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Sobre religião

O bispo disse ainda "odiar" religião. "É a coisa mais podre que existe na face da Terra. O maior inimigo de Deus é a religião. As religiões que dividem as pessoas, brigarem entre si, lutarem. As maiores guerras foram feitas em nome da religião".


A frase é do Edir Macedo. Cabei de ler na Folha Online.

Toda vez que leio ou escuto uma discussão sobre isso, me lembro daquela boa frase do Marx "A religião é o ópio do povo." E olha que interessante: o Edir -- assim como eu -- também não gosta de religião!

Eu fiquei tão... sem acreditar nessa frase que fiquei imaginando o porquê de ele fazer uma afirmação como essa. Imagine, o cara que fatura milhões in the name of faith, Jesus Christ or whatever, diz que não gosta de religião. Só faltava ele dizer que a Universal é uma filosofia de vida!

Outras milhões de questões vêm à minha cabeça e eu não quero discutir religião, crenças das pessoas ou qualquer outra coisa, porque não é esse o centro da questão. Eu acho apenas impressionante -- e por consequência, interessante -- como as pessoas precisam de apoio. Claro, todos nós, em algum momento de nossa vida, precisamos de apoio. Mas, por que para algumas pessoas o apoio não vem da compreensão das coisas e não simplesmente a justificativa simplória de fatos?

Não gosto da imagem do Deus punitivo. Mas, para nós, seres humanos do século XXI, essa é a única imagem que serve de consolo. Um Deus punitivo, que tem em Jesus Cristo o colo eterno da redenção. Não sei, sabe...

Não sou de nenhuma religião, não sou ateia. Não prego que certas "religiões" são "filosofias de vida". É duro dizer, mas quando encaramos a realidade como ela de fato é, nos sentimos ínfimos. Diante do menosprezo que sentimos, parece que apenas Deus nos apóia.

Eu prefiro dizer que gosto de saber que existem formas diferentes da manipulação e opressão se manifestarem. E eu que eu prefiro apenas esta: eu e meu espelho. Eu e minha alma. Total egocêntrico, mas muito mais ético. E, claro, o exemplo silencioso e gratuito da Natureza.

Sobre a vida

Hoje amanheceu um sábado lindo aqui na capital paulistana... um céu azul, sol quente na medida certa. Ontem à noite, quando aportei em minha casa já virando as badaladas, estava um início de madrugada frio, gelaado. Eu com uma única blusa e ouvindo Careless whisper em meu mp3.

(BTW, essa música foi toque midi no meu celular durante muitos anos. Lembro que numa época em que baixar músicas em formato mp3 para toque de celular era algo impensado e só para "ricos", a grande maioria se contentava com os midis, o meu era CW e de uma pessoa próxima, era um terrível tema da Pantera cor de rosa.)

Enfim, fiquei pensando em um monte de coisas. A minha crise, ironicamente, se mistura à crise de todas as mulheres com quem convivo, próxima ou não. E é engraçado que no fim das contas, tudo apenas muda de figura, porque em sua essência continua sendo a mesma coisa.

E é nítido que por mais que o grande problema da mulher seja o estrógeno, é esse mesmo estrógeno que faz com que sejamos Mulheres e fortes como somos, para saber lidar com sensibilidade (ou mesmo o excesso dela) as adversidades do dia a dia.

Talvez por estar com 32 anos e por conviver com outras mulheres na mesma faixa etária que eu, por vezes tenho um cenário bizarramente desenhado na minha frente. Eu diria que é um mosaico colorido, caleidoscópico, em que tudo é complexamente claro. Difícil definir? Claríssimo de entender para mim.

Enfim... tenho adorado cada vez mais ser quem eu sou, admitir quem sou e ter orgulho de mostrar quem sou. 99% dos problemas são decorrentes de uma pessoa viver sem pensar e agir dessa forma. E tenho adorado conhecer as pessoas, encontrar pessoas, conversar com pessoas... é pelo espelho que descobrimos quem somos e quem podemos ser. Não é refrão de Engenheiros do Hawaii, mas pura verdade.

Crisantemus e a astrologia

Há um ritmo de vida novo para mim... faz tempo que estou para postar sobre astrologia, mas me falta organização para juntar tempo e pensamentos. O que rima aqui, não rima na vida real... chuif.

Mas, vou dar uma pincelada sobre Revolução Solar. Quem entende um pouco do assunto, sabe que se trata de um "novo nascimento", que temos o privilégio de ter, todo o ano. Por isso, ao contrário de todos que comemoram as datas comerciais (e nada contra isso!), a data mais importante do ano para mim é o meu aniversário, porque sem ela, nada exisitiria a seguir.

A cada ano, na Revolução Solar, ganhamos um perfil novo. Esse perfil poderá ser analisado isoladamente e em combinação com o nosso Mapa Natal. Vou me dar como exemplo (e que coisa ruim...).

Sol - câncer Sol - câncer
Asc - peixes
Asc - sagitário
Lua - leão
Lua - gêmeos
Mercúrio - leão
Mercúrio - leão
Marte - gêmeos
Marte - gêmeos
Vênus - gêmeos
Vênus - gêmeos
Júpiter - gêmeos
Júpiter - aquário
Saturno - leão
Saturno - virgem
Urano - escorpião
Urano - peixes
Netuno - sagitário
Netuno - aquário

Bom, não precisa ser astrólogo para ver numérica e quantitativamente:
Gêmeos: 6 planetas
Leão: 4 planetas
Sagitário e Aquário: 2 planetas

Isso explica um pouco do meu eu agora: agitado, empolgado, sem sono, otimista, pensando em mil coisas ao mesmo tempo. Mas, principalmente, meu charme e meu carisma... afinal, meu leãozinho não iria me decepcionar.

