O finde foi longo, praticamente nem dormi. Mas foi muito aproveitado em cada segundo... Como aconteceram muitas coisas, vou dividir em duas partes. Esta, primeira, trata do show da Isabella Taviani. O show foi na boate The L Club. Várias coisas envolviam o show: minha primeira ida a uma balada lésbica mesmo e meu primeiro show da Isa. Tudo às vésperas -- literalmente -- do meu b-day. Isabella Taviani é incrível, sem maiores comentários. Não conheci e acho que não terei o privilégio tão cedo de conhecer uma artista como ela. De um carisma incomparável, ela cantou e se esgoelou para dar um mínimo de vazão a uma casa noturna sem estrutura nenhuma para abrigar shows. Deveria ter sido um pocket acústico e não caixas acústicas de baixa qualidade. Whatever.
Não vou me lembrar do setlist, mas ela cantou a minha música favorita: O último anjo. Pena que com o som péssimo os vocais -- que são tudo nessa música -- praticamente sumiram com o coro das 1.000 mulheres que deveriam estar lá. Ainda teve uma música inédita: Meu coração não quer viver batendo devagar.
Ela desafinou. Infelizmente... mas diga, quem não desafina diante de um cubículo com 1.000 pessoas fumando. Quer dizer, 999 porque eu não fumei! Uma amiga do Leskut foi ao show e achou que era gelo seco.... pfff. Era puro cigarro. Que horror!
Odiei isso. Eu sou ex-fumante e em breve vou postar sobre cigarro. Deve ser totalmente proibido em situações como essa! Mas, isso é um detalhe.
1h40 de show, quase duas da manhã e eu ansiosa para o camarim. Tinha levado encarte de CD, caneta, máquina fotográfica com bateria... cabou o show, esperei a muvuca dispersar. Fui lá perto dos negões de 2m de altura e esperei. Nada. Ninguém tinha se manifestado, apenas eu. Cheguei num e perguntei: "A cantora vai atender alguém?" Ele diz: "Não sei, acho que não." Fiz cara de gatinho do Shrek e disse: "É meu aniversário, eu queria tirar uma foto com ela." Ele foi muito gentil, chamou o outro ´negão chefe´e cochichou algo. Fui lá falar para ele: "Hoje é meu aniversário, queria poder falar com a cantora." Ele disse, muito educado: "Olha, vou lá tentar, mas se vc conseguir, vai ser a primeira!".
Ao ouvir isso, fiquei brochada, sentença praticamente pronta. Mas, esperança é sempre esperança. Esperei e ele voltou dizendo que não. Fiz mais carinha de gato do Shrek e ele disse que sentia muito, mas ela não ia receber ninguém.
De carinha de gatinho a cara de bunda foi um segundo. Fiquei triste. E fui embora correndo daquele lugar para começar minha desintoxicação de 3 maços de cigarro!
Depois, fui com minha filha Poliana e o Rafa pro Fran's da Benedito Calixto tomar um Franccino muito gelado!
Fiquei com isso na cabeça, pensando em como tive má sorte.
Ontem, resolvi twittar para ela, dizendo que deveria ter ganhado meu presente e que tinha ficado muito triste... disse: @isabellataviani Bella! obrigada pelo show maravilhoso, msm com som ruim. Eu bem tentei hanhar meu abraço, mas n consegui... ainda vou conseguir meu presente de aniversário com atraso! Eu merecia! chuif... beijos!
Meu presentinho chegou. A Bella respondeu: @Crisantemus desculpe, mas era impossivel atender naquela situação. Feliz aniversário.
Valeu! Até o show no Citibank hall e no Canecão!
As fotos a seguir são de autoria de Moema de Andrade, que estava lá e é fotógrafa... ao menos ela estava mais perto do que eu...
O cotidiano sob o meu olhar. De tudo um pouco, das coisas que gosto e de tudo que quero eternamente descobrir.
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Warming up - Isabella Taviani
Sexta-feira vou ao meu primeiro show da Bella. A ficha não caiu ainda. Não sei como me sentirei ao vê-la ao vivo, escutando sua bela voz...
