Olá queridos leitores deste (NÃO) esquecido blogue! :)
Um longo tempo de ausência se fez. Não tive motivos específicos. Apenas um desejo de ficar em silêncio. De medir as poucas palavras que proferia. De escolher quem ouvir. Essas coisas básicas minimamente necessárias ao ser humano.
Já venho a algum tempo refletindo sobre a questão do julgamento. Sobre como somos ignorantes ao apontar o dedo, ao apontar os defeitos. Aqui, diante deste blogue, diante de cada um dos meus leitores, eu venho admitir: eu sempre fui uma IMENSA julgadora. Daquela que sempre acreditou ter o poder da balança vendada em minhas mãos.
Quantos erros cometi... perdi as contas. Errei muito.E fiz coisas muito feias ao julgar, ao me colocar em posição de suposta superioridade. Ao selar tantas palavras, tantos sentimentos. Tenho plena ciência de tudo o que cometi no passado.
Ao mesmo tempo sei que tenho alguns resgates a cumprir e alguns julgamentos para passar. Aceito-os de coração aberto. Peço perdão a quem magoei. E caminho de braços abertos, sem temer e aceito a colheita daquilo que plantei um dia.
O que somos? Somos seres humanos... vivendo, aprendendo, errando, aprendendo, errando de novo. Eu já errei muito e me policio diariamente para não cometer os mesmos erros.
Mas há uma verdade, infelizmente, muito real para os dias de hoje. Fica aqui como frase de reflexão para vocês: você pode ter mil maneiras de falar A. Se a pessoa não quiser (ou conseguir) entender, ela vai interpretar o alfabeto inteiro, mas sem nunca entender o A que você disse o tempo todo. O que fazer diante disso? Recuar humildemente, calar-se e esperar o tempo. Pois esta decisão não cabe mais a você.
O cotidiano sob o meu olhar. De tudo um pouco, das coisas que gosto e de tudo que quero eternamente descobrir.
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Glenn Close, Albert Nobbs e o Oscar
Deveria ter escrito este post antes, mas meio que acabei esperando sair o resultado do Oscar. Confesso que nunca me importei muito com essa premiação, mas de tempos em tempos, eu sempre tenho uma atriz para torcer (em geral, são atrizes). Desta vez, era a Glenn Close que estava ali.
O filme é Albert Nobbs. Um filme cuja existência fiquei sabendo na segunda-feira de carnaval, depois de assistir a Dama de Ferro. Eu vi o cartaz e enlouqueci com a transformação física que a Glenn Close fez para interpretar Albert Nobbs.
A princípio, você teme que seja mais um "filme de mulher travestida de homem". Mas não é. Engana-se você se pensa que vai encontrar isso. Claro, deve ser dito que o filme não quer transformar pensamentos nem propor uma ideia revolucionária sobre o cenário do qual retrata no filme: a Inglaterra do século 19.
O filme faz um retrato simples da sociedade aristocrática. E quem nos chama a atenção é justamente o garçom Albert -- uma mulher disfarçada de homem há tanto tempo -- que nem se lembra mais do próprio nome. Inácio Araújo escreveu uma resenha perfeita para a Folha de S.Paulo na sexta. E fala da queda das máscaras. E escreve daquilo que também chamou a minha atenção: a interpretação de Glenn Close.
Glenn não ganhou o Oscar. É um prêmio bem-vindo mas para alguém que faz uma interpretação minimalista (a melhor palavra que achei) sem afetação, sem exagero, quase sem falar, baseado apenas no olhar não precisa de mais nada.
Confesso: é um filme cuja atuação de Glenn Close mexeu muito comigo, não sei porquê. Apenas uma pisciana tem um olhar como aquele para incorporar a um personagem que ela mesma já tinha interpretado 15 anos atrás e cujo projeto ela batalhou para levar ao cinema nesse tempo todo. Não sei o que tem naquele olhar mas é olhar que apenas uma atriz experiente, sensível e pisciana teria. Eu lembro desse olhar e me vem lágrimas...
Não é um filme imperdível, é uma atuação de Glenn Close imperdível. Para quem espera clichês ou algum resquício da femme fatale da década de 80, esquece. Esquece, esquece. Vale ver, mas para tentar captar e ingenuamente tentar entender o que o olhar de Albert Nobbs tem a nos dizer, sobre sonhos escondidos e quase esquecidos. Sobre o propósito de uma vida inteiro.
O filme faz um retrato simples da sociedade aristocrática. E quem nos chama a atenção é justamente o garçom Albert -- uma mulher disfarçada de homem há tanto tempo -- que nem se lembra mais do próprio nome. Inácio Araújo escreveu uma resenha perfeita para a Folha de S.Paulo na sexta. E fala da queda das máscaras. E escreve daquilo que também chamou a minha atenção: a interpretação de Glenn Close.
Glenn não ganhou o Oscar. É um prêmio bem-vindo mas para alguém que faz uma interpretação minimalista (a melhor palavra que achei) sem afetação, sem exagero, quase sem falar, baseado apenas no olhar não precisa de mais nada.
Confesso: é um filme cuja atuação de Glenn Close mexeu muito comigo, não sei porquê. Apenas uma pisciana tem um olhar como aquele para incorporar a um personagem que ela mesma já tinha interpretado 15 anos atrás e cujo projeto ela batalhou para levar ao cinema nesse tempo todo. Não sei o que tem naquele olhar mas é olhar que apenas uma atriz experiente, sensível e pisciana teria. Eu lembro desse olhar e me vem lágrimas...
Não é um filme imperdível, é uma atuação de Glenn Close imperdível. Para quem espera clichês ou algum resquício da femme fatale da década de 80, esquece. Esquece, esquece. Vale ver, mas para tentar captar e ingenuamente tentar entender o que o olhar de Albert Nobbs tem a nos dizer, sobre sonhos escondidos e quase esquecidos. Sobre o propósito de uma vida inteiro.
Meditação em 1 minuto
Num mundo tão corrido como o nosso (que clichê...) se você teve curiosidade alguma vez na sua vida para meditar, que tal tentar agora? Esta técnica (a dica do link é da queridona Lilian Aquino!) é supersimples e necessária para não nos bestializarmos nem sermos apenas seres que reagem. Precisamos ser pessoas que SENTEM.
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