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Minhas músicas favoritas de Isabella Taviani

Este já foi um blogue praticamente e inteiramente dedicado à ela: Isabella Taviani.

E esses foram momentos únicos que nunca esquecerei. Viajar pelo país, assistir a tantos shows em tantas casas diferentes lá na terra de Isabella, o belo Rio de Janeiro que eu aprendi a amar.

Mas, as circunstâncias de minha vida tomaram rumos que me afastaram da possibilidade de sequer conseguir a um show. Perdi toda a turnê do Carpenters Avenue. Assisti a um único show da turnê dela revisitando a carreira. E também assisti a um show da turnê Máquina do Tempo. Foram-se as épocas de ficar gravando vídeos, subindo no youtube, fazendo postagens aqui.

No entanto, meu amor por ela nunca mudou.

Minha admiração por essa que considero a mais bela voz feminina da MPB só aumenta a cada trabalho novo. Ouça um cd dela e ouça um show ao vivo — é a mesma voz. Sem desafinar, sem exagerar. Pura perfeição.

Há algum tempo que venho pensando em rever a minha lista de músicas favoritas dela. O álbum Máquina do Tempo mostra uma Isabella feliz e em paz. As músicas têm outra energia a que os fãs estão mais acostumados. A intensidade e a profundidade de suas letras atingem outros níveis agora.

Isso posto, exatamente no show Máquina do Tempo, uma música me tocou tão profundamente que me tirou lágrimas. E ela consta aqui, impossível seria se fosse o contrário!

01. Pontos cardeais

02. E se eu fosse te esperar?

03. Tudo em volta é só você

04. Falsidade desmedida

05. Quero mais é te perder

06. Recado do tempo

07. Todos os erros do mundo

08. Norte

09. Ivete

10. Luxúria

Obrigada, Isabella, por existir e por ser a artista quem é, a pessoa intensa e excepcional que você é por nunca deixar qualquer tipo de sucesso enevoar a alma incrível que você tem. Serei sempre sua admiradora e sua fã, aonde quer que você vá.

Bem-vinda ao mundo dos apps de relacionamento!

Vou compartilhar uma história com vocês.

Desde 2008 que eu não me cadastrava em nenhum aplicativo de relacionamento.

Sim! São quatorze anos de defasagem. Ainda estou fazendo um intensivão em redes sociais e em páginas específicas para atualizar o meu software sapatônico. Claro, como boa alma curiosa que sempre fui, não podia deixar de fazer isso. Não (que seja dito) que eu vá usar os termos ou me comportar como uma garota de 20 anos. O objetivo é puramente saber como sente, pensa e fala as sapatoninhas que nasceram quando eu já estava lá vivendo minhas experiências.

Há diferença? MUITA. 

No entanto, o que é mais assustador (ou desolador) é que certas coisas parecem que nunca mudam. Ou até mudam, mas para uma variação tristemente pior.

Bem, lá fui eu baixar, me cadastrar e fazer uma assinatura básica em três apps. Escreve um texto de bio com caracteres e vocabulário específico o suficiente para filtrar e espantar a maioria das mulheres. Antigamente dizer que era astróloga era uma red flag gigante que tanto afugentava como encantava. Hoje? É indiferente. Perdi meu charme.

E essa foi uma das primeiras coisas que me deixou muito curiosa. O que teria acontecido com a Astrologia que hoje não chama mais a atenção nem que seja para sair correndo? Seguirei refletindo nisso.

Começa a criar um filtro de busca. Põe o filtro de busca em ação. 
Zero resultado.
Diminui o grau de exigência do filtro.
Aguarda uns corações e, com sorte, umas mensagens especiais que somente assinantes enviam.
O negócio anda devagar quase parando.
Mas eu me fiz uma promessa antes de baixar esses apps: eu vou me divertir no processo, não importa o que aconteça. Afinal, estou em busca do amor da minha vida? Certamente que não. Se eu der sorte de conseguir manter uma conversa minimamente agradável para mim, me sentirei ganhadora da mega. Uma coisa não exclui a outra, se estou lá me expondo, sei de todos os riscos que corro, sei de todas as possibilidades e, simultaneamente, me abro para tudo que possa acontecer.

