Esta semana foi dedicada à música dos anos 90. Assumo e confesso: vou ser aquelas tias que daqui uns belos anos vai dizer assim aos jovens: "Meu filho, música boa é dos anos 80-90!". hahaha
Talvez por ter sido marcada fortemente pela minha pré-pós adolescência, tenho coleções infinitas de lembranças de músicas dessa época. Num tempo em que haviam rádios rocks famosas, que o cenário internacional da música saía de um ostracismo criativo indo para o grunge, eu guardava e memorizava todas as músicas. Foi um período fértil, porque eu ouvía de tudo. Naqueles anos, não tínhamos mp3, não tinha download de músicas. Tínhamos vinis e rádio pra ouvir, nada mais. Quem tinha gravador de fitas k7 corria pra gravar músicas das rádios para poder fazer o famoso "repeat one" que dava trabalho porqque você tinha de rebobinar fita. Doido? Sim! Mídias ainda não tinham alcançado o nível que temos hoje, tudo num plug-push-play.
Assim, não me escuso de ouvir música dessa época. Agora, para mim, tudo parece tão esquisito. Sinto em falar em público, mas o Radiohead parece que imputou um estilo musical cool e cult que todos ouvem, gozam e vociferam aos quatro cantos. Gosto é gosto, mas não consigo ouvir Muse, Keane e afins. Eu bem que tentei e ainda me pego tentando, mas não consigo. Gabitchs sempre me salva, me indicando bandas que aprendi a gostar como Sterophonics e She Wants Revenge.
Então, trouxe uns cds de SP para o Rio e comecei a reouvir material que não ouvia a muito tempo. Ainda tô ouvindo. Eu poderia encher páginas e páginas de vídeos com as coisas que ando ouvindo, mas vou poupá-los da minha loucura que já compartilhei por twitter.
Alguém lembra do Maskavo Roots? Tempestade é uma clássica nacional de 1993 (posteriormente regravada pelo Pato Fu), bem como Pérola do Paulo Ricardo e RPM numa tentativa de reunir o RPM. Ficou nesse cd. Ouvi dizer que eles estão se reunir de novo... mas duvido que haja um RPM rock como deve ser. Bem, em todas as vezes que ouço Pérola lembro do meu grande amor platônico, o maior de todos que tive e que já ouvi dizer. Esse amor dessa época gerou páginas, páginas, páginas, páginas, páginas infinitas de poemas, histórias, contos e muitas noites maldormidas. E eu mal sabia seu nome. Platônico como deve ser.
Como brinde deixo Take me for a little while que já postei várias vezes neste blogue, porque é uma dádiva ver um único cd que reuniu David Coverdale e Jimmy Page. O álbum inteiro (que eu tenho... hehe) é um clássico. E esta música, em especial, é a minha favorita. [detalhe, nunca tinha visto o vídeo, nem sabia que existia! brega master, estilão Coverdale... :P. Que guitarra é aquela com 50 milhões de cordas, alguém me explica?]
Da década de 90 também tem o Simple Minds, banda fabulosa, cheia de outros clássicos. Este álbum também está na lista daqueles que levarei para uma ilha deserta: Good News From the Next World. E She's a River e Hypnotised... ah.
O cotidiano sob o meu olhar. De tudo um pouco, das coisas que gosto e de tudo que quero eternamente descobrir.
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Um dia frio (e pensamentos esparsos...)
Os dias andam bem frios, por estes lados do Rio de Janeiro. Claro, nem tanto frios se comparados a outras capitais como SP e as terras gaúchas. Confesso que o inverno aqui no Rio é agradável. Você sente frio mas não sente o incômodo de não conseguir fazer nada, por viver em um país tropical totalmente despreparado para baixas temperaturas (e as altas também). A gente bem poderia fazer assim: viver no Rio de Janeiro no inverno e nos polos do planeta no verão, que tal?
Mas este post não é para falar de frio, embora tenha até suas conexões. Ainda pensando no que escrevi ontem, me peguei pensando ainda mais em como a nossa sociedade está doente. Como aquelas opções que pensamos que poderiam "nos ajudar" como a religião e psicologia estão mais doentes ainda. Vivemos literalmente numa selva de pedra cercados de egoístas, uns doidos assumidos, outros enrustidos. A quem procurar ajuda, num momento de tensão, seja ele em qual nível for?
Reparei que as pessoas andam bebendo cada vez mais, assistindo a televisão cada vez mais, fumando cada vez mais, uma necessidade doída de fugir de si mesmo para, imagino, tentar se salvar? Colocar a vida em piloto automático (isso me lembra o filme Click, que embora tenha suas precariedades, considero um puta filme com uma puta ideia simples bem executada, de acordo com o que se propõe a ser) é uma escolha -- e como tal -- tem suas consequências. Aliás, tudo na vida tem consequências: uma hora a gente paga o preço da escolha de cada uma delas, pode acreditar.
