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Every word was a piece of my heart

Os meus assíduos frequentadores deste blog devem ter reparado que há alguns dias, eu simplesmente postei tiras de quadrinhos, notícias de jornal, músicas. Isso teve um motivo muito claro e simples: falta de tempo para criar um texto decente que entrasse de maneira decente. Dessa forma, as notícias são muito válidas e saudáveis. Uma interessante maneira de encher linguiça.

O fato é que muitas coisas têm passado pela minha cabeça... muitas reflexões. Passei estes dias pensando na panorâmica da minha vida.

Hoje tive acesso a um álbum "não-oficial" de um show realizado por Jon Bon Jovi. E que prazer imenso eu tive ao ouvir Every word was a piece of my heart. Desde a primeira que a ouvi, nos idos de 1997 lá no Japão, eu amei esta música. A minha cara. Aqui está o vídeo no YouTube. E aqui está a letra.

I've been staring at the page
For what seems like days
I guess I put this one off for a while
Did I see a tear fall from your eyes
Or did you laugh so hard that you cried
When I served my secrets on a silver tray to you
Hey now, I guess the night's just bringing me down
There's no love, there's no hate
I left them there for you to take
But, know that every word was a piece of my heart
You've been the blood in my veins
The only one who knows my middle name
And the smiles they came easy 'cause of you
You know that I love you, but I hate you
'Cause I know I can never escape you
Let the choir sing for tonight I'm an easy mark
Hey now, am I acting just a little too proud

Em breve escreverei sobre as impressões que, agora, ainda estão dentro da minha insana cabeça...

David Lynch em ação

Matéria da Folha de S.Paulo.
Estava com saudade do David Lynch. Com certeza absoluta, ele me inspirou e ainda me inspira muito. Lembro de ele ter dito sobre o formato digital como o futuro do cinema. Inland empire foi um exemplo disso. Agora, temos estes pequenos curtas.
Leiam a matéria mais abaixo, por Fernanda Ezabella.

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De perto, ninguém é normal. Ou, numa variação cinematográfica do ditado popular: de perto, todo mundo tem um quê de personagem de filme de David Lynch. Para quem duvida, é só acompanhar os 121 curtas-metragens comissionados pelo diretor norte-americano de "Cidade dos Sonhos" e "A Estrada Perdida", que serão postados na internet, um a cada três dias, durante um ano, até junho de 2010.

O primeiro será liberado na próxima segunda-feira, inaugurando o Interview Project. Segundo o próprio Lynch, os curtas são documentários de três a cinco minutos, "retratando americanos comuns e, às vezes, bem incomuns, de todo o país".

A série de curtas foi realizada por um time de diretores, liderado pelo filho do cineasta, Austin, e por um misterioso Jason S. A equipe cruzou mais de 30 mil km da América profunda, durante 70 dias, para coletar dezenas de histórias.

"É um projeto pé na estrada, onde as pessoas foram sendo encontradas e entrevistadas", diz Lynch no vídeo de apresentação do site. "O time achou essas pessoas dirigindo pelas rodovias, indo a bares, em lugares diferentes. É tão fascinante ver e ouvir essas histórias. É uma chance de conhecer essas pessoas, é algo humano, que você não pode deixar passar."

"Como eu me descrevo?", pergunta uma mulher que teve sua história registrada e aparece no vídeo de apresentação. "Quais eram meus sonhos de criança?", diz outro entrevistado. "Meus planos para o futuro?", continua um terceiro.

Um aperitivo da série

Apesar de só começar na semana que vem, três vídeos já foram liberados, todos com introdução de David Lynch. Dois estão aqui. O terceiro pode ser visto aqui.

Em Bozeman (Montana), a equipe achou Jenny Brown, 17, cujo sonho era ser bailarina. Com sua voz infantil e corpo largo, ela conta que o pai a tratava mal quando criança e que a mãe tentava protegê-la. Imagens dela no sofá de casa são intercaladas com cenas de peixes num aquário e um cachorro branco de três pernas.

Anthony é o protagonista do segundo curta. Lynch diz que ele foi encontrado andando de bicicleta em Dumas (Arkansas). Sem os dentes da frente, ele faz seu monólogo sentado numa cadeira no quintal malcuidado de sua casa, porém enfeitado com um anão de jardim.

O terceiro vídeo, que Lynch divulgou no seu twitter, conta a vida do aposentado Sean Freebourn, 62, em Missoula (Montana), cidade natal do diretor.

"Tive câncer e precisei me aposentar", explica Freebourn. "Não fui a nenhum médico. Era uma noite de Ano Novo e eu desabei, fui parar no hospital, fiquei um mês por lá."

Uma câmera estática colhe o depoimento do homem de barba branca, sotaque pesado, ao lado de uma cerca capenga. Poderia muito bem ser um personagem de "A História Real", filme de Lynch que, como outros, se passa numa cidadezinha.

Plano anti-homofobia

Matéria da sempre inteligente Vange Leonel. Abaixo, segue texto na íntegra.

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Plano anti-homofobia

por Vange Leonel

Em 17 de maio de 1993, a OMS (Organização Mundial de Saúde) deixou de classificar a homossexualidade como doença. A atitude foi crucial para sinalizar ao mundo que, pela ótica médica e científica, ser gay ou lésbica é coisa normal. Aliás, é por isso que hoje a data é considerada Dia Internacional Contra a Homofobia.

Uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, divulgada no início deste ano, revelou que no Brasil o índice de homofobia é altíssimo: uma média de 27% da população não homossexual admitiu, conscientemente, ter preconceito contra homossexuais.

Para além do preconceito assumido, procurou-se aferir o preconceito indireto por meio de perguntas que detectassem nuances de discriminação mesmo em pessoas que não se achavam homofóbicas. O resultado foi chocante: 99% manifestaram algum tipo de preconceito velado, subconsciente.

O fato é que as objeções a homossexuais são reforçadas por instituições que transpiram autoridade, como as religiosas, entre outras. Daí existir um certo aval generalizado para que pessoas discriminem homossexuais sem se sentirem culpadas.

É fundamental que instituições de porte, a exemplo da OMS, promovam ações contra a homofobia. Foi o que fez na semana passada o governo federal ao lançar um plano anti-homofobia com 50 diretrizes para orientar a realização de políticas públicas. Está disponível neste link.

Something to believe in

Dia frio de outono, pré-inverno.

Estou meio esta música do Bon Jovi:
Tonight I'll dust myself off
Tonight I'll suck my gut in
I'll face the night and I'll pretend
I got something to believe in
O vídeo está com péssima qualidade, mas a música e a guitarra do Richie estão mais do que perfeitas. E a letra sempre foi perfeita. De 1995.