Há uma diferença radical do perfil de mulheres cadastradas de acordo com cada app. E isso começa a me chamar a atenção. Fico lá olhando para uma foto, em geral selfie, e penso "a pessoa escolheu essa foto porque ela considera a melhor foto dela. Qual será a pior?" Aí vemos fotos com frases de autoajuda retiradas do FB, recortes de fotos do IG que a pessoa não limpou direito. Fotos desfocadas ou de baixa resolução. Além dos clássicos airbags que talvez atraiam as fetichentas por peitos XG.
Como você gosta de se divertir? Trabalhando.
Como você descreve suas noites? Fasendo amor. (sim, com S).
Não gosto de mulheres masculinas, só femininas. (eu concordo que poucas ficam bem com boné. Eu sou daquelas que NÃO ficam bem fora que eu tenho calor na cabeça)

E o fato de que 80% das pessoas ali estão em um relacionamento aberto? Em geral, com homens. (me chame de antiquada, mas nunca entenderei o conceito disso)
E as mulheres que só me escrevem porque sou japa? (oi? Não sou otaku nem sei o que é isso)
Ou aquelas mulheres que associam tudo a álcool: "Quero uma companhia para beber uma taça de vinho na praia e à luz de velas". "Bora tomar uma brejinha" (em geral skol quente).
Ou aquela que dizia o seguinte: " Quero uma mulher ativa fisicamente, porque quero alguém que consiga me acompanhar nas coisas que faremos juntas, viajar muito e malhar muito".

Confesso que não esperava que me depararia com isso. Há um misto de piada interna entre conversas com amigas íntimas e um senso de que nem estou defasada neste mundo — eu quase não sirvo mais para viver nele!

O que há de comum em todos esses perfis?
A falta de uma foto do cérebro.

Recentemente li um post que dizia que ninguém tem obrigação de adivinhar os pensamentos do outro. Concordo! Mas falta também um pouco mais de aprofundamento mental. Ninguém precisa ir lá escrever uma bíblia sobre si, megalomaniacamente, ou dizer que já leu todos os livros considerados clássicos. A bem dizer, essas pessoas não estão em apps. Onde elas estão? Solteiras? Presas em nichos longe do açougue virtual? Mas as pessoas podiam se esforçar um pouquinho em dizer algo mais além de vinho, academia, cerveja, bonés e peitos.

Então, sem opções, comecei a fazer outras coisas.
A primeira delas é ficar olhando para a foto e para o perfil e tentando adivinhar qual seria o signo daquele ser. Bingo! 90% das vezes eu acerto. 
E a quantidade surreal de leoninas, arianas e sagitarianas? Vou começar a fazer um quantitativo para saber quais signos eu mais vi por aí. Uma coisa é certa: os signos de terra são os que eu menos vejo (touro, virgem e capricórnio) seguido da galera de água (menos escorpião, claro). Vi poucas librianas também. Há uma quantidade gigantesca de geminianas! Halp!
A segunda é ficar caçando perfis fakes que ficam me mandando superlikes/superhearts. Já peguei duas. Se essa galera do outro lado da tela soubesse do meu poder especial escorpiônico para olhar através de todas as obviedades...rs

Recentemente, fiz uma nova amiga astróloga (bem-vinda!). Preciso agradecer a ela por (re)instigar meu lado astrológo observador que andava meio adormecido. É extremamente prazeroso (na falta de um adjetivo melhor) constatar que a astrologia continua sendo uma maneira perfeita de conhecer as pessoas sem que elas se deem conta disso.

E, conversando com uma amiga que usa esses apps há muito mais tempo que eu, aprendi uns macetes com ela para separar o joio do trigo. Se bem que, no meu caso, usar uma pinça para capturar a agulha no palheiro seria uma imagem mais acurada. Vamos rir, Aline!

