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Chá com leite - perfeito para dias frios!

Alguém aí já experimentou tomar chá com leite? Não? Experimente.

Pois não se faz um chá com leite com qualquer chá e com qualquer leite. Certos tipos de chá devem ser tomados com limão ou puro, enquanto certos tipos de chá -- como o Earl Grey -- devem e merecem ser degustados com leite.

Minha filha trouxe um sachê precioso do Earl Grey da Twinnings. Pode ser encontrado em qualquer grande supermercado, geralmente. São os melhores chás, na minha opinião. Destaco também os deliciosos Blackcurrant, Four Red Fruits e English Breakfast.

Toda vez que preparo um chá como esse, me remete às nostálgicas lembranças de minha estadia no Japão. Lá, em qualquer esquina, tinha uma máquina de refrigerantes, quente ou gelada. Bastava colocar 220 ienes e tomar chá com leite quentinho, em uma manhã cheia de neve no chão. Era algo assim, mas não achei aquele que eu costumava tomar.

Bom, por aqui, é simples: basta ferver cerca de 200ml de água, fazer o chá, e acrescentar mais 30-50ml de leite quente. Adoce à vontade e tome com gosto... porque a combinação única de bergamota com chá preto e leite é uma delícia!!! Acabei de tomar o meu!

ps: claro, merece um ps!!! Faça primeiro o chá, tire o sachê e acrescente o leite. Parece óbvio, né? Mas NÃO FAÇAM como na Bakery Itiriki quando fui pedir um chá com leite e adivinha o que fizeram??? Esquentaram o leite e puseram o sachê dentro do leite quente?! ECA!!! ERRADO!!! Não xinguei aquele dia porque estava de extremo bom humor, mas isso não é coisa que se faça...

Eu, Sharlene e Hinodê

Sexta-feira... tava com saudade da Sharlene e morrendo de vontade de comer comida japonesa. Sem mais delongas, marcamos e fomos nos ver na Liberdade.

Fazia algum tempo que tinha ouvido falar desse restaurante, o Hinodê. Um dos poucos lugares que serve enguia caramelizada com shoyu (Unagi kabayaki)! Mas não tinha dado certo em nenhuma das outras vezes, então pensei que seria esta a vez que experimentaria essa carne exótica.

Mas... num deu. O Hinodê é um restaurante... diferente. Daqueles que fazem o meu tipo. Tradicional, só toca música japonesa e não oferece o "rodízio", sempre tão popular e também "menos sofisticado". Os pratos da casa são caros, bem acima da média, mas oferecem detalhes que para muita gente passaria despercebido.

Então, deixei a enguia para uma próxima oportunidade. Olhamos o cardápio, aparentemente igual a de todos os restaurantes japoneses. Pedi uma água e recebi uma água São Lourenço de garrafa! Gostei a partir daí! O suco de laranja de Sharleu (diz ela) estava delicioso também.

Para entrada, pedimos o clássico shimeji na manteiga. Descobri que conhecer como a casa prepara um shimeji na manteiga diz muito a respeito de como os pratos serão servidos. Este shimeji decerto foi O MELHOR shimeji que eu já comi na minha vida!!! Ele tinha um gosto extremamente suave, com os cogumelinhos macios -- literalmente macios -- que desmanchavam na boca. Também tinha um quêzinho azedo (talvez de um limão) que deu um toque único ao prato. Caro, mas que vale a pena!

Como prato principal pedimos o Butter yaki (ou batayaki) para duas pessoas. Eu sabia que era uma versão do sukiyaki que, acreditem ou não, eu nunca tinha comido em um restaurante no Brasil! Já comi no Japão e comi muito na casa de minha avó. Boa hora para experimentar!

Nisso, um parênteses, porque um dos sushimen da casa era meu vizinho!!! Coisa mais inusitada! Foi dele a sugestão de comermos nas salinhas com tatamis, que saem R$12 a mais por pessoa. Um caro que também vale a pena, porque as salas são individuais, separadas por portas de correr.

Fomos para a salinha. Um tempinho depois chega apetrechos e mais apetrechos que não acabam, para o meu deleite!!! Para começar, o aparelho de fazer sukiyaki, depois a travessa gigante com legumes (couve flor, repolho, pimentão verde e vermelho, cebola, cenoura, shimeji e shiitake, ervilha e ervilha torta, nacos gigantes de manteiga e carne... muita carne!). Um jarro com o molho ponzu. Tigelas. Um tigela enorme de arroz. Um travessinha com rabanete ralado e cebolinha verde picada. Pronto. O garçom perguntou: "Vocês preparam ou querem que eu prepare?". Claro que a gente prepara! foi a minha resposta imediata.