Enquanto essa ficha não cai, vou jogando as outras na minha jukebox que hoje e amanhã vai somente tocar Isabella Taviani. Aqui, elenco as 10 que espero que estejam nesse pocketshow. De quebra, são as minhas favoritas...
01 - Luxúria
02 - O farol
03 - Castelo de farsa
04 - O último anjo
05 - Diga sim
06 - Ivete
07 - Canção para um grande amor
08 - Digitais
09 - Iguais
10 - Quero mais é te perder
Enquanto essa ficha não cai, vou jogando as outras na minha jukebox que hoje e amanhã vai somente tocar Isabella Taviani. Aqui, elenco as 10 que espero que estejam nesse pocketshow. De quebra, são as minhas favoritas...
01 - Luxúria
02 - O farol
03 - Castelo de farsa
04 - O último anjo
05 - Diga sim
06 - Ivete
07 - Canção para um grande amor
08 - Digitais
09 - Iguais
10 - Quero mais é te perder
Estreia aguardada
Nada de Harry Potter, sobre o qual nada tenho contra, muito pelo contrário. Mas pegar sessão às 03h00 para ver filme... nem se tivesse sido Matrix - Reloaded e Revolutions, para os quais faltei ao trabalho e comprei dois ingressos sequenciais na primeira sessão da pré-estreia.
O filme que vale é Anticristo, de Lars von Trier, com estreia prévia para 28 de agosto. Vai valer cada centavo... Veja o trailer. Tomara que rode completo, sem cortes moralistas.
A melhor hora do dia
São 16h11 de uma tarde de inverno nublada e fria na capital de SP. E estou comendo pãozinho de milho com café preto. Maravilha.
O melhor será sempre o mais simples.
O melhor será sempre o mais simples.
Obviamente obscuro
Todo mundo já sabe que é do convívio com outros seres humanos que tiramos as lições mais valiosas para a nossa própria vida.
Não vou entrar no mérito de elencar antropologicamente motivos n para explicar as coisas que vivi, as teorias que aprendi e compartilhei ou as mancadas que já dei. O fato é que vira e mexe, eu tenho alguns cenários assoladores e soberbos diante de mim.
Tem algo que eu tenho muita dificuldade de entender: a teimosia humana. Claro, foi pela nossa teimosia que sobrevivemos a tudo que sobrevivemos e estamos onde hoje estamos. Do homem neandertal ao caos pós-guerra do Iraque. Mas, ajustando a lente do microscópio, é nos micronúcleos de nossa convivência mais íntima que descobrimos pérolas dantescamente magníficas.
A partir desses micronúcleos, podemos estender a interpretação para onde o raio conseguir atingir sua amplitude. Isso deve ser o inconsciente coletivo de que falava Jung (em interpretação minha, claro).
Se tudo é uma questão de escolha, por que nossa teimosia -- e não a nossa liberdade -- faz com quem sempre façamos as piores escolhas?
Se já sabemos previamente pela experiência alheia que determinada escolha é furada, por que ainda assim continuamos escolhendo as piores escolhas?
Se depois de tudo que escrevi acima, por que o desolador cenário de fracassos invariavelmente se prostra na minha frente?
Estou numa fase egoísta. E, egoisticamente, falarei que eu preciso aprender com esse horizonte de visão que se alarga diante de meus olhos de quase 32 anos de vida.
De tempos em tempos eu cruzo -- às vezes com as mesmas pessoas, o que é mais desolador ainda --, com perfis que me fazem refletir muito sobre questões como compaixão e auto-indulgência. Até quando ajudar alguém será um ato compassivo e até quando vc não estará se flagelando pensando estar ajudando alguém?
Posso resumir tudo isso numa única frase: as pessoas não têm mais moral. Não têm mais caráter. Na nossa sociedade consumista, tudo é instantâneo e tudo é descartável. As pessoas tornaram-se objetos desprezíveis, porque sempre tem alguém para tampar o buraco. E não ter mais moral não significa cair na concepção básica de certo e errado. Para mim, significa lealdade. As pessoas não são mais leais porque elas não são leais com elas mesmas. Porque esse conceito se perdeu em meio a fanatismo e maniqueísmo.