Não. Não sou a última bolacha do pacote nem quero ganhar biscoito gratuitamente. Eu já estava ciente de tudo isso como disse no começo deste post. Ao mesmo tempo, não tinha como não notar (ainda bem!) que existem mulheres lésbicas inteligentes, cultas, que se destacam. Eu me encanto e fico fascinada que essas mulheres existam e estão por aí, vivendo suas vidas, encarando seus aprendizados, seus medos e deixando uma trilha única e especial por onde passam. Construindo uma história (que, obviamente não está atrelada à sua sexualidade apenas mas que, claro, faz parte intrínseca dela), sendo exemplo, ajudando outras pessoas. E me alegro muito por ter conhecido algumas delas! E espero conhecer mais!

Em um post futuro, quero retomar este post de hoje com boas novidades, sejam elas quais forem. Até lá.

O perfume das flores de jabuticaba

Hoje eu fui tomada por um sentimento atípico que há muito não sentia. Não assim.

Ao longo do dia, não consegui refletir a respeito do que seria essa sensação...

Mas, agora, à noite, observando a cidade sob um frio tardio de inverno, eu senti o aroma das flores do pé de jabuticaba que minha mãe plantou.

Eu queria ficar em silêncio.

Queria sentir o silêncio.

Queria me alimentar do silêncio.

Estar e continuar só sem me sentir solitária.

E eu me lembrei de, há muitas décadas atrás, olhar para a noite e me sentir assim...

E hoje.

Entender que algumas coisas precisam mudar e morrer.

Enquanto outras mudam e ainda continuam as mesmas.

Ter a sabedoria para discernir essa tênue linha que separa passado, presente e futuro.

Ter a humildade para aceitar e perdoar o eu do passado que ainda continua convivendo em nossas lembranças com o nosso eu de agora.

Abraçar todas as nossas várias pessoas que fizeram coisas de que nos envergonhamos.

Esse único e poderoso encontro que acontece e poucas vezes nos damos conta.

E eu fiquei observando a cidade silenciosa. Imaginando o que as pessoas estariam fazendo em suas casas. Procurando estrelas em uma cidade iluminada que não deixa mais que as vejamos.

Sentindo o vento gélido e o silêncio...

Que retumba em minha alma e reverbera sons múltiplos e suaves em mim.

A vida é feita de certezas...

Mas a melhor certeza que podemos ter é que podemos sempre ser uma nova pessoa, tão pura e tão pueril quanto aquela que fomos um dia, sem deixar de abraçar todos os outros eu que representamos.

E qual é o elo disso tudo?

Amor.

Apenas o amor.

Um dia qualquer na capital paulistana

Ontem, fazendo um curtíssimo trajeto de ônibus até o metrô Liberdade, fui testemunha de uma conversa entre dois professores que tinham acabado de se conhecer. Eu praticamente estava entre os dois.

Ele era professor de Artes, História. 

Ela era professora de Música.

A conversa começou com eles analisando o tempo.

Ela foi muito minuciosa em ficar ali olhando no celular, vendo a previsão para aquela terça-feira, que seria muito mais fresca que o dia anterior com uma temperatura de 32ºC em pleno inverno. Comentou do calor. Comentou que foi difícil dormir. Comentou que a previsão da semana dizia que hoje faria um friozinho.

Ele concordando com ela.

E eu também, óbvio! Eu também tenho um app e fico toda hora ali olhando previsão do tempo. Tirando printscreens e postando no meu whatsapp para ninguém ver, porque quem tá interessado em saber se você prefere calor ou frio (eu prefiro frio, aliás). Foi curioso ver que ela era parecida comigo nesse ponto.

O professor, meio atrapalhado, riu que tinha trazido um guarda-chuva de dez reais (mentira, esses guarda-chuvas xingling agora custam vinte conto se você pesquisar bem) e tava todo cheio de bolsas, como todo bom professor. Ele ainda estava usando bermuda e cachecol e eu achei a combinação bem inusitada porque eu só usaria cachecol com uma temperatura de menos de 15ºC associado a um bom vento gélido.

Ela era mais falante do que ele. E tinha uma voz alta, clara, de timbre extremamente agradável (lembrei de minha amiga comentando áudios no whatsapp). Fiquei imaginando que ela nunca desafinaria a voz, que nunca faria um pitch agudo sem necessidade. E fiquei imaginando como seria assistir a uma aula dela.

