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Isabella Taviani no Circo Voador

Vou tentar ser breve e deixar o espaço para as fotos, que merecem destaque e falam por si só. O show foi lindo, foi o primeiro dela que eu vi, ao vivo, com a banda completa. Focado principalmente nas canções do álbum mais recente  -- o que adorei! --, destaque para as participações de Christiaan Oyens, tocando o violão havaiano (errei?) em Depois da chuva e para a Zélia Duncan, que estava na plateia, e desceu para um reprise em dueto, de Arranjo.

O Rio de Janeiro é uma cidade naturalmente quente. Soma-se aquecimento global, primavera que parece verão, e o fato de o Circo Voador ser um local semifechado, dá para imaginar o calor que estava. Acho que eles ligaram um ar... mas quem disse que fez efeito? Podem perguntar para a Isabella que por trê vezes disse desconsolada: "Gente, mas tá um calor aqui!".

Amei a performance dela em Escorpião, com direito a dança e tudo. Sempre adoro ouvir Iguais ao vivo, com guitarra e bateria foi perfeita! Falsidade desmedida é uma de minhas favoritas. Bom, tenho várias favoritas, que também entraram no repertório, como Borboletas e risos, Argumentos de vidro, Todos os erros do mundo.
 
Antes do show, fui com a Jana para um restaurante japonês que pegamos de primeira, na internet: Lapamaki. Que surpresa!!! Comemos um rodízio a partir de uma comanda onde ticávamos o que queríamos comer. Pode-se repetir o quanto conseguir comer, desde que não se desperdice nada. Experimentamos espetinhos em tamanho correto de camarão e carne, no molho teriyaki, uma delícia. Destaque também para o sashimi de salmão, na temperatura certa, firmes e saborosos que derretiam na boca. Ao final do jantar (parecia exótico demais uma japa no rio comendo num restaurante japonês...) cumprimentei o garçom e os sushimens, que ficaram sem-graça.

Vamos às fotos!


Christiaan Oyens, fofo.



A dupla Isabella Taviani e Christiaan Oyens, em Depois da chuva.






Isabella, no começo do show, antes de perder parte da maquiagem... (tadinha) e antes de sair com o vestido pingando de suor!


A prova do crime! Que artista linda e completa é Isabella Taviani! Continuarei defendo-a onde quer que vá.

Meus cinco minutos de fama com Isabella Taviani

Como foi sugerido pela @michellealange pelo twitter, vou mudar o nome do meu blogue para "um dia muito especial" em homenagem a uma das coisas mais lindas que me aconteceram ontem à tarde.

Cá estou aqui no Rio de Janeiro curtindo estes dias quentes ao lado da carioca (mas nunca acostumada ao calor) Jana. E relembrando a alegria de ontem quando além de conseguir twittar com a Isabella Taviani, saber que vou ao show no Circo Voador.

Semana passada estava no Tom Jazz vendo-a num pocket acústico lindo. Menos de uma semana depois, estarei vendo-a no Circo Voador, nos Arcos da Lapa. Como? Twitter. Lá estava eu às 14h30 acompanhando meu twitter quando vejo a Isabella dizer: "Gente, promoção relâmpago, valendo um par de ingresso para o meu show no Circo Voador".
Ok. Fiquei aguardando a pergunta: "Atenção! é muiiiiito difícil! Quantos minutos e segundos (REAIS) tem a música Pontos Cardeais? Atenção!!! Dúvido alguém acertar!!!"

Por sorte, estava com o RealPlayer aberto, com as pastas de todos os cds da Isabella à disposição. Corri a achar Pontos Cardeais e vi que no player marcava dois tempos: 4'37 e 11'10. Sabia que 11'10 não era. Falei o primeiro tempo. Ela respondeu geral dizendo que ninguém tinha acertado. Então, fui ao player de novo e coloquei a música pertinho do fim e deixei tocar... volume alto, com os olhos no contador. Quando ela deu o último suspiro, vi: 3'41. Na hora respondi. E o que se sucede está nas imagens:














Fã tem dessas coisas, né? Eu estou MEGA FELIZ em um nível quase indizível. Desde meu aniversário em julho eu tento tirar uma foto com essa mulher. Perdi o Pocketshow da Saraiva em SP pelo horário impraticável. Perdi a chance na The L Club. Nem pensei em tentar no Tom Jazz. Agora... ao menos, ela saberá que tem uma fã japa que gosta muito dela e que a defenda, onde quer que precise acontecer.

Obrigada às meninas e meninos que "disputaram" saudavelmente comigo pelo par de ingressos. Acabei fazendo novos contatos, o que é fantástico, porque temos algo lindo em comum: nosso amor pela Isabella Taviani.

Bem, segue o calor aqui no Rio e amanhã tem show da Bella. Segunda-feira teremos fotos!

