem-noção educada com artistas. Eles são seres humanos como nós! Então, dá-lhe simplicidade! Nada de escândalos, nem gritarias. Virei pra Lúcia e disse, enquanto a abraçava: 
Eu: Sou canceriana como vc!
Ela: De que dia?
Eu: 18 de julho!
Ela: Mesmo dia do meu filho!
Eu: Ele deve ser gente boa!
(risos e mais um diálogo que óbvio que não lembro mais)
Adoro conversar astrologia com os artistas. Dica de Lúcia: apenas cancerianos aguentam cancerianos (verdadona...) mas minha querida Jana que não pôde estar presente, também me atura, viu?!... Pena não ter dado tempo de dizer isso a Lúcia!

A coragem do amor que dura

Saiu hoje na Folha. Outro excelente texto!!! Escrevi um email ao Contardo Calligaris. Se ele me responder, junto com meus pensamentos e vira post aqui. Adoro esse tema. O que vcs acham?

A coragem do amor que dura

Quando amo, consigo olhar o mundo por duas janelas que não se confundem, a minha e a do ser amado

PROLONGANDO MINHAS observações da semana passada sobre "Quincas Berro d'Água", vários leitores e leitoras observaram que a literatura e o cinema, em geral, glorificam a coragem de quem, um belo dia, chuta o balde e vai embora.
E como ficam os que passam a vida inteira deslocando o balde para estancar as goteiras? Será que eles são todos covardes e acomodados?
É inegável: nossa cultura idealiza a ruptura, a aventura, a saída para o mar aberto. Em matéria amorosa, o momento que preferimos contar é a hora do apaixonamento.
Depois disso, gostamos de imaginar que "eles viveram felizes para sempre", mas sem entrar em detalhes que poderiam transformar a história numa farsa.
Uma boa solução, aliás, é que os amantes morram logo. O sumiço (de ambos ou de um dos dois) evita que a comédia da vida que levariam juntos contamine a apoteose do encontro inicial. Os amantes ideais são os que não duraram no tempo: Romeu e Julieta, o jovem Werther e Charlotte, Tristão e Isolda.
Concluir o quê? Que a coragem é sempre a de quem deixa a mornidão de seu conforto para se queimar num instante de paixão? Será que não pode haver coragem nos esforços para que o amor dure?
É óbvio que a duração não é um valor em si: uma relação pode durar a vida inteira e ser uma longa e insulsa experiência repetitiva, sem amor algum. Mas, inversamente, será que as paixões-relâmpago são amores? Enfim, seria útil dispor de uma definição do amor.
Justamente, li nestes dias um livro que me tocou, "Éloge de l'Amour" (elogio do amor, Flammarion 2009, ainda não traduzido para o português), de Alain Badiou; é a transcrição de uma breve entrevista do filósofo francês.
Nela, inevitavelmente, Badiou constata que, em nossa cultura, a visão dominante do amor é a de uma espécie de "heroísmo da fusão" dos amantes, que, uma vez consumidos por sua paixão, podem sair de cena (para não se tornar ridículos) ou sair do mundo e morrer (para se tornar sublimes).
Contra essa visão, Badiou define o amor mais como um percurso do que como um acontecimento: segundo ele, o amor precisa durar um tempo porque é "uma construção".
Confesso que fiquei com medo de que o filósofo nos propusesse amores tagarelas, em que os amantes não parariam de discutir a relação (claro, para construí-la). Por sorte, não se trata disso. Então, o que constroem os amantes?
Geralmente, explica Badiou, minha experiência do mundo é organizada por minha vontade de sobreviver e por meu interesse particular: vejo o mundo só de minha janela.
Certo, ao redor de mim, há muitos outros de quem gosto e aos quais reconheço o direito de também sobreviver e promover seus interesses.
Mas o fato de eu respeitar esses meus semelhantes não muda em nada meu ângulo de visão. É só quando amo que consigo olhar, ao mesmo tempo, por duas janelas que não se confundem, a minha e a de meu amado. A estranha experiência ótica faz com que os amantes reconstruam o mundo, enxergando coisas que ficam escondidas para quem só sabe olhar por uma janela.
Entende-se que o amor assim definido exija tempo. Quanto tempo? Um mês, um ano, uma vida, tanto faz. Consumir-se na paixão pode ser rápido, mas reinventar o mundo a dois é uma tarefa de fôlego.
O amor segundo Badiou, em suma, é uma aventura, mas que precisa ser obstinada: "Abandonar a empreitada ao primeiro obstáculo, à primeira divergência séria ou aos primeiros problemas é uma desfiguração do amor. Um amor verdadeiro é o que triunfa duravelmente, às vezes duramente, dos obstáculos que o espaço, o mundo e o tempo lhe propõem".
Você aprecia a definição, mas a acha um pouco abstrata? Gostaria da história de um amor que dura e se obstina sem se tornar pesadelo ou farsa? Pois bem, acabo de ler um texto comovedor, bonito e capaz de ilustrar e explicar perfeitamente as palavras de Badiou.
Em "Amar o Que É: Um Casamento Transformado" (Objetiva), Alix Kates Shulman conta como ela e Scott, o marido, reinventaram o mundo, a dois, obstinadamente, depois de um acidente que precipitou Scott numa forma de demência.
Há momentos difíceis, sacrifícios e durezas, mas, curiosamente, o relato não chega nunca a ser triste porque se trata de uma extraordinária história de amor.

Frase....

Fiquei retumbando com isso ontem. É.
Não somos perfeitos, mas somos criaturas divinas, em busca do encontro da alma com a razão.