O professor continuou dizendo que iria fazer um exame no HC e não sabia andar por ali. Deduzi que ele não seria de SP, mas não podia perguntar. Já a professora deu todas as dicas de como chegar até lá. E que iria com ele até determinado ponto da linha azul, quando eles se separariam na baldeação para a linha verde.

Ela disse que dava aulas para um projeto especial do EJA na PUC.

Ele disse que era contratado (coitado, nada como ter tido um namoro com uma professora para saber o significado exato disso! rs).

Ela comentou sobre provas que fez na FE-USP (onde está o curso de Pedagogia) para tentar dar aulas em algum outro lugar. Eu percebi que ele ficou sem entender exatamente o que era a sigla (e eu sabia porque sou da FFLCH).

Aí voltaram a falar de provas e toda a atribulação intrínseca aos professores.

Ela ainda disse que tinha vários amigos que eram professores de História e Artes (e faz sentido se você pensar que ela é professora de Música).

Essa conversa toda durou uns 10 minutos porque tinha trânsito nesse trajeto que normalmene nunca tem, ainda mais naquela hora da manhã. 

E eu admito que adorei ser testemunha tão próxima dessa conversa inusitada entre dois estranhos com tantas similaridades!

Confesso que meu trajeto era outro mas queria ter acompanhado eles até a linha verde para saber o que mais conversaram. Será que trocaram whatsapp? Instagram? Será que só eu notei um flerte nas palavras dela? O professor era muito bonito. Embora novo (parecia), tinha um cabelo e um barba já grisalhos que dão um ar muito charmoso aos que se sabem se cuidar como era o caso dele.

Quando todos descemos em frente ao metrô, eu ri comigo mesma depois de me desperdir mentalmente deles.

Fanfiquei uma história linda entre os dois e imaginei que de um singelo encontro poderia surgir pelo menos uma bonita amizade entre duas pessoas. Idealista? Pode apostar!

E olha que curioso: naquele momento, meu ipodvelhodeguerra estava sem bateria (algo que nunca acontece) e só por causa disso eu pude ser testemunha visual e auditiva daquela conversa. Em geral, eu detesto ouvir conversas alheias em condução porque as pessoas só sabem ficar reclamando ou falando mal de alguém.

Mas, não.

E eu agradeço por ter sido testemunha de uma crõnica sendo escrita ali, diante dos meus olhos. Um outro dia qualquer na loucura desta capital paulistana que é São Paulo. E que a gente ainda pode encontrar beleza e simplicidade: basta saber prestar atenção.


Meu encontro com Halu Gamashi

A vida é feita de certezas.
Nós buscamos as certezas para não ficarmos à deriva, perdidos, sem saber para onde ir.
Não é ruim nos apoiarmos em certezas. O que não devemos fazer é achar que elas são eternas. Uma das lições que mais aprendi nesta vida, mesmo sendo uma pessoa extremamente mutável de acordo com meu mapa astral, é que toda vez que você baseia a sua vida numa suposta certeza (porque existem várias delas por aí) essa mesma vida vai te mostrar que você estava vivendo uma ilusão.

Se eu tivesse de resumir a minha vida em uma única palavra seria: renascimento
Porque eu morri inúmeras vezes, das metafóricas, às escolhidas e as inconscientemente conduzidas que levaram à ampla degradação do meu corpo físico — ou seja, eu quase morri fisicamente. Mesmo tendo pensamentos suicidas, não me matei. Mas fui me destruindo de forma similar e igualmente destrutiva.

Cada vida é um livro que pode ser escrito.
E eu sei qual é o livro da minha vida.
Por ser canceriana, eu tenho uma alta capacidade de revisitar o passado. No entanto, usei essa habilidade não para ficar presa em um ciclo eterno de lamentações (embora tenha vivido esse processo por alguns bons anos). Hoje em dia, uso minha habilidade para entender tudo que vivi até agora. Cada porção de história. Cada pessoa que conheci. Todos os erros que cometi e os erros que cometeram comigo.

