Vou compartilhar uma história que acho que ainda não tinha falado por aqui.
Na minha adolescência eu tinha algumas manias que poderiam facilmente me classificar como nerd, depressiva ou – no mínimo –, esquisita. Fato é que diante da realidade que tinha na época, eu tinha poucas opções. Uma delas, que me marcou muito, foram as noites acompanhadas de um walkman, algumas velas, máquina de escrever e o céu.
Costumava ser sempre assim. À noite eu tinha o silêncio e a privacidade que durante o dia não tinha. Era como se à noite eu pudesse ser mais eu mesma e estava livre para fazer tudo. Uma realidade ilusória, mas que me servia muito bem. Era uma época produtiva, porque eu escrevia quase dez poemas por dia!
Assim, durante o início das noites, eu costumava subir até a laje da minha casa e observar o céu. Eu, minhas músicas favoritas da época e o céu aberto. Me deitava no chão e passava horas observando. Época boa também porque eu não era míope e não tinha os quase 3 graus de miopia que, hoje em dia, não me permitem mais ver o céu assim sem um par de óculos (e ainda assim posso não ver certos detalhes mais).
Eu ficava tentando identificar constelações e estrelas. E sempre achava um “corpo em movimento” que começava num ponto do céu e atravessava até chegar o outro ponto. Isso era mais do que comum. Eu ficava imaginando o que seriam esses corpos.
Também costumava ver pequenas fagulhas incandescentes caírem do céu. Isso era mais comum ainda! Costumam dizer que somos constantemente “bombardeados” e eu pude ter essa experiência em uma simples noite de céu limpo.
Então, eis que no começo da noite de sexta, enquanto viajava, vi a mesma noite na estrada, as mesmas estrelas, no mesmo céu. Reclinei o banco ao máximo e me pus a apreciar o cenário, da mesma maneira que o fazia há quase vinte anos atrás. Lágrimas começaram a surgir. Muitas lágrimas.
Naquele sublime instante eu me vi naquela velha Crisão que costumava ser e que agora me tornei. Os meus medos e as minhas inseguranças na época. Tudo fez sentido. Uma sensação de bem-estar me invadiu e eu apenas me deixei levar por esse sentimento.
Penso que nunca observamos os detalhes de nossa vida. Parece que só desejamos coisas grandiosas e somente nos satisfazemos com um prédio gigante construído, nos esquecendo de que cada coisa que participamos e cada coisa que fazemos por nós mesmos em nossas vidas é uma vitória, é uma obra divina pessoal.
Penso que nossa vida sempre é tão comparada no que outros fazem e deixam de fazer, ou como fazem ou nunca fazem. Observar as estrelas me fez lembrar quem eu sempre fui e quem nunca deixarei de ser, não importa quantas pessoas tenham me dito que o caminho estava errado.
O cotidiano sob o meu olhar. De tudo um pouco, das coisas que gosto e de tudo que quero eternamente descobrir.
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Don't be scared
Estes próximos dias vou tirar uma pequena folguinha virtual... o que pode mostrar minha capacidade de viver sem essa droga viciante chamada internet ou mostrar que sim, é possível coexistir com um vício sem sucumbir a ele.
Novidade das queridas Demônias Twitteiras, minha querida Isabella Taviani cantando Don't be scared, música de Yoko Ono, num projeto de Marcelo Fróes. Sim! Ela canta reggae e em inglês. Adorei a versão. Clica aí embaixo pra ouvir! Ah sim, a música ainda é inédita pro público... quer dizer, pro grande público ainda, porque para os fãs, não é mais! rs
01 de julho - O DIA!
Hoje é um novo marco na minha vida. Marcos como tantos outros que guardo em segredo... e que sempre relembro quando preciso trazer à mente quem eu sou, quem eu fui e quem eu serei.
Gosto de guardar datas, gosto de olhar para trás e ver as coisas que construí, os defeitos que perdi -- outros que minimizei, as amizades feitas, as mantidas e as que surpreendem de tempos em tempos.
Estou muito feliz! Uma felicidade como este céu azul que invade São Paulo. Estufo o peito e suspiro... a estrada está agora, diante de mim, aberta, como sempre deve estar e como estará. Ao meu lado, tenho todos os meus amigos -- presentes ou ausentes -- que farão companhia em cada passo.
E continuarei seguindo minha intuição e meu coração. Vambora!
Dica da minha querida amiga Cris Barufi, mestre Oswaldo sintetizou bem os meus sentimentos agora.
Texto novo no PL
Prometo não ser mais tão displicente e postar com mais frequência lá no PL. Olha meu post novo lá!
Ideia?
Precisa-se de sugestões para eu comemorar minhas 33 primaveras. Isso não se pede num blog, mas a falta de ideia hoje é tamanha que arrisco. Pode ser qualquer coisa. Aceitar ou não já é comigo... hehe.
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