Eu adoro a interação com a comida, em um restaurante. Me lembro que fui muito no Japão em um restaurante assim, que servia carne de búfala. Uma iguaria única e deliciosa, carne escura e muito macia. Poder grelhar e comer ali, no mesmo instante, é divino.

Como se pode ver nas fotos (que saíram meio escuras porque eu não tiro foto com flash!!!) derretemos a manteiga e jogamos os legumes e a carne que grelham, subindo um cheiro delicioso!!! Deixamos no ponto, legumes ainda crocantes, para mergulhar na tigela com molho ponzu e saborear junto com o arroz.

Mas foi fato: é muita comida para duas pessoas, ou para duas mulheres. Em mulheres, dá para servir até quatro. No entanto, eu e Sharleu comemos tudo!!! rs

Fato 2: cada vez mais me certifico da amizade que tenho com ela. É única, como cada um de nossos encontros. Já passamos por quase tudo nessa vida e podemos dizemos que a nossa amizade foi testada várias vezes. Desde outubro de 2004 essa garota está na minha vida com essa sensação única de familiaridade. Já conhecemos muito bem uma a outra e já conhecemos o pior lado uma da outra. Sharleu, para mim, é um misto complexo que eu nunca saberei descrever, mas uma coisa nós sabemos: sempre estaremos uma do lado da outra, não importa o que aconteça.

O advogado do diabo

Com a pequena polêmica instalada no twitter por causa de uma presidenciável, decidi postar (devo os méritos da lembrança à querida Sharlene) uma das falas finais retirada do filme O advogado do diabo. Se não viu, veja. Fantástico.
God's your prankster, my boy. Think of it. He gives man instincts. He gives you this extraordinary gift and then, I swear to you -- for his own amusement -- his own private, cosmic gag reel -- he sets the rules in opposition. It's the goof of all time. Look but don't touch. Touch but don't taste. Taste but don't swallow. And while you're jumping from one foot to the other he's laughing his sick fucking ass off! He's a tight-ass. He's a sadist. He's an absentee landlord!

Do inferno astral e meus sentimentos

Com muita alegria e paz no coração (como há muito não sentia) entro no meu inferno astral. Adoro os paradoxos da vida!!! (pelo menos -- e neste caso -- os linguísticos)

Sim: daqui a 30 dias eu estarei entrando em um novo ano em minha vida. Coincidência, tenho buscado muitas mudanças, como pede as 33 primaveras (idade em que Cristo supostamente morreu), como pede cada ano novo, como pede a vida!!! E venho confessar, aqui, publicamente, que as mudanças têm sido tão, mas tão boas, que nunca me senti um ser humano tão privilegiado em toda a minha vida.

Porque esta vida, a sua vida ou a minha vida, é movimento: É CORAGEM! É arriscar-se. Não é ficar ouvindo vozes alheias, conselhos nem sempre bem vindos, porque eles nunca dizem o que você precisa ouvir e o que você precisa para a sua vida. É ouvir a sua própria consciência, a sua intuição, aquele silêncio em que você se escuta, mesmo estando cercada de uma multidão, e essa voz te diz o que você precisa fazer e você simplesmente acredita e faz. E vê um único resultado: perfeição.

Mas a gente cala essa voz ao longo da vida. Racionaliza demais as emoções, pensa junto com a massa, robotiza as ações. Devemos, mais do que nunca, voltar a ouvir essa voz, porque ela é a manifestação mais pura que existe dentro de nós.

Assim, com esses sentimentos, entro em meu inferno astral, que nada é mais do que um período de transição astrológico, em que estamos mais sensíveis aos estímulos exteriores, estamos mais vulneráveis a atos explosivos (quase uma tpm feminina, hahaha). Nesse momento, o seu Sol de origem está voltando à data do seu nascimento, os planetas se recolocarão em outras posições e você terá um novo mapa astral para os próximos 12 meses (também chamado de Revolução Solar). Tem muita gente que comemora Ano Novo, para mim, Ano Novo é agora, daqui a exatos 30 dias!

Acho que um dos maiores presentes seria assistir a um show do Bon Jovi aqui no Brasil. Será que é este ano? Tenho acompanhado vários vídeos no fofo e fantástico site da Lee-Ann, Blame it on the love, fã australiana e me emocionei com o vídeo a seguir, feito no show em Londres: 


Já postei Love's the only rule aqui várias vezes. É uma música linda que ficou mais linda ainda com esse vídeo!