O maior pedaço da minha mãe que vive em mim não é a sua herança genética. Mas o otimismo e a esperança na vida. E uma indestrutível fé no ser humano. Eu nunca entendi isso enquanto ela estava viva. Mas, hoje, sem ela, eu vejo o poder de seu exemplo, principalmente em mim. No cotidiano, me vejo fazendo as coisas que ela fazia. De alguma forma, eu já tinha reparado nisso, mas foi apenas recentemente que me dei conta de que tenho agido como minha mãe nesse aspecto.
Recentemente, vi um recorte de vídeo do canal de Halu Gamashi no YouTube que fala a respeito dos almas socorristas. Naquele momento, entendi que minha mãe era uma delas. E que eu também sou — ainda aprendendo muito, mas sou.

Em 2009, eu tive acesso a uma espiritualidade inédita na minha vida. Conheci a Escola da Síntese que trabalha com os mestres ascensionados da Fraternidade Branca. Todos esses termos eram novos. 
Mas, eu sou uma pessoa muito curiosa. O aspecto geminiano/sagitariano de meu mapa sempre me leva ao aprendizado de tudo que é novo. Me leva à perguntar. O posicionamento do planeta em Urano me leva a questionar — e essa foi outra habilidade que aprendi a desenvolver com o tempo. Ter estudado Letras na USP abriu o lado racional/científico de abordagem e aprofundamento de qualquer tema. Além de sempre prezar pelo primor da escrita acessível a todos (obrigada Aristóteles, finado prof. Joaquim Alves de Aguiar e Antonio Candido). Então comecei a me dedicar.
Porém, na época (estamos falando de 2009), o curso tinha um custo razoavelmente alto, acesso difícil para quem não tinha carro. Mesmo assim, consegui participar de vários módulos. E tive acesso a um conhecimento que fez todo o sentido para mim, na época.

Meditava muito.
E acessei muito conhecimento interior nessas meditações. 
Tive muitos sonhos.
E nesses sonhos até vi o planeta Terra de uma colônia espiritual.
Tive uma recordação de uma vida anterior também.
Porém, aconteceu aquilo que todos estão sujeitos a viver: o perigo do ego. E o não uso do discernimento para corrigir o que precisava ser reequilibrado em minha vida naquele momento.
E eu caí.
E a pior coisa que me aconteceu foi que eu me julguei, me culpei, me condenei e perdi a fé na minha espiritualidade.
Isso tudo foi em 2011.
O conhecimento ainda não aprofundado de muitas coisas, principalmente de chakras e campo eletromagnético, me levou a uma espiral cada vez pior de acontecimentos sucessivos em minha vida. Foi nesse mesmo período que Plutão iniciou seu movimento de trânsito na minha casa 11 (e ele está nessa casa até hoje, em processo de finalização para finalmente ir para a casa 12 — isso é assunto para um post específico!).
Coisas muito boas aconteceram. Porém, não ter cuidado das experiências ruins e deixando elas acumularem fez com que eu estivesse traçando um destino que apenas seria conhecido e completamente compreendido em 2020, quase dez anos depois.

Depois de 2011, eu nunca mais meditei. Nunca mais consegui fechar os olhos para me conectar com meu eu superior. A condenação pessoal a quem infligi foi a mais pesada possível. Até hoje ainda estou reequilibrando, limpando e reajustando toda essa energia que me impus.

Eu só voltei a fechar os olhos novamente, com o coração, quando conheci a Halu Gamashi, em maio de 2023.

Entre 2020 e abril de 2023, que foi o período em que comecei a tomar resoluções e ações para reajustar a minha vida, ainda não conhecia a Halu. Conheci outras personagens, que com seus cursos e ensinamentos, até me ajudaram e muito, me inspiraram a retomar a jornada espiritual que eu havia abandonado completamente. Foi um passo necessário de ir aos poucos relembrando lições que eu já conhecia mas que tinha parado de acessar. 

Uma das coisas que me disseram na Escola da Síntese em 2011 (talvez não devessem ter dito) é que eu era uma pessoa diferente. E, por diferente, o que eu entendi era que eu era uma pessoa com alguma "capacidade maior de me conectar espiritualmente". Talvez fosse algo que aprendi em vidas anteriores. Nunca me responderam. O fato é que eu sempre consegui fazer a conexão com minha alma, com meu eu superior muito mais fluidamente.
Astrologicamente, talvez haja uma explicação: eu não possuo o elemento Terra no meu mapa. Sou canceriana com ascendente em peixes (Água), tenho Netuno na minha casa 10 e todo o meu mapa se divide entre Fogo e Ar, além de um poderoso Urano e Plutão na casa 8. Podemos dizer que eu esteja equipada com essa facilidade.
Porém, eu não soube fazer esse discernimento na época. O conhecimento e o autoconhecimento são cruciais!