Fiquei pensando que em toda a minha vida eu nunca vi as pessoas tão sem suas máscaras como vejo agora. E, se antes isso me trazia agonia, agora me traz êxtase (paródia nada ver com Agonia e Êxtase, uma pérola do cinema [Sharlene, comprei esse filme por sua causa e não me arrependo]). É como se eu entendesse, mesmo sem entender. É como se eu compreendesse, pois é o único ato cabível em dias como estes. Não julgar, não criticar, não condenar -- atitudes que sempre fui expert em fazer e que, atualmente, cada vez menos cabem em mim.
Penso em quando vamos tentar o diferente. Mesmo sabendo que as regras não são genéricas a todos (ainda bem!!!), mesmo sabendo que a esperança reside onde a gente pensa que ele nem sonha em existir, mesmo sabendo que se nosso objetivo é único e comum a todos, mas todos vivem dispersos, vivendo suas vidas ainda assim. Louco, né? Esta é a minha cabeça agora.
Deixo outra pergunta: qual o seu objetivo maior e real nesta vida?
Mas este post não é para falar de frio, embora tenha até suas conexões. Ainda pensando no que escrevi ontem, me peguei pensando ainda mais em como a nossa sociedade está doente. Como aquelas opções que pensamos que poderiam "nos ajudar" como a religião e psicologia estão mais doentes ainda. Vivemos literalmente numa selva de pedra cercados de egoístas, uns doidos assumidos, outros enrustidos. A quem procurar ajuda, num momento de tensão, seja ele em qual nível for?
Reparei que as pessoas andam bebendo cada vez mais, assistindo a televisão cada vez mais, fumando cada vez mais, uma necessidade doída de fugir de si mesmo para, imagino, tentar se salvar? Colocar a vida em piloto automático (isso me lembra o filme Click, que embora tenha suas precariedades, considero um puta filme com uma puta ideia simples bem executada, de acordo com o que se propõe a ser) é uma escolha -- e como tal -- tem suas consequências. Aliás, tudo na vida tem consequências: uma hora a gente paga o preço da escolha de cada uma delas, pode acreditar.
Fiquei pensando que em toda a minha vida eu nunca vi as pessoas tão sem suas máscaras como vejo agora. E, se antes isso me trazia agonia, agora me traz êxtase (paródia nada ver com Agonia e Êxtase, uma pérola do cinema [Sharlene, comprei esse filme por sua causa e não me arrependo]). É como se eu entendesse, mesmo sem entender. É como se eu compreendesse, pois é o único ato cabível em dias como estes. Não julgar, não criticar, não condenar -- atitudes que sempre fui expert em fazer e que, atualmente, cada vez menos cabem em mim.
Penso em quando vamos tentar o diferente. Mesmo sabendo que as regras não são genéricas a todos (ainda bem!!!), mesmo sabendo que a esperança reside onde a gente pensa que ele nem sonha em existir, mesmo sabendo que se nosso objetivo é único e comum a todos, mas todos vivem dispersos, vivendo suas vidas ainda assim. Louco, né? Esta é a minha cabeça agora.
Deixo outra pergunta: qual o seu objetivo maior e real nesta vida?
Dia da insônia (e de pensamentos)
Hoje foi aquele dia em que virei a madrugada insone. Por motivos de trabalho, um misto de necessidade e prazer de curtir a noite silenciosa. Sem msn com janelinhas subindo, sem twitter com pessoas dando bom dia ou boa tarde. Sem telefone tocando números indesejados. Sem o barulho da rua. Apenas eu, o frio, chá quente e um gato do meu lado (enquanto meu amor dorme...).
Ando silenciosa, talvez presenciando mais uma mudança radical em mim. Quem me conhece, sabe que não sou estática. Vivo mudando. Bom, penso que todos devam ser assim, mas a gente bem sabe que muitos mudam o verniz mas não mudam sua essência. Aí é fácil. Então, longe de mudar cabelos, roupas e aparência em geral; longe de mudar de casa, de emprego ou de namoro, a real mudança traz uma sensação paradoxal: o prazer e a ansiedade de uma perspectiva totalmente nova e, ao mesmo tempo, a angústia de deixar para trás uma segurança (que pode ser real ou falsa).
E nesse meio-termo, ínterim de mim mesma, por vezes me vejo na tangente de minha própria vida, em outras, correndo atrás do próprio rabo. Não tão ácida nem tão doce, não tão agressiva nem tão esquisita. Não sei me definir. Mas sei que o silêncio me alimenta de maneira visceral nesses dias.
Aí me pego pensando, fazendo aquela retrospectiva antes do aniversário que se aproxima. Tantas coisas se sucederam neste ano. Amigos que vieram e que se foram. Aquelas palavras calorosas, ditas em tom de cumplicidade num momento íntimo, simplesmente se foram. Fica a lembrança e esta minha atitude canceriana de dar um longo adeus ao passado. Porque, sim, marca e eu sempre sentirei saudades daquilo que foi bom e que o tempo nunca apagará.
Ah... e as pessoas que vivem suas vidas em um círculo? Tudo bem, nossa vida é cíclica... mas de vez em quando não dá vontade de ser diferente? Qual o grande objetivo da nossa vida?