Wind of change

Não. Não é um post sobre aquela velha música do Scorpions de 1989, que tocou até enjoar. Mas eu gosto dela e deixo o link para quem quiser ler o post ouvindo-a, assim como faço agora, enquanto escrevo.

Já faz algum tempo que eu sinto que somos a poeira cósmica mais prepotente que poderia existir neste universo. Mas, muita gente pensa assim e pelo fato de pensar isso desde a minha adolescência, haveria de se pensar que era mais fruto do descontrole hormonal do que bem uma postura de vida.

Porém, muitos anos se passaram desde então. E, para variar, o sentimento apenas se intensificou. E devo dizer que tem se intensificado cada vez mais de uns anos para cá. Eu tenho achado que é coisa da crise dos 30, quando começamos a pensar em destruir velhas formas de pensamento e buscar outras alternativas. Vejo que na verdade, a coisa é muito mais profunda que isso.

Acho que temos nos dedicado demais a tudo que for de mais mesquinho nesta vida. Confundimos evolução e inteligência, com subestimar, humilhar e destruir o outro. Nos gabamos de tanta coisa construída, que esquecemos de voltar os olhos para dentro. De olhar ao redor e sentir paz. De respeitar a Natureza.

Quem me conhece sabe que não sou hippie nem tenho vocação. Sabe que não militante de porra nenhuma. Então, pode acreditar que o que digo aqui são as palavras da mesma observadora quieta, que sempre fui. Há uma palavra que precisa ser espalhada. Há uma necessidade que precisa ser modificada. Há pensamentos que precisam de urgente transformação. Não dá para continuar a sermos quem sempre fomos, não dá para achar que os mesmos erros poderão ser repetidos. Não dá. Nosso tempo está se esgotando.

Acho que agora me sinto menos estranha em mim mesma, depois de ter constatado isso. Me diga, quantas pessoas pensam assim??? NINGUÉM. Claro, se vc, leitor do meu blogue, se identificar com estas palavras, por favor, compartilhe comigo. A humanidade encontra-se no estágio final de sua doença incurável e isso nunca foi tão nítido assim para mim. Com isso, não estou dizendo que sou a saudável e a dona da cura, mas estou dizendo que estou tentando. Como sempre tentei e como cada vez mais quero arduamente fazer: não apenas tentar, atuar. Mudar.

Se houve algum sentido do meu meio do céu em Sagitário, ele acabou de se manifestar e de se justificar agora.

Ar-condicionado

Bem, quem for velho conhecido meu, saberá que eu e o ar-condicionado temos uma relação muito próxima. Eu sempre fui defensora daquela que considero uma das grandes invenções da humanidade: o ar-condicionado.

Na antiga empresa que trabalhei, eu era conhecida como o Cérbero dono do controle do ar. Tem noção do que isso representa em uma empresa com mais de cem funcionários? Todos tinham medo de mim e me pediam permissão para ligar o ar. No começo eu gostava, mas com o tempo fui me enchendo e simplesmente abdiquei da coroa que, obviamente, ficou solitária, porque ninguém se atrevia a pegar tal batata-quente.

Nessa mesma empresa, eu presenciei o calor de quando não tínhamos nada e o frescor depois que o ar foi instalado. Há certos tipos de trabalho que não têm seu rendimento menor por causa do calor. Porém, há outros tipos de trabalhos -- principalmente intelectuais -- que requerem um mínimo de temperatura agradável para o bom funcionamento cerebral.

Só sei que Glória Kalil escreveu um livro muito interessante em que ela fala sobre algumas regras de etiquetas. Diz lá:

Quem acha que o ar condicionado do escritório está muito frio ou quente deve perguntar primeiro aos outros se também estão achando, antes de sair pedindo para desligar ou aumentar a temperatura. No escritório, o ar condicionado tem de ser regulado de acordo com a necessidade dos que sentam no fundão e que estão passando calor. Contra o frio a gente tem recursos. Mas contra o calor não há salvação. Os friorentos defendam-se levando um casaquinho, um xale, e até mesmo uma meia para deixar na gaveta da mesa. Se o ar dá direto na cabeça de vocês, desloquem a mesa e não reclamem: o bem-estar comum prevalece sobre o individual.

Fato é: continuarei sendo defensora do ar-condicionado. O problema é que somos seres humanos egoístas. MUITO EGOÍSTAS. Enquanto uns correm para o bem dos outros, outros só querem vento na bunda.

Para quem não estiver concordando comigo (e eu sei que toparei com esses tipos eternamente), veja o seguinte: o que dizer de alguém que fala assim:
"Puxa, hoje tá calor, vamos ligar o ar?"
(sendo que o ar JÁ deveria estar ligado)
"Vamos!"
Depois do ar ligado e do ambiente frio...
"Ah... tá frio, vamos aumentar o ar?"
Aumenta o ar. Tempos depois com o ar morno...
"Mas, tá quente... quem aumentou o ar?"