Quando retomei o reencontro  e o contato com meu eu superior, mesmo sem meditação, eu percebi que estava mais focada em tomar boas decisões, fazer escolhas melhores. Desse modo, passei a turbulenta pandemia, as mortes dos meus pais em 2021, e um dos acontecimentos mais difíceis da minha vida em 2022 (que supera a intensidade da morte dos meus pais e qualquer outra coisa que tenha vivido até então) de uma maneira tal que nem eu mesma acreditei que conseguiria passar. Naquele momento, eu comecei a me dar conta de que estava no caminho certo e que deveria seguir por aí. Isso me fortaleceu muito.

E nós sabemos o que acontece quando nosso campo eletromagnético está mais bem cuidado, né?

Minha amiga Nilce, depois uma videochamada de mais de mais cinco horas, me indicou um Planeta em Oração da Halu Gamashi. Como já disse aqui, sou curiosa. Vi a cara dela, que me lembrava uma hippie e gostei (desculpa, Halu, sabe como são as primeiras impressões! rs). Escolhi um momento à noite e orei de forma despretensiosa, sem copo de água, sem nada.
A experiência que tive, ainda que em magnitude muito pequena, me acendeu um farol gigante diante dos meus olhos! O que eu senti nunca passaria despercebido por mim!

E foi examente isso: o que eu senti.

Fiquei com aquilo e fui dormir. Não sei se foi no dia seguinte, resolvi assistir a outro vídeo, nem lembro mais qual foi. Porque ainda estava com dúvidas. Queria fazer outro teste para saber se era coisa da minha cabeça. E, sentada na cama, com a mesma atitude despretensiosa, comecei a chorar. Não sei de onde vinham aquelas lágrimas. Era uma emoção similar a de um reencontro. Acompanhar a Halu tocou algo dentro de mim e minha única reação foi chorar.

E eu sabia exatamente quando eu tinha vivido algo exatamente igual, com essa mesma intensidade: em algumas das meditações com os mestres ascensionados na Escola da Síntese.

Quando eu fiz essa conexão, eu comecei a me dedicar a ver os vídeos de Halu. Porque nenhuma outra pessoa/experiência me trouxe o sentimento de reencontro com uma energia poderosa que me trazia paz e uma sensação de acolhimento. Era tudo que eu precisava: me sentir abraçada e acolhida como há muito não sentia. Pelos amigos espirituais, pelos bons espíritos, pelo meu mentor (que ingenuamente achei que tinha me abandonado) por essa energia amorosa que era preencher.

Eu acompanhava, ainda, alguns outros canais no YouTube e quase cheguei a comprar um curso de projeção astral. Se meu cartão não tivesse sido cancelado, eu teria comprado. Mas isso não aconteceu. Aos poucos, parei de ver esses outros canais. E em seguida, comecei a ver cerca de 2 a 3 horas de vídeos da Halu por dia. Participo todos os dias de Planeta em Oração, pelo menos uma vez ao dia. Em 04 de junho de 2023, eu me tornei membro do canal do YouTube. Obviamente, não acreditei nos outros vídeos que se tornaram disponíveis. Tanto conhecimento para aprender!

Até este momento que escrevo este post, não houve nenhum vídeo da Halu que vi até o momento, NADA, absolutamente NADA (e eu sempre procuro por essas incongruências, eu sou a detetive das incongruências, pessoas deixaram de falar comigo por causa dessa minha habilidade em ver e comunicar as incongruências) que me incomodasse ou me fizesse querer afastar dela. Pelo contrário. Tudo que ela diz, TUDO (eu nunca tinha vivido isso até hoje!) faz sentido para mim. 