Nossos relacionamentos são desprezíveis. Nossa vida é desprezível. Nosso trabalho e a nossa rotina são desprezíveis. Em meio à descartabilidade do ser humano, existimos. Quem consegue ser fiel e leal a si mesmo? Como não sucumbir à essa imensa energia que leva a todos como um tsunami disfarçado de "comportamento da moda"?
Por isso tenho orgulho dos meus relacionamentos. Daqueles que construí desde 2004 e essas pessoas sabem quem são na minha vida. Tenho orgulho de poder ter amigos com quem contar e amigos que sabem ser amigos. Toda definição de algo complexo é sempre limitada, então não quero encerrar tamanha complexidade nestas poucas linhas, mas digo: eu sei quem está ao meu lado e porquê. E eu sei quem fica ao meu lado sem saber, ficando por ficar.
O resto é resto. E fica no óbvio escuro daquelas pessoas que um dia vão saber porque estão lá, mesmo sem saberem que estão.
Não vou entrar no mérito de elencar antropologicamente motivos n para explicar as coisas que vivi, as teorias que aprendi e compartilhei ou as mancadas que já dei. O fato é que vira e mexe, eu tenho alguns cenários assoladores e soberbos diante de mim.
Tem algo que eu tenho muita dificuldade de entender: a teimosia humana. Claro, foi pela nossa teimosia que sobrevivemos a tudo que sobrevivemos e estamos onde hoje estamos. Do homem neandertal ao caos pós-guerra do Iraque. Mas, ajustando a lente do microscópio, é nos micronúcleos de nossa convivência mais íntima que descobrimos pérolas dantescamente magníficas.
A partir desses micronúcleos, podemos estender a interpretação para onde o raio conseguir atingir sua amplitude. Isso deve ser o inconsciente coletivo de que falava Jung (em interpretação minha, claro).
Se tudo é uma questão de escolha, por que nossa teimosia -- e não a nossa liberdade -- faz com quem sempre façamos as piores escolhas?
Se já sabemos previamente pela experiência alheia que determinada escolha é furada, por que ainda assim continuamos escolhendo as piores escolhas?
Se depois de tudo que escrevi acima, por que o desolador cenário de fracassos invariavelmente se prostra na minha frente?
Estou numa fase egoísta. E, egoisticamente, falarei que eu preciso aprender com esse horizonte de visão que se alarga diante de meus olhos de quase 32 anos de vida.
De tempos em tempos eu cruzo -- às vezes com as mesmas pessoas, o que é mais desolador ainda --, com perfis que me fazem refletir muito sobre questões como compaixão e auto-indulgência. Até quando ajudar alguém será um ato compassivo e até quando vc não estará se flagelando pensando estar ajudando alguém?
Posso resumir tudo isso numa única frase: as pessoas não têm mais moral. Não têm mais caráter. Na nossa sociedade consumista, tudo é instantâneo e tudo é descartável. As pessoas tornaram-se objetos desprezíveis, porque sempre tem alguém para tampar o buraco. E não ter mais moral não significa cair na concepção básica de certo e errado. Para mim, significa lealdade. As pessoas não são mais leais porque elas não são leais com elas mesmas. Porque esse conceito se perdeu em meio a fanatismo e maniqueísmo.
Nossos relacionamentos são desprezíveis. Nossa vida é desprezível. Nosso trabalho e a nossa rotina são desprezíveis. Em meio à descartabilidade do ser humano, existimos. Quem consegue ser fiel e leal a si mesmo? Como não sucumbir à essa imensa energia que leva a todos como um tsunami disfarçado de "comportamento da moda"?
Por isso tenho orgulho dos meus relacionamentos. Daqueles que construí desde 2004 e essas pessoas sabem quem são na minha vida. Tenho orgulho de poder ter amigos com quem contar e amigos que sabem ser amigos. Toda definição de algo complexo é sempre limitada, então não quero encerrar tamanha complexidade nestas poucas linhas, mas digo: eu sei quem está ao meu lado e porquê. E eu sei quem fica ao meu lado sem saber, ficando por ficar.
O resto é resto. E fica no óbvio escuro daquelas pessoas que um dia vão saber porque estão lá, mesmo sem saberem que estão.
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