Cadê o desejo ardente, interno e real de ser verdadeiramente feliz? As pessoas, hoje em dia, se vendem por tão pouco. Se doam por nada. Perdem a luz interior e a ingenuidade, a doçura e o amor em troco de ilusões. Não me excluo, mas estou desesperadamente tentando ser diferente.
E você? O que você está fazendo de verdade para a sua vida?
Ando silenciosa, talvez presenciando mais uma mudança radical em mim. Quem me conhece, sabe que não sou estática. Vivo mudando. Bom, penso que todos devam ser assim, mas a gente bem sabe que muitos mudam o verniz mas não mudam sua essência. Aí é fácil. Então, longe de mudar cabelos, roupas e aparência em geral; longe de mudar de casa, de emprego ou de namoro, a real mudança traz uma sensação paradoxal: o prazer e a ansiedade de uma perspectiva totalmente nova e, ao mesmo tempo, a angústia de deixar para trás uma segurança (que pode ser real ou falsa).
E nesse meio-termo, ínterim de mim mesma, por vezes me vejo na tangente de minha própria vida, em outras, correndo atrás do próprio rabo. Não tão ácida nem tão doce, não tão agressiva nem tão esquisita. Não sei me definir. Mas sei que o silêncio me alimenta de maneira visceral nesses dias.
Aí me pego pensando, fazendo aquela retrospectiva antes do aniversário que se aproxima. Tantas coisas se sucederam neste ano. Amigos que vieram e que se foram. Aquelas palavras calorosas, ditas em tom de cumplicidade num momento íntimo, simplesmente se foram. Fica a lembrança e esta minha atitude canceriana de dar um longo adeus ao passado. Porque, sim, marca e eu sempre sentirei saudades daquilo que foi bom e que o tempo nunca apagará.
Ah... e as pessoas que vivem suas vidas em um círculo? Tudo bem, nossa vida é cíclica... mas de vez em quando não dá vontade de ser diferente? Qual o grande objetivo da nossa vida?
Cadê o desejo ardente, interno e real de ser verdadeiramente feliz? As pessoas, hoje em dia, se vendem por tão pouco. Se doam por nada. Perdem a luz interior e a ingenuidade, a doçura e o amor em troco de ilusões. Não me excluo, mas estou desesperadamente tentando ser diferente.
E você? O que você está fazendo de verdade para a sua vida?
Ausência
Gente, prometo retomar este blogue!!! Nunca fiquei tanto tempo sem postar... emails, twitter, facebook... essas coisas andam bem quietas. Talvez e apenas o twitter ainda esteja bem atualizado dada à sua praticidade. Ando bem curtindo demais o silêncio... mas me aguardem, pois as ideias fervilham dentro de mim, apenas ainda não foram concebidas!
Então vá, vá pra Jacarepaguá!
Queridos amigos e leitores deste blogue, está decidido (com bastante antecedência, como é de meu gosto...): vou comemorar meu aniversário aqui no Rio de Janeiro! E não poderia hver lugar mais interessante do que... Jacarepaguá. Por que? Explico.
No dia 16 de julho, a querida cantora Myllena fará um show na Lona Cultura Jacob do Bandolim, que fica em Jacarepaguá. Oras, não é um momento perfeito para comemorar meu aniversário E ainda assistir ao show dela? Claro que sim!
Neste sábado, fui com a minha mais nova amiga carioca -- a Alessandra -- comprar ingressos. Fui apresentada ao bairro, uma gracinha, simples e arborizado. E aproveitei para conhecer um lugar chamado Castelo do Vinho. Aí, para mim parecia uma combinação perfeita: um warm-up jantando e bebendo suco de uva, show da Myllena com participação de Isabella Taviani e depois... ah quem se preocupa com depois?
Sei que duas amigas minhas de SP praticamente confirmaram que virão. Então, assim, amigos paulistas e amigos cariocas, sintam-se mais do que convidados a vir jantar comigo, beber uns vinhos e papear no Castelo do Vinho. Depois, quem quiser, bora ver o show de Myllena na Lona Cultural (ali do lado) e... depois... depois a gente vê o que faz.
Segue o serviço:
Rua Samuel das Neves, 376 - Pechincha (Rio de Janeiro)
Praça Geraldo Simonard, sn - Pechincha (Rio de Janeiro)
A partir das 16h00 estarei lá no Castelo do Vinho e como boa beberrona que sou, estarei enchendo a cara de álcool como bem sabem os meus amigos. Estão todos convidados. Apenas peço que me confirme para eu separar o número adequado de lugares.
Observações:
1-) o título do blogue é em homenagem absoluta à música "Esquinas de Jacarepaguá" faixa bônus do último álbum de Isabella Taviani (Meu coração não quer viver batendo devagar). Dá uma olhadinha no videozinho abaixo.
2-) quero ver Jeane Soares, Robertinha La Despistada, Fafá Barbalho, Karla Rosalino, Profa. Maria Helena, Deja, Moema (onde vc tá?) todas no show, hein?
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