É um ano de mudanças, indica uma análise de uma revolução solar que comprei. Com Plutão no ascendente e Sagitário dominando meu mapa... I'll do it. If that's what it takes, that's what I'll do!

***
ps: à escorpiana fofa (é possível isso?! haha) que me citou em seu blogue... não me esqueci de seu mapa! não, não!!!

Minha trilha sonora de hoje

O dia está com um céu azul lindo de doer!

Veja a minha trilha aqui.

Com destaque para Ain't no cure for love e Another reason to believe. Deveriam ter entrado em um álbum!

Sobre cigarros e sobre fumantes

Faz um tempão que ando pensando sobre cigarros e sobre fumantes, muito antes mesmo desse lance da lei antifumo entrar em vigor.

Primeiro porque sou ex-fumante. E fumei por mais de dez anos. E comecei a fumar nos longínquos de 1996, quando morava no Japão. Então, me deixem contar uma história.

Tava eu, um dia, puta da vida com rotina de trabalho maçante, quando passei mal (única vez) e voltei pra casa mais cedo. Me senti melhor, mas sabia que a minha doença era psicológica-psicossomática e queria voltar pro Brasil o mais rápido possível. Fui dar uma volta na rua e lá, ao contrário de qualquer ideia que a gente possa ter do Brasil, é um país civilizado. É um país de primeiro mundo.

Parei numa máquina (tipo essas de refrigerante que apenas hoje vemos por aqui e não é em qualquer lugar) de cigarros. Escolhi o mais fraco, um Cabin de 2mg. E fumei meu primeiro cigarro.

Passei um ano depois mantendo meu hábito de fumar 1 a 2 cigarros por dia, dependendo do nível de estresse. Hábito esse que se manteve ao longo de todos os anos seguintes. Parei e voltei várias vezes.

Quando voltei, trinha trazido uns maços comigo, que infelizmente acabaram. Tentei encontrar um substituto, mas quem disse que encontrei? Quem teve o privilégio de fumar um cigarro importado, vai perfeitamente entender que os cigarros do Brasil me parecem uma mistura de naftalina moída, estrume e capim do mato. (Aliás, qualquer coisa no Brasil é de baixíssima qualidade, infelizmente, incluindo frutas e legumes que ficam pra nosso consumo interno)

Na época, meus substitutos foram o Carlton Cinza. Depois experimentei Luck Strike Normal e Light, Marlboro Normal e Light, Free Normal e Light, Charm (um dos melhores, mas também um dos mais caros). Até Minister, eu fumei. Mas nenhum desses chegou perto do sabor do cigarro japonês.

Um dia, ganhei de presente de um amigo, alguns cigarros mexicanos, com um engraçado design cujo filtro era xadrez. Foi a primeira vez que senti o sabor de um bom cigarro!!! Comecei a caçar cigarros importados pra comprar e nada. Os caras diziam que era proibido vender cigarro importado. Pfff. Devia ser algum cartel.

Foi quando experimentei Kent. Os três tipos que tinha na época. Com filtro de carvão ativado, foi o melhor cigarro que fumei aqui no Brasil. Era tão bom, que ninguém comprava e eles pararam de fabricar em 2007 se não me engano.

Parti para as cigarrilhas e descobri várias interessantes. As clássicas Café Créme, Dona Flor e a melhor nacional Macbeth. Elas substituíram o cigarro muito bem, apesar de serem megafortes.

Mas aí chegou 2008 e eu fui parando... parando. Nunca fumei mais de dois maços por mês. Mas meu pulmão tava me dando uns chiados e uma falta de ar incrível. Decidi parar de vez e parei em 2008.

Agora, nada contra os fumantes, mas tenho adorado demais a lei antifumo. Porque não somos um país de primeiro mundo, porque nosso povo não é civilizado. A coisa mais incrível que eu via no Japão -- e olha que japonês fuma pra caralho -- era o respeito. Havia os fumódromos, devidamente equipados e todos ficavam lá dentro. Nas ruas, não nunca vi uma única bituca de cigarro no chão. Nunca vi! Ninguém nunca baforou na minha cara.

Por aqui, minha última péssima experiência foi o show da Isabella Taviani em que fumei três maços passivamente. Um horror! Esta lei vem beneficiar agora pessoas como eu, em ambientes como aquele onde estava.

A questão não é a discussão acalorada e sem fundamento do cigarro faz mal à saúde. Quem é viciado, sabe disso e não se importa nem um pouco. A questão é que o fumante precisa entender que quem não gosta, tem o direito absoluto de não aceitar fumaça em determinados locais de uso comum. Isso é o mínimo da democracia. Se ao menos os cigarros fossem bons, mas são apenas estrumes enrolados em papel, com sabor de naftalina e inseticida. Se os fumantes gostam, beleza. Mas muita gente não gosta. E eu devo confessar que ultimamente ando com uma total intolerância contra Dallas, Eight e os Campeão da vida!