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Hum..

De bode, sem muitas ideias, embora o estoque mental seja imenso e infinito. Cara, preciso de férias mentais. Muitas e prolongadas.

Pelo twitter, o Stereophonics anunciou novo single. Chama-se Innocent. Interessante, mas ainda não é o big hit, como It means nothing, por exemplo.

Uma nova manhã

Da janela onde estou, visualizo uma manhã meio vanilla sky, com céu azul e vento quase frio. O ar está fresco e úmido na medida certa. Estes dias são os primeiros com esta sensação, depois da pesada turbulência. Você está ao meu lado e eu apenas penso: agora, não há nenhum outro lugar onde eu queira estar. Como diria Joel Barish "I could die right now. I'm just happy. I've never felt that before. I'm just exactly where I wanna be."

Doce música

Tava pensando em compartilhar um pouco dos meus gostos musicais. Primeiramente, sou eclética. Minha vênus em gêmeos não me permitiria ser uma pessoa com horizontes limitados... vcs verão isso agora.

De criança, tive duas influências básicas: enka (música tradicional japonesa) e sertanejo. Pois é. Eram o que os meus pais ouviam. Assim, conheço a clássica Misora Hibari, uma espécie de Maria Callas da música japonesa. Ela tem uma música belíssima chamada Kawa no nagare no youni (o vídeo selecionado tem uma apresentação linda!). Leiam a letra, vale a pena. Eu sei cantar o refrão dela num karaokê... :P e confesso que já cantei! Tenho até o CD dela, com esta música, em casa! Fora isso, ouvi muita outra coisa que nem lembro mais! Ainda bem. Confesso também que não gosto desse estilo, cheio de miados e gemidos. Embora a Misora tenha um timbre mais grave, meio incomum entre as cantoras japonesas.

Do sertanejo, pensem em João Mineiro e Marciano, Milionário e Zé Rico, Chitão e Xororó. Clássicos na veia, nada do que se popularizou hoje em dia. Sou craque em cantar Estrada da vida, que por sinal, acho um letra brega-incrível! 

Depois passei pela fase adolescente e pós-adolescente ouvindo rock. Nesta época, trago músicas e bandas que ouço até hoje, a principal delas Bon Jovi, meu ídolo maior que não tenho vergonha nenhuma de assumir que gosto e admiro!

Em 2000, por influência de duas mulheres importantes que passaram pela minha vida na época, conheci o mundo da música erudita. E deixaram marcas indeléveis. Conheci Sala São Paulo, Teatro Municipal. Vi óperas e concertos. E perfilei meus gostos. Barroco, um pouco de romantismo. Do mais atual, gosto do Krzysztof Penderecki e suas Sete Portas de Jerusalém. Ainda me recordo da apresentação das Quatro estações, de Vivaldi e de Carmina Burana, do Carl Orff, ambas na Sala São Paulo. Eu, sozinha, numa fileira lateral, chorando ao ouvir o último movimento... uma divindade para os ouvidos.

Bem, descobri que amo trilhas sonoras e tentei começar uma humilde coleção. Minhas favoritas ainda continuam sendo Somewhere in time, Requiem for a dream, The sheltering sky, The hours e 2001 - uma odisseia no espaço.

Na verdade, eu ouço de tudo que cair na minha mão. Durante 1995-1996 eu ouvi muito pagode e samba. Mas, descobri que num rola. MPB de raiz, pura, ainda não consigo, me dá sono. Embora esteja atualmente enveredando cada vez para a MPB que não seja o pop que ouvimos fácil, eu ainda tenho dificuldade com certas pérolas que todos adoram, tipo Chico Buarque. Perdoem, mas não consigo ouvir mais de duas músicas. E olha que já tentei inúmeras vezes! Minha amiga de trabalho, Lilian, me indicou Rômulo Fróes... mas olha, achei tão igual (em termos de sono) que nem disse pra ela que não tinha gostado...