Pode ser incrível, mas esse diálogo ilógico, irracional, imbecil e egoísta é o que mais escuto. Ou assim:

O dia amanhece lindo, um calor quente.
"Tá calor demais! Que saudade do frio."
O dia seguinte amanhece com frente fria (como costuma ser em SP).
"Tá frio demais! Que saudade do calor! Cadê o calor! Eu adoro calor!"

Eu pego essas pessoas na curva e falo o seguinte quando alguém que gosta de calor tem a pachorra de me reclamar que está com calor:
"Ué, mas vc não gosta de calor???"
A pessoa na cara de pau me diz com cara meiga:
"Eu só gosto de calor na praia..."

Sem mais. Desculpem, leitores, mas tô sangue no zóio.

A perseguição de uma ideia

Já se sentiu perseguido por uma ideia?
Acho que todos nós temos esses momentos, vários, ao longo do dia, ao longo de uma semana ou ao longo de uma vida inteira.

Minha ideia que me persegue agora, e que vai me inspirar a escrever meu novo texto para o Parada Lésbica, é esta: seres humanos como seres sociais. Eu queria poder ler 100 livros que falassem sobre o assunto, conversar com mais 100 pessoas e ter 100 razões para entender por quê precisamos ser sociais.

Mas, como sempre, toda pergunta tem sempre uma carga de paixão idealista e a minha não é diferente. Porém, devo confessar que essa ideia sempre me perseguiu desde cedo (como algumas outras que vira e mexe eu trato aqui).

Talvez, e eu não quero ficar fazendo autoanálise aqui, tudo se deve ao fato de eu sempre ter tido dificuldades de me encaixar em um grupo desde que eu tenho lembranças. Eu sofri muito com tudo isso, pelo fato de ser extremamente tímida -- um verdadeiro jacu da roça -- que preferia ficar quieta observando a falar sem parar. Eu sofri muito pelo fato de as pessoas me forçarem a ter de interagir quando eu não queria!

Recentemente, comecei a assistir a tal série Dexter... que desgraça. Me identifiquei plenamente com o personagem, em uns 60%. Claro, nunca matei bichinhos, nem seres humanos, embora já tenha tido vontade de matar algumas pessoas chatas por aí (brincadeira). Fato é que as frases e -- principalmente -- os pensamentos do Dexter me incomodam e começaram a me questionar algo que eu tinha meio que enterrado: por que fingimos ser quem não somos, apenas para estarmos inseridos em uma sociedade hipócrita? AARGH!

Eu amo essa pergunta, porque a resposta dela levaria a tantas questões filosóficas que não chegaríamos a lugar algum. Somos seres que precisam de convívio em grupos para não ser como o Victor de Aveyron. Mas e daí?

Acho que os otimistas me diriam que, juntos, os seres humanos cresceram, se desenvolveram e criaram a tecnologia. Os pessimistas diriam que os seres humanos geram competição, guerras e destruição. Eu concordo com os dois. Eu apenas queria poder viver no grupo dos sem grupos sem ser discriminada por isso. É incrível como as pessoas te olham se você diz que não bebe e/ou não fuma, como se isso fosse quase um atestado de sobrevivência necessário.

Para alguns alienados, pode ser. Para outros que gostam da vida na farra eterna, idem.  Ou mesmo para aqueles que gostam de fazer por fazer, sem seres necessariamente alienados ou farristas. Para mim, não. E cadê o respeito? Eu não bebo, eu não fumo. Eu gosto de filmes, gosto de silêncio, gosto de educação. Sou nerd, talvez.

O fato é que a necessidade de inclusão social ultimamente anda me afetando de tal modo que em muitos momentos me sinto de muito perdida. Recorri recentemente à Lari/Bolgolinha para me orientar depois de um encontro que tive porque simplesmente eu não consegui compreender o fato de não conseguir nem conversar com determinadas pessoas! Elas não são burras, não são preconceituosas (não muito), no entanto, não dá para conversar com elas, nem fingindo com o master gêmeos/leão que tenho. E olha que sou PhD nisso!

Eu estou numa fase muito "quero conhecer gente nova" e eu adoro poder ter essa oportunidade de compartilhar histórias e experiências de vida. Infelizmente, o pacote não vem sozinho, porque sempre é necessário fazer coisas que não faço para poder passar no ritual de aceitação. Não posso ser simplesmente aceita? Não. Acho que não.

Bem, vamos vendo até onde meu gêmeos/leão/sagitário dá conta. Espero não surtar de vez com o excesso de sem-noção e falta de respeito que sinto às vezes. Eu tenho plena e absoluta certeza de que ninguém fez, faz ou fará por mal, e que estou me sujeitando. Mas... sabe como é. Tem hora que cansa. Por enquanto ainda tô levando bem!

Saudade da minha filha Poliana...