Esta música também já foi postada aqui várias vezes e para me dar de presente, In these arms, com David Bryan cantando o segundo verso da música. (ps: para os improváveis curiosos de plantão, esta música é conhecida como música sanduíche, pois foi a união de três partes -- a principal, escrita pelo próprio David Bryan --, e é a quarta faixa do álbum de retorno (com novo visu) da banda, o Keep the Faith. Eu amo essa música e ela será eternamente a minha número 1 deles)

Novelas japonesas: de 1996 a 2008 e suas trilhas sonoras

Já falei de uma novela japonesa que acompanhei enquanto estava lá no Japão? Bem, eu vivo repetindo essa história e para quem já ouviu, peço a paciência para que eu conte de novo aos que não a conhecem!

Pesquisei agora e achei referências a essa novela! Não sei porque comecei a ver novela em japonês, sem legendas. Não entendia nada! Mas tinha algumas coisas que me chamaram muito a atenção nela.

Primeiro: conta a história de uma moça dividida entre dois amores, um carinha e uma mocinha. Muito parecido com o Last Friends, que ainda não consegui terminar de ver. [parênteses: Last Friends estava indo muito bem, mas as séries japonesas têm um ritmo muito... japonês? Longos focos, focos específicos. Lágrimas demais. Drama demais... haha] Em Last Friends, que ainda não terminei de ver, a dualidade é o ponto central. 

Da mesma forma, ocorre em Living Single (aliás não estranhe ter muitos nomes em inglês no Japão. O inglês é praticamente a segunda língua lá!). Não sei exatamente o que me fez começar ver essa novela (que a partir daqui chamarei de série). Deveria estar zapeando. Mas a curiosidade me chamou e eu fui lá encarar a novela sem legenda mesmo! Me chamou a atenção o fato de a novela tratar (LEMBREM-SE EM 1996) do tema da homossexualidade (NO JAPÃO) de forma tão aberta. Era algo comum. Na época, para mim, foi importante ter esse "apoio" para saber que, sim, o tema poderia ser abordado com naturalidade e que eu não estava sozinha no mundo.

Comecei a acompanhar todos os dias. Chegava direto do trabalho para ver. E me apaixonei pela música de abertura Saigo no Uso da Yumi Matsutoya. Então foi uma coisa inevitável: fiquei viciada na música de abertura (lembre-se que em 1996 não tinha internet pra download) e eu não ouvia rádios para ouvir a música. Então, a única oportunidade de ouvir a música era na abertura e no encerramento da série. Imagina a ansiedade diária. Naquela época não tínhamos Youtube pra ficar pondo tudo no repeat one! rs

Primeiro passo: comprar o cd com a música, óbvio. Fui às lojas e quem disse que eu sabia quem cantava a música? Como diria que era música de abertura de uma novela, com o meu parco japonês? Desafio! Fui garimpando, na área de singles japoneses de estreia. Uma graça! Coisa que não temos aqui e provavelmente nunca teremos: uma área exclusiva para venda de singles. 

Cacei e achei!!! Lembro que surtei de alegria. Era um mini-cd (nem sei se tem por aqui) que continha 4 músicas: Saigo no uso, Bye bye my Merry Christmas e as versões karaokê dessas músicas. Sim! Porque no Japão é obrigatoriedade dos singles terem versões em karaokê, de estúdio, com backing vocal e tudo! Aqui colocarei a bela Saigo no uso (ou, a Última mentira, se preferirem).


Last Friends segue na mesma linda, mas trabalha com temas mais diversos para falar de pessoas que não sofrem no amor, seja por tê-lo, por não tê-lo, por tê-lo demais ou de menos, por não ser assumido. O modo como é feito pode não me agradar, mas os temas trabalhados estão muito além daqueles que vemos por aqui. E isso é um ponto muito forte!

A música de abertura dessa série é de Utada Hikaru chamada Prisoner of love que coloco aqui:



Bem, que tiver curiosidade, não é muito difícil achar o download de Last friends na internet. Também é fácil achar o download das músicas de Yumi Matsutoya e Utada Hikaru. E olha que coincidência mortal: elas nasceram no mesmo dia!!! Em 19 de janeiro, sendo a primeira no ano de 1954 e a segunda em 1983.

Fica a dica pra quem tiver tempo e curiosidade. Recomendo!