Durante muito tempo, teimei com alguns como Keane, Adriana Calcanhoto, Lenine e Zeca Baleiro por exemplo. Hoje eu os escuto e até já fui em show da Adriana no Rio. A Gabitchs sempre me dá dicas valiosas. Com ela, descobri Placebo, Stereophonics, James, She Wants Revenge e Black Rebel Motorcycle Club, por exemplo.

Ultimamente, ouvi também Neneh Cherry, Uh Huh Her (amo!), Black Eyed Peas, Pitty, Dead Kennedys, Maria Gadú... e descobrindo horizontes novos.

Pra compartilhar, hoje vai uma das músicas mais lindas do Bon Jovi, na minha opinião. A velha e boa dupla Jon-Richie acerta umas às vezes.... Bitter wine.

Amizade masculina

Faz algum tempo que já comento isso com algumas amigas mais íntimas: a amizade masculina é algo que nós, mulheres, deveríamos tomar e seguir como exemplo.

Veja: os homens já sacam na hora se o cara é parceiro ou não. Se for parceiro, cervejinha pós-trabalho, conversas sobre mulheres e futebol uma vez por semana. A amizade está selada! Falar mal do time do outro, trocar ideias sobre bandas em comum, um pouco de seriados de tv a cabo, guitar hero ou qualquer coisa playstation.

Nós mulheres somos o extremo oposto disso!

Primeiro: somos desconfiadas. Ah... o cabelo dela é chapinha. Ah... ela usa calça com número menor. Ah... ela não sabe se vestir e exagera na maquiagem. Ah...

Isso porque falo das mulheres hetero, generalizando um pouco até para o universo lés.

No geral, sinto que esse tipo de coisa não é tão forte entre o universo feminino lés, mas isso não significa que eu não tenha acesso a um surtinho estrogênico às vezes. Mas, acredito que o fato de termos lá uma dose de testosterona (que teoria louca esta!), dá um poooouco de lucidez. Um pouco.

Enfim, voltando a falar do assunto, se nós mulheres fôssemos menos invejosas porque a outra parece mais bem resolvida e mais bonita, não injetaríamos tanta inveja a ponto de escolher como amigas apenas as "fiéis". Eu concordo com o conceito puro da fidelidade, mas não quando ele cria impecilhos e cricrizices para tudo.

E mulher adora fofoca... é algo impressionante. Homem fofoqueiro existe, mas são espécimes que não se destacam. Os poucos que conheci eram tidos como traíras.

Na minha opinião, a amizade masculina põe as coisas como: é ou não é. E se não for, não tem problema. O camarada não precisa ticar todos os itens da sua lista para ser seu amigo. Se ele mostrar que tem camaradagem com vc, vc terá camaradagem com ele. Não é perfeito?

Conheço vários casos de amizades masculinas que se veem 2 a 3 vezes por ano, mas o laço continua o mesmo, como se o tempo passado fosse de alguns minutos. Eles batem nos ombros uns dos outros, sentam e tomam breja, falam das novidades e tudo bem. Tudo bem se ele é meio casporento e usa roupa rasgada. Tudo bem se ele ainda tá desempregado e sem namorada. Ele é teu camarada, vc vai dar força pra ele.

As amigas nunca se encontram porque sabem que a outra vai medir o que foi feito, o que não foi feito, se ela engordou, se ela tá sozinha, se ela se veste mal. E se qualquer um desses itens for gritante, ela simplesmente "corta" a amizade, porque o sentimento a essa altura é recíproco.

CLARO que isso foi delineado genericamente. GRAÇAS A JESUS existem as exceções. E eu me gabo de ser muito masculina em termos de amizade (algo conquistado com muito suor e sangue, porque sou muito passional). Acho que deve parte disso à Sharleu, que pensa muito assim. Mas a gente demora a sacar que, em dias modernos como o nosso, se não tivermos muita leveza, camaradagem e clareza nas nossas amizades, acabamos ficando sozinhos.

On a day like this

Que dia cinza! São Paulo amanheceu garoando e cinza, um começo paradoxal de primavera...

Minha trilha sonora de hoje. Vejam.