Tudo que Halu Gamashi diz a respeito de atitudes, posturas vai de encontro com alguma coisa que eu já acreditava desde pequena (e cuja compreensão foi se desenvolvendo ao longo de minha vida).  A forma como a Halu vê a espiritualidade e as religiões, tudo que ela compartilha de suas experiências pessoais... Halu é a melhor professora a quem eu tenho o privilégio de acessar nesta vida!

Muitos efeitos já têm acontecido em minha vida e acho que vale a pena compartilhar alguns aqui com vocês.

Voltei a sonhar.
Eu sempre sonhei muito, desde adolescente me lembro de meus sonhos. Sempre gostei de sonhar. Até hoje lembro de vários sonhos que tive ao longo da minha vida, muito fortes e significativos. Nas primeiras semanas após esse reencontro com Halu, tive muitos sonhos cheios de riquezas de detalhes, cores e mensagens. Inclusive sonhei com minha finada mãe, que me entregava um presente de aniversário (adiantado, como minha mãe sempre fez rs). Até cheguei a participar de um encontro com membros e Gabriel leu meu sonho que foi interpretado e cuja interpretação, claro, não é muito difícil de fazer.

Parei de falar palavrão
Só fui perceber quando saí para me encontrar com minha irmã. 
Nossa mãe sempre dizia que a gente era muito boca suja (e eu era, admito). Mas nem tinha em dado de que tinha parado de falar até aquele momento. Falar palavrão tinha se tornado desnecessário que eu nem tinha percebido.

Lidar com a irritação alheia
Este ano passei por duas situações em que meu vizinho queria brigar comigo, vindo até meu portão chutar e gritar, me chamando pra briga (não darei mais detalhes). Foi algo muito difícil mas eu soube conduzir a situação para mim mesma, que era o que importava. 
Na rua, não presto atenção e não permito que a irritação destes tempos apocalípticos me atinja. É necessário muita atenção. Orai e vigiai.

Alimentação
Eu tenho um grave problema de suprir problemas emocionais com alimentação (não à toa, desenvolvi diabetes). Esse é um dos grandes desafios da minha vida, sempre foi. E sinto que, naturalmente, com o reequilíbrio do meu campo eletromagnético, estou voltando a me alimentar bem. Estou bebendo água de acordo com as orientações de Halu. E nada disso tem me trazido ansiedade ou sofrimento. O desejo por certos tipos de alimentos simplesmente passou!

Existem outras coisas em processo. Espero poder compartilhar aqui em breve!


***

É um privilégio imenso poder compartilhar uma encarnação com ela. Um privilégio imenso, em meio ao Apocalipse que vivemos, poder ter uma alma como a Halu para nos ajudar e poder nos dar ferramentas para também podermos ajudar outras pessoas — ainda mais para uma das minhas missões encarnatórias nesta vida que é ser socorrista (as outras não sei ainda).

Não conheço a Halu pessoalmente, quem sabe eu tenha também esse privilégio de poder abraçá-la. Só de imaginar esse abraço já me vem lágrimas aos olhos.
Porque a Halu é a pessoa que eu sempre procurei a minha vida toda. E eu levei 45 anos para encontrá-la. Precisei quase me matar, precisei ir até o fundo e um pouco além. Precisei retomar para estar aqui e poder honrar esse reencontro. Porque eu sei que é um reencontro. Da mesma forma que eu reencontrei algumas pessoas muito especiais em minha vida (e muitas delas se afastaram, hoje eu sei porquê).

Nenhuma palavra nunca será o suficiente para traduzir os meus sentimentos de amor e gratidão por você. Mas esteja certa de que focarei no meu crescimento espiritual, no meu discernimento, no respeito às leis divinas e em minhas ações para sempre continuar fazendo parte da família eletromagnética.


***


Obrigada a todos que leram meu relato até aqui.
Eu queria escrevê-lo e compartilhar publicamente porque quem me conhece por este blogue ou pessoalmente, sabe que este espaço aqui tem o registro de mais de dez anos da minha vida, exatamente os anos mais difíceis que tiveram muitas alegrias e muitas tristezas.
Estou recomeçando, mais uma vez. Com muita humildade, muita alegria e muito desejo de cumprir com o que preciso cumprir.
Obrigada.