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Dica de restaurante - Agadir

Estávamos eu e minha filha no coração da Fradique Coutinho, perto dos barzinhos e da vida boêmia da Vida Madalena, mas sem nenhum pique para breja. Queríamos um vegetariano. Nada. Ela se lembrou de uma dica de uma amiga cozinheira/gastrônoma/tradutora dela e fomos ao Agadir.

Que lugar incrível! Totalmente ambientalizado, parecia que tínhamos viajado até o Marrocos. Adoro conhecer restaurantes assim!

A entrada começa com um imenso corredor. Nele, meia-luz e paredes pintadas com detalhes de prédios marroquinos.

No fundo, a decoração é espantosa. Paredes totalmente revestidas com panos trazidos diretamente do Marrocos, pelo dono da casa. Acho que o simpático garçom (que não perguntamos o nome) achou que fôssemos jornalistas de algum lugar... nos tratou com uma cordialidade incomum e teve muita paciência em explicar o canal árabe que passava na tv a cabo, a decoração da casa, os lustres lindos e o menu.

Quem gosta de gastronomia sabe que tem de pedir o diferente. Sempre! Deixa o arroz com feijão para os dias comuns. Pedimos suco de laranja e pepino e água aromatizada com  flor de laranjeira. Chique e delicioso.

Como entrada, pedimos patês com pão marroquino. Veio quatro variedades de patês delicadamente temperados. A base era o zaatar, tempero único nesta face da terra. O coentro e o cominho também chamavam muito a atenção.

Prato principal, um couscous com frango. Parece a coisa mais simples do mundo, mas como não me recordo do nome do prato e não o anotei... sei que o frango era caramelizado com mel e aroma de flor de laranjeira. Como disse minha filha, deve ter ficado marinando nessa água de flor durante muito tempo, porque o frango era incrivelmente bem temperado. E o couscous? nada de fubá. É uma espécie de grão de trigo que acompanha o frango. Leve e delicioso. Um caldo de legumes à parte tempera o couscous. Para saber mais sobre esse grão fantástico, clique aqui.

Queria ter experimentado a sobremesa. Mas eu e minha filha dividimos os pratos e ficamos mais do que satisfeitas. Morrendo de vontade de voltar em brevíssimo lá!

Vejam o site e os contatos.

Saudades...

... do seu arroz branquinho, soltinho, com alho, que chega fumegando um cheiro delicioso na hora do almoço! Junto com o franguinho grelhado e saladinha. Prato clássico, simples e delicioso.

... de chegar às 06h00 e te ver acordando, sem saber direito para onde olhar e o que falar.

... de saber se vc comeu frutas e ingeriu cálcio pela manhã.

... de ficar assistindo Two and a half men, mesmo quando eu até preferia estar vendo outra coisa...

... da poerinha que se acumula. Do seu perfume. Do seu cheiro.

... de olhar teus olhos cor de maria-preta.

Em breve. Em breve.

Pro meu amor.


Você ouve conselhos?

Ontem tava com mais ideias do que hoje, mesmo sendo que ontem era o dia das sem-ideias. Whatever.

Pensei nas pessoas que, em suas vidas, não dão conselhos, por acharem que podem estar entregando o ouro de grátis. Uma besteira isso. Por que? Pelo simples motivo: a gente só faz o que a gente quer. Ninguém gosta de conselhos. Parece absurdo? Não é! Asseguro-lhe!

Ser humano tem um quê de teimoso e anarquista. Faz o que quer. E isso inclui ouvir -- ou não -- conselhos. Por um lado, é bom bater cabeça e ficar tentando descobrir sozinho o que fazer. Por outro, as marias-vai-com-as-outras também sofrem porque vão para todos os lados, indo para nenhum.

Eu dou conselhos. E peço-o apenas a pessoas específicas. E odeio os intrometidos-sabichões que acham que acham que cuidam melhor da vida alheia do que da vida própria.

Quando dou conselhos, faço de coração. Dar um conselho não é apenas sentar na frente de alguém e dizer: "Olha, meu conselho...". Um conselho sábio é dado sem que se perceba que foi um conselho. E deve ser dado, porque sabemos que o ser humano não gosta de prestar obediência à experiência alheia. Deve ser dado, porque sabemos que o subconsciente sabe o que deve ser feito e ele decide aceitar ou não. Nosso racional, nessas horas, é um imbecil montado em cavalos.

Mas, respeitemos o livre-arbítrio. Não demais para destruirmos até a vida alheia, mas o suficiente. E vamos aconselhar... uma conversa muita vezes esclarece as próprias ideias sem que a gente perceba!